de volta à sala mal iluminada
- Harry, foi brilhante! – disse Rony radiante quando Harry saia do chuveiro.
- Também gostei do jeito que imobilizou Goyle.
- É... uma das vantagens de ter você como professor!
- Agora, por que o Malfoy fez aquilo? – perguntou Harry pensativo.
- Tá brincando?! – perguntou Rony – Pensei que conhecesse Malfoy o bastante para saber que ele faria qualquer coisa pra te chatear. Ainda mais depois daquele vexame com o pomo... Bem de baixo do nariz dele! Como pode ser tão patético?
- Na verdade, foi bem em cima do pé dele!
- É verdade... Bem, vô tomar um banho para descer depois...
- Eu vou descer agora. Te vejo depois!
Ele desceu e viu Gina sentada no sofá perto da lareira.
- E aí, tudo bem? – perguntou ela beijando a bochecha de Harry e depois a boca. – Sabe, você beija bem melhor que o Malfoy...
- Nem fale o nome daquela coisa!... – Disse Harry bufando – O sangue daquela cobra é venenoso, pensei que você fosse ter um acesso só pelo contato com aquela boca nojenta!
- Vamos esquecer o Malfoy e ir jantar!
- Certo!
Eles desceram a escadaria e quando chegaram no 6° andar, Harry viu uma luz bruxuleante no final do corredor.
- Gina... aquela luz está... tremendo de mais ou é só impressão?
- Está estranho mesmo!...
- Vamos. – disse Harry puxando Gina, e ele estava certo, a porta estava aberta novamente – Fique atrás de mim, OK?
- Ok – disse Gina quase num sussurro.
Harry foi até a porta e lá estava ele de novo o menino novo, Stiphen Breath, conversando com ninguém menos do que Rabicho.
- E aí, garoto? Conseguiu alguma informação sobre o Potter? – perguntou Rabicho.
- Não.
- Você realmente acha que estamos brincando???
- Olha aqui, você acha que sou ineficiente? Tente você! Ele só vai a três lugares: À cabana do mestiço imundo, ao campo de quadribol e às aulas. Ele passa o dia inteiro dentro da sala comunal da Grifinória!
- E o que eu tenho à ver com isso? – perguntou Rabicho que não era tão maior que Breath. – O Lord quer informações exatas, não uma relação de quantos passos o Potter dá. Algo mais complexo!!!
- É aí que você se engana Rabicho. – disse uma voz atrás dele, era Belatrix Lestrange.
- O que você está fazendo aqui? – perguntaram Rabicho e Breath em uníssono.
- O Lord das trevas me tirou de Azkaban, vocês não estâo sabendo? Mas isso não vem ao caso... O fato é que uma lista com todos os passos de Potter é exatamente o que o Lord deseja. Continue fazendo seu trabalho Breath. Tem certeza de que Potter não desconfia de nada? Tem certeza que não deixou nenhum vestígio do amuleto por aí?
- É óbvio que não! Mas não podemos dizer o mesmo de você, não é?
- O que está insinuando, moleque?
- Ele tem toda razão! Você, mesmo em Azkaban, deu ordens erradas, não foi? Não só Potter viu, como aquele Weasley nojento, não é?
- Cale a boca seu imbecil! Não fale do que não sabe. Eu não vou ficar aqui perdendo meu tempo com vocês... Voltarei para a sede, que é o meu lugar. – disse ela e saiu em direção à porta na outra extremidade da sala.
- Ouviu as recomendações moleque! Agora, vê se não dá mancada, sim?
- Breath revirou os olhos e rumou para a saída. Harry e Gina tiveram o bom senso de correr assim que notaram que a conversa chegara ao fim. Breath passou pela porta que fechou automaticamente. Caminhou até o final do corredor do 6 andar e passou a centímetros da tapeçaria onde Harry e Gina haviam se escondido. Desceu as escadas.
O cérebro de Harry trabalhava muito rápido, Breath estava seguindo-o por todo lugar e ele não tinha percebido e o pior de tudo, era um informante de Voldemort. As coisas andavam pior do que premeditava. Até onde Voldemort sabia?
- Harry, não vá cometer nenhuma loucura, vamos conversar depois da janta, certo? Até lá você não conta nada pra ninguém, nem mesmo para o Rony e a Hermione. – disse Gina calmamente
Harry assentiu mas continuou martelando as informações contra seu cérebro. Belatrix escapara, Voldemort tinha uma ficha completa de todos os seus movimentos dentro do castelo, Breath era muito mais que um novato esquisito, e aquele tal amuleto fazia parte dos planos de Voldemort. Agora Harry precisava descobrir o que significava tudo aquilo.
Ele acompanhou Gina ao jantar, empurrou alguma comida para dentro, embora estivesse totalmente sem fome, e eles voltaram ainda em silêncio para a torre da Grifinória.
Eles se sentaram em poltronas opostas para poderem conversar melhor, mas o problema era por onde começar. Harry ficou olhando para os sapatos uns cinco minutos antes de conseguir dizer alguma coisa.
- Gina, você está... você não precisa...
- Harry, - disse ela ignorando a meia frase que Harry acabara de dizer – eu vou repetir, não faça nenhuma besteira da qual você vá se arrepender depois. Aproveite a noite de hoje para refletir e depois tirar conclusões, entende o que eu quero dizer? – ele assentiu.
- Rony tem que ficar sabendo, ele também viu o amuleto, lembra? Aquele dia na lareira.
- Como eu iria esquecer? – disse Gina no mesmo instante em que Rony entrava com Hermione pelo buraco do retrato, Gina sinalizou com a cabeça.
Rony estava tão feliz com a vitória da Grifinória e com o espancamento de Malfoy que Harry ficou com pena de tirá-lo do transe de felicidade e trazê-lo de volta à Terra.
- Harry, Gina, porque subiram tão cedo? – perguntou Rony.
- O que ouve? – perguntou Mione notando a expressão de Harry e Gina.
- Na verdade, - disse Harry – é melhor vocês se sentarem.
- Eu não gosto nada quando você fala assim. – disse Rony sentando – se ao lado de Gina assim como Mione.
Harry contou a história toda, desde quando desciam para o grande salão, passando pelo fato de Belatrix e Rabicho estarem presentes e finalizando com Breath estar tomando nota de cada passo que Harry dava dentro de Hogwarts.
- Provavelmente ele segue você em Hogsmead também ,Harry. – concluiu Hermione.
- Ainda não acabou, - disse Harry – Belatrix mencionou algo sobre o amuleto. Ele faz parte dos planos de Voldemort, e pelo que vejo, não é nada legal a gente ver ele por aí.
- Cara, se eu fosse você iria falar com Dumbledore.
- Ótima idéia Rony, - disse Gina- a gente chega lá e diz: Professor, tem uma sala fantasma no 6° andar em que o Snape trai a sua confiança e o novato confessou que persegue Harry por toda a escola. Ah, e esquecemos de mencionar que Belatrix Lestrange e Pedro Petigrew também estavam nela agora pouco. O que acha de passar lá para dar um “ olá”? Vê se pensa, Rony, Snape, como estamos cansados de saber, tem toda a confiança de Dumbledore.
- A Gina tem razão. – disse Harry – Quero dizer, quantas vezes já acusamos Snape e descobrimos que estávamos errados. Para Dumbledore não será diferente agora, será só mais uma história para dar a Snape a chance de provar que estamos errados novamente. Vamos agir por nós mesmos. Provar que o errado é Snape de pensar que está nos tapeando.
- Falou bonito, Harry. Mas como, exatamente, você pretende fazer isso? Se trancar numa sala com Snape e começar um duelo?
- Eu ainda preciso pensar nessa parte...
- Tá bom, mas dá pra esquecer isso agora? - Perguntou Gina – Estamos todos muito cansados, acabamos de jogar quadribol e eu tenho certeza que seu punho e a cara de Malfoy ainda estão doendo, por isso, por favor, vamos dormir?
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