Estados Unidos



“Estava dormindo, serenamente em sua cama, provavelmente tendo um sonho bom. Sonho esse que foi interrompido por um grito.

- Gin! – ecoou a voz de Harry em sua mente.

- Harry! – Acordou de sobressalto.

Estava tudo escuro, não enxergava quase nada, apenas ouvia passos. Passos esses que foram se aproximando. O pânico tomava conta de seu corpo. O que raios estava acontecendo ali? Os passos foram se aproximando, até que algo tapou a sua boca. Desespero, o pânico a tomou por completo. Começou a se debate, até que uma voz a acalmou.

- Calma Gin. Sou eu, o Harry! – Destapou boca da pequena Weasley.

- Mas o que ra... – sua boca foi tapada novamente, impedindo-a de continuar a reclamar. Afinal o que raios estava acontecendo ali?

- Gin... Escute-me – Destapou a boca dela. Ginny ia começar a falar, mas Harry começou a falar primeiro – Não fale nada, apenas me escute okay? – Ginny assentiu – Suspeitamos que sofreremos um ataque de comensais – ela arregalou os olhos – Preste muita atenção! Você vai ter que ir embora Gin! – Ginny ia protestar, mas Harry continuou a falar – Deixe-me continuar Gin! Não me interrompa! – O nervosismo tomava conta de Harry, que passava as mãos freneticamente no cabelo – Lembra quando tivemos aquela conversa, de que você teria que ir para os Estados Unidos, se abrigar lá com um tio distante seu? – Ginny assentiu – Então... Você partirá hoje para lá!

- Mas Harry eu não quero ir! Eu quero lutar com vocês! Eu não posso simplesmente abandonar a minha família! Não posso deixa-los a mercê dos malditos comensais! Eu não posso! – A pequena Weasley chorava, de desespero, de pânico, e de raiva. Raiva por sempre estarem a protegendo, raiva de estarem mandando-a para longe.

- Gin, não há nada que você possa fazer aqui!

- Eu posso lutar Harry! Eu posso lutar!

- Não Gin, você não pode! Isso é para o seu bem! Anda, levante-se, arrume-se que a chave de portal já está programada, e seu tio a está aguardando – Depositou-lhe um beijo na testa.“


- Gin! Acorda Gin! – Uma voz extremamente familiar a fez despertar.

- Arggg... Mas que raios você quer Luna? – Ginevra sofria de um terrível mal-humor quando acordava. Mas para Luna, aquele mal-humor era normal, e passageiro.

- Gin! Levanta preguiçosa! Você tem que trabalhar! – Falando isso, arrancou-lhe as cobertas.

- LUNA! Devolve minhas cobertas! – Protestou a ruiva.

- Na-na-ni-na-não! Levante Gina! Está um dia lindo lá fora – Abriu as cortinas, revelando um lindo dia de sol, o que fez a ruiva tapar o rosto com o travesseiro.

- Luna! Fecha isso! – Protestou novamente a ruiva.

- Fechar para que? Está um lindo dia de sol! – Os olhos da loira brilhavam. Luna adorava dias ensolarados – Sabe, algo me diz – Sentou na cama da ruiva – que alguma coisa muito boa acontecerá hoje! – O brilho na olhar da loira intensificou-se.

- Alguma coisa boa? – A ruiva sentou-se na cama também.

- Sim, algo incrivelmente bom!

- E, saberias me dizer o que seria esse algo “incrivelmente bom”?

- Saberia te dizer sim!

- Ótimo! Então me conta! – A ruiva era extremamente curiosa.

- Não!

- O que? – A ruiva assustou-se com o pedido negado.

- Só conto quando estiver pronta para o trabalho! – Levantou-se e encaminhou-se até a porta - Te espero lá embaixo! Até mais – Piscou para a ruiva, saindo do quarto.

Ginevra Weasley, ao auge de seus 22 anos, ainda parecia uma adolescente curiosa. Na verdade, Ginevra mudara muito desde a sua adolescência. Desde o dia em que Harry apareceu em seu quarto na casa Black, dizendo que teria que fugir de Londres. Ela tinha acabado de terminar o seu quinto ano, estava super empolgada para começar o seu sexto ano em Hogwarts, seu irmão estava prestes a casar, e foi obrigada a abandonar toda uma vida e sua família por conta dos comensais.

A guerra já tinha acabado há mais de 5 anos, e ainda tinha sonhos com aquela noite. Com a noite em que fora obrigada a abandonar tudo e seguir sozinha.

- Gin! Anda logo! Você vai acabar se atrasando! – A voz de Luna a tirou de seus devaneios.

Desligou o chuveiro, e arrumou-se rapidamente para o trabalho. Vestiu uma bela blusa preta com detalhes delicados em branco, manga três quartos, e claro com um decote discreto. Optou por uma saia preta e uma bota de salto alto também preta. Estava pronta para mais um dia de trabalho.

Parou por um instante para admirar o seu grande quarto. Agora Ginevra era rica, e morava em uma bela Mansão nos Estados Unidos. Pegou sua bolsa em cima da mesinha de centro, e desceu as escadas, dando de cara com a loira.

- Por Merlim! Pensei que não fosse levantar mais da cama!

- Exagerada – Mostrou a língua para a amiga.

- Ai Gin, quando você vai crescer?

- Crescer? Olha quem fala? – Fingiu-se indignada - Di-Lua! – Disse em tom de brincadeira.

- Gin! Você sabe que eu não gosto quando me chamam assim! – Protestou a loira fazendo biquinho.

- Eu sei, por isso mesmo que eu te chamo assim! – Piscou para a loira – Mas, brincadeiras a parte, vamos logo, por que se não vamos ambas nos atrasar! – E saíram de braços dados em direção a limusine que as leva todo dia para o trabalho.

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- Draco! Draco! Levanta logo Draco! – Disse uma voz extremamente familiar para Draco.

- Vá se danar Zabini! Não vê que estou dormindo? – Disse um loiro de mal-humor.

- Vamos Draco, se apresse! Hoje será o grande dia! – Disse Blaise em uma tentativa (frustrada) de fazer o loiro levantar.

- Vá ver se eu estou em marte Zabini! Deixe-me dormir! – Disse em um tom de ordem, escondendo-se debaixo das cobertas.

- Drake? – Provocou o moreno. Sabia muito bem como Draco odiava esse “apelido”.

- SAIA DAQUI ZABINI! – O copo que repousava no criado mudo ao lado da cama de Draco, vou atirada em direção à cabeça de Blaise, mas este desviou.

- Porra Draco! Isso poderia ter me acertado!

- Essa era a intenção Blaise, essa era a minha intenção! – Disse o loiro com desdém, levantando-se da cama e caminhando em direção ao banheiro.

- Draco? – Chamou o moreno do quarto.

- Fala Zabini! Fale! – Disse o loiro irritado, enquanto se despia, e ligava o chuveiro.

- Lembra quando você me pediu para marcar uma reunião com o dono da “Beauté Cosmétiques”?

- Claro que lembro Zabini! Vá direto ao ponto! – Disse o loiro sem paciência.

- A entrevista está marcada para hoje à tarde, às 2 horas.

- Estaremos lá às 2 horas – Disse o loiro dando ponto final a conversa.

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