O chamado inesperado



Mais um verão tedioso se passava na casa dos Dursleys, mas Harry nunca tinha visto um telejornal com tantas notícias para dar. Embora fosse totalmente contra, tinha que ficar na Sala junto com seus tios se quisesse ter alguma notícia. “ Bom-dia, a população de Leavesden está em pavorosa, três mortes misteriosas assombraram toda a Inglaterra”. Era só isso que acontecia, esta era a 7ª morte “misteriosa” de um trouxa , Harry não aguentava mais, ele não fazia a mínima idéia do que acontecia, não diretamente. Não sabia como andava a Ordem, as notícias exibidas pelo Profeta Diário eram insuficientes. Ele queria saber mais.

- Isso é um absurdo! Para quê então serve a polícia? Nós pagamos os impostos e não adianta nada! – retrucou Tio Válter em seu tom de discurso de sempre.

Mas Tia Petúnia ficou calada, Harry sabia que sua tia tinha idéia do que estava acontecendo, mas duvidava que ela soubesse uma pontinha da atual realidade do mundo bruxo.

Do nada um silêncio caiu pela sala onde nenhum dos três Dursleys nem Harry falavam o que estavam pensando. A única coisa que ainda falava era a TV que noticiava agora fogos de artifícios estranhos no céu de Londres pela madrugada do dia anterior até que uma corujinha entrara piando muito alto pela sala. Todos se afastaram com muita rapidez, menos Harry, que reconheceu Píchi imediatamente, a coruja de Rony, seu melhor amigo.

- Afaste essa coisa de minha casa – falou Válter. Mas Harry teve muita facilidade em ignorá-lo para ler a carta.


“Oi Harry,
Dumbledore achou que já era hora de você vir para a sede, mamãe achou que você devia ter vindo antes, mas papai conseguiu convencê-la de que Dumbledore tinha lá suas razões.”


Harry se lembrou de sua última conversa com Dumbledore. Estava confinado a passar o resto da vida ‘mentalizando’ que a casa de seus tios era sua também.


“De qualquer jeito... você vai vir para cá, não vai? Mione vai chegar amanhã. Mamãe mandou avisar que vão aí te buscar depois de amanhã, dia 18 de agosto. Mande uma resposta rápido,

Rony.”


A primeira vista, Harry adorou o convite, mas logo lembrou-se para onde iria: A casa dos Black. Ele não sabia qual seria sua própria reação ao chegar lá... Mas levando em conta que qualquer lugar no mundo era melhor do que onde estava agora, Harry não se demorou a ‘pedir’.

- Vai ausentar-se novamente? – Perguntou Petúnia esperançosa.

- Vou sim. Dia 18, só não disse a hora.

- Como se isso fosse novidade...

- Que bom, já estava demorando muito, quanto mais cedo melhor. – Falou Válter.

Harry imaginou Moody entrando pela porta da frente, Duda se escondendo e seus tios com uma cara apavorada.


“ Tudo OK, mande uma coruja com o horário da chegada da ordem,
Harry.”


Mas a carta não chegou com a hora e Harry estava ficando cada vez mais preocupado. Será que viriam mesmo? Já eram das da noite do dia anterior da chegada da ordem e nada. E foi assim durante toda a madrugada nenhuma carta chegou, nenhuma. Seu malão estava pronto, tudo arrumado, mas nada de resposta.

A manhã do dia 18 veio e se foi, assim como a tarde e Harry estava roendo as unhas até que tia Petúnia o chamou para jantar.

Foi automático, Harry se sentou à mesa e um barulho de deslocamento de ar vindo da sala encheu a cozinha. Todos sairam correndo para ver o que estava acontecendo lá , menos Duda que se escondeu no armário que um dia foi o quarto de Harry.

- Mas o que é isso? Perguntou Válter pálido.

Era exatamente como Harry imaginou, aparataram na sala seis pessoas que para os olhos de um trouxa eram muito esquisitas. Tonks, cujo cabelo estava rosa-pink-berrante ( “ E aí, beleza Harry?”); Quim Shacklebolt; Artur Weasley, pai de Rony; Moody, um ex-auror ; Lupin, uma espécie de pai-amigo-lobisomem-professor e uma outra pessoa que Harry não sabia quem era.

Petúnia entrou em desespero, fechou todas as janelas à seu alcance e voltou para a sala vermelha de fúria.




N/A: comentem para eu continuar postando...

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