Encontro nada agradável!
Gina andava rápido e aos tropeços, xingando Draco baixinho.
-“Oi. Eu me acho loiro e perfeito! Acho que posso sair ameaçando todos os outros porque sou um comensal da morte! Adivinha como me chamo? ACERTOU! Draco Malfoy!” – disse ela, imitando a voz arrogante do garoto.
Ela passou tanto tempo pensando em como Draco era prepotente que nem reparou que já estava prestes a entrar na sala Comunal da Corvinal. Ela só sabia o caminho porque já estivera ali com Luna antes. A ruiva parou em frente a uma parede lisa e amarelada, respirou fundo e disse em alto e bom som:
-“Diabretes da Cornualha!”
Logo, um buraco abriu-se no chão, abocanhando Gina. A queda foi amortecida por uma grande almofada fofa, e assim que a menina caiu, a sala apareceu aos poucos, revelando um espaço grande e aconchegante, tomado pela cor dourada. “Interessante”, ela pensou. Gina viu um corredor estreito a direita, e sem hesitar, se dirigiu a ele. Passou pelo primeiro, segundo e terceiro dormitórios, mas foi somente no quarto que reconheceu alguém.
Uma menina loira sonhava alto, e sua cama estava ‘protegida’ de todas as formas possíveis: amuletos, quadros isolantes, objetos de superstição, papéis da sorte... Mas Luna Lovegood era assim mesmo.
Gina ficou com certa pena de acordar a amiga, mas precisava encontrar Cho, e Luna deveria saber onde a garota dormia.
-Luna! – ela gritou com emoção.
Luna se mexeu, mas nenhum sinal mostrou que ela havia acordado.
-Luna! – Gina gritou mais forte dessa vez.
-Hã? – respondeu a garota sonolenta, mas com o jeito avoado de sempre.
-Onde é o quarto da Cho Chang?
-Quem é Olo Bad?
-Não... A Cho Chang! Sabe? Apanhadora do time de quadribol de vocês!
-Aaaah! A Cho!
-É! Então, onde é o quarto dela?
-Por que? Ela sofreu algum acidente? Há! Bem que eu avisei que era época de Huprefects! Mas a Cho não quis usar meu amuleto... Espero que o Rony esteja usando o dele... Os Huprefects são muito perigosos!
-Luna, não aconteceu nada com a Chang. Eu só preciso que você me diga aonde é o quarto dela.
Luna bocejou grotescamente e apontou uma porta a esquerda. Gina agradeceu com um sorriso e foi em direção ao quarto de Cho, mas antes viu Luna voltar a dormir.
Cho estava no quarto, mas só encostada no travesseiro, com os olhos bem abertos. Ela sentiu alguém se aproximando e, imediatamente, passou a fingir que estava dormindo. Antes de fazer qualquer coisa, Gina colocou abafadores no ouvido de Marieta, a colega de quarto de Cho, para que ela não fosse capaz de ouvir nada.
-Chang, acorda.
Nenhum ruído. Cho não ousou se mexer, apesar de ter ouvido Gina perfeitamente.
-CHANG!
Cho abriu os olhos assustada, mas voltou a fechá-los. Gina percebera o movimento das pálpebras da menina, e então tomou uma medida um pouquinho mais drástica.
-Aguamenti! – a Weasley sussurrou no ouvido de Cho, que agora estava encharcada.
-POR MERLIN! Não precisava fazer isso, Weasley!
Gina deu os ombros, pois, para falar a verdade, tinha achado a cena bem cômica.
-Malfoy quer ver você.
Cho estremeceu.
-Malfoy? Ele... ele está aqui?
-Parece que sim... O psicopata me acordou no meio da noite e me pediu tão educadamente para chamar você...
-Mas ele é um comensal! Você devia falar com a McGonagall agora!
Cho fez menção de se mexer, mas Gina tirou a varinha das vestes e disse:
-Nem mais um passo, Chang.
A garota parou de forma abrupta, se virando para encarar Gina. Cho tirou discretamente a varinha das vestes, mas o gesto não passou despercebido por Gina, que com um simples: “Accio varinha” pegou a varinha dela. Não fora a toa todas as aulas que tivera com Harry...
-Nós vamos até o Malfoy agora.
Cho começou a chorar e sentou em sua cama com a cabeça entre as pernas.
-Eu não posso... ele vai... ele vai...
Gina realmente se surpreendeu com a atitude de Cho. Tinha ouvido que a menina estava tendo problemas com a família e tudo o mais, mas chorar por ter que encontrar-se com Draco Malfoy era muito estranho.
-Ele vai o quê?
-Não me obrigue ir... ele vai...
-VAI O QUE?
-Eu não vou vê-lo, prefiro ficar aqui.
-Se você não me falar o que você tem, não vou poder ajudá-la, Cho.
-Ninguém pode. É só que o Malfoy...
Gina começara a perder a paciência.
-Olha, Cho. Eu tenho uma missão aqui, e seria muito melhor se você cooperasse.
-NÃO! Eu quero ficar aqui! Você não vai me obrigar!
-Me desculpe, mas você vai por bem ou por mal.
Gina voltou a tirar a varinha das roupas. Cho realizou a mesma ação, até perceber que quem estava com a sua varinha era a própria Gina.
-Não me obrigue a azarar você, Chang.
Todos os alunos de Hogwarts agora, já que a escola estava mais vazia do que nunca, conheciam o talento de Gina com feitiços e azarações. Naturalmente, com Cho não era diferente.
Depois de muito esforço, as seguintes palavras brotaram para fora do lábio de amedrontada:
-Está bem, Weasley.
Gina seguiu atrás, sem desgrudar a varinha das costas da colega da Corvinal. Chegando ao ponto de entrada, Gina perguntou:
-Como é que se sobe?
É claro que o buraco por qual Gina descera estava novamente rígido e coberto com concreto. Cho sorriu.
-Dê-me a minha varinha.
-Acho que você não está em condições de fazer exigências. Como é que se sobe?
O cérebro de Cho trabalhava em grande velocidade, pensando em o que dizer.
-Varinha.
-Está bem aqui na minha mão. Eu as tenho. Você deve ir se encontrar com o Draco agora. Acho que seria injusto deixá-lo esperando.
-A vida não é justa, Weasley.
-Mas eu sou, Chang. COMO É QUE SE SOBE?
Decorreu-se mais alguns instantes, e a ruiva perdeu a paciência completamente.
-Cansei. Vamos.
Gina pegou a mão de Cho, se posicionou em cima da grande almofada em que caíra da primeira vez e gritou com a maior força que pôde:
-Ascendio!
As duas subiram com uma grande velocidade, e quando estavam a milímetros do teto, este se abriu e as garotas bateram no chão de um dos corredores de Hogwarts com estrépito. Ainda bem que ele estava deserto, devido à hora.
-Levante-se – murmurou Gina.
-Sua maluca! Podíamos ter batido a cabeça no teto! Certamente teríamos morrido.
-Graças a você.
-Graças a mim uma ova! Era só dizer a senha de novo que uma escada se materializaria!
-Pena que você não me disse isso antes. Mas o importante é que já estamos aqui, certo?
Cho assentiu. Gina ainda não abaixara varinha e não apresentava sinais de que abaixaria. A morena começou a andar, seguida pela outra.
Estavam se aproximando do salão da Grifinória quando Cho tropeçou em um degrau de uma escada e gritou: “Ai!”
Sem precisarem esperar muito, logo ouviram uma voz conhecida ao extremo:
-Weasleeeey e Chaaaang! – Pirraça, o poltergeist, acabara de vê-las. O estrago estava feito.
-Quieto, Pirraça!
-As namoradas do Potter pirado andando juntas? A essa hora? Não parece ser coisa boa! O diretor não vai gostar nada, nada...
-Pirraça, por favor!
O poltergeist deu uma risadinha afetada antes de sair gritando:
-ALUNAS FORA DA CAMA! ALUNAS FORA DA CAMA!
Gina e Cho começaram a correr, mas a voz de Filch parecia estar se aproximando por todos os lados cada vez mais.
-Aonde eles estão, Pirraça?
-PARA LÁ! ALUNAS FORA DA CAMAAAAA!
-Se eu pegar aquelas pestinhas!
As meninas prenderam a respiração; iam ser pegas a qualquer momento. De repente, uma mão puxou as duas para trás, e em instantes, elas estavam embaixo de uma capa de invisibilidade. A capa de Harry.
-H – Harry? – perguntou Cho.
-Shiii! – repreendeu o garoto.
O trio, a seguir, viu uma cena muito engraçada. Pirraça tentava convencer Argo que de fato havia duas pessoas naquele corredor há minutos atrás.
-Mas elas estavam aqui!
-Ah seu fantasma nojento! Atrevido! Enganador! Eu te pego! – disse Filch, correndo atrás dele.
Certificando-se de que os sons haviam desaparecido, Harry, Gina e Cho se descobriram com a capa.
-O que vocês duas estão fazendo aqui?
Cho apressou-se para responder, mas Gina a impediu.
-Muito obrigada, Harry. Mas e o que você está fazendo aqui? Ainda mais usando uma capa de invisibilidade!
Harry pareceu desconcertado.
-A Gina tem razão, Harry. As capas são muito raras... Desde quando você tem uma?
-Desde... sempre!
-Oh Céus!
-Então vamos combinar: Vocês não comentam nada disso e eu não comento que as vi aqui no meio da madrugada sozinhas...
As meninas concordaram silenciosamente.
-Vão para a Grifinória? – perguntou Harry, um tanto quanto inquieto.
-Ahm... sim.
-Você também, Cho?
-É...
-Então é melhor eu as acompanhar... Nunca se sabe onde Filch pode estar.
-Acho que agora ele não vai mais aparecer! Deve estar muito ocupado!
Então os três seguiram rumo para o quadro da mulher – gorda.
N/A: bom, este foi o último capítulo que eu tinha pronto! Na realidade, acabei de escrevê-lo! Então não garanto que vou postah amanhã, mas logo logo logo logo eu atualizo!
:*
ps.: pra não perder o hábito: COMENTEM!
Lu_potter ~ muito obrigada pelos cometários, queriiida /o/
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