O Retorno
Lá estava ela de volta ao Expresso de Hogwarts. Apenas algumas horas a separavam de seu destino. Todos na cabine pareciam felizes e Laura sorria apenas para não parecer uma chata. Harry dizia algo a respeito de dementadores que atacaram seu primo. O riso era geral, até que chegaram a Hogsmead. Vic correu em direção ao rapaz que a esperava na porta do trem. Logo, os outros estavam com eles:
-Oi gente.-Ele cumprimentou. Todos responderam.- Oi Bocão...-Dirigindo-se a Laura. Apertou sua bochecha e a balançou. Laura fez uma careta de dor e disse.
-Oi pra você também Jack.-Sorriu.- Bom... eu vou andando... vejo vocês em Hogwarts.- Saiu dali o mais rápido possível. Encontrou com Hagrid e ele disse que ela poderia caminhar até a escola. E lá foi ela... Depois de meia hora andando, pôde ver os terrenos do castelo. Atravessou os portões e logo deu de cara com Filch.
-Boa tarde senhor Filch.- O homem murmurou alguma coisa ininteligível com seu mau humor típico e foi embora. Ela olhou para os jardins e lá estava a árvore. Sua velha conhecida... Foi até lá e sentou-se sentindo a brisa que vinha do lago. Procurou seu MP4 na bolsa. Sabia que aparelhos trouxas não funcionavam em Hogwarts, mas por algum motivo conseguiu liga-lo. Ficou feliz por isso. Ouviu algumas, recostada na árvore. Logo depois, todos os alunos chegaram. Ela se levantou e seguiu-os. O Grande Salão estava lindo e lá estava Dumbledore. Durante o jantar, alguns avisos, mas de todos, o mais importante: Teriam uma nova professora de Defesa Contra as Artes das Trevas, Dolores Umbridge, parecia ser uma senhora simpática, Laura pensou. Logo depois, seus amigos foram selecionados. Vic, Juliet e Mathew foram para a Corvinal, e Eryck, Grifinória. Ficou triste por não ter mais suas amigas como colegas de quarto, mas tudo bem, tinha que ser assim. Foi para seu quarto e adormeceu entre pesadelos e lágrimas. Foi acordada por um barulhinho já conhecido. As meninas estavam se arrumando para as aulas quando Laura chegou.
-Bom dia Lau.- Disse Carrie animada.
-Bom dia meninas.-Laura cumprimentou e foi direto para o banheiro. Precisava acordar. Afinal, a primeira aula seria Poções, isso se o horário fosse o mesmo do ano passado. Mas enganou-se. Dolores Umbridge, ao contrário do que parecia ser, era falsa e cínica. Fazia-se de boa senhora, mas não passava de um monstro. Com uma guerra prestes a explodir, ela se negava terminantemente a ensinar DCAT na prática, era somente teoria. De toda a desaprovação, destacava-se a de Harry. O menino não podia acreditar que era dito como mentiroso por todo o mundo. E aquela mulher só vinha a lhe provar isto. E o pior, prejudicava todos os alunos do castelo. Dumbledore... Ah, pobre Dumbledore... Ele não podia fazer nada, a não ser lamentar...*por enquanto*. Enquanto seguia para as masmorras, Laura ouvia calmamente suas músicas, estava adiantada e os únicos com ela, eram Hermione e Carrie, que iam à frente. Quando chegaram na porta, pararam de súbito. Laura estremeceu. Havia um papel ao lado da entrada para a sala de Poções. Carrie sussurrou algo para só Hermione ouvir e se virou para Laura que tirou os fones dos ouvidos. Carrie veio bem devagar e dizia calmamente, mas não menos nervosa.
-Laura... Eh... Bom...
-Me diz o que houve com ele.-Ela já tinha lágrimas nos olhos.
-Ali diz que... Bem... Diz que ele está internado no St. Mungus.-Foi tudo de uma vez só. Laura sentiu uma tontura e cambaleou para trás, apoiando-se na parede de pedra nua. Sem ver o que fazia, deixou cair seu MP4, que se espatifou no chão.
-Calma, não deve ser nada grave. Do contrário, eles não teriam colocado aquele aviso.
-Mas... Porque? O que aconteceu?-Laura chorava.
-Não sei... Ali não diz... Tudo o que está escrito é: “As aulas de Poções foram adiadas até segunda ordem. O professor Snape se encontra internado no hospital St. Mungus. Mas não demorará a voltar.”-A menina recitou o que tinha lido. Mas não pôde dizer mais nada, porque Laura saiu correndo e sabia exatamente para onde iria. Correu para a torre do piano. Ah, somente quando chegou lá, percebeu a falta que sentia daquele lugar. Aquela vista... Aquele piano... Começou:
“Cinque giorni che ti ho perso (Cinco dias que te perdi)
Quanto freddo in questa vita (Quanto frio nesta vida)
Ma tu non mi hai cercato piu (Mas você não me procurou mais)
Troppa gente che mi chiede (Muitas pessoas me falam)
Scava dentro alla ferita (Pra tocar na ferida)
E in me non cicatrizzi mai (E em mim não cicatriza nunca)
Faccio male anche a un amico (Faço mal também a um amigo)
Che ogni sera è qui (Que toda noite está aqui)
Gli ho giurato di ascoltarlo (Eu jurei que o ouviria)
Ma tradisco lui e me (Mas nos engano a ele e a mim)
Perché quando tu sei ferito (Porque quando me sinto tão ferida)
Non sai mai...Oh mai(Não sei mais...Oh mais)
Se conviene piu guarire(Se é melhor me curar)
O affondare giù per sempre(Ou me afundar de uma vez pra sempre)
Amore mio come farò(Meu amor como farei)
A rassegnarmi a vivere?(Pra re-aprender a viver?)
E proprio io che ti amo(E bem eu que te amo)
Ti sto implorando(Estou te implorando)
Aiutami a distruggerti(Me ajude a te destruir)
Cinque giorni che ti ho perso(Cinco dias que te perdi)
Mille lacrime cadute(Mil lágrimas caídas)
Ed io inchiodato a te(E eu atada a você)
Tutto ed ancora più di tutto(Tudo e agora mais que tudo)
Per cercare di scappare(Pra tentar escapar)
Ho provato a disprezzarti(Tentei te desprezar)
A tradirti a farmi male(Te trair me fez mal)
Perché quando tu stai annegando (Porque em teu mar vou naufragando)
Non sai mai...Oh mai(Não sei mais...Oh mais)
Se conviene farsi forza(Se é melhor estar nadando)
O lasciarsi andare giu nel mare(Ou me afogar no mar)
Amore mio come farò(Meu amor como farei)
A rassegnarmi a vivere? (Pra re-aprender a viver?)
Proprio io che ti amo(E bem eu que te amo)
Ti sto implorando(Estou te implorando)
Aiutami a distruggerti(Me ajude a te destruir)
Se un giorno tornerò(Se um dia eu voltar)
Nei tuoi pensieri(Aos teus pensamentos)
Mi dici tu chi ti perdonerà(Me diga quem vai te perdoar)
Di esserti dimenticato ieri(De ser esquecido ontem)
Quando bastava stringersi di più(Quando bastava se aproximar mais)
Parlare un pò(Conversar um pouco)
Amore(Amor)
E proprio io che ti amo(E logo eu que te amo)
Ti sto implorando(Estou te implorando)
Aiutami a distruggerti(Me ajude a te destruir)”
No fim, já não tinha mais forças para nada. Não adiantaria se fazer de forte, se no fundo, queria apenas desaparecer do mundo. Precisava esquece-lo... Mas não queria.
Aquela dor a consumia como fogo em brasa. Deixou-se cair no chão e lá ficou, abraçada a si mesma. Tinha vontade de sumir, nem mais o piano a acalmava... Queria vê-lo, mas uma sensação de impotência tomava conta de seu corpo e a realidade chegava à sua mente: Nada poderia fazer. A não ser esperar... E esperou durante uma semana. Eryck conversou com Dumbledore e este lhe garantiu que o professor estava bem e fora de perigo.Vic já não tinha mais tempo para nada a não ser Jack... Todos sentiam que a amiga havia se afastado. Laura precisava de atenção, mas parecia que ninguém se importava...
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