a bailarina



A Bailarina



 


A chuva caía fria e fina, o céu parecia chorar de tristeza, parecia derramar suas lágrimas amargas sobre todos aqueles reles mortais que habitavam a Terra, um homem alto, de cabelos negros e olhos de um azul tão vívidos (agora cinzentos) caminhava lentamente pela fina chuva, ia caminhando sem direção, sem um rumo certo, a sua mente estava longe, pensava no dia que a conhecera, ela, a sua bailarina...




 Flashback




Sirius caminhava a passos lentos, pela grande casa, viera passar um tempo em uma pousada para relaxar, o trabalho de auror, estava lhe causando um grande desgaste, só nesse mês haviam prendido mais de 20 comensais, e isso era algo muito trabalhoso, eles eram espertos, os fizeram gastar bastante tempo “correndo” atrás deles, quando na verdade podiam estar agindo, mas todo essa preocupação simplesmente sumiu, Sirius teve sua atenção voltada pra uma sala cuja de dentro vinha um som muito suave e sereno, como sempre sua curiosidade fez com que ele se aproximasse e abrisse a porta, a sala era completamente coberta por espelhos, num canto da sala havia um pequeno rádio de onde vinha o som, algumas cadeiras, mas o que chamou a atenção dele, foi ela...a garota estava dançando, ele sabia que dança era aquela, era uma dança trouxa chamada ballet, uma dança de movimentos suaves e graciosos, e ela, bom ela parecia uma deusa, dançando, tão graciosa e bela, os cabelos negros presos num majestosos coque, as mãos delicadas, girando em movimentos delicados, as pernas finas (como as de uma bailarina) porém fortes, em movimentos perfeitos...

 Enquanto a chuva caía, ele era martirizado pelas lembranças, sozinho em seu apartamento seu mundo parecia desabar, por isso tinha que acontecer? Justo agora, que ele aprendera amar de verdade, tomou um gole de seu FireWisky, a bebida desceu rasgando sua garganta, ao mesmo tempo que as lágrimas rasgavam sua alma, não podia aquilo não podia ter acontecido, e mais uma vez as lembranças o invadiam.




 Flashback 



-Ah, me desculpe, eu não queria te atrapalhar – disse Sirius meio sem jeito.

- Oh não se preocupe, está tudo bem-disse a garota com sua voz doce-mas então, quem é você?

- Black, Sirius Black, e você?

- McKinnon, Marlene McKinnon, muito prazer.

- Igualmente – disse Sirius completamente hipnotizado pelo brilho daqueles olhos castanhos.

 Ah aqueles olhos, os mais lindos olhos que alguém poderia ver, castanhos, enigmáticos, perfeitos...possuíam um brilho estelar, um brilho concedido pelas estrelas, ele tinha a plena certeza de que se procurasse encontraria aquele brilho lá no alto, na estrela mais brilhante... “ –Por que, por que você teve que me deixar? Por que teve que partir? ”, era isso que se passava pela cabeça dele, jogado no sofá, as roupas frias e molhadas grudadas em seu corpo, levantou-se e caminhou para o banheiro, abriu o chuveiro e entrou embaixo da água quente, sua cabeça latejava e doía, ao pensar que ela nunca mais estaria com ele.




 Flashback




-Pára Sirius – pediu a garota

- Por que? ‘tá’ tão divertido te ver assim, com medo

- Ah é assim é – disse a garota dando um tapa no braço dele – agora pára essa coisa e me deixa descer. Sirius parou a vassoura e deixou Marlene descer, ela parecia realmente assustada.

- Ei, que cara é essa?

- Eu não gosto de vassouras –respondeu ela

- Não precisa ter medo, eu estou aqui pra te proteger – disse ele se aproximando e selando seus lábios no dela. - Eu te amo

- Eu também te amo, de verdade.



Sim , ele a amava, e nada nem ninguém poderia destruir esse amor, mesmo ela tendo que partir e para sempre, nada seria suficiente para faze-lo esquece-la, desligou o chuveiro, vestiu o roupão, que como sempre estava impregnado com o cheiro dela, aliás a casa inteira estava, por onde quer que ele fosse, por onde quer que ele andasse, o cheiro dela o sufocava, a risada dela o perseguia, caminhou até a varanda do apartamento, e olhou para o céu, a chuva havia cessado, e as estrelas começavam a aparecer, e junto com elas, aquela, aquela estrela especial, que ele havia batizado de Marlene, a estrela que tinha o brilho de seus olhos, lá estava ela, mais brilhante do que nunca, fitou-a demoradamente, e sentiu mais uma vez as lágrimas escorrem por sua face, sua cabeça doía, porém o seu coração era pior, não apenas doía como estava em pedaços. O culpado por todas essas lágrimas, por todo esse sofrimento, era ninguém mais, ninguém menos, que ele, Voldemort, a pior pessoa, se é que aquilo pode ser chamado de pessoa, ele era terrível, ele podia lhe tirar o que você mais ama, sem dó, nem piedade.





 Flashback




Sirius, entrou no camarim, onde sua noiva estava, hoje era o grande dia de sua apresentação, ela seria a 1ª bailarina, e isso era uma grande vitória, Sirius percebeu que o camarim estava silencioso demais, procurou por Marlene, mas não a encontrou, saiu, e percebeu que a apresentação ia começar, estava explicado, ele viera lhe desejar sorte tarde demais, ela já ia entrar no palco, correu até seu lugar e sentou-se esperando, as luzes se apagaram e as cortinas se abriram, e lá no meio do palco, estava ela, com os cabelos, presos no seu famoso e majestoso coque, a música começou a tocar e ela, a dançar, ele estava fascinado, estava claro por tinha se apaixonado por ela, a sua graciosidade o conquistou por completo...Sirius assistia a apresentação, fascinado, ela era tão linda, porém, algo ruim aconteceu, um homem, vestido de preto, sem que ninguém percebesse apontou a varinha para o palco, e murmurou um AVADA KEDRAVA, e no mesmo instante, a 1ª bailarina, caiu, imóvel no palco, todos estavam completamente assustados e alvoroçados, e as cortinas se fecharam, sem aplausos.


O fim, este havia sido o fim dela, da sua noiva, da sua amada, e mais uma vez ele chorou, chorou como uma criança, quando perde seu brinquedo, como uma mãe quando perde um filho, e como um homem quando perde seu único e grande amor, ela pode ter partido, porém deixou nele uma marca, uma marca que nunca iria sair, uma cicatriz incurável, uma dor inigualável, ela teve que ir embora, porém o amor que eles sentiam um pelo o outro era único...único, e ela iria ser para sempre a sua bailarina.






(N/A: CARACA eu nunca pensei que a fic ia tomar esse rumo dude, sério, espero que gostem dela, eu amei, eu não chorei mas cara essa tocou fundo broto, e eu dedico essa fic a todas as minhas “irmãs” TMW e especialmente a Nine que AMA esse shipper, AMO VOCÊS.)

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