Intenções de Voto

Intenções de Voto



Capítulo 5 – Intenções de Voto

Parecia que o mundo dava voltas em sua cabeça quando Hermione acordou, duas horas depois. Ela estava novamente sobre a sua cama, mas o robe rasgado foi substituído por uma camisola branca e luxuosa. Ficou vermelha ao pensar nas mãos de Harry tocando seu corpo enquanto trocava suas roupas, mas depois, imaginando que ele, provavelmente, mandaria uma criada fazer esse tipo de trabalho, ficou mais tranqüila.
Pensou em se levantar, mas quando se sentou na cama, levou um susto. Dobby, o elfo doméstico olhava para ela, com seus olhos enormes e orelhas pontudas.
- Estar melhor, menina Granger? – penguntou o elfo, parecendo agitado.
- Já sou uma mulher, Dobby! Ainda me chama de menina? – disse ela, sorrindo para o único rosto simpático que viu nas últimas horas.
- Menina Granger precisar escutar Dobby! Dobby ter coisa importante a dizer... coisa muito importante a dizer.
- Não há nada mais importante no momento, Dobby, do que sair desse inferno! – disse Hermione levantando-se. Ela ainda estava cambaleante, mas se aproximou do espelho para ver a cicatriz roxa que havia ficado em seu braço.
- Menina Granger ter muita sorte. Firenze ser muito esperto! Usou a poção de...
- O quê? Firenze? Foi Firenze quem me atingiu? Firenze, o professor de Adivinhação de Hogwarts? Não posso crer. Firenze e eu sempre nos demos bem. – Hermione se virou para encarar o elfo.
- Firenze liderar os centauros agora... – disse o elfo, olhando preocupado para o braço de Hermione.
- Bem, não quero e não vou me importar com isso agora. Não posso fazer mais nada. Eu provavelmente condenei todos os centauros quando me meti nessa guerra. Queria muito poder fazer alguma coisa, mas não posso. Sou fraca diante de Harry. Resolvi ir embora, Dobby. Tenho algum dinheiro guardado, se for rápida, posso trocar o dinheiro que guardei nesses meses em que fui professora por dinheiro de trouxa e fugir do país de avião. Harry tentará os meios bruxos, mas eu preciso ser rápida. Preciso fugir agora mesmo.
- Oh, não, menina Granger não abandonar Harry Potter! – disse o elfo, agarrando as mãozinhas na camisola de Hermione.
- Dobby! Eu não estou abandonando Harry, você não escutou? Eu estou fugindo dele! Ele está louco,completamente louco e eu não vou ficar aqui para ver até onde a loucura dele vai.
- Harry Potter precisar de menina Granger. Menina Granger não entender? Há uma conspiração contra Harry Potter. Se menina Granger não estiver aqui, ninguém poderá ser capaz de proteger Harry Potter!
- Dobby, você está falando loucuras? – disse Hermione, ajoelhando-se para ficar do tamanho do elfo doméstico - Ninguém pode ameaçar Harry, ele é o dono do mundo, e eu sou a vítima. Sou eu quem preciso de ajuda. Preciso de proteção... contra... meu melhor amigo...
- Há alguém que só está dormindo. Alguém que acordará e ameaçará Harry Potter novamente.
Hermione sentiu um calafrio. Ficou lembrando do que Harry disse antes dela desmaiar... VOLDEMORT ESTÁ VIVO! Pensou que fosse delírio, mas...
- Dobby... o que você sabe?
- Dobby avisar Harry Potter. Dizer a Harry Potter que energia das trevas estar crescendo, mas Harry Potter não acreditar em Dobby. Harry Potter achar que ninguém pode derrotá-lo, agora. Mas Harry Potter estar enganado menina Granger. Não quero que nada de ruim aconteça a meu amo.
- Seu amo? Harry mantém você aqui como um escravo?
- Oh, não, menina Granger... Dobby QUIS ser escravo de Harry Potter. Só Dobby poder servir adequadamente a Harry Potter. Winky também estar aqui, mas Wink não fazer nada direito...
- Ah... eu não acredito! Quando Snape me disse que você pediu demissão de Hogwarts eu fiquei bem desconfiada. Sabia que Harry estava por detrás disso. Você precisa voltar para Hogwarts, Dobby. Precisa sair daqui enquanto há tempo.
- Dobby ficar e ajudar Harry Potter. E menina Granger também ficar! – disse Dobby, cruzando os bracinhos – Vou contar a Harry Potter o plano de Menina Granger. Menina Granger não terá como fugir.
- É mesmo?


- Sr. Potter? – um dos aurores bateu nos ombros de Harry, que se virou irritado.
- Seu idiota! Não está vendo que estou numa reunião? – disse Harry, apontando a mesa onde os líderes do mundo inteiro estavam reunidos.
Harry se sentava sobre a cabeceira e, em suma, apresentava seus planos de campanha para os ministros da União Européia, esperando ganhar o apoio de todos.
- É que estamos com um problema, senhor! – disse o auror, tremendo da cabeça aos pés.
- Diga o que é! – disse Harry, chateado.
- A srta. Granger atacou cinco aurores e fugiu da mansão...
Harry arregalou os olhos e levantou-se de sua cadeira, olhando para os homens que perfaziam a mesa.
- Senhores... teremos de adiar esta reunião.... tenho um assunto imediato para tratar. Você... venha comigo.
Harry saiu da sala com o auror e caminhou ligeiro pelo corredor.
- Explique-me direito o que aconteceu. A srta. Granger está bem? – perguntou Harry, preocupado, enquanto caminhava rapidamente.
- Infelizmente um grupo de aurores a apanhou tentando fugir, ela atacou a todos, cinco estão feridos. E ela fugiu, senhor. Parece-me que o elfo Dobby a ajudou. Quer dizer, achamos que ele a ajudou, Senhor, pois ninguém o encontra.
- Não! Dobby é mais fiel do que o mais fiel de meus aurores. Procurem em todos os lugares da mansão. Quero que todas as lareiras sejam interceptadas. Ninguém viaja através dela. E quero um controle das chaves de portal. Ninguém poderá vender nenhuma sem ordem minhas, ok?
Harry parou no meio do corredor. Na sua mente, um turbilhão de coisas parecia atropelar os pensamentos.
- Garota esperta! Não vai usar os meios comuns. Vigiem os aeroportos. Mas não esperem encontrar Hermione. Ela domina a técnica da poção de Polissuco desde os 12 anos. Com certeza ela poderá se transformar no que quiser, até mesmo em Harry Potter.


Hermione não foi tão rápida. Quando chegou ao banco Gringotes, onde tinha umas poucas migalhas de dinheiro guardadas, viu que os Aurores de Harry já tinham tomado conta de tudo. Ela estava “vestida” de Gina Weasley, mas imaginou que provavelmente não poderia retirar o dinheiro assim. De qualquer forma, os aurores poderiam esperar por um truque como aquele. Harry bem sabia que ela era expert em preparar a poção polissuco, e que sempre tinha um frasco com ela. Era verdade, Hermione sempre tinha um frasco pronto para uso, só bastava um fio de cabelo, e na escova de Gina, havia muitos fios aquela tarde.
Mas, com as chances de pegar o dinheiro diminuindo e com a noite caindo sobre a sua cabeça, Hermione teve que tomar uma decisão. Cansada e desanimada, saiu do Beco Diagonal, vagando pelas ruas, protelando o momento que teria de retornar, como um cachorro que, mesmo escurraçado, volta com o rabo entre as pernas.
Quando uma chuva fina começou a cair, Hermione entrou numa Igrejinha. Estava deserta, não fosse por duas beatas que rezavam numa capela menor.
Hermione se arrastou pelos bancos e se ajoelhou no primeiro, olhando fixamente para o altar rezou para que, se houvesse um Deus lá em cima, ele pudesse lhe restituir a paz em sua vida.
Parecia mesmo que Deus havia mandado um anjo para ela, pois, segundos depois, o pároco da Igreja veio falar com ela, perguntar o que havia acontecido. Pareceu a ele que ela precisava de ajuda. Ele lhe deu comida, abrigo - um pequeno quarto atrás da secretaria da Igreja - e, principalmente, lhe deu um emprego. Daquele em dia em diante, Hermione trabalharia na secretaria ajudando a atender os paroquianos.
Hermione ficou muito agradecida por sua situação, mas sabia que não duraria muito. Quanto tempo levaria até Harry descobrir seu paradeiro e denunciá-la ao padre, dizendo que era uma bruxa? Seria até perigoso, pois bruxos e Igreja nunca se deram bem.
Mas devido ao o semblante querido do padre, e ela desejando tanto, concordou em ficar, pelo menos por alguns dias.
Os dias, ao contrário do que imaginou, duraram mais do que previra. Não comprou nenhum jornal e não mandou nenhuma coruja, por isso não sabia o que estava acontecendo no mundo bruxo. Também, já não se importava. Ficou ali, contente por poder ajudar outras pessoas, mesmo num ofício que não empregava magia.
Não usou suas roupas de bruxa, até porque não tinha nenhuma consigo. Deixou tudo na mansão Potter. Mas o padre lhe deu algumas roupas de trouxas que haviam deixado para doação. Quando Hermione colocou seu luxuoso traje, um robe muito bonito e espalhafatoso, no monte de doação de roupas, o padre estranhou.
- Nunca vi roupas assim. Como conseguiu esse tipo de roupa se vive na rua? – falou o padre, olhando com curiosidade para Hermione.
- Er... consegui... consegui de uma mulher que trabalha num circo.
- Huhm... é muito luxuoso, o tecido é engraçado, não se parece com nenhum tecido que eu já vi. Acho que vou guardar. Às vezes, os jovens da paróquia fazem teatro. Uma roupa assim é sempre bem vinda.
Hermione suspirou aliviada quando o padre levou o tecido sem fazer maiores perguntas.


Dias depois, Hermione não resistiu, pegou o cabelo de uma das beatas da igreja e foi como uma senhora de 50 anos de idade para o Beco Diagonal. A primeira coisa que fez foi comprar um jornal. E, para surpresa, não havia notícias sobre o seu desaparecimento. Pelo contrário, o artigo trazia informações da campanha de Harry:

“Potter lidera todas as pesquisas.”

Em três semanas Harry disparou em todas as pesquisas, chegando a 62 % das intenções de voto. Seria a aliança com Hermione Granger que...”
Hermione não terminou de ler. Não queria nem saber. Jogou o jornal de lado e foi dar uma espiadinha em Gringotes. Os capangas de Harry ainda estavam lá. Por quanto tempo mais ficariam?
Hermione voltou meia hora depois. Não queria deixar o padre preocupado, já que ele a ajudou tanto, pobrezinho, não sabia do submundo de políticas e intrigas em que ela havia se metido.
- Hermione? – disse o padre, quando ela entrou na secretaria. Havia seis beatas ali que faziam uma muvuca danada. – Será que você poderia ir até a capela buscar a toalhinha que está no altar? A sra. Felps quer demonstrar para nós como forrar corretamente o altar da santa.
- Sim, Padre, já volto.
Hermione, prestativamente, foi até a Igreja ao lado da secretaria e encaminhou-se para o altar. A toalha estava toda pregada com alfinetes embaixo, então começou a retirá-los cuidadosamente, e enquanto isso, escutou os passos de alguém que entrava. Eram passos lentos, fortes, de alguém que sabia muito bem o que queria. Engraçado, pensou ela, como sempre havia pessoas que visitavam a Igreja, mesmo no meio do dia.
- Você sabia que a Igreja já foi responsável pela morte de muitas mulheres inocentes que foram consideradas bruxas? – disse uma voz perto dela.
O susto que Hermione levou fê-la espetar um dos dedos num alfinete. As gotas vermelhas mancharam a toalhinha imediatamente. Hermione custou a se virar. Queria pensar que aquela voz pertencia a outra pessoa, mas não costumava ter tanta sorte.
- Não sabia que você era católica! – continuou a voz conhecida atrás dela.
- Quem sabe se eu rezar com muita fé, nenhuma assombração me apareça! – disse olhando atentamente para a figura do Cristo pregado na cruz.
- Eu fiquei preocupado, não deveria ter feito o que fez. Nós achamos Dobby inconsciente no outro dia. O coitado pegou uma gripe, pois você o prendeu na caixa de água. Ah, Hermione, você, que sempre foi tão categórica na defendesa dos elfos!
Hermione se virou lentamente para observar os olhos verdes de Harry.
- Ele não me deu alternativas! – respondeu ela. – ficou me ameaçando.
Harry deu um passo para frente, mas Hermione voltou dois passos e só não recuou mais, pois tinha o altar a impedindo.
- Fique calma. Não vou te machucar, nem obrigar você a fazer nada que não queira! – disse ele, num tom suave.
- Não é o que tem demonstrado. – revidou ela, olhando para os lados. Talvez conseguisse escapar pela sacristia, se a porta não estivesse trancada.
- Se não percebeu, eu estou numa campanha acirrada. E preciso ganhar, custe o que custar.
- Você vai ganhar, Harry! Todo mundo sabe o que você fez, salvando a comunidade bruxa. Você não precisa de mim, então me deixe em paz.
- Você pensa que eu não preciso de você, mas está enganada. Eu aumentei em 22 por cento as intenções de votos desde que você veio para a minha campanha. Se não ficar do meu lado, querida, eu posso perder.
- Talvez seja bom que perca, Harry. Eu não posso pensar no rio de sangue que vai correr se você subir ao poder como rei do mundo Bruxo.
- É isso o que pensa de mim? Que sou um carrasco para todos? Hermione, você têm ficado longe do mundo da política, não sabe como as coisas funcionam. Você, por acaso, sabe quem são meus rivais na campanha? – Harry disse, e como Hermione balançou a cabeça em sinal negativo, prosseguiu – Uhm... há o Braimovich, um russo que tem como plano de campanha fortalecer o mundo bruxo, até aí tudo bem, mas sei muito bem que Victor Braimovich está pretendendo entrar em guerra com o mundo trouxa. Na Romênia há um vampiro, o mais antigo deles, chamado Drácula, que quer entrar na campanha. Deus sabe o que vai acontecer se ele conseguir ganhar. Na América, Rudolf Blues está concorrendo. Ele é bondoso, mas sua fama de fraco depõe contra ele, Blues está em último lugar nas intenções de voto.
- Você vai ganhar então. A Europa vai preferir votar num inglês a um russo. Você, realmente não precisa de mim. – disse Hermione.
- É o que você pensa. Braimovich não me preocupa tanto quanto Drácula. Ele está em terceiro lugar das intenções de voto agora, mas existe uma medida provisória em votação nos Ministérios bruxos do mundo inteiro que podem dar aos vampiros o direito de votar. Se isso acontecer, Drácula vai ganhar a eleição, sem nenhuma chance para os outros.
- Não creio que isso vá acontecer, Harry. Vampiros nem são considerados bruxos. A não ser Drácula, que foi um bruxo muito poderoso antes de se transformar naquele sanguessuga.
- Você o conhece?
- Li a respeito. – disse Hermione, um pouco mais calma. Harry não demonstrava querer forçá-la. Pelo contrário, ele parecia quer convencê-la.
- Então sabe que ele é perigoso.
- Harry...
- Dracula está empenhado em aprovar a MP. Se não me fortalecer o quanto antes contra ele, as pessoas podem ceder a pressão que ele está fazendo. Os centauros já se manifestaram a favor dele.
- Os centauros? Mas...? – Hermione falou, pensando em Firenze.
- Eles sempre sofreram preconceitos por serem uma raça diferente, como os vampiros. Então, decidiram se unir para depor-nos... entendeu agora porque eu quis atacá-los...?
Hermione abaixou a cabeça pensativa. Será?
- Porque não me disse isso tudo antes? Porque quis me humilhar daquele jeito?
- Bem... a verdade, Hermione, é que ainda não esqueci o que você me fez!
- O que EU TE FIZ? – disse Hermione, abalada. – Harry, como ousa dizer isso? Foi você quem me magoou desde o início. Foi você que...
Harry subiu os poucos degraus que separam os dois e tapou a boca de Hermione.
Ela arregalou os olhos um pouco assustada. A igreja estava deserta, mas não demoraria para que o padre viesse procurá-la. Não que fizesse diferença, pois ele não seria páreo para Harry e ela, bem, ela havia deixado sua varinha escondida embaixo da cama em que estava dormindo.
- Vamos esquecer o passado... eu posso esquecer... eu posso te perdoar... e você deve me perdoar também...
Mas Hermione não sabia se poderia perdoar Harry,. não sabia se conseguiria colocar uma pedra sobre o passado. E se Harry estivesse ali apenas para convencê-la a voltar para suas garras, e depois continuasse a tratá-la com maldade? Ela não poderia ser tão ingênua para não pensar nessa hipótese.
- Eu não sei se posso confiar em você! – disse Hermione, ainda assustada com a proximidade de Harry.
Mas então, Harry se afastou.
- Está bem, então! Não vou mais pressioná-la. Se quiser ficar aqui, alheia a tudo o que acontece em nossa civilização, tudo bem. Mas achei que fosse mais preocupada com as pessoas que precisam de nossa ajuda. No momento, a melhor ajuda que pode fazer é ficar do meu lado. Não estou lhe dizendo que sou a melhor opção. Eu embruteci nesses anos, perdi um pouco a noção do que é certo. Mas, se ficar do meu lado, Mione, se me ajudar, eu posso ser um ótimo líder para o mundo. Eu talvez possa, finalmente, acabar com os preconceitos que existem entre as raças. Mas preciso de alguém como você, alguém que ainda não foi manchada pelo brilho do poder.
- HERMIONE? ESTÁ TUDO BEM AÍ? – era o padre, que entrou na capela preocupado com a presença do estranho vestindo um luxuoso robe, parecido com o que Hermione vestia quando chegou ali pela primeira vez.
- Sim, padre... PADRE, - disse Hermione olhando para o novo amigo. – infelizmente eu terei que partir, mas quero agradecer por tudo o que fez por mim nessas duas semanas...


Duas horas depois, Hermione entraria novamente na mansão de Harry, sem nenhuma bagagem, a não ser sua varinha, que recolheu antes de sair da igreja.
- Suba e descanse! – disse Harry carinhosamente a Hermione. Acompanhou-a com o olhar, estreitando-os. Depois, quando ela finalmente desapareceu no corredor de cima, Harry encaminhou-se para seu escritório, onde Arthur Weasley o esperava.
- Então, conseguiu trazê-la de volta? – perguntou o Ministro da Magia.
- Sim, claro... foi custoso, mas quando apelei para o sentimentalismo barato, Hermione não resistiu.
- Ainda pensar em fazê-la se casar com você, Harry?
- Penso não... eu VOU me casar com ela! Depois que ganhar a eleição, vou destruir Drácula e Firenze de uma vez por todas... e dar um jeito em Hermione...
- Por falar em Firenze... tenho uma novidade da qual vai gostar...







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