Em Busca do diamante!



-Alunos com autorização, por aqui! – chamou Minerva McGonagall, enquanto checava a autenticidade das autorizações dos alunos que estavam indo à Hogsmeade.

Era final de semana; o primeiro passeio à Hogsmeade. Harry, Hermione e Rony estavam na Sala Comunal da Grifinória, afinal eles iam trocar o divertido passeio por uma busca eletrizante.

-Dessa vez, não ajude ninguém! – aconselhou Rony.

Harry concordou.

-Você tem alguma idéia de onde pode estar, Mione?

-Não... Mas você está indo procurar, não é?

Harry concordou mais uma vez.

-E se ele não encontrar? – questionou Rony.

-Arranjaremos um outro jeito.

-Está bem. É hora.

-Boa sorte, cara...

-Tome cuidado Harry, por favor. Não seja visto.

O menino agradeceu, pegou a capa de invisibilidade e saiu, em mais uma de suas aventuras.

***

Tudo estava como na noite anterior: quieto e tranqüilo. Harry pôde andar devagar, pensando em cada passo que tomava. Ele chegou à parte da escola que Hermione dissera em pouco menos de 20 minutos. Respirou fundo e disse em alto e bom som:

-‘Diabretes da Cornualha!’

Nada aconteceu.

-DIABRETES DA CORNUALHA!

Nenhum ruído. Até que o fantasma da Corvinal passou e informou Harry:

-A senha mudou ontem à noite, filho.

Ele enrijeceu.

-Droga!

Harry não sabia como entrar na Corvinal agora. Mas ele ouviu passos afobados e tratou de se afastar e certificar-se que todas as partes do seu corpo estavam cobertas.

Cho Chang estava muito apressada, seu andar sugeria que ela estava prestes a fazer algo muito importante. Ela não olhou para os lados: parou onde Harry estivera a segundos atrás e disse:

-Chudley Cannons! {n/a: time de quadribol. Créditos ao livro ‘quadribol através dos séculos’ xD}

Imediatamente um buraco no chão abriu, engolindo Cho. Passados alguns instantes, Harry fez o mesmo, e o buraco voltou a se abrir. Ao cair, ele mais uma vez teve o cuidado de se cobrir por inteiro debaixo da capa. Pela primeira vez, ele se sentiu completamente perdido dentro de Hogwarts. A Sala Comunal da Corvinal era bastante limpa e alegre; não parecia lugar para se esconder um pedaço de alma. Ainda mais de Voldemort.
Harry teve uma visão de Cho chorando em um dos sofás, mas teve que se deter para não perguntar o que havia acontecido. De repente, ela levantou e se ajoelhou, procurando alguma coisa no assoalho.

Ela passou a remover algumas das madeiras que cobriam o chão, até encontrar alguma coisa sólida. Cho puxou com toda a força que restava dentro de si e encontrou, como Draco tinha dito.

Harry ficou boquiaberto, estarrecido, surpreso, chocado e até mesmo amedrontado. Ali, negro como a mais tardia das noites, no meio da palma da mão de Cho, jazia o diamante de Ravenclaw. Ele não pensou duas vezes: tirou a capa e encarou a menina.

Cho tomou um susto muito grande; deu um grito que refletiu isso.

-H... harry! O...o que... vo.. você está... está fazendo aqui?

-Me dê este diamante, Cho.

Ela o enfiou nas vestes quase que automaticamente.

-Não!

-Você não sabe o que está fazendo. Me dê o diamante! – Harry repetiu.

-Não!

-Cho, tem uma coisa muito importante aí dentro... ME DÊ A DROGA DO
DIAMANTE!

Dessa vez, quem tomou um susto foi Harry. Sem pensar duas vezes, Cho apontou a varinha para ele e murmurou: “Petrificus Totalus!”. Harry caiu para trás, imóvel, sem chance de se defender. Ele se amaldiçoou por não ter sido rápido o suficiente, mas Cho já tinha pego o diamante e estava prestes a sair. Ela deu meia volta e se voltou para Harry, ainda no chão:

-Eu... eu não posso, Harry. Ele... ele... está ameaçando meus pais... Eu preciso... por favor, Harry, entenda.

Uma fina lágrima brotou no canto do olho da garota, e essa mesma lágrima foi sucedida de outras e depois de mais outras... Cho olhou para frente com determinação, enxugou as lágrimas e gritou a senha mais uma vez, para assim uma escada aparecer e ela sair andando sem rumo.

***

Harry ficou deitado no chão por alguns minutos até o feitiço perder o efeito. Ele nem percebeu quando isso aconteceu, pois continuou paralisado. Mas, depois do que pareceu uma eternidade, ele se levantou e fez a mesma coisa que Cho tinha feito há minutos atrás: dizer ‘Chudley Cannons’ e subir uma escada, que aparecia depois.

Harry, ao contrário de Cho, tinha rumo: sala Comunal da Grifinória, para contar para Rony e Hermione sobre o que tinha acabado de acontecer.
Chegando lá, outra surpresa o esperava. Hermione estava chorando muito, deitada no colo de Rony. A visão fez os ombros de Harry caírem, mas a preocupação com Hermione foi maior que o ciúme.

-Mi, o que foi? – perguntou ele se ajoelhando e colocando ternamente a mão no rosto molhado de Hermione.

Ela se recusou a responder, então Rony apontou um exemplar do Profeta Diário, em cima da mesa central. Na capa dele, liam-se as seguintes palavras:

Morre Vitor Krum, mais uma vítima de Você – Sabe – Quem!

Segundo alguns, o melhor apanhador do mundo (pela Seleção da Bulgária), Vitor Krum, de 19 anos, é encontrado morto na Travessa do Tranco. Testemunhas afirmam que ele foi vítima da Maldição da Morte, aplicada por um dos comensais da morte.
 Matéria com exclusividade na página dezesseis.


-Mione... – foi a única coisa que Harry conseguiu pronunciar. Ele sabia a importância de Vitor para a amiga.

Hermione se inclinou para frente e deu um abraço afetuoso em Harry, o qual ele correspondeu sem hesitar. Sabia que ela precisava dele, agora mais do que nunca.

Eles pareceram ficar ali, sem se desgrudar, por um bom tempo, mas Harry não fazia questão nenhuma de soltá-la, pelo contrário, a cada minuto a segurava ainda mais forte.

Então, um pensamento o invadiu, como um balde de água fria. “Será possível mais alguma coisa dar errado?”.

O que ele não sabia é que ainda muitas coisas estavam para acontecer, sejam boas ou ruins.

N/A: concordo que foi pequeno, mais foi a única coisa que eu consegui escrever =/
hm... completamos 100 leitores! Muito obrigada mesmo!

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