Deduzindo a verdade.



Capítulo 62 (ou 11).
Deduzindo a verdade.

Harry dormiu em um Hotel trouxa na frente do Hospital St. Mungus, foi acordado por Fred e Jorge que escovavam os dentes e estavam com as bocas cheias de espumas, mais tarde o Sr. Weasley entrou com um profeta diário nas mãos, dizendo que eram melhor eles descerem ou iriam perder o café da manhã já que o horário no hotel era limitado.


- Como eles estão? - perguntou Harry indicando com a cabeça para o hospital do outro lado da avenida.


- A única pessoa que ainda não acordou foi Hermione, Tonks já está tentando conseguir o atestado para sair, vamos hoje mesmo falar com os Dursleys sobre sua proposta, parece uma boa proposta, ou pelo menos durará por algum tempo, não? O que já é alguma coisa...


Ele sorriu agradecido e jogou as cobertas para longe dos pés.


- Já que o Largo Grimmauld vai ser abandonado, como vão ficar nossos pertences escolares? Quer dizer, compramos todo o material, não é mesmo?


O Sr. Weasley deu uma risada sem graça e bateu fracamente nas costas de Harry que estava caminhando pelo corredor em direção ao banheiro..


- Hagrid, Dumbledore e Minerva foram ontem mesmo pegar os seus pertences.


Ele sorriu ainda mais agradecido.


- Eles já estão aqui no Hotel mesmo, bem guardados...


- O que aconteceu com Snape e Leonardo? - perguntou Fred enquanto passava a toalha nos cabelos molhados.


- Na verdade a briga começou porque Snape achou engraçado azarar Léo.


Eles pararam de brigar assim que vocês saíram e vieram imediatamente para cá, só não entenderam porque o motorista arrancou centenas de fios de cabelos de nervoso - Fred e Jorge caíram na gargalhada, Harry enquanto passava a escova nos dentes e logo ensaboava.


- E onde está Dumbledore? - perguntou Harry com esperança ainda de encontrar o diretor vagando pelo hospital para fazer algumas perguntas.


- Ele está visitando o quarto de Hermione, acredito que esteja dando algum tipo de remédio ou feitiço para ajudar a se recuperar.


Harry que estava com as mãos apoiadas na pia e as mãos cheias de água deu um enorme salto, calçou os sapatos de qualquer jeito que estavam jogados ao lado de sua cama e saiu correndo ignorando o chamado de seu nome às costas, pelo Sr. Weasley.


Ele atravessou a rua sem olhar para o lado com medo de ser atropelado, algumas pessoas o julgavam louco, mas ele não ligou, atravessou o corredor apertado, encolhendo os ombros, chegou ao fim e viu uma loja, atravessou a vitrine rapidamente e estava no corredor do hospital, ainda de pijama.


- Professor - ele encontrou Dumbledore tomando um chá com um homem ao lado, conversavam alguma coisa decididamente muito séria, já que ele fez uma cara um pouco furiosa por ter sido cortado do assunto.


- O que faz aqui? - perguntou como se fosse um absurdo encontrá-lo no hospital - Ainda nesses trajes...


- Senhor, eu precisava mesmo falar com você, eu tinha que vir, n-não podia ficar lá de braços cruzados e...


- Você não achou que eu iria embora sem falar com você, não é mesmo? - olhou por cima de seus oclinhos de meia lua.


O estômago de Harry despencou. Ele tinha razão. Harry não pensara nisso, de qualquer forma o diretor já fizera uma coisa do tipo ano retrasado e ele não podia deixar a sorte escapar assim. Mas já que estava ali era bom conversar, Dumbledore através do olhar pediu para que o seu amigo se retirasse, ele pediu milhares de desculpas e saiu.


- Senhor, eu sei quem são meus novos inimigos - ele fazia gestos com a mão para dizer - Quer dizer, eu acho que sei.


Ele não pareceu surpreso, devia ter conversando com o Sr. Weasley antes, é óbvio, se sentia ridículo olhar para o professor daquele jeito, sabendo que o professor tinha mais assuntos a tratar com os demais, e aqueles trajes o deixavam se sentir ainda mais ridículo.


- Certo! Quem você viu na noite dos ataques?


- Sibila, sim, a professora de Hogwarts, e também havia Narcissa Malfoy, mãe de Draco.


Dumbledore não pareceu surpreso para o espanto do garoto, ele continuou passando os dedos na longa barba, olhando o horizonte através da janela e disse em um sussurro próximo a Harry.


- Eu julgava que isso fosse acontecer, na verdade, Sibila fugiu entre meus dedos, acreditava mesmo que ela nos traísse, sei que às vezes tenho uma mente brilhante, se me permiti tal modéstia, só fui um pouco lento em agir, você me conhece. E não pensei que fosse tão cedo, mas com toda certeza Narcissa foi mais rápida que eu, mais uma vez. E lamento em acreditar também, Harry, que elas não são as únicas.


As sobrancelhas de Harry desapareceram em sua franja bagunçada e rebelde.


- Quem o senhor acha que está por trás disso também, além delas duas e das Fadas Mortais? – perguntou sentindo o queixo tremer.


- Dolores Umbridge.


O coração de Harry partiu em vários, mesmo que ele estivesse preparado, sabia que uma hora ela meteria Harry numa armadilha tão ruim quanto esta. Mas teria de lutar contra sua própria avó para sobreviver? Era isso que ela própria também pretendia?


- Carolina Chyito também está nessa roubada.


Harry agitou a cabeça, incrédulo.


- Desculpa a ignorância, professor, mas quem é Carolina Chyito?


- Esposa do Lord das Trevas.


Harry guinchou baixinho, enquanto todos em volta do balcão olhavam feio para o diretor.


- Francamente... - gaguejou um deles - Só porque ele morr...


Dumbledore não deu ouvidos, continuou educadamente conversando com Harry como se não tivesse sido interrompido por palavrões horríveis.


- Bom, ela talvez esteja envolvida, mas você não deve temer enquanto a isso - ele dizia em um tom como se Harry tivesse que se preocupar com outra coisa.


Harry pareceu não entender direito, deveria estar preocupado com algo, além disso? Será que essa Guerra seria pior do que a de Voldemort, o bruxo mais temido do século?


- Você tem que se preocupar com Sibila, ela pode estar arranjando outro meio de fazer uma profecia para atingi-lo de forma bruta e violenta, Harry...


- A-Ah! C-Como-o a-assim?- perguntou trêmulo largando a borda da mesa com os dedos já brancos.


- Acho que Sibila está em perfeitas condições para fazer uma nova profecia na qual você estará envolvido, Harry. Ela seria bem capaz de gastar toda sua energia nisso.


Ele por um segundo, pensou em chorar, no outro pensou em se matar de uma vez ao invés de deixar vítimas espalhadas por todo mundo.


- O senhor sabe mais ou menos o que tem nessa profecia?


- Não, talvez ela ainda não tenha sido fabricada, é só uma questão de tempo. Aposto por todos os fios de meu bigode...


Harry ficou nervoso.


- Ela não vai repetir a minha história e de Voldemort, não é mesmo? Enquanto um viver o outro não poderá sobreviver?


Dumbledore agitou a longa cabeleira para o lado.


- Não, não, acho, Harry, que ela fará uma profecia relacionada com você e com Hermione, acredito que vocês estejam juntos, não é mesmo?


Não, não, não podia ser, não, ele estava dormindo, precisava acordar, ele iria se matar se isso acontecesse, não conseguiria viver, se levantou com pressa, derrubando a cadeira, enquanto Dumbledore buscava um jeito de acalmá-lo. Seu coração parecia querer explodir do peito.


- Por que ela quer acabar com Hermione também? Ela não tem esse direito, ainda se fosse só a mim que ela quisesse ferir...


- Não, Harry! Os motivos dela são sempre os mesmos. Eles querem detonar você. E vão tentar atingi-lo da maneira mais brutal que existe, e você vai ter que ser forte Harry, muito forte, e não dar o gostinho do objetivo delas.


Harry olhou para Dumbledore, incrédulo.


- Como assim, ``seus motivos são sempre os mesmos´´?- perguntou exprimindo os olhos.


Dumbledore deixou a xícara de lado e se levantou, rodeou a mesa e ficou de frente a Harry, encarando-o, cara a cara.


- Ela quer ferir a mim! Isso mesmo! A mim! - berrou socando o peitoral como se estivesse querendo se machucar ao mesmo tempo em que mostrava coragem.


- Não, Harry, entenda, por enquanto ela não quer matar você, ela apenas quer ver você sofrer, da mesma forma que ela está sofrendo sem o marido, acho que ela não vai parar enquanto não ver você péssimo, entende?


Ele concordou ainda incrédulo.


- Você disse que ela tem seus motivos, ou seja, são mais de um motivo, quais são os outros?


Dumbledore virou as costas, não tinha coragem suficiente para encará-lo.


- São só dois, esse motivo e mais outro.


Harry continuou com os olhos fixos nos ombros do diretor, intimamente querendo uma resposta.


- Você sabe como sua mãe recebeu a carta de Hogwarts, não sabe?


Ele concordou com a cabeça.


- Ela tinha um parentesco na família, meio bruxo - explicou para Dumbledore que assentiu com os ombros.


- A Sra. Figg me disse tudo, ela ficou com medo de ter revelado uma informação a mais - e um sorriso se alargou em seu rosto.


Harry não entendeu, chacoalhou a cabeça, abobado.


- Como assim?


Ele segurou os ombros de Harry e ficou bem próximo.


- A Sra. Figg deixou uma informação a mais escapar na noite de revelação de seus avós.


Harry coçou a cabeça, tentando se lembrar, mas não conseguia, seu cérebro não tinha forças para lembrar, lutava contra si mesmo.


- Ela passou noites pensativa mas pelo visto você ainda não se lembra do que ela disse, não é mesmo?


Harry concordou com a cabeça, novamente.


- Ela disse com palavras bem nítidas.


"- Ninguém recebe a carta de Hogwarts sem ter influência bruxa na família! Ninguém, não existe exceção!".


Harry terminou de coçar a cabeça e exclamou um "Ahhh!", finalmente havia se lembrado, mas enfim, não chegara a conclusão alguma.


- Bom, sua amiga, Srta. Granger não pode ter recebido a carta do nada, não é mesmo? - uma luz se acendera na mente do garoto, mas não sabia se isso era bom - Hermione tem um parentesco bruxo, Harry, essa é a verdade.


Harry sacudiu a cabeça, estupefato, como não percebera antes? Como fora tão burro e deixara isso passar despercebida uma informação tão fabulosa como esta?


- Você quer dizer que...


- Sim, ela pode ser qualquer outro tipo de pessoa que nos ronda... Qualquer pessoa...


Harry recuou, horrorizado, alguns passos para trás e caiu na cadeira.


- Eu ainda não acredito que Sibila está tentando fazer uma profecia para que vocês dois nunca possam namorar!


- O senhor não pode estar falando sério.


- Acredite tenho meus informantes comensais - com toda certeza o Comensal informante de Dumbledore fora o mesmo que salvara Harry no Largo Grimmauld, quando ele estava ao lado de Hermione. Harry sentiu tudo rodar, e apagou.


XXxxXX
N/A: Anderson, obrigado pelo coments, viu? Bom, deixa eu explicar, na verdade Leonardo é um personagem que eu mesmo criei, no começo ele trabalha para o Mestre Xangai, que oferece abrigo ao rapaz durante sua infância e tudo mais (vocês saberão mais sobre isso durante o futuro da fanfic!), é isso, é um guerreiro, estilo o cavaleiro de Tróia, o Brad Pitt, xD.

N/A 2: Por esse capítulo ter ficado um pouco chato, com um monte de explicações enjoativas, já vou postar o próximo capítulo onde tem ação e tudo mais.
Abraços e obrigado por tudo.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.