Capítulo 13
- Assim?
- Lily, se você segurar a vassoura assim, vai cair.
- Eu não posso cair até que você me deixe voar.
- Pois eu não vou deixar você voar, segurando a vassoura dessa maneira.
Lily o encarou.
- Se estou fazendo errado, por que não me mostra a maneira correta?
James disfarçou um sorriso malicioso. Lily realmente pecava em algumas coisas que eram tão simples.
- Venha aqui - ele disse, acenando com a mão para que ela se aproximasse. Lily foi até ele.
- O quê?
- Suba - retorquiu James, indicando sua vassoura. Lily fez o que ele disse, mas, não sem reclamar significativamente.
James sentou-se atrás dela, ajustando suas mãos na vassoura. Lily retesou-se. Como ele esperava que ela se concentrasse, quando ele estava tão próximo a ela, seu corpo tocando o dela, a respiração de James fazendo-lhe cócegas na orelha, as mãos dele em sua cintura...
- ...assim, você pode voar, e eu ficarei aqui para impedir que qualquer acidente fatal aconteça a nós dois.
- O quê? - Lily perguntou, apenas captando a última coisa que ele falara. James realmente tinha que tocá-la? Isso era muita distração.
- Você estava prestando atenção?
- Hum... Não, eu... me distraí. - Vendo a satisfeita e maliciosa expressão no rosto dele, Lily corou. - Eu nunca disse que era você quem me distraía.
- Claro, porque, obviamente, você não sente nada por mim, o que a leva a confiar em mim e ter a certeza de que não cairá da vassoura e não vai morrer.
- Ah, cale a boca.
Agarrando a vassoura, Lily tentou voar. Ela não foi muito bem e quase bateu numa árvore.
- Lily, cuidado!
Duas horas (e cinco acidentes quase fatais) depois, Lily estava apta a usar uma vassoura sozinha e, se voasse ao redor do campo de quadribol, poderia até apostar uma corrida segura. Entretanto, ela permanecia ao lado de James.
- Hei, James, olhe, são seus amigos. Eles parecem tão pequeninos daqui de cima.
James olhou para onde Lily apontava e viu Sirius, Remus e Peter caminhando. Os dois acenaram do alto.
- Aquela é a Lily numa vassoura? - Peter perguntou.
- Aquela é a Lily na minha vassoura? - Sirius retorquiu.
- Acho que sim. Mas ela não parece tão bem assim - Remus disse olhando para o casal.
- Quebre-a que você terá que me pagar outra! - Sirius gritou para Lily ao vê-la alcançar, perigosamente, uma árvore antes de James puxá-la de volta.
- Estou descendo até aí - ela respondeu.
- Lily, espere, não lhe ensinei como pousar... - James falou, assistindo Lily ir em direção ao chão, parar de repente e cair, aterrizando em cima de Remus.
Pousando ao lado dos quatro, onde Sirius e Peter mais riam do que ajudavam Lily e Remus a se levantarem, James os alcançou e puxou a garota, colocando um braço ao redor de sua cintura, notando que as pernas dela tremiam. Sirius e Peter ergueram Remus, ao que todos se olharam.
- Desculpe, Remus. Obrigada por amparar minha queda.
- Que bom que ajudei.
Lily decidiu deixar James com os amigos e foi procurar Alice e Frank. Ela precisava conversar com eles sobre James e o fato de ter descoberto que gostava dele. Não que ela quisesse admitir, ao menos não para James, mas uma garota poderia sempre confiar em seus melhores amigos.
Ela foi até o quarto de Frank, onde os três ficavam juntos a maior parte do tempo, mas parou à porta assim que viu o que estava acontecendo. Frank e Alice estavam sentados no chão, inclinados sobre um livro e muito perto um do outro.
- Seu cabelo está fazendo cócegas no meu rosto - Frank disse, colocando os cabelos de Alice atrás da orelha dela.
A garota virou o rosto para encará-lo, e embora o gesto de Frank não fosse nada além de amizade, a mão do rapaz se demorou, então caiu lentamente enquanto ambos se encaravam em silêncio.
Lily odiou interromper um momento daqueles, mas sabia que seria o melhor antes que algo acontecesse e os amigos percebessem sua presença. Ela pigarreou, ao que ambos a olharam com as faces coradas.
- Lily, oi, não a vimos aí - falou Alice.
Isso foi mais que óbvio.
- Acabei de chegar - mentiu. - Você está se sentindo melhor, Frank?
- Não muito. Mas não estou tão ruim quanto a Alice. Ela está de ressaca.
Alice sorriu e Lily notou que havia bolsas embaixo dos olhos da amiga. Ela não parecia nada bem.
- Eu me pergunto como não fiquei com ressaca - Lily refletiu.
- Você ficou bêbada? Lily Evans bebendo? - Alice falou com um choque exagerado.
- Não foi de propósito. Surpreendo-me em não ter ficado de ressaca.
- Quem se importa? É maravilhoso! Não consigo me lembrar de nada. Frank me disse que eu estava tentando dançar, no bar. Eu não consigo dançar nem sóbria.
Lily pensou um pouco. Ela havia acordado do lado de fora do escritório de Slughorn. Havia estado com Sirius e Remus. Slughorn tinha uma porção de poções... Ela ofegou:
- Eu aposto que eles roubaram alguma coisa do Slughorn para me deixar sóbria.
- Quem? - Alice e Frank perguntaram ao mesmo tempo.
- Sirius e Remus.
- Da próxima vez, peça a eles para roubarem o bastante para dois - aborreceu-se Alice.
Lily viu a amiga acomodar-se melhor no chão e fechar os olhos. Ela parecia pior do que simplesmente sofrendo de ressaca.
- Frank, a sua doença não é contagiosa, é?
Frank olhou para Alice, seu rosto ficando pálido de horror. Ele então levou Lily para fora do quarto, na direção do salão comunal.
- Eu não posso tê-la deixado ficar doente. Ela nunca... - ele parou o que estava falando.
- Ela nunca gostaria de você? - Lily terminou.
- Eu achei que, sabe, se eu adoecesse, ela se preocuparia comigo e perceberia que gostava de mim. Mas, tudo o que fiz foi deixá-la doente.
Lily sorriu, dando um tapa leve no braço do amigo, condescendente. Foi uma idéia infeliz, mas Frank amava Alice.
- Ela ficará bem. E eu tenho certeza que ela sente o mesmo por você, só lhe dê tempo. É difícil ir de um sentimento que você sempre sentiu para um completamente novo.
Frank assentiu.
- Mas e você? Como está indo com a aposta?
- Não tenho certeza. Quero dizer, ele está ganhando, mas, não sei... Ah, está tudo tão confuso. Ele é James Potter, eu supus que o odiava, que queria que ele perdesse essa aposta e nunca mais falasse comigo novamente.
- E agora?
Lily soltou um gemido, deitando a cabeça no ombro de Frank.
- Eu não sei.
- Só você pode decidir.
- Eu sei. Quando a vida ficou tão difícil? - Lily perguntou num muxoxo.
- Quando ela foi fácil?
Naquela noite, Lily disse a James que não patrulharia os corredores com ele, porque Alice estava com muita febre. O rapaz se ofereceu para ficar com ela e ajudar a cuidar da amiga, mas Lily lhe lembrou que ele era monitor e tinha deveres.
Lily passou a noite inteira ao lado de Alice, deixando-a apenas para se encontrar com Frank, o qual não estava em seu quarto. Um de seus companheiros de dormitório disse que ele havia ido pegar uma poção com o Prof. Slughorn. Lily esperou que isso não significasse que o amigo fora roubar uma poção, mas ela sabia que, caso ele fosse apanhado, James o livraria.
No caminho de volta para o dormitório feminino, Lily topou com Siris e Peter (Remus estava acompanhando James) e mandou-os procurar por Frank. Eles o encontraram, mas, infelizmente, foram pêgos no flagra, deixando, furtivamente, o escritório de Slughorn. Lily não soube disso, uma vez que não deixou Alice sozinha novamente.
Na manhã seguinte, ela estava tão doente quanto Alice, mas, tendo perdido as aulas do dia anterior por ter fugido com James, não quis fazê-lo de novo. Então, ela acordou Alice e as duas desceram, aos tropeços, as escadas até o salão comunal.
James as viu tão logo elas chegaram ao salão e, rapidamente, ajudou Lily a alcançar o sofá. Fez, então, depois, o mesmo com Alice, que parecia prestes a desabar.
- Lily, você não pode ir às aulas desse jeito.
- Eu tenho que ir. Não posso perder outro dia de aula - ela disse sonolenta. Havia passado a noite toda em claro.
- Você está doente. E a sua aparência... Não importa a sua aparência, só digo que não está boa. As duas. Vocês deveriam voltar a dormir.
Lily olhou para cima, a fim de olhar James, e teve uma idéia. Não que ela estivesse apta a se concentrar.
- Você tem que tomar notas pra mim. E para Alice. E também nossos trabalho e tarefas. E diga aos professores por que faltamos.
- Pode deixar. Agirei como um bom aluno.
Lily se entregou, fechando os olhos.
- Bom - falou -, estou contando com você.
- Você tem certeza que não quer que eu fique e tome conta de vocês duas? - ele se ofereceu. Lily parecia mal, e embora pessoas adoentadas não fossem sua especialidade, James tomaria conta de Lily e até de Alice, uma vez que ela era a melhor amiga da ruiva.
- Quem irá pegar notas e as tarefas por mim? Você tem que ir - Lily discutiu.
- Remus pode fazer isso. Eu copio tudo dele, de qualquer maneira.
- Eu posso fazer o quê? - Remus perguntou ao chegar ao salão comunal; Sirius, Peter e Frank logo atrás.
Em uma tentativa de esconder a poção que havia roubado, Frank teve que bebê-la, ficando com a saúde perfeita. No entanto, ficou em detenção, mas ele não teve muitos problemas, uma vez que foi sua primeira transgressão.
Sirius e Peter eram diferentes. Peter ganhou detenção para cada noite daquela semana e Sirius teve que dizer adeus a todos os seus planos, porque ficaria em detenção até o próximo semestre.
- Ah, não! A Lily também, não - Frank falou ao ver as garotas.
- Temo que sim. Ela quer que eu vá e tome nota das aulas por ela. Acho que alguém deveria cuidar delas - James falou.
- Eu fico com elas - Frank ofereceu-se.
- Não, você não pode perder mais aulas. Você já perdeu muitas, quando esteve doente - Alice argumentou.
Os rapazes olharam para as garotas, pensando.
- Tive uma idéia - Sirius falou. - Vocês três podem ir para a aula, Peter e eu ficaremos aqui com elas. Eu tenho detenção pro resto da minha vida, então, não há muito o que eles possam fazer para me manter na linha.
- Por que eu fico? - Peter perguntou, olhando para as garotas doentes, desgostoso. Certo que elas não eram visões agradáveis, mas isso não era algo muito bom para ser reconhecido.
- Porque elas são duas e eu sou um.
Peter consentiu, derrotado:
- Tudo bem, nós cuidaremos delas, vocês podem ir pra aula.
Os três foram, James e Frank lançando olhares preocupados por cima do ombro. Lily e Alice acompanharam-nos com o olhar, também preocupadas: Sirius e Peter eram as últimas pessoas que elas queriam como babás. Lily olhou para seu relógio. Seria um longo dia...
Ao fim do dia, James ficou surpreso ao ver todos os quatro amontoados embaixo de cobertores, parecendo acabados.
- Era contagioso - Peter explicou.
- Nossa nova punição é suportar isso, em vez da detenção - completou Sirius.
Lily fungou:
- Eles não nos verão. Disseram que merecemos ficar doentes por roubar poções.
- Mas, você e Alice não roubaram nada - James falou olhando para eles.
- Só que eles roubaram por nós, o que é tão ruim quanto, aparentemente - Alice falou.
- Quanto tempo vocês têm que ficar assim? - Remus perguntou, olhando para Peter e Sirius.
- Uma noite. Então, segundo eles aprenderemos nossa lição, e então cuidarão da gente - explicou Sirius, ao que Peter adicionou:
- Isso não é justo.
- Eles acham que estamos fingindo, fazendo parecer pior para que não tenhamos mais problemas - falou Alice.
- Esse tipo de punição é correto? - perguntou James para Remus.
- Acho que não.
- Deveríamos contar então para Dumbledore.
- Não - Sirius disse rapidamente. - Isso é melhor que detenção.
Peter concordou e Alice e Lily disseram que estavam dispostas a suportar isso pelo que os garotos fizeram, na noite passada.
- Imagino que isso significa que estamos brincando de enfermeiros - James falou para Remus e Frank. Este perguntou:
- Há algo que vocês queiram?
Lily e Alice olharam uma para outra e falaram em uníssono:
- Chocolate.
- Uísque de Fogo - Sirius falou. James não estava certo se ele estava falando sério ou não. Decidiu-se pelo não.
- E você, Peter? - perguntou Remus.
- Só me mate agora.
Os três decidiram que isso foi uma brincadeira e saíram para buscar o chocolate das garotas.
Eles levaram mais tempo que o esperado, pensaram os adoentados, e o quanto se permitia a uma pessoa doente, os quatro estavam muito irritantes. Eles foram separados em duplas em dois sofás: Alice e Peter em um, com a garota usando a perna dele como travesseiro, e Lily e Sirius em outro.
Alice e Sirius haviam discutido, então, Alice roubou o cobertor dele, ao que o rapaz insistia a Lily para que ela dividisse o dela.
- Pegue o seu!
- Mas o meu está com ela.
- Ela está a um metro. Além disso, Alice o devolverá.
- Não, não vou. Ele disse que eu era feia.
- Ele disse que você parecia mal - Lily falou - e eu concordo. Todos parecem péssimos, quando doentes.
- Bem, não vou devolver enquanto ele não se desculpar - Alice falou, teimosa.
- Viu! Dê-me metade do seu.
- Apenas se desculpe!
- Não.
- Então me deixe em paz. Não vou dividir o meu cobertor.
Peter fechou os olhos, ignorando os outros três. Sua perna estava matando-o, mas achou melhor ficar quieto e manter a paz. A qual estava deixando-os novamente:
- Hei, Sirius, aquela não é a sua namorada? - Alice perguntou.
- Onde? - ele retorquiu, agarrando Lily, a qual estava se espreguiçando, colocando-a à sua frente juntamente com o cobertor, cobrindo-os.
- O que você está fazendo? - ela ciciou.
- Escondendo-me.
- Alice estava tentando te assustar, seu idiota. Como ela poderia entra no nosso salão comunal?
- Oh, ela está voltando - Alice gritou, alegre.
Lily sentiu um pedaço do cobertor ser erguido e viu James, que parecia estar se divertindo.
- Está tudo bem por aqui? - ele perguntou.
A garota agradeceu por ele estar apenas se divertindo. Se ela o visse debaixo de um cobertor com alguma garota por cima dele, teria ficado louca.
- Ele está me usando como um escudo humano.
- Eu não quero nem saber - James falou, zombando, mas sentando-a corretamente. Então, continuou: - Conversamos com Madame Pomfrey, ela achou que vocês estavam fingindo. A convencemos do contrário, e ela está esperando por vocês. Ela sentiu-se mal. Falou que vai parar de ficar fazendo perguntas e vai apenas curar os alunos, daqui pra frente.
- Verdade? - Peter perguntou, esperançoso.
- É, ela está esperando - respondeu Remus.
- Bom... Então não ficarei mais doente e não parecerei mais um lixo - Alice falou, ficando de pé, mas o corpo oscilando. Frank apressou-se a ladeá-la.
- Você não parece um lixo - ele disse. - Mesmo doente, para mim, você continua linda.
- Você tem que dizer algo assim, já que é meu melhor amigo.
- Eu não sinto minha perna - falou Peter.
- Eu sinto as minhas. Elas parecem gelatina - retorquiu Lily. Então soltou um grito curto quando James a ergueu do chão. - O que você está fazendo?
- Carregando-a. Assim, você não cai.
- Me derruba que eu te bato.
- Se eu te derrubar, eu mesmo me bato.
Lily fechou os olhos e repousou a cabeça no ombro de James.
- Você é meu cavaleiro numa armadura reluzente - ela disse sarcasticamente, mas ele percebeu que era apenas da boca pra fora.
- Você com certeza não me bateria como uma donzela angustiada. E por que eu não posso ser um príncipe encantado, em vez de um maldito cavaleiro?
- Porque isso requer que você seja charmoso - Lily disse secamente.
Frank colocou seu braço ao redor da cintura de Alice e caminhou com ela na direção da porta. James os seguiu, com Lily, esperando que os outros os alcançassem. Peter estava chacoalhando a perna dormente. Sirius estava deitando no sofá, parecendo que morreria, caso se movesse.
- Então, se James está carregando a Lily, quem vai me carregar? Remus? - falou, abrindo os braços. O olhar que Remus lhe enviou foi claramente um não, então, ele se levantou agarrando e puxando Peter para ajudá-lo.
Depois que todos foram atendidos por Madame Pomfrey, eles foram passear pelo campo de quadribol. Lily sentou-se ao lado de James e se lembrou que queria falar sobre ele com Alice e Frank.
Mas, o que havia para ser dito? As coisas haviam mudado, ela tinha que aceitar isso. Estava realmente agindo como sua namorada? Havia deixado seus amigos doentes, mas ele não ficou irritado. James tinha se disposto a cuidar dela, quando ficou ruim, e ela sempre cuidou de si mesma.
Era seguro dizer que ele sempre estaria ao seu lado.
Ambos haviam deixado os outros para trás e sentado mais afastados. Eles ficaram em silêncio por um tempo, até Lily dizer:
- Isso é estranho.
- O quê?
- Nós. Sentando juntos e por tempos longos. Não é o que eu esperava. – Lily fez uma pausa e então continuou: - Você não é o que eu esperava.
- As pessoas dificilmente são.
Eles continuaram sentados, o silêncio os tomando. Este não ocorria necessariamente, como se não houvesse mais palavras a serem ditas, e sim por ter palavras que Lily queria desesperadamente dizer, mas não saberia como. Não havia palavras a serem ditas, porque ela nunca sentira algo parecido, antes.
- Sabe, eu não consigo me lembrar da última vez que fiz algo espontâneo, antes de fugir das aulas, com você. Eu não quero que as coisas sigam um caminho certo, eu quero fazer mais, ver mais. Só que é um pouco difícil pra mim, transpassar meus próprios limites e minhas resistências.
James a observou enquanto ela falava tudo isso, traduzindo para o que ela realmente queria dizer: eu quero isso, quero “nós”, mas estou com medo. Era o mais perto que Lily estava de admitir seus sentimentos e até onde ela chegaria, e James sabia. Mas ele conseguiria esperar, esperar que ela dissesse as palavras.
Ele se levantou, estendendo sua mão.
- Você quer ser espontânea? Dance comigo.
- O quê?
- Dance comigo.
- Você sabe dançar? – ela perguntou, segurando a mãe dele.
- Eu te seguro, você me segura, a gente balança em círculos. Não é difícil, é?
Lily se permitiu ficar bem perto de James e dançar com ele. Dançar sob as estrelas era um gesto romântico horrivelmente clichê, mas, com ele, parecia algo original, novo. Tudo lhe parecia novo, com ele.
Ela deixou a cabeça descansar no ombro dele, fechando os olhos. Por que as coisas haviam se transformado daquele jeito, numa terrível bagunça?
Era um momento perfeito, era romântico e doce. Uma grande oportunidade para James beijá-la, mas ele não estava tentando fazê-lo. Ele deveria estar pensando que, se tentasse beijá-la agora, ela não permitiria. Então, por que ela não o beijava?
- Você já fez isso alguma vez, antes?
- Dançar com uma garota no campo de quadribol? Não, você é a primeira.
- Quero dizer dançar sem música. Estamos em ritmos diferentes.
- Nós sempre estivemos. Mas, talvez, não mais.
Verdade, James sempre esteve um passo à frente dela, ou cinco ou dez. Ele era apressado, imprevisível. Ela era calma e constante. Se a relação deles era como uma dança, ela simplesmente tinha ficado parada, mas com ele ao seu lado o tempo todo.
- Talvez, não mais...
N/T: Ah, sei que muitos vão querer me mandar berradores com pus de bubotúberas, mas... Acho que o capítulo serviu como um calmantezinho, né?? (espero que sim!!)
Gente, ele demorou eras pra sair, porque me compliquei toda! Esse semestre, a faculdade foi completamente complicada! Muita coisa pra estudar que vocês não fazem noção! (bem, alguns, talvez façam..rs). Além disso, com meu novo trabalho, eu só conseguia usar computador aqui de casa, mas com o tempo curto, uma vez que também preciso estudar pra faculdade... Então, a coisa toda virou uma loucura, e, pra somar, eu fiz o favor de danificar meu computador e o técnico demorou três semanas pra me devolvê-lo (o que foi um recorde, diga-se de passagem!).
Mas, vou fazer de tudo para que o próximo capítulo não se demore... Mas ele só começará a ser traduzido na semana que vem, pois quinta-feira tenho prova na facul... Mas, também, depois disso, descanso total! E vou ter muito mais tempo pra me dedicar a terminar essa fic... Além de começar outra...
Desculpem pela demora!
Beijos a todos e muito obrigada pelos comentários e, também, pela compreensão!
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Comentários (2)
Sorry, a nota é 5, não tinha visto isso :va:
2011-04-15Oii Livinha, tudo bem? Não te vi mais no nff, então só avisando que to postando a fic por lá... por que tem gente lendo, caso você queira passar pra ler o comentários... Estamos amando a fic!! Obrigada mesmo por traduzir! :hug:
2011-04-15