Unico



Harry não podia lembrar o que aconteceu ha um ano e meio. Era triste lembrar que Hermione havia morrido. Ele não podia rever os amigos, nem os lugares, porque as palavras de Hermione ainda ecoavam na cabeça de Harry: — Harry, estou orgulhosa de você. — Mas eu não acabei Hermione, eu não pude acabar minha tarefa por sua culpa! — Harry, eu só quis proteger você! — Mas eu não fiz o que Dumbledore disse por sua causa! — Harry, você foi um verdadeiro homem. — Eu fugi da luta Hermione, como um rato! — Se você tivesse lutado naquela hora, você morreria e não poderia acabar sua missão. — Mas mais pessoas vão morrer! E Harry saiu, batendo a porta. Já fazia um ano que Harry e Hermione se formara, e foram morar em Godric’s Hallow. A guerra ainda continuava e com Dumbledore doente, Harry tinha tomado a frente da Ordem. Dumbledore disse que não queria que ninguém mais morresse e Harry foi atrás de Voldemort, só que o garoto ainda não estava preparado pra lutar, e Hermione o convenceu a fugir. Depois da discussão com a esposa, Harry foi andar um pouco pelas ruas. Um clarão verde veio atrás de Harry, e ele olhou pra trás. A marca negra no céu. O jovem correu pra casa e viu que sua casa estava toda destruída. — Mione! Mione! – gritava Harry desesperado. — Procurando sua namoradinha Potter? — Voldemort! — Vejo que acabei com ela, como acabei com sua mãe. Uma vida que não precisaria ser encerrada. — Não! Hermione não! — Creio que sim. Ah, ela disse uma coisa antes de morrer, vou ter que repetir pra você. Ela disse assim: “ Poupe a vida do Harry, por favor, me mate, mas o Harry não.” Sua mãe disse isso também. Ah, ela disse que... hum... não vou dizer, sabe, acho que Draco estava comigo quando ela morreu. Pergunte a ele, isto é, se sobreviver. Um duelo perigoso começou na rua. A Ordem foi acionada e os Comensais da Morte começaram a lutar também. Não podia se ver quem estava morto ou quem estava machucado, nem ouvir gritos. Até que alguém voou muito alto, caiu no chão, levantou e finalmente morre com um Avada Kedrava. — Voldemort está morto! Os comensais foram presos, e as pessoas que foram mortas tiveram um enterro digno: Rony Weasley, Fred Weasley, Remus Lupin, Neville... E Hermione. Seems like it was yesterday when I saw your face Parece que foi ontem que eu vi o seu rosto You told me how proud you were Voce me disse como estava orgulhosa But I walked away Mas eu fugi If only I knew what I know today Se eu apenas soubesse o que eu sei hoje Harry procurou Draco em Azcaban, Mansão Malfoy, Hogsmead, Hogwarts, e o encontrou, um ano e meio depois. — O que Hermione disse antes de... de... — Me solta e eu te falo. Harry havia enfetiçado Draco, e por pura sorte, Malfoy se encontrava sem varinha. Potter deu trégua para o garoto Malfoy. — Me fala agora. — Você sabe porque eu estou escondido Potter? — Você seria preso ou morto se aparecesse. — Não... Eu tenho vergonha do que eu fiz... — Não é de se admirar, quantos matou? — No me arrependo de ter matado os outros, até que matar aquele lobisomem foi prazeroso, mas foi a sangue ruim... — Não fala assim dela. Mas porque você tem vergonha do que fez com ela... — Ela estava grávida Potter. Foi por isso que ela não quis que você lutasse. Queria que o filho dela tivesse um pai. E ela iria te contar, mas você saiu... — E foi ai que Voldemort matou-a não? — Aham, agora se me deixasse e paz, vou acabar de montar a minha barraca. Harry então percebeu o que Draco havia falado. Ela estava grávida. Ele voltou para o Largo. Se ele apenas soubesse antes o que ele sabe agora... Ele não sairia de casa, teria tido tempo de lutar pra defender Hermione. I would hold you in my arms Eu iria segurar voce nos meu braços I would take the pain away Eu iria afastar toda a dor Thank for all you’ve done Obrigado por tudo o que você fez Forgive all your mistakes Perdoe todos os seus erros There’s nothing I woudn’t do to hear your voice again Nao há nada que eu não queira mais do que ouvir sua voz outra vez Sometimes I wanna call you As vezes eu quero chamar por voce But I know you won’t be there Mas eu sei que voce não vai estar lá. Harry não agüentava a dor de perder Hermione. E ele sentia muito, e queria agradecer por tudo que ela fez... ele nunca agradeceu. Queria ouvi-la falando “ Não faça isso” ou “ Harry, faça o que fizer eu estarei com você” Mas ele não iria ouvir aquilo mais. E descobrir que hoje ele poderia estar brincando com o filho. Ele queria conversar com Hermione, ele gritava o nome dela, mas sabia que ela não estava mais ali, com ele. I’m sorry for blaming you Me desculpa por te culpar For everything I just couldn’t do Por todas as coisas que eu não pude fazer And I’ve hurt myself, by hurting you E eu me machuquei, por ferir você Harry se sentia mal por pensar que culpara Hermione por ela ter tentado defende-lo e por ele a te-la culpado pelas coisas que ela não fizera ou não conseguira fazer. E todas as vezes que ele a culpou, Hermione sofreu. E Harry sofria também por faze-la sofrer. Somedays I feel broke inside Tem dias que sinto quebrado por dentro But I won’t adimit Mas eu não admito Sometimes I just wanna hide As vezes eu só quero me esconder Cuse It’s you I miss Porque é voce que eu perdi And it’s so hard to say goodbye E é tao dificil dizer adeus When comes to this Quando acontece assim Quando o choque da morte de Hermione tomou conta dos sentimentos de Harry, o garoto se viu destruído por dentro. — Harry! Harry querido?! A senhora Weasley estava tocando a campainha e gritando por Harry. Ele desceu as escadas e abriu a porta. A senhora Weasley abraçou o menino. — Harry! Fiquei preocupada com você... sem noticias suas... já basta ter perdido...bom, você sabe, Rony, Fred e Hermione. Não quero que se distancie. Harry não queria escutar aquele nome. Não podia escutar nunca mais. Lembrava daquele rosto, daquela voz, daquele jeito... Ele tentou sorrir, mas ele não podia mais sorrir, estava quebrado por dentro. — Você está bem? Parece tão abatido. — Estou bem sim. — Harry, já faz mais de um ano e meio, você tem que seguir sua vida. — Senhora Weasley, foi por culpa minha que seus filhos morreram, foi por minha culpa, que Hermione morreu. Harry não queria conversar, ele queria apenas se esconder, esconder de um mundo que ele tinha lembranças tristes. — Hermione... Harry queria outro mundo porque foi Hermione quem ele perdeu. E ele nem pode dizer adeus, porque ele não sabia o que ia acontecer. Ele nem pode ouvi-la dizendo suas ultimas palavras. Would you tell me I was wrong? Voce falaria que eu estava errado? Would you help me understand ? Voce me ajudaria a entender? Are you looking down upon me? Voce me olharia por dentro? Are you proud of who I am? Voce está orgulhosa de mim? There’s nothing I wouldn’t do to have just one more chance Nao há nada mais que eu queira do que ter mais uma chance To look into you eyes De olhar dentro dos seus olhos And see you are looking back E ver voce olhando de volta. O garoto olhou a casa. Talvez ficar ali, não seria motivo de orgulho, e ele queria dar orgulho para Hermione. Arrumou as malas. Deixaria as coisas que sobrou de Hermione ali. Iria lutar, ter uma vida legal. Harry não tinha muita certeza se era certo tentar uma nova vida, mas tentaria fazer dar certo. Ele tinha quase vinte anos, mas não via muita vida pra frente. Harry então pediu para professora Minerva pra dar aula em Hogwarts, como professor de Defesa conta as artes das trevas. Mas Harry tinha medo. Professora Minerva então o aceitou. Havia alguns comensais não muito perigosos a solta, mas Harry não sem importava. — Hermione – cochichava Harry - Voce falaria que eu estava errado? Porque eu agi como um idiota. Larguei você, fui embora quando voce mais precisou de mim. Não, você apenas me desculparia. Nunca me disse que eu estava errado. Voce me ajudaria a entender? Porque só você é capaz de me explicar, enfiar algo nessa cabeça dura. Voce me olharia por dentro? Porque você sabe quem eu realmente sou. Se estivesse viva, me perdoaria? Os anos foram passando, e quando Harry fez trinta anos, ele se tornou diretor do Hogwarts. Os alunos o adoravam. Fred e Rony Weasley, os gêmeos filhos de Jorge eram os preferidos de Harry. Aquele dia em especial, Harry não estava bem. Naquele dia Hermione estaria fazendo quarenta anos, se estivesse viva. — Tio Harry, se anime cara. Vovó mandou um presente pra você. Rony onde você pos? — Fred, você ficou com o presente, não lembra? — Não Rony, ficou com você. Vovó vai te matar se tiver perdido. — Eu vou para o meu escritório garotos, quando acharem, podem entrar aqui e me entregar. A senha é... — Granger. Nós sabemos. — Ah, e sobre aquele mapa que acharam na sala do Sr. Filch, espero que o usem com certo cuidado. Não dever usar mais a passagem da Bruxa de um olho só. Madame Norra anda por lá. — Valeu pela dica tio. — Tudo bem. Harry subiu as escadas e trancou a porta. “Voce está orgulhosa de mim? Estou fazendo o possível. Fomos felizes aqui, não Mione? Espero que esteja orgulhosa. Nosso filho já podia estar estudando aqui. Mesmo assim, você poderia ser capaz de sentir orgulho de mim?” Harry olhou pela janela. E lembrou-se da ultima vez que ela havia olhado pra ele. Ele daria tudo pra ver aquele olhar pela ultima vez. Ele queria poder olhar para Hermione, e ver ele olhando pra ele. I’m sorry for blaming you Me desculpa por te culpar For everything I just couldn’t do Por todas as coisas que eu não pude fazer And I’ve hurt myself, by hurting you E eu me machuquei, por ferir você If I had just one more day Se eu tivesse mais um dia I would tell how much that I missed you since you’ve been away Eu te diria o tanto que eu sinto sua falta desde que voce se foi It’s dangerous É perigoso It’s so out of the time E tao fora do tempo To try and turn back time Pra tentar voltar no tempo Ele via os filhos dos amigos se formarem em Hogwarts, tinha os preferidos, mas achava graça em todos. Mas a única coisa que não passava era o pensamento de que se apenas tivesse um dia, um dia a mais com Hermione, ele falaria que cada dia que passava sem ela, ele mudava, era mais triste. Era perigoso ficar daquele jeito, o único pensamento que não passa da cabeça de Harry era Hermione. Ele esquecia do tempo, e das obrigações. Harry mais uma vez estava pensando em Hermione. — Harry Potter, se lembre que não pode fazer nada. Não pode voltar no tempo. Está tarde demais. Harry não conseguia ver de quem era a voz. — Tente esquecer Harry, não vale a pena querer mudar o passado. Harry então reconheceu a voz. Ele não tinha certeza, mas arriscou: —Tonks? — É Harry. Ela então entrou na sala de Harry. — Passei anos querendo voltar no tempo e dizer a Remo o quanto eu o amava. — Você amava Lupin? — Aham. Mas vim aqui só pra me despedir. A senha nunca muda não é, então entrei. — Sem problemas. — Não esqueça, o tempo passa Harry, não o perca, pensando em algo que não tem como mudar. — Não vou me esquecer, e você vai pra onde? — Vou morar com minha tia Narcissa. Meus pais morreram em um acidente. — Eu sinto muito. — É, minha tia precisa de ajuda, e eu sou a ultima parente dela viva... — Draco ele... — Ele continua do mal. Mas tia Cissa mudou. Ela mudou... — Fico feliz. — Não se esqueça Harry. Viva mais. Hermione onde quer que ela esteja, ela vai se orgulhar de você. E ela queria que você fosse feliz, não queria? Então, felicidades pra você. E saiu. Harry olhou pela janela mais uma vez. Havia duas meninas ruivas brigando. Quinze minutos depois elas estavam na sala de Harry. — Molly e Lisa, vocês ainda como gato e rato? — Desculpe diretor. — Assim vou ter que chamar Gina e Molly, sua mãe e sua avó aqui. Não quero ver vocês duas brigando mais. — A vovó não. Quer dizer, o senhor a conhece. — Tudo bem Lisa, então vou descontar cinco pontos da Grifínória e me dêem um abraço e podem sair. As duas abraçaram Harry. — Ah, vovó mandou um presente para o senhor. Está aqui. Ele pegou o embrulho, esperou as meninas saírem e abriu o embrulho. Mais uma suéter Weasley. — Hermione, você está orgulhosa de mim? -------------------------

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