O almoço na casa dos Sy]ulliva
N/A: NÃO ESQUEÇAM DE COMENTAR E VOTAR, GALERA! POR FAVOR!
N/A: Continuação de Guardando Segredos
Era mais um dia ensolarado de verão. Faltavam poucas semanas para acabarem as férias, mas ainda havia muito tempo para curtir. Na casa de Christian um belo almoço acabara de ser servido. Assim como combinado na estação de King’s Cross no primeiro dia das férias Rebecca foi convidada para almoçar na casa do namorado para conhecer melhor a família dele. Foi um almoço simples, mas muito saboroso. No começo pouco se conversava. Como membro do corpo de aurores do ministério, o pai de Christian não via com bons olhos o relacionamento do filho com a menina. A mãe, entretanto, percebendo o quanto o garoto gostava de Rebecca resolveu dar-lhe uma chance. A todo momento fazia perguntas a ela e, aos poucos foi percebendo que se tratava de uma menina muito educada e simpática que em nada lembrava seu avô ou as atrocidades que este já havia feito.
Os tios de Rebecca também haviam sido convidados para o almoço, assim como sua prima. Como uma boa casa de bruxos abastados os empregados eram elfos, o que causou estranheza aos trouxas que lá estavam. Algumas iguarias servidas também foram recebidas curiosamente pela família não bruxa. No final do almoço, enquanto degustavam a deliciosa cerveja amanteigada que os bruxos tanto adoram, os adultos reunidos conversavam na sala. A prima de Rebecca pediu licença para se retirar porque tinha um compromisso com o namorado e o casal decidiu que era hora de deixar os adultos se entenderem. Desse modo se retiraram até o jardim da casa. Neste havia bancos espalhados por uma grande área florida. O jardim ficava nos fundos da casa, de modo que os dois podiam curtir certa privacidade.
O almoço foi marcado também como uma forma dos dois matarem as saudades, já que Christian havia viajado com a família e tinha voltado há poucos dias. O dia todo tiveram que “se comportar” na frente dos parentes, mas agora não havia ninguém por perto, então a ordem era aproveitar. Os dois se beijavam entusiasticamente num dos bancos do jardim, longe da vista dos adultos. Já fazia algum tempo que os dois namoravam e Christian já não era mais o mesmo garoto tímido do começo. Rebecca também já não era a mesma. Embora muito comportados, o namoro não era mais de mãos dadas e beijos discretos, havia maior urgência nos gestos dos dois.
Christian beijava Rebecca enquanto passeava suas mãos cuidadosamente pela lateral do corpo da garota. De vez em quando sua mão “esbarrava” levemente nos seios dela e ela fingia acreditar que havia sido sem querer. Ao mesmo tempo as mãos da garota passeavam pela nuca e pelas costas do rapaz fazendo-o se arrepiar de vez em quando. Foi num desses momentos de maior empolgação que Rebecca sentiu os dedos do garoto em sua coxa subindo por baixo de sua saia. Antes que ele avançasse um alarme soou em sua cabeça, já que o corpo não estava nem ligando, e ela pousou delicadamente sua mão sobre a dele parando o movimento. Ela se afastou sorrindo:
_Acho que estamos indo um pouco rápido demais, não? – ela sorria gentilmente um pouco tímida.
_Desculpe... Não foi minha intenção... – disse se endireitando no banco com um sorriso amarelo.
_Não tem problema... – disse segurando o rosto do rapaz e depositando em seus lábios um beijo carinhoso. – Então? Acha que agradei seus pais? – disse se endireitando também no banco e ajeitando a saia.
_Acho que sim. Se você não impressionou, seus tios com certeza o fizeram. Nunca vi meu pai se interessar tanto pelo modo de vida trouxa... – disse passando o braço pelos ombros da garota percebendo que a festa havia acabado.
E acabou na hora certa. Logo ouviram passos se aproximando, era o irmão mais velho de Christian que havia acabado de chegar.
_E aí maninho?! Fiquei com medo de não chegar a tempo de conhecer minha cunhadinha... – o rapaz se aproximava sorridente.
Christian e Rebecca se levantaram um pouco espantados com a sorte que tiveram. Christian, principalmente, sabia que se o irmão tivesse chegado minutos antes ele não teria sossego.
_Fala, Kevin!!! Beleza?! – Christian cumprimentou alegremente o irmão.
_Tudo belê! Então esta é a Rebecca? – ele retribuiu o cumprimento do irmão e se virou imediatamente para ela cumprimentando-a com um aperto de mão e um beijo no rosto. – Muito prazer Rebecca...
_O prazer é meu. – disse simpática.
O irmão de Christian era muito parecido com ele: os mesmos olhos, o mesmo sorriso, mas os cabelos eram mais escuros. Ele era mais alto também e tinha o mesmo porte do pai.
_Kevin é auror também, Becca. Ele estava de serviço por isso não pode chegar mais cedo.
_Pois é! Só consegui chegar agora porque o pai deu uma forcinha. – disse se sentando no banco antes ocupado pelo casal.
Como viu que agora não havia lugar para todos se sentarem conjurou uma cadeira combinando com os bancos do jardim e a ofereceu ao irmão. Para Rebecca ele fez sinal para que se sentasse a seu lado. Quando iam continuar a conversa mais passos foram ouvidos. Desta vez passos muito apressados. Logo em seguida um grito:
_TIO CHRIS!!! – uma garotinha muito loira e com olhos extremamente azuis de uns 5 anos correu em direção ao tio e pulou em seu colo quase derrubando-o da cadeira.
_Como vai Linda? – perguntou Christian levantando facilmente a menina.
_Vou bem! – a menina se virou rapidamente e disse: - Ela é a sua namorada?
_É... – ele não teve tempo de continuar.
A garota saltou de seu colo e parou em frente a Rebecca estendendo-lhe a mãozinha. – Oi! Eu sou a Linda, muito prazer!
Rebecca apertou a mão da garota encantada com a educação e desenvoltura da mesma. – Olá! Eu sou Rebecca...
_Eu sei! – e voltou ao colo do tio.
Mais passos se seguiram e logo toda família estava no jardim. Kevin se adiantou ao irmão apresentando todos.
_Ele também deu uma forcinha para que eu chegasse na hora: Chess, nosso irmão mais velho. Ele também é auror... – falou dando tapinhas nas costas do irmão.
A essa afirmação Christian olhou descontente para Rebecca. Ele já havia comentado que o pai queria que ele fosse auror também, entretanto o rapaz queria mesmo ser jogador de quadribol. Chess, assim como o irmão, tinha o mesmo porte do pai, mas os cabelos eram mais claros, os olhos eram iguais aos da mãe. Rebecca o cumprimentou com um aperto de mão.
_Essa é nossa cunhada Lisa. – continuou Kevin.
Lisa era uma mulher muito bonita. Tinha os mesmos cabelos loiríssimos da filha. Rebecca a cumprimentou também. Todos se sentaram em cadeiras conjuradas no jardim e continuaram a conversa. Rebecca foi bombardeada de perguntas, mas, embora toda família soubesse de sua descendência, ninguém tocou no assunto. Embora um pouco incomodada por ser o centro das atenções Rebecca estava contente. Com certeza a tarde havia sido bem melhor do que ela imaginava. Mas tudo que começa acaba e logo ela e a família se despediram de todos para ir embora.
Os tios já estavam no carro e Rebecca já havia se despedido de todos. Christian a acompanhou até o automóvel.
_Você vai ficar em casa esses dias? – perguntou Christian segurando as mãos da namorada.
_Não sei. Acho que só mais uns três dias, depois vou para A Toca.
_Fazer o quê? – perguntou, desgostoso.
_Costume... Sempre nos reunimos lá no fim das férias. Mione também vai estar lá.
_E o Harry também... – disse tentando parecer indiferente.
_Sim! Com certeza! O que que tem?! – perguntou meio ofendida.
_Nada! Foi só um comentário... A gente se vê antes de você ir pra lá? – perguntou tentando descontrair.
_Claro... – disse não querendo estender muito a conversa. – Te mando uma coruja quando for para lá...Agora preciso ir... – ela deu um beijo rápido no rapaz, já que seus tios e, provavelmente os pais de Christian, estavam por perto. Entrou no carro e seguiu para casa.
_O que houve? – perguntou a tia olhando-a pelo retrovisor do carro.
_Nada... Ele não gostou muito de saber que eu vou para A Toca... – disse meio emburrada cruzando os braços.
_Por causa do Harry? – a tia completou.
Rebecca apenas olhou para a tia pelo retrovisor sem falar nada. O tio continuou.
_Não ligue pra isso... É perfeitamente natural! Eu também tinha um pouco de ciúmes dos amigos da sua tia. – ele sorriu compreensivo também pelo retrovisor.
Rebecca concordou que não valia a pena se importar com o caso.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!