ØUma Grande DecepçãoØ
Uma porção de barcos iam lentamente flutuando ao longo de um imenso lago negro. As luzes de um grande castelo entravam em contraste com os lampiões acesos em carda barco. Os alunos nos barcos, trajavam vestes negras e carregavam um semblante de preocupação. Mas, um garoto estava mais nervoso que os outros, em especial.
Alvo Severo Weasley Potter era o nome dele. Tremia dos pés a cabeça. Seus cabelos eram negros e seus olhos intensamente verdes e era magricela. Seus pensamentos já estavam dentro do Castelo antes mesmo de ter chegado até ele. Não podia acontecer o que ele mais temia.
- Hagrid? – chamou ele
Um homem muito grande, com um emaranhado de barbas brancas e espessas se virou e o encarou com um sorriso. Alvo correspondeu e disse:
- Estou com medo!
Hagrid deu uma risadinha baixinha.
- É normal para alunos do primeiro ano! – disse ele simpaticamente. Um garoto de cabelos louros prateados deu uma fungada – E eu sei que você não quer cair na Sonserina... – acrescentou Hagrid baixinho.
O barco aos poucos iam sendo carregados pela calmaria da correnteza, mas Alvo teve certeza de que tinha algum dedo de magia em seus movimentos. Alvo estudou cada pessoa que estava ao seu lado, dentro do barco. Para seu desespero, o barco já estava se aproximando dos terrenos de Hogwarts.
Alvo agora achara extremamente interessante seu sapato muito bem lustrado. Ficara corado de repente e não sabia o porquê. Ele olhou para os meninos novamente e um deles disse:
- Olá! Chamo-me Roger Farow!
- Ah oi! – disse Alvo simpaticamente – Eu sou Alvo Severo Weasley Potter... – o queixo do menino despencou.
- Então, você é filho de Harry Potter? – perguntou o menino. Alvo fez que sim com a cabeça e todos os outros do barco começaram a cumprimentá-lo.
- Eu sou Denis Strait
- Eu, Samuel Lapone!
- E eu sou Scorpius Malfoy – disse um garoto de cabelos louros. Seu rosto era fino e seu queixo pontudo. Hagrid se virou.
- Você... – disse Alvo intrigado – Filho de Draco Malfoy?
- Sim – respondeu o garoto secamente – E você é filho de Harry Potter com Gina Weasley, meu pai me falou muito de vocês...
Hagrid fitou o garoto chamado Scorpius por um momento e depois tornou a se virar para frente.
- Nossos pais não eram muito amigos quando estudavam – disse Scorpius inesperadamente – Meu pai me disse. Sempre brigaram, mas no fim...
- Mas no fim? – cortou o garoto chamado Denis – Eu conheço muito bem a historia dos Malfoy Alvo...
Scorpius lançou um olhar cortante a Denis, mas este retribuiu. Alvo se sentiu muito incomodado.
- É? – disse ele – Bem...
- Eles não são muito legais... – disse Denis novamente – Nada contra você Scorpius, mas sua família não tem uma ótima fama no mundo bruxo, vamos ser franco...
- Nem a sua! – rebateu Scorpius – Toda a arvore genealógica de sua família, é composta por inúteis de sangue-ruim!
Denis ameaçou sacar a varinha, mas Alvo fez um sinal negativo com a mão, que o fez parar. Scorpius sorriu satisfeito e o barco parou inesperadamente. Parecia que um gelo havia descido pelo estomago de Alvo. Estava prestes a ser selecionado.
Os alunos saíram do barco e pisaram em um jardim verde-esmeralda, que mesmo a noite, era deslumbrante. Eles eram quatro e todos iam seguindo Hagrid ansiosamente.
- Alvo! – gritou uma voz feminina
Alvo se virou e logo ficou em um envolvido abraço com sua prima, Rose. Ela se desgrudou deles e deu um “oi” para todos que estavam em volta.
- Já conheci varias pessoas... – disse ela animada – Bem, todas elas querem cair na Grifinória, mas não sei se vou para lá...
- Pelo seu estilo... – disse Scorpius – Você deve ser uma Granger!
- Sim, eu sou – respondeu ela secamente – E você certamente é um Malfoy, não é mesmo?
Scorpius se virou com um sorriso irônico e continuou seguindo Hagrid, que balançava seu lampião assustadoramente, enquanto fazia sinais para os alunos do primeiro ano o seguirem. Andaram uma grande parte do jardim, até subirem grandes escadas de mármore e estacionarem em um amplo salão, com lampiões pendurados nas paredes, iluminando o lugar.
- Isso é fantástico! – disse Rose fascinada – Aqui nós respiramos magia... Isso não legal Al?
- Muito – disse Alvo também impressionado – Nossa, eu sempre achei que as histórias do meu pai foram sempre um tanto exageradas, mas, pelo visto...
- Já eu – interrompeu Scorpius – Sempre acreditei na veracidade das histórias de meu pai, ele sempre me contou maravilhas sobre Hogwarts...
- Bom – disse Hagrid inesperadamente – Meu trabalho já foi feito, o Prof.Longbottom irá lhes dizer o que deve ser feito daqui em diante...
- Escória – Alvo ouviu Scorpius comentar com Denis – Os Longbottom nunca foram queridos na minha família...
- Não fale deles assim – adiantou-se Rose indignada – O Neville sempre foi um ótimo amigo da minha família e uma ótima pessoa!
- Não falei com você Granger! – disse Scorpius analisando a menina dos pés a cabeça – Você é filha daquela...
- Nem se atreva Sr.Malfoy – disse uma voz grossa e alta. Scorpius ficou escarlate. Rose se virou e viu Neville Longbottom parado a sua frente – O Sr não quer ganhar uma detenção antes mesmo de iniciar suas aulas não é mesmo?
Scorpius deu um sorriso irônico.
- Não sei como admitem pessoas em Hogwarts como você... – disse ele afrontando Neville – Acho que o diretor tinha que ter selecionado mais...
- Cale a boca! – disse Alvo entrando na frente de Scorpius – Quem é você pra falar dos outros desse jeito?
- Você não quer ter um dente quebrado logo na sua entrada para Hogwarts, quer? – perguntou Scorpius sorrindo – Eu sabia que não...
Alvo tornou a ficar ao lado de Rose, que se controlava o máximo para não partir para cima do garoto. Neville ficou desconcentrado, mas no momento seguinte, começou a falar:
- No momento em que eu abrir essa porta, eu quero que todos vocês formem uma fila e vão até uma banqueta de madeira que está logo na frente... Aonde o Chapéu Seletor irá selecioná-los para alguma casa...
Houve um murmúrio de excitação e uma fila foi se formando. Neville correu e abriu a porta rapidamente e saiu na frente, com um pergaminho na mão. Todos os alunos entraram assustados no Salão Principal, que estava repleto de alunos.
Passaram rapidamente pelo corredor do meio e pararam exatamente em frente a uma banqueta, onde um Chapéu velho e desbotado estava depositado. Alvo ficou mais apreensivo do que nunca. Não queria decepcionar seus pais. Não podia de forma alguma ser selecionado para a Sonserina.
Ele olhou para trás e conseguiu enxergar a mesa, onde vários alunos com distintivos verdes riam e se divertiam. Alvo engoliu em seco. Só de pensar que dali alguns minutos ele poderia estar sentado naquela mesa, lhe embrulhava o estomago.
Todos ficaram em silencio. E um rasgo se abriu no Chapéu Seletor, que começou a cantar uma musica:
Sou um Chapéu, eu sei
Mas posso ser muito mais do que isso
Vocês sabem que eu serei
O escolhedor de vocês
Selecionarei para qual casa deve ir
Há muito tempo atrás
Nada você pode fazer
Se o a minha escolha lhe contradizer
Eu tenho muito a falar
Mas a noite inteira não posso ficar
Se você quer saber em que casa ficará
Só em sua cabeça me botar
Ninguém pode esconder nada de mim
Pois sou o Chapéu Seletor, o que tudo vê
Alvo tremeu das cabeças aos pés só de ouvir aquela pequena musica que o Chapéu Seletor cantara. O Salão inteiro rompeu em aplausos, enquanto Neville erguia seu pergaminho até seus olhos.
- Samuel Lapone – disse ele.
Um menino alto, de cabelos castanhos e lisos subiu deu um passo a frente e se sentou na banqueta, colocando o Chapéu em sua cabeça.
- Bem, não tenho muito a dizer – disse o Chapéu – Lufa-Lufa!
A mesa onde estavam alunos com distintivos amarelos rompeu em aplausos e Samuel, feliz, se dirigiu a mesa da casa para onde fora selecionado.
- Angélica Crevey! – disse Neville
Uma linda menina de cabelos ruivos se sentou na bancada e antes mesmo do Chapéu encostar-se a sua cabeça, ele gritou:
- Grifinória!
A menina saiu correndo para a mesa que acabara de romper em aplausos. Mais dois meninos foram selecionados para a Grifinória e dois para a Corvinal.
- Rose Weasley – chamou Neville
Rose se aproximou de Neville e se sentou na banqueta. Colocou o Chapéu em sua cabeça e esperou o veredicto.
- Hm... – murmurou ele – Vejo uma mente corajosa, porem, muito inteligente, estou em duvida se mando para Corvinal ou para Grifinória. Eu acho melhor, Corvinal!
Alvo engoliu em seco. Rose parecia estar pregada ao chão. Alvo sabia que ela queria muito ter sido selecionada para a Grifinória. Mas também, não ficou triste. A mesa com alunos de distintivos azuis rompeu em aplausos e ela foi correndo para lá.
- Scorpius Malfoy – chamou Neville
Scorpius se sentou, colocou o Chapéu.
- Sonserina!
Sorrindo, ele partiu calmamente para a mesa do canto, que aplaudia calorosamente. Neville ergueu mais uma vez o pergaminho.
- Denis Strait!
- Sonserina! – rugiu o Chapéu quando foi colocado na cabeça do garoto.
Alvo ficava cada vez mais tenso, enquanto Neville chamava. Juliana Johnson... Grifinória... Marcos Evans... Lufa-Lufa... Mariana Chang... Corvinal.
- Alvo Severo Weasley Potter! – disse Neville finalmente. O Salão inteiro pareceu prender a respiração. Alvo se sentou na banqueta e colocou o Chapéu em sua cabeça.
- Ora...- disse o Chapéu – Uma mente clara e objetiva, astuciosa e corajosa... Talvez, você se encaixasse bem na Grifinória, mas...
- Eu me encaixo na Grifinória – disse Alvo nervoso
- Grifinória? – repetiu o Chapéu, debochando – Não, não, sua mente não é da Grifinória...
- É sim! – insistiu Alvo
- Sonserina!
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!