A chegada seguida de surpresa!

A chegada seguida de surpresa!



Era noite. Harry Potter estava sozinho na sede da ordem da fênix: o largo Grimmauld, nº 12. Aquela casa continha segredos que Harry se empenhava em desvendar, e uma dos seus maiores mistérios era a morte de seu padrinho. Sirius Black fora um homem admirável. Em apenas dois anos ensinara a Harry mais do que o garoto aprendera em toda a vida. Acima disso, fizera Harry conhecer a dor. A dor da perda, Harry sentia mais falta dele do que de qualquer outra coisa, afinal Sirius fora a família que ele nunca teve. Os pensamentos de Harry foram quebrados por um barulho alarmante na cozinha.

Ao descer as escadas, Harry Potter reparou que o barulho viera de pratos quebrando. Chegando cada vez mais perto, o barulho o levou a dois homens encapuzados conversando, comensais da morte, Harry presumiu. Parou e ficou observando os dois homens por alguns instantes, através do vão da porta. Um deles, Harry foi capaz de reconhecer imediatamente. Era inconfundível: a estrutura curvada, a voz fria, o sorriso desdenhoso. O primeiro homem era Severo Snape, seu desprezível ex-professor de poções. Ao vê-lo, Harry levou um choque. Aquele homem que estava bem na sua frente fora responsável pela morte de Alvo Dumbledore, o sábio e eterno diretor de Hogwarts, apesar de morto. Harry se esquecera do outro homem completamente, sua vontade era apenas fitar Snape, atacá-lo, matá-lo, culpá-lo, vê-lo sofrer. Harry pegou a varinha que estava no bolso da frente de sua calça, deu um passo a frente...

- Snape, o Lorde das Trevas quer o garoto!

Harry recuou novamente. Estava mais claro do que nunca o desespero de Voldemort para tê-lo.


- Eu sei o que o Lorde das Trevas quer, Ekin. Mas ele vai ter que esperar.

- Suas falhas são injustificáveis, Severo.

Snape não teve tempo de se defender, Ekin aparatara antes. Harry olhou a cena perplexo. Não era possível aparatar ali, no largo Grimmauld 12! Não era possível entrar ali! Dumbledore era o fiel segredo... “Mas Dumbledore está morto”, sussurrou Harry para si mesmo, na tentativa de se convencer da morte do diretor.

- É, Potter! Dumbledore está morto! Cada um que sabia da casa dos Black se torna um segredo por si só agora.

Harry foi interrompido por Severo Snape, e antes que pudesse se dar conta puxou a varinha e apontou para o ex-professor por instinto.

- Sectu...

- EXPELLIARMOS!

A varinha de Harry voou para longe do seu alcance.

- Vamos, Potter. Você sabe que não pode competir comigo! Você é tão arrogante quanto o seu pai, e olha o fim que ele teve.

Snape sorriu com desdém. Harry foi invadido por uma fúria incandescente, maior do que sua própria capacidade de sentir ódio. Mas a raiva foi tomada pela dor... Sua cicatriz queimava como jamais queimara antes, Harry ouvia os próprios gritos... Voldemort matava Cedrico... Snape olhava pra ele gemendo no chão... Voldemort matava Lílian e Tiago Potter... Snape ria do garoto se contorcendo... Voldemort o queria agora... Snape o chamava de fraco... Voldemort. Harry não agüentava mais tanto ardor, desmaiou inconsciente.

***

- Harry? HARRY? Você está bem?

Harry ouviu a melhor amiga, Hermione Granger, gritar enquanto ele recuperava os sentidos. Rapidamente, lembrou-se de Snape, se levantou abruptamente colocando os óculos e tirando a varinha do bolso, apontando-a para Hermione.

- Ah Harry! Você está bem!

Hermione pulou em cima dele, abraçando-o. Ele retribuiu o abraço carinhoso da amiga, embora parecesse bastante confuso.

- Todos nós sabíamos que isso poderia vir a acontecer, é claro. – disse Hermione, assumindo um tom de voz mais sério – A sra. Weasley nos avisou e nos preveniu... – Harry a estava observando com um olhar questionador – Bom... isso não importa agora, o importante é que você está bem!

- Mas eu não me sinto bem, Mione! Há um minuto atrás eu estava em uma sala da casa dos Black assistindo dois comensais da morte conversando e agora estou aqui, batendo um papinho com você – respondeu Harry, ironizando o ‘batendo um papinho’.

- Ah! Foi isso que você sonhou?

- Hã? O que?

- Eh, Harry. Você estava sonhando, obviamente. Você não saiu daqui. – a garota disse apontando o quarto. Vendo o olhar do amido, acrescentou – estamos na minha casa, por sinal. Em Londres.

Harry estava tão atordoado que não prestou atenção em Hermione. Fora real! Ele tinha certeza! Mas a certeza não durou muito, pois Harry se lembrou da sua chegada na noite anterior.

Flash back on >

Harry Potter estava na casa dos tios tão odiados: os Dursley. Não agüentava mais viver sem notícias do mundo bruxo. Não podia mandar cartas, e todas as que recebera dos amigos haviam sido interceptadas e queimadas pelos tios. Harry ouvia Edwiges piar.

- Não posso de soltar... Está vendo isso? É a grade que o tio Valter colocou na janela para justamente você não sair.

Edwiges piou ainda mais alto.

- Também não posso usar magia fora de Hogwarts. Não sou maior de idade ainda.

Nesse exato momento um besouro grande entrou em seu quarto, passando por entre as barras das grades da janela.

- Ei! Espere um momento! Conheço você! – exclamou Harry.

- Ah! É claro que conhece Potter, não seja ridículo. – respondeu o besouro assumindo a forma da imprestável ex-repórter do Profeta Diário, Rita Skeeter.

- Rita Skee... Mas que diabos está fazendo aqui?

-Vim te libertar, é claro. Aquela sua namorada sabe-tudo mandou – disse Rita sorrindo amarelo.

- Hermione?

- É claro, seu estúpido. Quem você acha que me mandaria aqui para te resgatar? Só a Srta. Perfeição. E ela ainda disse que se não voltássemos em três horas me denunciaria por eu ser um animaga ilegal. Como se o ministério não tivesse coisas demais com o que se preocupar.

Harry imaginou Hermione negociando e ameaçando Rita Skeete e logo um sorriso apareceu em seu rosto.

- Então, Potter. Está pronto? Temos que nos apressar.

- Me dê só um minuto... – disse Harry remexendo em suas coisas – Não sei onde está minha varinha e nem minha mala.

- Ah, faça-me um favor – disse Rita caçoando – Accio varinha! Accio mala!

E, assim, as duas coisas apareceram e foram parar direto na mão de Rita.

- Aqui está. Arrume tudo depressa, seu lerdo! – Harry a olhou com um olhar ameaçador, como se dissesse “Hermione ficará sabendo disso”, então, Rita tratou de acrescentar: - Quer dizer, bom... Desculpe!

Harry riu por dentro. Hermione era um gênio. Com tudo arrumado, ele perguntou:

- Como vamos?

-Vamos? Você vai sozinho! Meu trabalho era só te apanhar. Não verei aquela mandona de novo.

- Ta bom... Como eu vou?

- Voando, naturalmente.

- Mas eu não sei o caminho!

- Não, tolinho. Eu quis dizer que você vai montando.

Rita arrancou as grades da janela com um feitiço e deu um assobio. De repente, Bicuço, o hipogrifo que fora companheiro de Sirius por um bom tempo, apareceu aguardando Harry montá-lo.

- Genial! – Harry exclamou.

- É, eu sei. Confesso que esta foi uma boa idéia de Hermione. Ele já sabe o caminho. Ah! Mais uma coisa: seus pertences chegarão logo depois de você. Boa viagem e tchauzinhooo! – Disse Rita logo antes de se transformar em besouro novamente e sair voando.

Harry fez uma reverência e olhou para Bicuço sem piscar. Logo após, montou no hipogrifo.

- Vamos lá, Bicuço! Temos uma longa viagem!

Sem demora, o animal levantou vôo, e a casa de seus tios não era mais do que uma luzinha distante. Logo atrás deles, Edwiges voava livre, como tanto queria.

flash back off <


Harry foi obrigada a se desviar dos seus pensamentos por um breve momento, enquanto ouviu a voz aguda da Sra. Granger gritar:

- Mione, querida, os Weasley estão aqui!

Uma emoção invadiu Harry, uma emoção a qual ele não sentia há muito tempo. Estava muito ansioso para rever a família Weasley.

- Harry, vamos!

Hermione pegou a mão de Harry e o puxou, com um grande sorriso. Com o toque de Hermione o coração dele começo a bater mais forte, mas ele não recuou, desceu as escadas segurando firme a mão da melhor amiga.

***

- Sr. e Sra. Weasley! Que bom ver vocês! – Exclamou Hermione.

Logo depois foi a vez de Harry cumprimentar a todos.

- E então, onde estão o Rony, Fred e Jorge? – perguntou Harry. Ele pensou em perguntar sobre Gina, mas preferiu ficar calado, lançando um olhar para
Hermione, que entendeu.

- E a Gina? – perguntou Hermione compreendendo as súplicas de Harry.

- Bom... Gina foi passar as férias na casa de uma amiga, Fred e Jorge estão cuidando da loja no Beco Diagonal – Harry corou, lembrando que fora ele que dera o dinheiro para os gêmeos abrirem a loja - e Rony, bom...

- Estou aqui!

- RONY! –exclamaram Harry e Hermione juntos, indo abraçar o amigo.

- ... e Luna? – perguntou Hermione, estranhando a situação, afinal não sabia
que Luna viria também. Mas mesmo assim, ela foi cumprimentá-la, seguida de Harry.

- Eh que... bom... err... eu e a Luna estamos... bem...

- Estão namorando? – interrompeu Harry – Ah, cara! Quando ia nos contar?

- Harry! – disse Rony corando furiosamente, fazendo os pais esconderem os risinhos – Não é isso... Tah! Eu confesso, é exatamente isso!

Hermione tomou um susto. Rony e Luna? Era patético, ela pensava. A menina via e ouvia Harry parabenizar e dar tapinhas nas costas do novo casalzinho, como forma de cumprimento, e aquilo a estava deixando enjoada.

- Com licença, preciso subir.

- Mione, você está bem? – perguntou Rony, preocupado com a amiga.

- Sim, Ronald, estou bem, só preciso de um pouco de ar... E obrigada pela preocupação! – Hermione respondeu. O sarcasmo em sua voz era evidente.

Ela saiu da sala pisando firme.

- O que deu nela? O que foi que eu fiz dessa vez?

- Não sei cara, vou atrás dela pra ver... – E foi exatamente o que Harry fez.

Passando pelos corredores da casa dos Granger, Harry começou a perceber cada toque pessoal de Hermione. Como os quadros estavam alinhados e as cores em perfeita sintonia. Ele sorriu. Estava feliz em encontrar a melhor amiga. Avistou a única porta fechada do corredor. Era o quarto de Hermione, com certeza.

- Mione! O que foi? Me deixa entrar.

Harry empurrou a porta, e, incrivelmente, ela estava aberta. Ele esperava encontrá-la estudando ou lendo um livro em cima da cama, mas o que viu foi bem diferente: Hermione estava no canto do quarto no chão, com a cabeça entre as pernas. Harry rapidamente chegou ao lado dela e a aninhou, colocando a cabeça dela em seu peito. A cena era perturbadoramente estranha, pois Harry não sabia como agir, já que era sempre Hermione que o consolava. Harry estava triste pela amiga, mas sentia que não era só por isso... O motivo porque Hermione estava chorando também o deixava triste, embora ele não entendesse o porque. ‘Por que ela está tão chateada porque o Rony está namorando?’

- Desça e fale que gosta dele, Hermione! É tão difícil? – Harry perguntou. Sua voz saiu mais melancólica do que ele gostaria.

Hermione riu gostosamente, para a surpresa de Harry.

- Não é nada disso, seu bobo! Eu não gosto dele! Não desse jeito! Eu só não quero perder meu amigo da mesma... –Hermione interrompeu a frase e respirou fundo – Da mesma forma que te perdi quando você namorou a Gina.

Harry fora pego desprevenido. Não sabia o que falar... Mas ao mesmo tempo se sentiu mais feliz por saber que Hermione se importava com a amizade dos dois e ainda se preocupava com Rony.

- Hermione! Você não vai perder o Rony! E nunca, NUNCA me perdeu. Eu estarei aqui sempre, ouviu?

Hermione sorriu e o abraçou forte, o que Harry correspondeu. Ficaram assim por um momento até que Harry quebrou o silêncio dizendo:

- E aí? Vamos descer, Mione?

Ela concordou e eles voltaram à sala. Quando chegaram o Sr. e a Sra. Weasley estavam conversando com os Granger a respeito da vida dos trouxas e Rony estava beijando Luna. Hermione viu, mas não se deixou abater, pois agora ela sabia que tinha muito mais do que qualquer coisa: a amizade de Harry. E essa, é pra sempre.

A conversa se desenrolou animada e ninguém que chegasse naquela hora na sala desconfiaria que Hermione estivesse triste há minutos trás – agora ela estava deslumbrante, como quase sempre.


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N/A: nhaiim, aí está o primeiro capítulo *-*
POR FAVOR ME DIGAM SE GOSTARAM!
E eu prometo que depois eu esclareço tuuuudo! Pode parecer confuso, eu sei, mas é por pouco tempo!
c.o.m.e.n.t.e.m.

beijos ;*
by ~ G. Snape

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