Prólogo



Prólogo


A fumaça do trem se dissipou e por ela desembarcaram os alunos que iriam passar o Natal em casa. James se apressou para encontrar os pais, louco para contar as novidades sobre seu primeiro semestre em Hogwarts, e o orgulho de ser mais um grifinório na família. Os cabelos ruivos balançavam enquanto ele andava apressado, e foi aí que avistou seu irmão mais novo de costas. Em meio a um sorriso travesso ele pensou: Ele nunca aprende. Chegou de mansinho atrás do irmão e...

- Ai! – exclamou Alvo massageando a cabeça.

- Será que nunca aprende Al? Vigilância Constante! – o irmão mais velho gargalhava e corria. Alvo vinha logo atrás.

- Você vai ver James! É melhor não dormir hoje!

- Uuuuhhh! Que medo!

O garoto atravessou toda a estação, sua maior diversão era Alvo, a quem descontava todas as suas brincadeiras. De repente colidiu em um corpo maior, levantou a cabeça devagar e encontrou o rosto sério de sua mãe. James corou e passou a mão nos cabelos, despenteando-os.

- Er... Oi mãe!

- James, pare de importunar seu irmão! Será que tem que ser tão travesso assim? – Gina não conseguiu manter o aspecto sério por muito tempo, e em meio minuto estava esmagando James em um abraço. – Oh querido, senti tantas saudades!

- Mãe...

- Você está tão abatido! Está com fome? Está tão magro quanto seu pai...

- Mãe... Está me apertando!

- Gi, assim você estrangula o James! – Harry, seguido da pequena Lily, surgiu atrás da esposa espiando a cena divertido. - Eu também o quero inteiro para fazer isso.

- Pai! - James enfim conseguiu escapar da mãe e abraçou o pai.

- E então? Como foi em Hogwarts? – perguntou Harry quando já estavam no carro a caminho de casa.

- Demais! Nem Hogwarts: Uma História é capaz de descrevê-lo como eu vi.

- Não deixe a tia Mione ouvir isso James. – disse Lily fazendo todos rirem.

- Claro que não mana. A Tia Mione pode até não me matar, mas a Rose sim.

Todos explodiram em gargalhadas mais uma vez.

Era muito bom estar de volta em casa, importunar Alvo, jogar quadribol com seus pais, comer a comida da avó Weasley, tirar um papo com Teddy, aprender peripécias com tio Jorge, ensina-las a Lily, brincar com seus primos. Sim, era muito bom.

***
O ambiente estava calmo demais. Uma casa em que inexplicavelmente só existia bagunça, estava silenciosa.

- Ahá! Encurralei você outra vez... E isso quer dizer, xeque-mate. Desista Rose você nunca vai ganhar de mim! – sorriu Hugo vitorioso.

Claro. Uma partida de xadrez com Rose e o silêncio prevalecia. Hugo tinha uma concentração formidável e com isso sempre ganhava as partidas. Rose ficava vermelha de tanto pensar, tentando lembrar das coisas que leu nos livros sobre o assunto para achar uma solução neles. Ela era boa em tudo o que fazia, principalmente se a atividade fosse a leitura. Hermione incentivava o hábito desde que a menina completara um ano, era de livrinhos de figuras a ilustrados. Ela fizera a mesma coisa com Hugo, mas parecia que o menino não gostava tanto, sempre pegava os livros para olhar as figuras, sua irmã era diferente, tentava decifrar o que eram aquelas coisas miúdas sempre com um olhar apertado. Uma expressão bastante parecida com a da mãe. Mas quando o assunto era xadrez a coisa ficava mais complicada para ela, o jogo não lhe atraía, mas o desafio sim. Desafio de ganhar do seu irmão mais novo.

- Humpf! Deve haver um jeito! Vou pedir para mamãe comprar uns livros sobre xadrez para mim. – disse contrariada.

- Livros não vão te ensinar a jogar xadrez, filha. – Ron, que estava sentado no sofá lendo o Profeta, escutou a conversa dos filhos. – Tem que ter habilidade, e isso se ganha com o tempo e a prática.

As orelhas vermelhas da garotinha denunciavam seu aborrecimento. Por incrível que pareça Ron não foi o motivo da adoração de Hugo pelo xadrez. A iniciativa partiu do próprio garoto, pois sempre via seu pai e seu tio Harry jogando. Hugo pediu para o pai ensiná-lo a jogar e Ron de prontidão atendeu satisfeito ao pedido.

- Esse jogo é muito chato, isso sim! – disse cruzando os bracinhos. – vou ler Hogwarts: Uma História tenho que me inteirar com o assunto, afinal, ano que vem vou para lá.

- Tem certeza de que não está inteirada? – perguntou Hugo. Rose deu um olhar penetrante para o irmão que se prontificou a juntar as peças do jogo do chão.

- Mas de novo, Rose? – dessa vez tinha sido Ron. – A senhorita já leu umas quinhentas vezes...!

- Não quinhentas. Foram exatamente 7 vezes e meia por que já estou na metade.

- Sete vezes?! – disse Ron arregalando os olhos.

- E meia.

- E não é o suficiente, querida?

Rose bufou e olhou para o pai com uma carinha compreensiva.

- Não, papai. Não é o suficiente. Mamãe o leu mais de vinte vezes, ela me disse, e mesmo assim não conhece Hogwarts completamente.

- Ai... Bem que eu disse a Hermione que não era uma boa idéia comprar esse livro para você. – falou num suspiro. – Rose, - ele pegou a menina e colocou-a no colo – é impossível conhecer Hogwarts completamente. Cada dia se descobre algo novo. É isso o que faz dela incrível.

Ele pôde ver nos olhos azuis da filha um brilho ansioso, um sorriso brotando de seus lábios. Ele sorriu para ela e lhe deu um beijo em seus encaracolados cabelos ruivos.

- Quero participar desse beijo também!

Hermione tinha acabado de aparatar dentro de casa, colocou suas coisas na mesa e sentou-se ao lado de Ron.

- Oi amor! – cumprimentou o marido dando lhe um beijo. – como foi hoje no Ministério?

- Estava tranqüilo. – disse sorrindo. – o que é ótimo, não estou cansada e vamos aproveitar bem o jantar na casa do Harry e da Gina.

- Verdade! – lembrou Hugo – o James chegou hoje de Hogwarts! Tinha esquecido.

- Aham, o que me lembra que vocês dois ainda estão desarrumados. – falou Hermione olhando para os filhos. – Andem! Vão se arrumar, não querem chegar atrasados.

Rose pulou do colo do pai e se direcionou animada para o quarto. Hugo juntou seu xadrez do chão e também foi para o seu.

Ron colocou o braço ao redor do ombro de Hermione e ela encostou a cabeça em seu peito.

- Eles estão crescendo. – murmurou Hermione – logo estarão em Hogwarts. Parece que foi ontem que eles ainda mamavam. Tenho saudades desse tempo.

Ron sorriu.

- Se quiser voltar a eles... Ai Mione! Não me bate!

- Seu bobo, já estamos velhos. – retrucou Hermione.

- Que velhos o que! Continuo o mesmo cara lindo de sempre. – disse Ron abrindo um sorriso charmoso.

- Como ele é modesto. – disse a esposa sorrindo. – mas sim, continua o mesmo cara lindo de sempre. – concluiu assumindo um tom vermelho em suas bochechas.




N/A: Olá pessoal! Mais uma fic *-* A tenho quase toda formada na cabeça, mas como eu escrevo lentamente... pode ser que demore UM POUCO. Quero que a fic fiquei sem erros e gostosa de ler ;]
Então é isso! E comeeentem!

Larissa Manhães: Não precisa esperar mais! beijão ;*

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