As Edições Antigas do Oráculo
Primeiramente, obrigada por todos as pessoas que já leram o prólogo desta fic! Principalmente dk-tom e acedonio!!! Valeu!!
Respondendo a pergunta que vocês me fizeram, a fic original tem 32 capitulos completos e a agora a autora Eternal Cosmos está escrevendo o último (mal posso esperar.. hehe).
Obs: Novamente, eu não tenho os direitos autorais desta fic! Divertam-se com este capítulo! E comentem... não custa nada e eu posso saber o que vocês acham...Até mais!
Boa leitura!!
..............................
Blah! - língua de cobra
........................................................................
O Mundo Sem Mim
Capíulo 1 - As Edições Antigas do Oráculo Diário
.............................................................................
Um flash de luz vermelha iluminando os arredores de Hogsmeade tão tarde da noite de segunda-feira deveria ter alertado os moradores que viviam lá, mas como já erade madrugada ninguém viu nada e a estrada continuou silenciosa e deserta, exceto pela grossa camada de gelo que cobria o chão.
Os primeiros a acordar foram Hedwig e Nagini. A pobre coruja agitou suas penas e piou irritada por quase ter sido jogada no chão durante a sua aterrissagem. Nagini deslizou na direção de seu novo mestre, que estava deitado de cabeça para baixo em um amontoado de roupas, enquanto reclamava sobre o frio do lugar. "Criança-sserpente?"
Nenhuma resposta.
Nagini cutucou o garoto moreno com sua cauda mas Harry estava obviamente cansado demais para responder. Hedwig desceu, aterrissou do lado do rosto de Harry e o bicou repetidamente no ombro.
O Menino-Que-Sobreviveu contraiu-se e gemeu, e então sentou-se devagar, sentindo-se tremer. "Hedwig? Nagini?"
Harry olhou ao redor com uma expressão confusa e vagamente reconheceu o lugar como sendo os arredores de Hogsmeade, mesmo com toda essa neve; ele podia ver a Casa dos Gritos numa colina mais ao longe. Ele se levantou com um pouco de dificuldade e deixou Hedwig pousar no seu ombro mais uma vez.
"Messtre, onde nóss esstamos? O que nóss devemoss fazer agora?" Nagini perguntou enquanto optava por se esconder dentro da capa de Harry para se aquecer.
"Nóss esstamos noss arredoress de Hogssmeade. A primeira coissa que temoss que fazer é achar um lugar para dormirmoss essta noite e então temoss que procurar algumass informaçõess ssobre esste mundo. O Beco Diagonal é o melhor lugar para começarmoss; lá tem uma grande biblioteca e eu tenho certeza que eless guardam regisstross do Profeta Diário. Eu tenho muito trabalho pela frente sse não quisser parecer um ignorante."
Harry apontou sua varinha para si mesmo e murmurrou "Reparo!" Suas roupas e capa rasgadas emendaram-se; entretanto, havia uma última coisa que ele tinha que fazer antes de entrar na vila bruxa e ele pediu para Hedwig e Nagini não se assustarem.
Ele ainda não sabia em quem ele podia confiar neste mundo, e estava contente por ter aprendido como mudar sua aparência com magia no começo de seu sexto ano. É claro, havia sido uma aula "extra-curricular" cortesamente ensinada por Lupin, um secreto bem guardado por Harry, assim como sua nova habilidade animaga, também ensinada pelo lobisomem.
Havia sido uma necessidade: ele estava sofrendo muitas ameaças e não teve nenhuma escolha senão voltar a ter suas aulas noturnas de Occlumência ensinadas por Snape e suas aulas de Defesa Avançada Contra a Arte das Trevas com Remo Lupin, que neste tempo ficava escondido em uma das muitas torres de Hogwarts.
Harry tinha certeza que não teria nenhum problema se quisesse se tornar um Auror, com seu feitiço do Patrono, sua habilidade animaga, sua habilidade em Occlumência assim como o perfeito 'glamour' que ele era capaz de lançar. Seguindo o fato que ele havia acapado de matar o 'seu' Voldemort com 17 anos de idade e isso não dava dúvida de seus poderes mágicos, com ou sem varinha.
Harry fechou seus olhos e começou a imaginar a maneira que ele queria parecer por um tempo; ele já sabia como seu disfarce iria parecer no final, pois já havia usado esta aparência antes como um teste.
Seu cabelo cresceu e passou pelos seus ombros mas não mudou de cor, seu corpo espichou alguns centímetros e sua face tornou-se mais fina. Ele abriu os olhos e profundos olhos azuis olharam para a curiosa cobra e a silenciosa coruja. Hedwig reconheceu essa transformação portando ela o ignorou, mas levou alguns minutos para Nagini se acostumar a ela.
Enquanto Harry começou sua caminhada em direção a Hogsmeade, sua mente vagueou sobre o seu 'glamour' e a aparência que ele havia usado. Era fácil de saber: cabelos escuros e compridos e profundos olhos azuis, com uma fina aparência: Harry havia usado a aparência de seu falecido padrinho para criar a dele, mesmo que não pudesse esconder sua cicatriz em forma de raio na sua testa. Ele não parecia exatamente igual a Sirius, é claro, aquilo teria sido difícil demais para suportar tanto para ele como para Remo, mas ele gostava de saber que havia um pouco de seu padrinho em si próprio.
Somente algumas vitrines estavam cobertas, mas a maioria das lojas estavam fechadas. Harry andou com cansaço para o bar de Rosmerta, o Três Vassouras e sabia por experiência que ele estava sempre aberto até bem tarde da noite. Neste mundo isto também era verdade e com um ar de confiança ele empurrou rangendo a porta de madeira.
Haviam poucas pessoas a essa hora, e as presentes não o perceberam, tendo já bebido muitas cervejas amantegadas. Rosmerta, entretanto, olhou-o imediatamente e andou devagar até ele. A mulher estava provavelmente se perguntando quem, em nome de Merlin, era a essa hora e se ele era um amigo ou um inimigo.
Mesmo assim, ela o cumprimentou com um sorriso. "Olá! O que eu posso fazer por você?"
Harry deu a ela um sorriso cansado e tirou cinco galeões de sua bolsa, dando-os a ela. "Eu gostaria de um quarto aqui por alguns dias. Eu acabei de voltar de uma viagem bastante cansativa e eu estou precisando de um bom descanso."
Rosmerta pareceu surpresa de ver um garoto com tanto dinheiro mas quem era ela para recusar? Ela assentiu e mandou com um gesto que ele a seguisse, evitando um bruxo bêbado que estava quase caindo da sua cadeira.
Harry acariciou Hedwig e gentilmente pediu a ela para não fazer barulho enquanto ele estava silenciosamente agradecido por Nagini ter decidido ficar escondida na capa dele. Ele não queria repetir o incidente de seu segundo-ano, especialmente quando Voldemort ainda estava vivo e atacando. As conseqüências provavelmente seriam dez vezes piores.
"Então... você parece jovem demais para estar viajando sozinho."
Harry saiu de seu devaneio quando Rosmerta o endereçou bruscamente. Ela provavelmente queria julgar a reação de Harry e as suas respostas para ver se ele era bom ou mau e era cuidadosa em formular suas frases. Ela falava casualmente mas isso não funcionava com ele. "Na verdade, você parece um estudante de Hogwarts, com sua capa e tudo mais..." ela concluiu.
Harry deixou escapar um par de risadas e mexeu sua cabeça negativamente, sob os olhos incrédulos de Rosmerta. "Eu sinto dizer que você está enganada, madame. Estas capas negras são bastante populares e além disso, você não está vendo um brasão da escola nela, não é mesmo?" ele respondeu amigavelmete.
Rosmerta deu a ele uma olhadela e, depois de um pequeno momento de reflexão, ela assentiu para si mesma e sorriu para ele, decidindo que o jovem era bastante simpático e que não era uma ameaça. "Eu peço desculpas pelas perguntas. Aqui está o seu quarto e a chave, me chame se precisar de alguma coisa. Agora você devia ir dormir, você parece um pouco cansado. Tem certeza que está bem?" ela perguntou preocupada.
Harry só sacudiu a cabeça e disse a ela para não se preocupar com ele, mas que era bondoso da sua parte se preocupar com a saúde dele. Rosmerta deu um olhar hesitante mas quando ela bocejou ela esqueceu sobre o assunto; a cama parecia a melhor escolha no momento. "Se você tem certeza.... eu vou indo, boa noite!" E com isso ela se afastou e desceu as escadas para expulsar seus clientes.
Harry fechou a porta e a trancou com a chave e alguns feitiços, que incluíam um par de feitiços para silenciar o quarto: ele não queria que ninguém ouvissem os pios de Hedwig ou pior, ele falando em língua de cobra... ou ainda pior: ele acordar fazendo um estardalhaço. gritando, por causa de seus ocasionais pesadelos.
"Boa noite Hedwig, , boa noite Nagini. "
Seus dois animais de estimação logo cairam no sono enquanto Harry limpa-se com um feitiço. Ele estava cansado demais para se lavar do modo mais demorado e não queria ir dormir todo sujo por causa do que havia acontecido mais cedo neste dia.
Ele entrou em baixo das cobertas e caiu no sono instantaneamente, ainda com o 'glamour', perguntando o que o amanhã iria trazer para ele e suas acompanhantes.
...........................................
Harry acordou tarde na manhã seguinte e vagamente se perguntou porque tudo estava tão quieto e pacífico na estalagem; então ele lembrou que ele havia lançado um feitiço silenciador em volta do seu quarto noite passada e com um suspiro ele entrou de volta na cama para aproveitar essa tranqüilidade.
Aqui, ninguém o conhecia e ele era deixado em paz, o que agradava imensamente o garoto. Ele podia também fazer magia sem se incomodar; neste mundo ele estava morto e com certeza não estava registrado no livros do ministério. Harry olhou para Hedwig e a coruja branca ainda estava dormindo numa mesa no fundo do seu quarto.
Nagini, ao contrário, havia procurado por uma fonte de calor e agora estava enrolada firmente em volta de si mesma, próxima aos seus pés na colcha aquecida.
Sua mente vagou para seus falecidos amigos e ele lutou contra o nó que estava se formando na sua garganta. Ron, Hermione, Lupin... todos estavam mortos. Eles estavam com certeza vivos aqui, tinham que estar, mas eles continuavam os mesmos ou eram diferentes? O que havia acontecido aqui? O que, neste mundo, era tão diferente do dele???
Harry fechou seus olhos firmemente e deu um suspiro frustrado quando percebeu que não conseguiria mais dormir. Ele só tinha tantas questões sem resposta e hipóteses percorriam sua mente e o problema era: ele não tinha vontade de bloqueá-la usando Occlumência. Ele QUERIA saber as respostas.
Como o sono não iria vir por muito tempo, ele se levantou e colocou suas roupas e sua capa, silenciosamente percebendo que teria que comprar roupas novas no Beco Diagonal.
Com um último olhar para seus dois animais de estimação adormecidos, ele saiu de seu quarto e desceu as escadas.
"Olá de novo! Eu estava começando a pensar quando você iria sair do seu quarto!"
Harry pulou quando Rosmerta subitamente apareceu atrás dele com um sorriso radiante, fazendo os outros clientes na sala olharem para ele como se ele fizesse parte de uma exposição. Isso fez Harry ficar desconfortável, mas a proprietária do bar meramente disse para ele ignorá-los. Quando ela falou isso, a atenção em Harry começou a se dissipar e logo a atmosfera estava mais uma vez de volta ao normal.
"Você está com fome? Eu poderia fazer pra você um café-da-manhã, senhor..." ela parou e olhou para o garoto de olhos azuis desconfiada. "Na verdade, eu não lembro o seu nome."
Harry pareceu assustado por um segundo mas ele rapidamente disfarçou sua surpresa com um sorriso. "É porque eu nunca lhe disse. Que mal-educado da minha parte. Meu nome é James, James Evans."
Rosmerta pôs um dedo no queixo e pareceu refletir por um momento. "Hmmm, esse não é um nome comum bruxo. Mas é um nome muito bonito de qualquer maneira!" Ela deu ao o garoto de longos cabelos negros uma olhadela questionadora quando um sorriso muito triste aparecia nos lábios dele.
"É sim, não é mesmo?" Ele ignorou o olhar inquisidor de Rosmerta e preparou-se para sair da estalagem.
"Ah! Eu deixei minha coruja no meu quarto e ela está muito cansada, então você poderia não entrar lá, por favor? A pobre coitada já teve ação ontem o suficiente para durar pro resto da semana." Ele deixou de fora o fato de que havia também uma cobra muito impressionável dormindo a sua cama e saiu do Três Vassouras quando Rosmerta assentiu seu consentimento.
"Ele é um cara estranho, esse aí," um velho bruxo gruniu depois do garoto ter desaparecido pela porta.
Rosmerta assentiu com uma face neutra. "Sim ele é. Ele veio ontem bem tarde da noite, parecendo completamente exausto, pedindo por um quarto. Eu pensei que ele era um estudante mas ele disse que não freqüentava Hogwarts. Porém, ele não parece ter mais do que dezesseis ou dezessete anos."
O bruxo que havia escutado a pequena conversa entre ela e o garoto olhou para a porta onde o jovem previamente havia estado cautelosamente. "Talvez ele é um aluno encrenqueiro e fugiu da escola? Ou pior... um dos 'SEUS' seguidores..." ele sussurou para Rosmerta com uma voz baixa.
A dona do bar gelou de medo por um instante mas golpeou o ombro do bruxo furiosamente. "Não diga coisas assim! E não ouse alertar os aurores por nada! Se eu achar algo suspeito no garoto ENTÃO eles irão saber e interferir. Por enquanto ele não fez nada de errado e eu meio que já gosto dele."
Ela se voltou para os seus outros clientes com um bufo, deixando o velho e seriosamente paranóico bruxo bebendo sozinho sua cerveja amantegada.
......................................................
No segundo em que ele estava longe o bastante de Hogsmeade, Harry ergueu sua varinha e ficou aliviado em descobrir que o Nôitibus Andante também existia neste mundo.
Mesmo com todas as suas habilidades, Harry ainda não sabia como aparatar e para dizer a verdade, ele não queria aprender como fazê-lo. Ele odiava a sensação e não ousava pensar sobre as aterissagens; ele era levemente capaz de cair em pé quando usava a merda do Pó de Flu então aparatar estava fora de cogitação.
O garoto que atualmente tinha olhos azuis deu dois sicles para, surpreendentemente, Stan, que era responsável pelo Nôitibus Andante até mesmo nessa dimensão. Enquanto o enorme ônibus desaparecia de vista, Harry tentou permanecer de pé sem sentir-se enjoado e refletiu sobre Stan. 'Ele é realmente feito pra esse trabalho, não é mesmo?'
Pelo menos algumas coisas ainda eram familiares, como Tom, o atendente do Caldeirão Furado. Vários pares de olhos seguiram os movimentos de Harry desconfiados enquanto ele atravessava a sala e apressadamente bateu de leve nos velhos tijolos vermelhos com sua varinha para abrir a entrada do Beco Diagonal.
As ruas estavam fervilhando de gente e Harry relaxou quando a atenção de ninguém foi atraída para ele. Ao invés de ir diretamente para a biblioteca, Harry deu um pequeno tour pela Madame Malkin - Roupas para Todas as Ocasiões e adquiriu uma boa quantidade de camisetas, calças e capas, especialmente uma capa quente feita de pele de dragão.
Ele optou pelo estilo bruxo e jogou fora suas roupas velhas imediatamente; o Lorde das Trevas era poderoso nesse mundo e vestir roupas trouxas não era a melhor opção para aqueles que queriam ficar vivos por mais tempo possível.
No mesmo segundo que Harry pôs o pé para fora da loja, depois de receber elogios da Madame Malkin pela sua aparência e pela escolha das roupas, Harry foi "atacado" por uma coruja extremamente furiosa. "Ai! Hedwig?! Pare com isso!"
A coruja branca piou irritada e beliscou seus dedos uma última vez antes de pousar no ombro do seu mestre. Ela ainda olhava para ele como se estivesse zangada por ele ter saído sem ela e Harry quase podia ouvir ela dizendo "Onde é que você estava?! Eu estive procurando por você por todo o lugar!"
Harry deu a ela um olhar pendindo descupas e acariciou sua cabeça. "Desculpa garota. Eu pensei que você iria gostar de dormir até mais tarde. Acho que eu estava errado."
Ele andou em direção a biblioteca e mentalmente estremeceu ao pensar na cobra furiosa que estaria esperando por ele no Três Vassouras. Ele passou na frente da loja de animais e fez outro tour para conseguir um rato gordo e suculento para Nagini... e comprou um para Hedwig depois da coruja no seu ombro piar indignada. "Aqui Hedwig. Pegue o seu rato e espere por mim no telhado. Eu vou tentar não demorar muito."
A coruja pegou o rato sem hesitar e voou para o telhado da biblioteca. Harry riu dela mas logo recuperou a sua seriedade. Não tinham tantas pessoas, felizmente, e Harry rapidamente viu a Seção de Edições Antigas no segundo piso.
Harry procurou nas pratileiras pelo Profeta Diário mas suspirou frustradamente quando ele não encontrou nada com este título. Então viu um amontoado de jornais com a palavra 'Diário' neles, então ele pegou um de uma pilha velha e amarelada.
"O Oráculo Diário? Estranho, mas ok. Deve ser o equivalente ao Profeta Diário no meu mundo." Harry pegou a pilha que começava com a data da morte de seus pais e sentou-se ali perto, colocando os jornais em uma pequena mesa de madeira.
O ORÁCULO DIÁRIO
Godric's Hollow ATACADA!!!
Harry gelou quando ele viu a manchete do primeiro jornal que tinha pego e começou a lê-lo, mentalmente repetindo a si mesmo que esta dimensão não era a dele. Mas aprender que seus pais haviam sido mortos, juntamente com seu 'eu' bebê, ainda era difícil de suportar.
Mas uma sentença atraiu a sua atenção, algo dito por um dos investigadores: "o bebê de um ano, chamado Harry James Potter, curiosamente não foi morto com a Avada Kedavra com seus pais. Haviam marcas de estrangulamento no seu pequeno pescoço, nós suspeitamos que tenham sido feitas pelo Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado em pessoa, como se fosse um ato de pura raiva e vingança..."
Harry refletiu sobre isso; Voldemort havia ouvido sobre a Profecia? Primeiramente, a Profecia existia aqui? Ele não podia meramente ir ao Departamento de Mistérios e procurar pela esfera que continha a Profecia feita por Sibila Trelawney, portanto aqui ele estava no escuro. Porém, uma coisa era certa: ele iria se vingar da 'sua morte'.
Por outro lado, ele estava aliviado e feliz por saber que Pettigrew havia sido capturado na mesma noite que Godric's Hollow havia sido destruída, e que Sirius nunca foi para Askaban.
Harry percorreu cada artigo cuidadosamente e leu apenas aqueles que o interessaram. Ele saiu de lá duas horas depois, tremendo, mas duas vezes mais determinado a colocar um fim no reino de terror do Lorde das Trevas... novamente.
Hedwig voou de volta para o seu ombro e beliscou sua orelha com carinho: o rato foi provavelmente bastante apreciado e Harry mentalmente tinha esperanças que Nagini gostasse do dela.
Ele andou pelo Beco Diagonal por mais algum tempo e quando ia voltando para o Caldeirão Furado, ele avistou a loja de Quadribol. Era um pouco tarde para entrar nela, então só deu uma pequena olhada nos produtos em exposição na vitrine.
Havia o usual polimento para vassouras e a vassoura nova do ano: a Nimbus 2004. 'Nenhuma Firebolt? Hmmm...' Harry pensou sobre o fato rapidamente mas não perdeu tempo no assunto.
Ele rapidamente saiu do Beco Diagonal depois de ser olhado suspeitosamente outra vez e chamou o Nôitibus Andante, enquanto desejava que Nagini não fosse mordê-lo enquanto estivesse dormindo ou fizesse isso no instante em que ele abrisse a porta do seu quarto.
.................................................
"Ahh! Você voltou! Eu estava me perguntando aonde você tinha ido! Oh? Sua coruja te achou? Ela deve ter ficado bastante preocupado com você, então!" Rosmerta exclamou logo que Harry entrou no Três Vassouras.
O garoto de olhos azuis deu a ela um sorriso e assentiu, acariciando a plumagem de Hedwig . "Sim, ela sempre foi superprotetora, mas de qualquer maneira eu gosto muito dela."
Harry ia subir as escadas quando Rosmerta o parou. "Ei, James! Você não vai comer?"
'James' assentiu afirmando. "Sim, eu vou estar aqui em um minuto. Eu tenho algumas coisas para guardar e depois eu volto."
Como ele parecia estar com pressa, a dona do bar o deixou e voltou ao seu trabalho.
Harry quase correu pelas escadas e destrancou sua porta, agitando sua varinha discretamente para pôr um feitiço silenciador para cobrir o alto e furioso silbv que com certeza iria acontecer no instante que ele abrisse a porta.
E ele estava certo: Nagini estava o esperando no chão, seus olhos dourados olhando para ele em fúria. "Já era hora! Como você oussa ssair ssem mim quando eu jurei minha aliança a você! Eu não ssei o que esstá me ssegurando para não te morder! Eu-"
Harry engoliu em seco e pegou o rato da caixa, mostrando-o para a gigantesca cobra. Aquilo rapidamente calou Nagini e a cobra seguiu os movimentos do rato com veemência.
"Olha, eu ssei que o que eu fiz esstava errado e para pedir desculpass para você eu comprei esste pequeno pressente."
Se Nagini tivesse lábios ela com certeza os estaria lambendo, mas a serpente pareceu parar por um segundo e Harry quase podia sentir o olhar da cobra nele.
"Mas issso não jusstifica o que você fez! Eu vou sseguí-lo em todoss oss lugaress que você for e vou protegê-lo, você gosste ou não!"
Harry suspirou e assentiu com um pequeno sorriso. "Eu não me importo, Nagini. Eu gossto da ssua compania. Eu ssó penssei que você gosstaria de dormir um pouco maiss, do messmo jeito que eu penssei que Hedwig gosstaria. Você pode ssubir pelass minhass pernass e desscanssar no meu pulsso e no braço. Agora, eu vou desscer para pegar algo para comer antess de Rossmerta aparecer e me forçar a comer."
Nagini continuou a seguir os movimentos do rato assustado e parecia hesitar por um instante. Harry riu e o largou; a serpente não perdeu um segundo e o mordeu para envenená-lo.
Harry estava fascinado pela maneira que Nagini agarrou sua presa e um pesamento estranho sobre o rato sendo Pettigrew fez ele sorrir maliciosamente. "Você vai vir, Nagini?"
Harry estendeu seu braço para a cobra poder subir, mas Nagini olhou para ele com a boca cheia e olhos redondos e dourados. "Muito ocupada. Comendo... Depoiss. Ssim, depoiss eu vou sseguí-lo para todo lugar. Depoiss."
Harry deu uma grande gargalhada e agitou sua cabeça enquanto trancava sua porta de novo, suas compras deixadas na cama para serem guardadas mais tarde e com Hedwig pousada em seu ombro.
........................................................
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!