Cap. 2
Cap.2 - A grande viagem
N/a: quando tiver isso “(...)” significa que esta mudando de narradora ;D
Depois de ter passado dois dias em casa descansando por receita médica, que não deveria ter me dado tudo por causa daquele médico velhote que não deve enxergar a própria mão, mas ele insistiu que eu tinha que ficar em casa dois dias sem fazer esforço... Tem coisa mais chata do que isso? Vamos dizer, foi perda de tempo da minha vida. Dois dias na minha vida valem muito mais do que vocês imaginam (N/a: ela nem exagera. ;D).
No dia seguinte, passei naquele hospital que disse a vocês que nunca iria por os pés lá, mas não tive escolha, o velhote me ordenou ir, pra ele ver como é que eu estava de saúde. Foi bem chato ficar esperando. Sabe, não tenho paciência (N/a: Isso ninguém percebeu). Mal comecei o capitulo e você já está me interrompendo? (N/a: Vixi, Gina, hoje você ‘tá de mau-humor, hein?) Tô mesmo. [cruza os braços]
[...]
Sinto lhes dizer, mas interrompemos esta parte da programação por precauções, pois nenhum dos meus queridos leitores adoraria ver uma Gina de mau-humor. Continuaremos no dia seguinte quando ela vai pro trabalho de muito bom-humor. Boa leitura!
Graças a Deus! Estou me sentido bem melhor hoje, parece que estou voando no país das maravilhas. Sabe o livro que se chama Alice no país das Maravilhas? Então, eu pareço igual à Alice, viajei e encontrei criaturas de várias espécies. As criaturas que eu falo são as novas pessoas que se instalaram no Ministério do mesmo nível que eu. Quando entrei aqui dentro até achei que eu tinha errado na hora de apertar o botão do elevador de tanto sono. Estava quase tudo mudado. As escrivaninhas e cadeiras estavam arrumadas de outra forma, como eu disse, tinham pessoas novas na área (adoro usar esta palavra *.*) e as paredes estavam pintadas com outra cor. Pelo jeito tinha ficado muito tempo fora do Ministério.
Eu só percebi que estava no local certo quando ouvi meu chefinho me chamando, mas não era calmamente, era gritando mesmo. Por isso eu disse no começo que tava “quase” tudo mudado... Se não fosse por ele, estaria até agora tentando encontrar o nível do meu departamento e teria chegado mais atrasada do que já estou. Deve ser por isso que ele me chamou para seu escritório. Deixa eu ir logo se não o barraco pega fogo...
Cheguei perto da porta dele, respirei fundo para o ataque do cão raivoso, (era assim que todo mundo o chamava) ajeitei a blusa e levantei a mão para bater. Antes mesmo de relar na porta o cão raivoso disse “Entre.”. Na minha situação eu diria: “Iiih, ferrou”. Mas como eu sou uma mulher que não utiliza palavrões (N/a: ‘Magina, ela agora é santinha.) E você c... (N/a: Depois fala que não “utiliza palavrões”) Dá pra você deixar eu continuar? [silêncio] Como eu ia dizendo... Eu sou uma mulher muito importante (N/a: Importante aonde? Só se for entre as Lulas-Gigantes.) ¬¬. E então eu digo: “A Lei de Murphy ‘tá me perseguindo hoje”. (N/a: Ela sempre te persegue Gininha, não é só hoje.) Aiii, alguém pega a autora e faz ela fechar essa matraca? [ninguém meche um só dedo] É, pelo jeito tô sozinha. [corre atrás de mim e eu saio gritando como uma descontrolada. Tropeço e ela me pega, amarra minhas pernas, mãos e boca com uma corda]. Pronto! [bate as mãos uma na outra] Agora você vai ficar paradinha aí. Háháhá. [risada maléfica]
Entrei devagarzinho e vi meu chefe sentado na sua cadeira atrás da sua escrivaninha lindérrima. Sempre quis uma daquelas pra mim. Ele disse pra me sentar na cadeira a sua frente com uma cara de “Eu vim em paz!”. Para alguém que sempre viu seu cão raivoso... É meio estranho ver ele tão calmo. Parece que ele deu um passeio pela rua e ficou feliz da vida. Isso é suspeito... Muito suspeito. E se ele me despedir por todo esse tempo ter ficado fora? Aaaaah! Eu tô morta, sem grana, sem casa e sem... Pizza! Buáááááá. “Ahh. Veja pelo lado bom, Gina, vai emagrecer.” Eu não tô gorda! Quer ficar amarrada igual a sua autora? “A consciência é sua, então você não vai conseguir me amarrar. Hahahahaha! [risada maléfica]” Hunf!
- A Srta.Weasley percebeu que há novos funcionários neste departamento, sim? –começou o cão raivoso.
- Sim, senhor. – é a morte! Vou ser despedida. Meus únicos minutos aqui serão agora...
- Como chegaram novos funcionários, precisamente preciso retirar alguns para que o departamento não fique cheio, senão não caberiam todos... – nem preciso dizer que minha mão tremia no encosto da cadeira, né?
Minha vida não será a mesma. Vou morar debaixo da ponte, passando fome, comendo rato e os restos jogados pelos trouxas, beberei a água do lago da praça... Buáááááá! Eu não quero morrer assim! Minha vida está sendo chutada para fora dos Felizes para Sempre... NÃOOO!
- Estive vendo sua ficha quando esteve fora e...
- NÃOO! EU FRACASSEI DURANTE ESTE DIAS, DEVERIA TER ORDENADO ELES ME DEIXAREM SAIR DE LÁ E VOLTAR PRO TRABALHO, MAS NÃO FIZ ISSO! EU ERREI, MAS ME PERDOE, CHEFINHO, NÃO ME DEMITA! EU PRECISO DESSE EMPREGO... NÃO QUERO MORAR DEBAIXO DA PONTE... –estava gritando tão alto que acho que as pessoas pararam do outro lado da porta pra ver a cena.
- Srta.Weasley, se acalme...
- NÃO QUERO COMER RATO, NÃO QUERO BEBER A ÁGUA DO LAGO! EU AINDA NEM CASEI! EU NEM CONTEI PRO SR. McCALLUM QUE A ESPOSA DELE O TRAI COM O CARA DO BAR QUE ELE SEMPRE VAI TODAS AS NOITES BEBER! – ouve um barulho de alguma coisa caindo – E TAMBÉM NÃO CONTEI A Sra. McCALLUM QUE O SEU MARIDO VAI A BOATES NOS FINS DE SEMANA PRA VER MULHERES DANÇANDO NO BALCÃO! – ouve mais um barulho de alguma coisa caindo – E...
- Srta.Weasley, se comporte! – disse meu chefe ordenando com a voz rouca. Sentei-me de fininho, pois tinha me levantado - Eu não te chamei aqui para te demitir, Srta. Weasley, eu a chamei aqui para te promover.
Sabe quando seus olhos brilham de alegria, foi o que aconteceu com os meus. Eu não vou morar debaixo da ponte! Uhuuuuul! Se eu tivesse em um lugar menos visível estaria saltitando agora, pois além do meu chefe, há pessoas lá de fora olhando pra mim. Ai, que medo.
- Er... Eu n-não sei o q-que dizer. – disse eu gaguejando.
- Diga somente um “obrigado”. – ele falou calmo.
- Obrigado. – fiz menção de me levantar, mas sentei de novo.
- Sim? – foi meio difícil ouvir o que ele disse, porque tinha começado uma barulheira lá fora, parecia que duas pessoas estavam brigando. Oras, aqui é o Ministério, se forem discutir, vão para casa que é bem mais particular, né?
- Como eu subi de cargo, estou agora nos Experientes em Jornalismo?
- Sim, Srta.Weasley. Você estava nos Iniciantes, e pelo que vi na sua ficha, já está pronta para entrar nos Experientes.
- Ah... Obrigado. Eu posso ir?
- Ainda não, minha secretaria irá mostrar sua mesa.
Nos levantamos e fomos até à porta. Ele a abriu e viu sua secretaria discutindo com o marido, segurando um caderno na mão, pronta para batê-lo e o rosto dele tinha a forma de uma mão estampada, com a platéia da firma em volta assistindo.
- Sra. McCallum? – chamou meu chefinho querido. “Agora é querido, né? Antes era cão raivoso. Como as pessoas mudam de uma hora pra outra!” Há, me deixa quieta, vai?
Ela não lhe deu atenção e continuou a discutir com o marido, achando que aqui era a casa da mãe Joana.
- Sr. Sims, mostre para a Srta.Weasley o escritório dela de agora em diante. – falou para um rapaz perto da sua porta que também assistia a cena. -A Sra.McCallum não está em situação para me ouvir, o senhor pode fazer esse favor?
-Sim, Sr.Martin. – ele respondeu para o meu chefinho. Ah, é! Eu tinha me esquecido de dizer que o cão raivoso se chamava assim. Distração sabe?
Estávamos andando por um corredor e percebi que estava quase tudo mudado mesmo. Nossa, ficou mais bonito, o Ministério. Simplesmente ficou. Olhava para as surpresas que vinham logo á frente enquanto passávamos, cada vez mais minha boca se abria.
- Ficou bonito mesmo, né? – disse Garrett percebendo minha surpresa.
Garrett era um lindo homem de olhos castanhos sedutores e com seu cabelo qualquer mulher babava por ele. Até eu, claro! Mas eu só tenho que babar, pois tenho namorado e não sou daquelas que são infiéis. Er... Eu já traí meu namô, sabe, um cara me beijou um dia quando fui à sorveteria... Mas foi ele que me beijou, não fui eu. Pescaram?
- Adorei! Mudou muito quando estive fora.
- É mesmo. Aqui estamos. – abriu uma porta para eu entrar primeiro – No seu novo escritório.
Minha expressão foi maior ainda do que só abrir a boca. Meu, aquilo era tudo lindo, tudo na linha fina, os móveis eram os que estavam sendo os mais vendidos, a cortina é de um tecido de ultima geração e nem vou te falar sobre minha escrivaninha.
- Uauuu! Ganhei uma igualzinha à do meu chefinho! – disse passando a mão nela. –Uhuuul! - comemorei e Garrett deu risada.
- Katie e Cel ganharam iguais também.
- Não me diga que elas... – mas antes que eu pudesse terminar a frase duas pessoas apareceram na porta.
- FOMOS PROMOVIDAS! – disseram as duas. Nos abraçamos como adolescentes quando passam nos N.O.M.’s.
- Ahaaa, uhuuul! GANHAMOS UM ESCRITÓRIO! – ficamos cantando por uns segundos até Garrett dizer que se continuarmos assim o Sr. Martin iria ficar bravo e chegaria aqui gritando com a gente. Isso se chama estraga prazeres.. Hunf! [emburra]
(...)
Estamos agora, no nosso horário de almoço comendo hambúrgueres. Isso que é almoço! “No almoço?” É, e daí? “E daí ,querida, que isso não é almoço, isso se chama comer besteiras, não almoçando.” E qual é a diferença, consciência? Você se preocupa demais, sabia? “Me preocupo com você, querida. Se você continuar assim, vai engordar e engordando vai pegar obesidade, problemas cardíacos...” Eu lhes apresento minha consciência e não sei se vocês repararam, mas ela é cheia de arranjar problemas nas coisas que eu faço. Blééé.
- Gina, o que é que você fez? - Cel perguntou passando ketchup no seu hambúrguer, que acabou de cair um pouco na mesa. Distraída ela.
- EU? – Gina colocou o dedo na altura do próprio peito fazendo uma cara de “inocente”.- Por tudo que é mais sagrado, eu não fiz nada! – e isso convence alguém?
- Como não? Você tinha prometido que seríamos nós duas que iríamos contar aos McCallum sobre os acontecimentos. - hey, a Cel sabia também e eu fiquei de fora, é?
- Como assim, Cel, você sabia também?- olhei para as duas, indignada. Por que será que eu sempre fico de fora? A ultima vez que aconteceu isso foi... Er... ESSA?
- Claro, eu fui investigar junto com a Gina. - disse num tom de que isso era óbvio.
- A senhorita chamou a Cel e não euzinha? - falei desapontada - Me tirou de fora disso, é?
- Calma aí, Katie, você estava viajando em serviço e como é que você queria que a gente te esperasse um mês? - disse a Bochechuda Virgínia.
- Seria um inferno pra gente, tínhamos que descobrir logo... – Cel disse.
- Pra demorar pra dizer a eles? Que eu saiba vai fazer semana que vem três meses. -disse mostrando três dedos mais indignada ainda.
- Não é bem assim... – Cel disse e mordeu um pedaço do hambúrguer.
- Digam logo, criaturas! É o que então? – ou essas duas se decidem ou eu faço um escândalo aqui, agora. - Cel? Bochecha? – chamei impaciente. Já disse a vocês que sou impaciente? Não? Bem, agora vocês sabem. ;)
- Depois que descobrimos que sua mulher também tinha um segredo... - começou Cel.
- Você quer dizer... Trair. - falei.
- Sim. - disse Gina por ela. - Quando descobrimos que ela o traia e enquanto seu marido ia para as boates, vamos dizer que ele também a traia.
- Claro, ia às boates para ver mulheres dançando. – disse Cel depois de ter mordido mais um pedaço de seu hambúrguer. E o meu nem vou te falar, foi pegar férias na Antártica. Estava mais frio do que um gelo no congelador. “Deve ser por que o gelo fica no congelador.” Olha aqui, consciência, ou você fica quieta ou vai ter treta. E eu tô falando sério. “Não está mais aqui quem falou, mesmo eu duvidando muito que você vá se bater em si mesma.” ¬¬° .
- Sei, mas então... – falei tentando faze-las dizerem mais rápido, pois pararam para brincar do jogo do silêncio. Que demora, parecem duas tartarugas ambulantes. “Claro, as tartarugas andam se você não sabe.”. Chispa fora e não aparece mais, O.K.?
- Decidimos não contar para ninguém se o Sr.McCallum nunca mais fosse às boates. E que se ele colocasse os pés dentro da boate nós saberíamos. - disse a Bochecha depois de ter mastigado.
- Mas vocês contaram para ele que sua mulher também o traia? – perguntei.
- Não, só dissemos da parte dele o que descobrimos. E também fomos falar com a mulher dele sobre isso, todo o processo igualmente.
- E os dois aceitaram? - perguntei mais curiosa. Isso ta ficando quente.
- Sim, mas depois de muito tempo a ameaçando. -disse Cel que mordeu o último pedaço do sanduíche.
- Vocês não ficaram com medo de ele ir para o Ministério denunciá-las? -como eu poderia imaginar que minhas duas amigas iriam ameaçar alguém?
Acho melhor eu acreditar mais no ditado “As pessoas mudam a qualquer hora igual ao vento”. Vamos dizer que não existe esse ditado, fui eu que inventei mesmo. Gostaram? ^.^
- Não, por que não foi bem uma ameaça... – disse Gina – Foi só um aviso para que seu casamento não se desmanchasse. – sabe, o meu ditado pode ser meio que falseta, então aviso à vocês que não acreditem muito nele. He-he-he.
- Sabia que eles não iriam dar certo, desde quando fiquei sabendo do casamento. Não botei fé...
- Katie, o nosso chefinho está te chamando no escritório dele. - Garrett aproximou da nossa mesa e abaixou apoiando no encosto da minha cadeira aproximando perto do meu ouvido.
Uauuu, nem preciso dizer que tô quase a desmaiar, cair dura no chão. Babem, ele é só meu, meuzinho. Não que ele seja meu namô, mas só falta um tiquinho para virar. Mesmo assim quem botar o olho nele, como dizia minha vovó, tem pena de sua vida?
- Katie? -disse ele com aquela voz de sufocar seus pulmões. Sabem, eu não posso mais agüentar, ele disse meu nome, que é master lindo, com aquela voz master linda dele, perto do meu ouvido master bom em alto som que pude ouvir, que me arrepiei master inteira, e tudo virou master em mim que tive que cair da cadeira... Foi bem mais um desmaio, um master desmaio.
PLOFT! [treme o chão] Obs.: Não que eu seja gorda, mas porque foi um master desmaio. Sacaram?
(...)
Até que enfim apareceu a melhor narradora de historias. =D Eu seria também a melhor narradora de jogos de Quadribol se, eu disse “se”, eu passase na avaliação e como devem saber, eu não passei. Foi triste, eu estava ansiosa para saber o resultado da minha avaliação e quando o professor falou meu nome meu coração pulou, seria àquela hora de saber se eu passei ou não. Eu não me agüentava sentada, me levantei e segurava um terço que comecei a rezar. Quando ele disse o resultado, cai sentada na cadeira, o terço escorregou da minha mão e caiu no chão. Comecei a abrir o berreiro no meio da sala inteira. Foi um King Kong. Minha vontade era de agarrar o pescoçinho do profe e ficar estrangulando-o. A vontade era tão grande, tão grande que quando eu vi estava estrangulando meu estojinho azul-marinho de estrelinhas brilhantes, era uma fofura. ^.^ Tadinho, foi arrebentado pelas minhas mãos, agora se encontra no lixo.
Mas antes que eu comece a falar do meu passado e não parar mais, preciso me concentrar na cena que estou presenciando agora. É constrangedor. Será se essa é a melhor palavra pra resumir tudo isso? Minha amiga está caída no chão da lanchonete do lado da firma, com todo mundo olhando. Gina está do lado dela tentando fazê-la acordar e eu estou aqui sentada vendo tudo de camarote. Se vocês acham que eu não estou ajudando, pensam bem antes de dizer isso na minha cara. Eu, com muito esforço, estou dizendo as pessoas para não se preocuparem por que minha amiga tem problemas e por isso ela tem essas recaídas.
Vocês já sabem o que aconteceu agorinha? Não? Então eu vou resumir... Katie caiu da cadeira na frente de todos e principalmente de Garrett. Ela ama Garrett, desde quando ele entrou para firma. Tadinha, vai querer morrer depois que souber que desmaiou na frente dele.
- Garret fica suave, eu posso jurar que ela está em perfeita saúde. – disse para o homem que estava todo preocupado agachado perto do corpo de Katie. Quanto desespero, credo!
- Eu não sei não. Ela está me parecendo pálida. – ele disse passando a mão no rosto de Katie. Para mim não foi minha impressão, mas como todo mundo diz não vou ser diferente, não sei se foi minha impressão, mas acho que vi minha amiga abrir um olho e depois fechá-lo.
Tirando eu, claro... Minha amiga é mais esperta do que eu imaginava hein?
- Katie, vamos acordar e parar com isso. Sabia que você já chamou muita atenção? Vamos dizer até demais. – disse chutando-a de leve na barriga. Gina e Garrett me olharam como se eu fosse violenta.
Hey, o que eles acham? Que eu vou deixá-la fazer papel de ridículo ainda mais me fazer passar vergonha? Nem pensar, já ter uma amiga dessas é passar vergonha, já imagina o que ela apronta. “E depois diz que ela é sua grande amiga” Mas ela é minha grande amiga, mas sabem, gente, fazer me passar vergonha na frente de um monte de gente é a especialidade dela. Captaram?
- Katiezinha, por favor... Pelo menos hoje use a cabecinha e pense em mim, você sabe como eu fico depois do que você apronta?! – disse dando mais umas batidinhas na barriga dela de leve.
- Cel, deixe-a em paz! – Gina disse batendo em meu pé. Tadinho vai ficar vermelho agora. =O – O que você na verdade está fazendo? – ela fez careta como se dissesse que eu não estou batendo bem da cabeça.
- Você tem razão! – soltei uma exclamação e me virei para falar com Garrett. – Eu posso ir ao lugar da Katie?
- Hã? – disse ele sem entender. Affe, como as pessoinhas são lerdas.
- Eu posso falar com o patrãozinho no lugar da desmaiada? – será que vou ter que desenhar, pois ele estava me olhando com uma cara de quem não tinha entendido muito bem. Sabe acho que vou ter um papo sério sobre ele com Katie. Ela não merece um cara que é lerdinho pra entender as coisas.
- Pode sim, Cel. – soltei uma exclamação. – Ele disse que poderia qualquer uma de vocês três, mas pensei em chamá-la. – realmente preciso ter um papo sério com ela, e se pá o mais rápido possível. O rapaz ‘tá interessado nela há sei lá quantos semanas e ele não demonstrou nada disso pra ela? E pelo que vi, nem deu uma paquerinha... Tadinha, ela vai sofrer por ter passado esse micão em vão.
Estive pensando no caso até chegar à querida porta do meu chefinho que um dia levei na cara depois de ter ouvido muitas reclamações dele, coisa que eu nem sei até agora o que eu fiz para merecer aquilo. Bom, agora é melhor eu pensar no presente e saber o que ele quer com uma de nós.
- Entre! – disse o cão raivoso quando eu bati duas vezes. Entrei e o vi, como sempre, sentado atrás da sua escrivaninha escrevendo alguma coisa em um papel. Sentei-me e ele me olhou, parando de fazer o que estava fazendo.
- É... – vamos dizer que fiquei uns 10 segundos assim - Garrett me disse que você esperava uma de nós três...
- Ah, sim, já estava me esquecendo... – nossa, o cara já está chegando a esquecer as coisas? Uma aposentadoria seria ótima! Pra ele e pra mim. Acho que uma festa seria ideal para comemorar... – Eu a chamei para lhe dizer que não vou mais viajar no próximo final de semana...
- Pode deixar, chefinho, que eu tomo conta de tudo. – ou ele me olhou espantado ou ele me olhou alegre. Sou boa em saber o que está se passando nos olhares das pessoas, mas sempre fui ruim com o meu chefinho. Como é impossível ele estar alegre por eu ter o chamado de chefinho? Eu fico com a primeira alternativa mesmo.
- A senhorita me chamou de “chefinho”? – disse apoiando na mesa com os braços sincronizados.
- Er... Seosenhornaogostaeunaochamo. – omaisassim.
- Poderia repetir Srta. Burch? – disse confuso.
- Desculpa, che... Sr.Martim.
- Eu não me importo de a senhorita me chamar assim. – fiquei esplendidamente espantada. Quem diria meu chefinho dizendo umas coisas dessas?
- O senhor tomou um choque hoje cedo? – perguntei me divertindo.
- Não, estou ótimo! Por isso aproveite por não me deixar de mau-humor senão não dou mais minhas passagens pra viajar de cruzeiro.
- Há-há-há. Uma grande piada, Sr.Martim. Adorei, tem outra? – disse dando risada.
- Não é uma piada, Srta.Burch, é a pura verdade. Te chamei para te dar três passagens para Nova York. – dá pra acreditar? Meu chefinho que sempre foi um cão raivoso, ‘tá falando que vai me dar três passagens para Nova York. Tem coisa mais bizarra do que isso?
- E por que você faria isso? E por que para mim? – disse desconfiada. Sempre sou desconfiada, adoro ser desconfiada. “Não liguem não, ela as vezes vira de normal para anormal mesmo.”
- Eu te disse no começo da nossa conversa. Por que não vou poder mais viajar. – silêncio. - Você poderia não receber esta passagem, poderia ser a Srta. Weasley ou a Srta. Sullivan.
- Não mudaria nada, o senhor me disse que são três passagens, mesmo que se fossem elas, eu iria junto.
Ahá! Viu, eu não sou tão inútil assim, sei fazer conta!
- Por isso disse ao Sr. Sims que não fazia diferença qual ele chamaria. - Ahh, agora tudo ‘tá fazendo sentido.
- E por que você decidiu dar este presente para nós três?
- Porque como sabem, as suas férias começarão no próximo final de semana e para não atrapalhar os outros no trabalho e a firma, claro... Pensei em alguém que saísse de férias nestes dias.
- Se queira me desculpar Sr.Martim, isso não explica muito. Por que não vai viajar mais?
- Sem desculpas, a senhorita precisa de respostas. – bebeu um copo de água que estava em sua mesa. - A empresa precisa de mim nesse tempo... E eu sairia com minha família de férias, mas como não vou poder, terei que adiar.
- O senhor poderia ter marcado as passagens para outro dia, não?
- Foi o que eu fui fazer, mas me disseram que não poderia mais desmarcar, pois nos outros dias já estavam cheios.
- Mesmo que a gente saia de férias nestes dias, o senhor acabou de nos promover e quando alguém é promovido o senhor fica observando em duas semanas a pessoa.
- A senhorita é bem esperta. – sorriu e logo em seguida bebeu a água restante. – No Cruzeiro vai viajar um empresário que a firma faz uma parceria com ele. Precisávamos conversar sobre outros assuntos para podermos fazer o que estamos planejando. A senhorita deve ter visto que fizemos umas reformas no Ministério e foi tudo gasto pelo dinheiro que recebemos com a parceria. Precisamos dele e ele precisa de nós.
- Sim, entendo. Então o senhor quer que nós três consigamos uma outra parceria com ele. Só mais uma duvida.
- Sim?
- Se ele precisa de nós tanto quanto precisamos dele, não recusaria nenhuma proposta, certo?
- Não. Duvido muito que só teria nossa empresa para fazer parcerias, mas também se não tiver, provavelmente vai ter um outro jeito de ganhar o premio que tanto quer. -ficamos em silêncio, eu pensando no assunto e o meu chefinho... Oras, como eu vou saber? - Aqui está à ficha do rapaz - mostrou uma pasta cheia de papeis dentro, que tirou da gaveta - E este aqui é tudo sobre o negócio que faremos. – retirou outra pasta igual à outra, só que esta um pouco mais de papéis. - Estude-as. É bom conhecer melhor a pessoa com quem se está fazendo negócios. – pisca para mim, dando boa sorte.
- Digo pela Sullivan e pela Weasley que faremos o impossível para conseguir esta parceria.
- Muito obrigado, Srta.Burch. Isso quer dizer que vai aceitar minhas passagens?
- Não é todo dia que aparece um homem que dá de bom gosto três passagens para Nova York, viajando de cruzeiro ainda por cima. – lancei um sorriso e ele fez o mesmo. – Será uma viagem em tanto.
- Como a senhorita está aceitando... Precisa das passagens se quiserem viajar. – ele tirou da gaveta agora uns três pergaminhos pequenos e estendeu, se levantando.
- Ah, é, já estava me esquecendo. – peguei e pus dentro dos bolsos da calça. Estendi a mão para cumprimentá-lo e ele aceitou com prazer.
- Boa viagem! Disseram-me que o Cruzeiro é de grande especialidade para satisfazer os seus passageiros.
- Pode deixar, chefinho. – pisquei o olho para ele. Acho que ainda ele não devia se aposentar, que tal depois de uns anos a mais?
N/a: Cap. Postadoo! Maah, como vc esta ocupada, pois seu tempo taah cheioo que eu seii, to mandando betar meus caps. para uma Vice-beta ;D
E agora uma boa noticia!
Espereem que o Cap.3 pode sair á qualquer dias desses...
Bjokaaas! ;*
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