O início de tudo
O Natal passou, os alunos do primeiro, segundo e terceiro ano que não ficaram para o baile voltaram e logo a vida dos estudantes voltava ao normal. Em pouco tempo toda Grifinória e Corvinal sabiam do namoro de Rebecca, o que fez com que ela se tornasse a vilã de muitas garotas da Corvinal que andavam de olho em Christian. Já na Grifinória ela ficou muito bem vista pela maioria por estar namorando o segundo capitão mais bonito de Hogwarts, já que o primeiro era Cedrico. Ela tinha até se tornado um pouco amiga dele já que ele namorava Cho Chang e ela era amiga de Christian. Muitas vezes os quatro passavam a hora do almoço ou da janta conversando. Já que eram de casas e anos diferentes não era fácil estarem sempre juntos.
_Harry já descobriu qual é a segunda tarefa, Rebecca? – perguntou Cedrico interessado.
_Ele fez o que você falou e ouviu o poema, mas não chegou à conclusão nenhuma ainda. Você já sabe o que deve fazer para ficar uma hora respirando em baixo d’água?
_Já, mas eu não posso falar, entende?
_Claro, não se preocupe.
_Eu achei que os campeões não pudessem ser ajudados? – falou Christian.
_E não podem! Mas você acha que os diretores das outras escolas não estão ajudando seus campeões? Neste caso a única ajuda que Harry tem é a nossa já que nosso diretor é bom seguidor de regras. – respondeu Rebecca. – Já ta ficando tarde. Eu acho que já vou dormir. Você vai ficar ai?
_Não, já vou também. Tchau Cedrico, tchau Cho.
_Tchau – responderam.
_Tchau gente. – disse Rebecca. Ela e Christian saíram de mãos dadas. – Sempre achei que a Cho fosse meio metidinha, mas ela é legal, né?
_Ela é muito gente boa! Por que você pensava isso dela?
Rebecca teve que pensar antes de responder. – Sei lá! Impressão. Não tem um monte de gente que te acha metido só porque você é o capitão mais novo da escola?
_Pode ser. – os dois chegaram ao ponto em que se separariam para que cada um fosse para sua respectiva casa. – Você quer que eu vá com você até a entrada da Grifinória?
_Você vai saber voltar depois? – disse divertida.
_Hum... não sei. Acho melhor não ir né?
_Eu acho! – ela se pôs na ponta dos pés, sorridente, para poder beijar o namorado. Os dois se despediram e cada um tomou seu caminho...
_Que casalzinho mais lindo, não?
Rebecca se assustou. Num canto mais afastado do corredor estava Draco Malfoy. Ele sorria maliciosamente. Rebecca continuou andando.
_Ta me seguindo, Malfoy?
_Claro que não! Por que eu faria isso?
_Sei lá! Sempre achei que você tivesse cara de psicopata!
_O seu namoradinho sabe que você é neta de um?
Rebecca parou bruscamente para olhar para Malfoy. – Do que você esta falando?!
_Ah! Não diga que você não contou quem é o avozinho dele agora? – ele dizia com um sorriso cínico no rosto.
_E é você quem pretende contar?! – ela se aproximou perigosamente do menino que recuou alguns passos.
_Não sei. Quem sabe se eu tiver algo a ganhar com isso, ou você tiver muito a perder. Com certeza os pais dele não vão gostar de saber que o filhinho deles namora a Lady V.
_O que você tem a ver com isso, hein? Por que tem que ficar me azucrinando?
_Eu ainda não esqueci o que você me fez ano passado. – ele se aproximou dela. - E nem do que a Granger fez!
_Você mereceu! É um idiota mesmo! E eu não tenho medo das suas ameaças Malfoy! Principalmente agora que eu sei que é você quem anda mandando aqueles bilhetes idiotas. Pois você ta perdendo seu tempo, ouviu?! – Rebecca saiu batendo o pé inconformada. Estava aliviada por um lado, mas preocupada porque sabia que Malfoy seria capaz de tudo para se vingar. Além disso, ele tinha razão: mesmo que Christian não se importasse com a historia dela, os pais dele certamente não iam gostar nada de saber disso. – Droga! Droga! Droga!
Rebecca passou pelo buraco do retrato tão transtornada que nem se deu conta de que quase havia derrubado um primeiranista distraído. Também não viu os amigos ainda no salão pesquisando uma maneira de completar a segunda tarefa.
_Rebecca!
A menina parou bruscamente e virou para trás séria. Imaginava quem poderia ser. Acalmou-se um pouco quando viu que era Hermione. Ela foi em direção aos amigos com uma cara nada boa.
_Que aconteceu? Parece nervosa. – disse Hermione cautelosamente.
_Não me diga que já brigou com o namorado? – disse Rony não disfarçando o interesse.
_Não Rony! – disse mais estúpida do que pretendia. – Foi o Malfoy!
_Que tem ele? – Harry perguntou já se levantando.
Rebecca se sentou no sofá desanimada. – Era ele quem estava me mandando aqueles bilhetes...
_Eu sabia! Aquela doninha descascada! – Exclamou Rony.
_Ele te fez alguma coisa além de te dizer isso? – perguntou Harry sentando-se novamente ao lado da amiga.
_Ele ameaçou contar para o Christian sobre Voldemort e eu...
_Desgraçado! Por que ele tem que se meter nisso? Será possível que ele não pode ver ninguém feliz que já tenta estragar tudo? – dizia Hermione, revoltada.
_Ele quer se vingar por causa do soco que demos nele, Mione. Acho bom você se preparar para alguma também...
_Será que ele teria coragem de contar? – perguntou Hermione.
_Do Malfoy podemos esperar tudo! – disse Harry quase arrancando a página de um livro que estava segurando.
_Harry! Vai rasgar o livro! – avisou Hermione.
_Droga! – ele soltou a página.
_O que vocês estão fazendo? – perguntou Rebecca. – É sobre a segunda tarefa? Cedrico disse que já descobriu o que fazer.
_Você estava com ele? – perguntou Rony.
_Sim. Com ele, o Christian e a Cho.
_Cho Chang? – Harry pareceu despertar.
_Sim... Escuta, já ta tarde, amanhã eu te ajudo com a pesquisa. Vamos dormir um pouco, né? – desconversou. Ela não sentia mais ciúme de Harry, mas ainda não gostava de falar muito de Cho Chang com ele.
_OK, não agüento mais mesmo. Se Cedrico já sabe o que fazer eu acabo descobrindo também...
_Aahhh! Mata! Mata! – alguém gritava no salão comunal enquanto um garoto corria pelo salão com um chinelo na mão.
Os quatro foram para o dormitório. Todos estavam preocupados em ajudar Harry a resolver a tarefa e ainda tinham que pensar na ameaça de Malfoy. Eles eram tão unidos que o que afetava um deles afetava todos.
No dia seguinte todos acordaram um pouco mais animados. Hermione aconselhou Rebecca a não se preocupar antecipadamente com Malfoy. Durante o café haveria entrega do correio coruja, Rebecca recebeu uma carta.
_É dos meus tios! – disse abrindo a carta nervosa. – Ai ai ai!
_O que que tem receber uma carta dos tios? – perguntou Rony.
_Tem que eu mandei uma carta contando sobre o Christian! Quero só ver o que eles acharam disso.
“Querida Rebecca.
Parabéns pelo seu namoro. Espero que ele seja um bom rapaz. Sua prima e eu ficamos muito contentes, mas seu tio não gostou muito. Disse que você ainda é muito criança e exigiu conhecê-lo. Nataly pede que você mande uma foto dele para saber se ele é bonito. – ela parou e riu. - Confesso que também estou curiosa, mas o que interessa mesmo é a índole dele. Seu tio mandou você fazer uma ficha completa do rapaz, quer saber quantos anos tem, onde mora, com quem mora, o que fazem os pais, etc. Mas não ligue muito, ele fez a mesma coisa com a Naty. Lembre-se de não se afastar dos amigos por causa dele, OK? Aliás, fiquei um pouco surpresa quando você disse que não era ...
Ela parou de ler a carta de repente. Ninguém entendeu por que, somente Hermione. Ela disfarçou tomando um gole de suco de abóbora e voltou a ler.
Continue nos...
_Espera ai! Disse que não era o quê?! – perguntou Rony.
_O quê? –Rebecca se assustou.
_Você pulou um pedaço da carta!
_Não pulei não!
_Claro que pulou! Disse que não era o quê?
_Ai Rony! Deixa eu ver... – ela passou os olhos pela carta pensando em algo para falar. - ...disse que não era da Grifinória!...
_Por que ela se espantaria?!
_Ai! Porque ela não entende direito a divisão entre as casas, Rony! Ela acha que a gente não vê muito os outros alunos... – ela suspirou aliviada.
_Deixa ela terminar de ler Ronald! – disse Hermione.
Rony olhou meio desconfiado para Harry que também pareceu não acreditar muito na historia.
...Continue nos mandando noticias e não se esqueça da foto.
Beijos, tia Rachel.”
_Oi! - Rebecca escondeu rapidamente a carta. Christian se sentou a seu lado e lhe deu um selinho, depois cumprimentou Harry, Rony e Hermione. – Que carta é essa?
_Que susto Christian! É dos meus tios. Eu escrevi contando do nosso namoro.
_E?
_Meu tio não gostou muito, mas minha tia e minha prima sim. Elas querem que eu mande uma foto sua. – ela sorriu dando-lhe mais um selinho.
_O pior de começar a namorar é conhecer a família da namorada....
_Ainda mais a dela! – Draco, Crabe e Goyle ouviam a conversa.
Harry e Rony se levantaram imediatamente.
_O que você quer aqui, Malfoy?!
_Cala boca Weasley! A conversa ainda não chegou no chiqueiro!
Rony avançou pra cima do garoto, mas Harry o segurou.
_Vai embora, Malfoy! Vai cuidar da sua vida!
_Uuh, Potter! Você continua defendendo a Riddle mesmo ela tendo te trocado pelo Langdon?!
_Agora já chega Malfoy! Se manda! – Christian se levantou de repente assustando o sonserino.
_Ok, ok! Vocês andam muito nervosos, sabiam? Vamos embora! – falou para os garotos junto dele e saiu rindo da situação em que deixara Rebecca.
_Por que esse cara enche tanto o saco de vocês, hein? – perguntou Christian.
_Porque é um idiota! – falou Hermione, revoltada.
Rebecca estava muda, não sabia o que dizer.
_Não ligue pra ele, Becca! É um imbecil, mesmo!
O dia passou e Rebecca ficou aliviada por Christian não ter perguntado sobre o comentário de Malfoy a respeito da família dela. Também ficou contente por Christian não demonstrar ciúme dela com Harry. Não saberia o que fazer se um dia o rapaz a pedisse para escolher entre os dois. Não que ainda sentisse algo pelo garoto além de amizade, mas com certeza não quereria escolher entre o amigo e o namorado. Depois das aulas Rebecca avisou Christian que ajudaria Harry com a tarefa do torneio e ele compreendeu.
Era tarde da noite e eles não tinham conseguido nada. Estavam na biblioteca há horas, já tinham revirado todos os livros possíveis e Harry ainda não descobrira como respirar em baixo d’água. Quando já não agüentavam mais Hermione e Rony foram chamados a sala de Dumbledore e Rebecca decidiu que deveria dormir. Harry comunicou que tentaria mais um pouco ainda.
Rebecca chegou ao quarto exausta. Colocou o pijama e se enfiou sob os lençóis. Estava quase dormindo quando ouviu um barulho em sua janela. Olhou e viu que era uma coruja parda.
_Só pode ser do Christian! – levantou-se sorridente e abriu a janela para o pássaro. Pegou a carta e acendeu a ponta da varinha para poder lê-la. Seu sorriso se desmanchou completamente.
“Soube que a senhorita tem um namorado agora! Parabéns! Seu avô já sabe disso? Para o bem de vocês eu espero que não, mas como não estou me importando nem um pouco com o seu bem, tanto faz! A esta altura da carta já deve ter percebido que não sou Draco Malfoy. Não acreditei quando vi que um garoto de 14 anos pode ter as mesmas idéias cruéis que eu. Preciso ficar de olho naquele rapaz!
Bom, agora que já sabe que isso não é uma implicância adolescente espero que entenda que eu não gostaria que seus amiguinhos soubessem dessa nossa conversa. Tenho observado vocês e vi como são unidos. Percebi também que você é muito esperta, e já notei que é ótima aluna, portanto já deve ter percebido que em troca de seu segredinho vou lhe pedir certos favores. Acho que não preciso ressaltar que:
1. se você contar isso para seus amigos, seu namorado vai saber quem você é;
2. se você não me obedecer, seu namorado vai saber quem você é;
3. se você contar para o diretor, seu namorado vai saber quem você é!
Espero que não esteja chorando a essa altura. Sei que é uma garota forte!
Volto a me comunicar com você em breve. Boa noite! Durma bem!”
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!