O Natal






O dia fora bem animado,a Srª Weasley não parava de atravessar a casa,coberta de decorações de natal,pendurando-as por toda a Toca.Que agora parecia mais uma loja de enfeites de Natal trouxa,de tao cheia de enfeites.A felicidade contagiou Harry,que era pegado constantemente cantarolando musicas natalinas,e pendurando decorações por todos os cantos.Tudo deu QUASE certo,os gêmeos quase botaram fogo na cozinha,experimentando um de seus fogos loucos,acabou queimando um dos enfeites.A Srª Weasley retrucou que não ganhariam mais presentes,e os arrastou pela orelha para longe da cozinha.
O clima feliz fez Harry esquecer momentaneamente que há dois anos atrás,era Sirius que estava pendurando esses enfeites,feliz.Ele talvez até poderia estar ali...Esqueceu isso ao mirar Hermione contemplando a neve cair apoiada na janela.Ela suspirou fundo,Harry não soube o por que.Se aproximou por trás dela.
-Triste?-Falou ao seu ouvido.A menina deu um salto,e ao ver que era Harry,os cabelos de sua nuca arrepiaram.
-Ai,Harry.Um dia você me mata.-Falou ela com a mão sobre o coração.Harry riu.-Não,não estou triste.Sei lá,só...pensando.-Falou dando de ombros,e se virando para a janela.Harry apoiou seu queixo no ombro dela e a abraçou.Hermione teve certeza que teria um treco.A qualquer momento teria.Foi salva por Rony e Amy,que acabavam de entra na sala.
-Atrapalhamos?-Perguntou Amy,devolvendo o mesmo tom maldoso que Hermione usara com ela.Hermione e Harry se desvencilharam um do outro.
-Não.-Falou Hermione,e se sentou na poltrona.-Alem d...Que diabos é isso?-Falou apontando a roupa de Amy.
-Minha roupa de duende!-Falou ela,e Rony abafou uma risada.Harry girou o dedo em torno da cabeça num sinal de “louca”,mas se comparassem Amy com Luna,ela era uma garota extremamente normal.Desceram quando a Srª Weasley anunciou o jantar,e foram dormir tarde,a espera do dia 25, o Natal.
Harry acordou com Hermione,Rony,e Amy pulando em cima de sua cama.Como se fossem crianças que querem acordar o pai no dia de Natal para lhe darem presentes.
-P..PA....Parem!-Falou Harry atordoado.Hermione puxou os cobertos dele ,e Rony o levantou.
-Vamos lá cara!Café da manhã especial!-Falou Rony,numa crescente excitação.Harry soltou apenas um resmungo.Gostaria de ter ficado,e dormido um pouco mais.O consolo bom era que poderia dar o presente de Hermione.Sorriu para si mesmo,fazendo parecer ser um louco,para quem o olhasse.
E a noite chegou.Tinha bastante gente por ali,e a Srª Weasley disse que até mesmo Dumbledore apareceria mais tarde.A Srª Weasley foi a Primeira a destribuir os presentes.Foi praticamente um lote de suéters.Confundiu o de Harry e Hermione,pois os dois tinha um grande “H”.Rony olhou o presente com a expressao de alguém que acabou de chupar um limão,mas deu de ombros e o vestiu.Harry agradeceu ao suéter,poderia não ser algo caro,mas vinha do coração.Amy adorou seu Suéter com um grande “A” em amarelo no suéter verde,e saiu correndo,e falando ser a “Super Amy”.Os gêmeos deram um novo Kit de fogos,estes agora que tomavam a forma que o bruxo imaginasse.O Sr. Weasley estava muito excitado com a troca de presentes.Teria Rony dito algo sobre o presente dele?
-E esse é o nosso papai.
-É,o de nós quatro.-Completou Hermione,enquanto Harry empurrava uma caixa grande,e Amy,parava de “voar”,para dar o presente.
O Sr. Weasley quase desmaiou,sua expressão era de extrema felicidade.Harry Hermione,Rony e Amy haviam juntado dinheiro e comprado uma TV e um aparelho de DVD para o Sr. Weasley.Hermione instalou,e ligou o DVD.(Nesse momento o DVD fez um barulhinho de iniciação,o que fez o Sr. Weasley dar um salto de alegria,e um grito de excitação.)
Quando o filme começou a passar,os olhos do homem brilhavam tanto quanto a TV a sua frente.BANG!Fez o filme,a felicidade do Sr.Weasley chegou ao seu ponto máximo,ele caiu em baque no chão, e pareceu a Hermione,que ele teve algo parecido com um ataque epilético,e desmaiou.A Srª Weasley soltou uma exclamação,e quase desmaiou também.
-Ahn...Ele está bem,Molly.Foi só...alegria.-A Srª Weasley choramingou um pouco,e se deixou vencer por Lupin.
-Han...-começou Rony atordoado.-Eu....bom...Agora irei entregar os meus presentes.-Deu protetores novos de quadribol para Harry,deu um livro sobre sereianos a Hermione.E propositalmente deixou Amy por último.-Hum...Amy.-Ele vasculhou desajeitado o bolso e tirou uma caixinha pequena com um laço de fita azul-claro.Estendeu para menina,as bochechas ficando gradativamente vermelhas.Ela pegou e tirou um anel bonitinho de dentro.Era de prata,e tinha uma pedrinha numa mistura de branco com cristais brilhantes.Pos no dedo.
-É lindo,Rony.Obrigado.-Rony fez uma expressão que ia desmaiar.Esse era “o dia” da família Weasley.Hermione entregou os presentes,e teve especial cuidado ao entregar a Harry um par de tênis.Amy fez sua entrega de presentes,soltando uma piada a cada um que os recebia.Harry entregou os seus por último,propositalmente,pois já era tarde,não queria tantos olhares sobre ele quando ele entregasse seu presente a Hermione.
-Agora...-Estendeu a mao para Hermione,que pegou-a surpresa.Ela se levantou.-Feche os olhos.
-Pra que?-Perguntou ela receosa.
-Confia em mim?
-Confio.
-Então fecha.-Ela o obedeceu.Sentiu seus cabelos sendo puxados delicadamente,e algo envolver seu pescoço.Hermione abriu os olhos.Era um colar,que tinha um medalhão.Desenhos formavam-se talhados no ouro do medalhão.
-Abra.-Hermione apertou de leve o pequeno medalhão e ele se abriu.Uma musica suave começou a tocar bem baixa e relaxante,e Hermione pôde ver que dentro do medalhão tinha uma foto dos dois,mexendo-se e sorrindo,do segundo ano,quando Rony e Hermione ainda não se suportavam.Ela olhou boquiaberta para Harry.Sua expressão de surpresa se transformou em um lindo sorriso e ela abraçou Harry.
-Ah...Harry...Voce não existe!-Harry riu bobamente,girando Hermione pela sala,agarrando-a pela cintura.
Harry estava bastante feliz com aquele Natal, principalmente porque Hermione parecia ter adorado seu presente, não parava de abrir o medalhão e mirar sorridente para a foto dos dois no segundo ano, que por vezes se mexiam, sorriam, ou se abraçavam pelos ombros. A senhora Weasley parecia bastante abatida, talvez pelo "ataque" que o marido teve ao ver aquelas coisas de trouxa que ele tanto gostava.
Grande parte da Ordem já havia saído, restando apenas os mais intímos dos Weasley's. A campainha tocou, a senhora Weasley soltou um suspiro cansada, e se levantou arrastando os pés. Desapareceu pela parede que dividia a sala.
- Olá Molly - soou a voz de Dumbledore, fazendo Harry congelar novamente.
Estava feliz, e conversar com Dumbledore agora, provavelmente sobre as horcruxes, e isso faria sua felicidade ir para o ralo.
Dumbledore acenou para todos na sala e caminhou até a cozinha, seguidos por alguns membros da Ordem.
Ficaram alguns minutos cochichando e fazendo alguns gestos, Harry observou-os de esguelha, intrigado com o que estariam conversando.
Minutos depois, os membros da Ordem saíram da cozinha, Harry se levantou para ir ao seu quarto e evitar a conversa com Dumbledore, mas no momento em que Harry ficou de pé, Dumbledore o chamou:
-Poderia dar uma palavrinha com você, Harry?
Harry suspirou pesaroso e se virou para encarar os olhos azuis do diretor. Ele acenou afirmamente com a cabeça.
Dumbledore rumou para a cozinha acompanhado de Harry.
Dumbledore e a Senhora Weasley trocaram olhares significativos, e quando a porta se fechou atrás de Harry, fez um barulho esquisito. Provavelmente a Senhora Weasley deve ter lançado na porta um feitiço para que ninguém os escutasse.
Sentaram-se e Harry esperou Dumbledore falar.
- Bom, Harry. Tenho duas notícias. Uma boa e uma ruim.
- Ótimo, dê logo a boa. - Falou Harry com azedume.
- A boa é que a horcrux que está na cidade natal de Slyntherim. É a taça de Huffle Puffle.
Harry confirmou com a cabeça, não tinha nada a dizer.
- Aí vem a notícia ruim. Voldemort, Harry, acredita que não há nada pior que a morte. Pensando nessa crença ele protegeu essa horcrux.
Harry ergueu as sobrancelhas, sem entender.
- Se lembra, Harry, que uma das horcrux que destruí, custou a minha mão - Ele levantou a mão escura de aparência morta - Agora irá custar a vida.
- O senhor não está... - Começou Harry, apavorado com a idéia de o diretor morrer. Dumbledore o interrompeu.
- Ah, não Harry. Ainda não é minha hora - Dumbledore sorriu, mas Harry suspirou, pesaroso.
- Veja pelo lado bom, Harry. Já sabemos a localidade dela. Pulamos pára outra, sei que no final acharemos uma saída - Sorriu encorajador para o mais novo. Harry forçou um sorriso.
O diretor se levantou e saiu em direção a porta. A senhora Weasley se levantou.
- Molly, Weasley's. Senhoritas Granger e Vaungh... - Acenou ele para todos, e desapareceu pela porta acompanhado pela senhora Weasley. Hermione não para de mirá-lo, com uma expressão preocupada.

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