Cruzadinhas de Snape.
Capítulo 47
Cruzadas de Snape.
Harry se levantou lentamente no dia seguinte, com um sonho na cabeça, sonhara com uma coisa muito extremamante diferente, era uma tartaruga, uma tartaruga que nascia, mergulhava em um mar profundo, vivendo sufocado pelos tios, logo depois a tartaruguinha voltava à areia, feliz, encontrando os amigos, sua namorada e no final de tudo, depois dos filhotes, ela o abandonava (como fez Hermione), ficava com outro, e a tartaruga na qual Harry vivia, voltou para o mar, se afogando.
- Harry, temos treino hoje à noite- informou Rony sonolento na porta do banheiro.
- Ah, claro- disse Harry olhando Rony pelo espelho- Quando será nosso próximo jogo?
- Daqui 2 dias!
- No natal?- perguntou Harry se virando para Rony e deixando o fazedor de barba cair na pia sem perceber enquanto Rony estava apoiado na porta do banheiro.
- Exatamente, bom, vou descendo, nos vemos no Salão Principal- disse ele desgrudando da porta e virando para o dormitório.
- Ok- disse Harry voltando sua atenção para o espelho e voltando a fazer a barba.
Alguns minutos mais tarde, Harry se sentiu envergonhado de descer no Salão Comunal e ter de encarar o rosto angelical de sua amiga, mas conseguiu reunir forças e um pouco trêmulo, Hermione não estava lá, tampouco Rony.
- Harry- acenou Marco Evans conversando com uma amiga alta, loura, de olhos claros, conversavam provavelmente sobre a temporada de Quadribol que seria dali dois dias, pois ouviu que ela estava dizendo que havia feito uma aposta com uma amiga.
- Marco- disse Harry se aproximando e acenando para sua amiga, era uma amiga de Cho também.
- Esse é meu primo- apresentou Marco para a garota loura.
- Olá- acenou ela timidamente- Parabéns pela sua atitude, muito corajoso você.
- Obrigado- sorriu, vermelho- Vocês estão descendo?
- Não, já tomamos café já- respondeu Marco corado.
- Então vou indo, até mais tarde- acenou Harry pulando para fora da Sala Comunal.
Harry não queria encontrar ninguém, ninguém, Sirius e Luna seriam suas únicas opções, mas as duas opções não estavam disponíveis, se ao menos tivesse um vira-tempos ...
Foi descendo pouco a pouco até o Salão Principal, Rony, Vítor e Hermione se encontravam em um canto da mesa, felizes, jogando conversa fora, Harry e Hermione trocaram olhares curiosos e se fingiram não ver.
Harry se juntou a Neville e Simas.
- Bom dia, o herói finalmente acordou- brincou Simas.
- Teremos treino hoje- respondeu Harry pelo canto da boca evitando olhar para o fim da mesa, onde seus amigos se encontravam.
Antes que Harry enfiasse a torrada na boca, a sineta tocou anunciando o começo das aulas de Adivinhação, pela primeira vez não soltaram um "Ah" de decepção como faziam pelas outras vezes, talvez porque o Natal estava muito próximo e grande parte dos alunos estavam animados para retornarem às suas casas.
- Nos vemos mais tarde- acenou Harry para Simas.
Harry subiu aos pulos para a Sala de Adivinhação, a sala estava vazia e bem iluminada, Harry se assustou, será que finalmente Sibila havia evoluído mentalmente?
Harry se acomodou em uma mesa no fundo, assim que a Sala se encheu, Rony foi fazer companhia ao garoto.
- Eae, Harry, como anda?
- Adivinha- respondeu com sarcasmo como se não tivesse visto o amigo ainda pouco.
- Ah, animo, o dia está tão bonito- e olhou para a janela.
- Só se for para você.
Nesse momento o silêncio se quebrou, Dumbledore atravessou as cortinas.
- D-Dumbledore?- perguntou Harry expremendo os olhos.
- É, Harry, é ele mesmo.
Dumbledore contemplou a sala de sorriso a sorriso e com os braços abertos.
- Bem vindos novamente a nobre Sala de Adivinhação, Sibila não se encontra disponível para dar aula, mas gostaria de informá-los que eu sou um ótimo professor em Adivinhação e estou disposto a ajudá-los, portanto, página 124, capítulo 9, Constelação- o barulho de livros sendo jogados nas mesas iniciou.
Harry sorriu, Dumbledore retribuiu o sorriso com um ainda maior.
- Harry, será que poderíamos conversar?
- Claro- disse Harry deixando o livro aberto em cima da mesa.
Dumbledore e Harry saíram pelo alçapão, sob os olhares curiosos dos alunos, chegando no final da escadaria ele disse.
- Sibila, Harry, Sibila sumiu!
Harry contemplou os olhos azuis de Dumbledore como se isso fosse problema dele.
- Sibila era uma comensal da morte.
As sobrancelhas de Harry sumiram em sua franja, ele jogou os cabelos para o lado, tornando assim possível enxergar Dumbledore.
- Ela fugiu, ainda não sabemos como.
- E isso é ruim?- perguntou Harry.
- Muito, pois ela sabe fazer Profecias, e ela poderia muito bem fazer uma outra profecia.
Harry sentiu o coração palpitar.
- Voldemort poderá voltar? É isso?
- Não exatamente, mas você poderá ter um outro inimigo.
Harry bufou.
- Quando vou ser feliz? Nunca!- explodiu Harry.
- Calma, sugiro que vá esfriar a cabeça um pouco, vá passear nos jardins, você não tem necessidade de assistir a essa aula.
"É falta do que fazer"- queria responder. E de fato era verdade, o garoto não havia optado por essa matéria, muito menos Rony, mas como estavam passando por um momento de reforma na escola ...
Harry se virou para subir até a Sala mas Dumbledore o parou.
- Não se preocupe, Rony levará sua mochila, qual é a próxima aula?
- Poções- respondeu secamente.
- Ótimo, pode ficar tranquilo.
Harry virou as costas e desceu, pouco se importava se teria outro inimigo ou não, Rony parecia feliz, devia estar feliz por Rony estar feliz, mas não, essa felicidade o incomodava, será que a felicidade de Rony significa o retorno do namoro entre ele e Hermione? Na noite anterior ela deixara bem claro que Rony merecia ela, muito mais que Harry.
Rony tinha também um olhar apaixonado, não podia negar, Rony e Hermione? Não! Pela segunda vez achou que a visita de Vítor em Hogwarts faria bem, pois Harry imaginava que ele tivesse afim de Hermione, e com Harry e Vítor na cola da garota, seria impossível um relacionamento entre Rony e Hermione, mas Harry não tinha a mínima noção de que Vítor era afim de Rony e não Hermione, tudo bem que isso facilitava as coisas, dependendo da ajuda do apanhador.
Harry chutou uma pedra com muita força, fazendo ela voar alguns metros e cair no lago.
- Bosta de morcego- gritou espantando algumas corujas que pousavam na árvore ao lado.
Uma fumaça saía pela chaminé da casa de Hagrid, talvez visitar o amigo fosse legal.
Harry caminhou até as paredes geladas da Cabana de Hagrid que lembrava um bolo pois a neve cobria a cabana inteira, mas antes que alguém abrisse, ele abriu, viu uma coisa inexplicável.
- O que é isso?- perguntou sem saber se ria ou se ficava sério ainda com a mão na fechadura redonda.
Hagrid estava embolado em um grande tecido vermelho com detalhes amarelo.
- Harry!- berrou zangado tentando esconder entre as vestes de couro- Não devia ter entrado sem bater.
- Pensei que você não fosse querer me receber- se desculpou o garoto abafando uma risadinha- Mas então Hagrid, o que é exatamente isso?
- Harry- ele olhou para os lados para ter certeza de que ninguém ouviria a conversa dos dois- Eu vou me casar daqui dois dias.
- É mesmo- berrou Harry batendo a mão na testa- Com Madame Maxime, não é mesmo?
- Isso- disse sorrindo- Na Terra dos Gigantes ainda por cima, por isso estou vestido nesse tecido.
- Você se parece mais com a noiva- disse Harry abafando outra risadinha.
- Também achei ridículo no começo, mas faz parte.
- Então, você não vai me convidar para o seu casamento?
Hagrid que rodiava em volta do espelho parou para contemplar Harry que via aquilo com os olhos arregalados.
- Claro que não.
O estômago de Harry caiu até seus pés.
- Como assim?
- Estaremos na Terra dos Gigantes, não terá como você assistir ao casamento, a não ser que use a Capa de Invisbilidade.
- Hermione...- ia dizendo mas parou instantaneamente.
- Hermione, o que?
- Ela iria adorar assistir- disse Harry chateado raspando o tênis no chão da casa de Hagrid.
Hagrid não respondeu, se voltou novamente para o garoto e olhou bem nos seus olhos.
- Vocês dois brigaram, não é mesmo?
Harry concordou com a cabeça sem olhar para Hagrid, o seu amigo gigante tinha um dom incrível para adivinhar esse tipo de coisa.
- Rony e você também brigaram?
Harry negou ainda fitando os sapatos, Canino se remexeu em volta do garoto, passando por debaixo de suas pernas e latiu.
- Entenda, Hermione deve ter tido seus motivos.
- Ela pela primeira vez estava certa.
Hagrid se espantou com a confissão de Harry.
- Quer que eu faça um chá?
- Não, obrigado, já estava de saída.
- Não foi à aula?
- Dumbledore me liberou, ele acha que futuramente eu terei um novo inimigo.
Hagrid abandonou o tecido (mais parecido com um vestido) e puxou uma cadeira, ficando de frente a Harry, com uma expressão preocupada no rosto.
- O que você quer dizer com isso?
- Que eu corro risco de vida- respondeu dramaticamente.
Lágrimas saltaram do rosto de Hagrid, ele abraçou Harry com firmeza e disse.
- Não se preocupe, fique tranquilo, nada de ruim vai te acontecer, ainda mais com Dumbledore por perto.
- E se um dia ele chegar a faltar?
Hagrid se afastou do garoto, como se ele tivesse berrado "Voldemort" e ainda que Hagrid temesse esse nome.
- Ele não vai faltar, nunca, ele é um bom homem, em todo caso, se precisar de minha ajuda, eu estarei aqui, Harry.
- Acho melhor eu ir, sabe, Snape não vai ficar contente em me ver chegando atrasado.
- Até mais tarde e por favor não conte a ninguém sobre isso- piscou Hagrid (segurando o tecido na mão) para Harry antes de bater a porta com violência e fazer Canino latir feito louco.
A sineta soou levemente, Harry foi ao encontro de Rony pegar o seu material, Hermione e Simas se encontravam ao seu lado, sérios.
- Harry! Aqui está o seu material- disse Rony entregando a mochila ao garoto- Está pesada, não? O que você carrega aí?
Harry respondeu que ele devia ficar quieto através dos olhos, Hermione se adiantou na frente de Rony e disse.
- Harry, o que aconteceu? Você está bem?
Pelo visto ela tinha esquecido a briga da noite anterior, mas Harry não, tinha armazenado no peito uma grande mágoa da sua amiga.
- Sim, estou bem- respondeu secamente mostrando os ombros e jogando a mochila nas costas.
- Harry, espera!- berrou Rony chegando no começo da escadaria de mármore.
Harry aproveitou que estava bem distante dos amigos e pegou a oportunidade para fingir que não ouviu, ainda andando depressa.
- Ele não está bem- disse Rony balançando a cabeça e olhando para Hermione que parecia preocupada.
- Aconteceu alguma coisa ...
Hermione continuava de boca fechada, olhando o garoto.
- Harry também estava assim depois da morte de Sirius, não se lembra?- perguntou Hermione olhando para Rony e Simas.
- Mas, Hermione, Sirius não havia morrido.
- É, mas o Harry não sabia, para Harry ele tinha morrido.
- É, realmente ele ficou irritante uns trinta dias- disse Rony corando porque também não era só por esse motivo que Rony havia considerado o amigo irritante, foi também porque Harry havia beijado a pessoa que Rony mais amara na vida.
- É, depois passa- a garota agora tinha os pensamentos na briga dele na noite anterior, Rony não sabia disso- Esquece, deixa ele.
- Talvez ele esteja zangado por ter de carregar muita coisa na mochila.
Hermione olhou para Rony e balançou a cabeça negativamente.
- Você não disse isso- disse ela desabando no riso.
Voltaram a rumar para a Sala de Poções aos risos.
Harry se encontrava isolado da Sala, sentado bem na fundo, os alunos da Sonserina já haviam aproveitado as vagas da frente, Harry fingiu não ver que Rony, Hermione e Simas haviam entrado e em momento algum chamou algum deles para sentar ali.
- Vixi! Vamos dividir- disse Hermione agarrada aos pesados livros nos braços- Simas senta com o Harry, eu vou sentar com a blargh! Pansy, e Rony sobrou um lugar perto do Josh.
Simas sentou ao lado de Harry que continuou encarando a lousa negra, Hermione sentou ao lado de Pansy e as duas trocaram olhares de nojo, enquanto Rony sentou ao lado de Josh que escrevia um bilhete para uma amiga.
- Página 403- disse Snape entrando pela Sala com os dedos cruzados uns nos outros.
Harry tirou o seu livro da mochila bagunçada e colocou na mesa, começou a revirar as páginas lentamente sem pensar no que estava fazendo e em que página deveria parar, seus pensamentos vagavam na voz de Hermione "Rony me merece muito mais do que você", "Você não sabe agradecer", "Você me deu um par de chifres".
Pelo visto Hermione não se importava com ele, apenas sorria da piadinha sem graça do Rony, isso enfurecia Harry ainda mais, estava perdendo Hermione para o seu melhor amigo, aquele garoto infantil que sempre fazia piadinhas idiotas, Rony era o oposto de Hermione, eles sempre brigavam, se xingavam, não combinavam!
- Os opostos não se atraem- murmurou dando um soco na carteira, mas por sorte Snape estava ocupado demais para prestar atenção no barulho.
- Harry, você está bem?- perguntou Simas.
Harry olhou para ele, chacoalhou a cabeça e disse.
- Ah, desculpe, estou ótimo, estava treinando, sabe, ensaio trouxa- disse mostrando um largo sorriso amarelo.
- Sem problemas- disse Simas voltando a atenção para a lousa mas nesse instante Snape o encarava bem perto.
- Vocês se acham no direito de ficar trocando piadinhas na minha sala? 10 pontos a menos para a Grifinória de cada um- e virou as costas- Voltando, se misturarem a ponta do visgo-do-diabo com a água fervendo, vocês obterão obviamente uma planta morta, depois tirem-o do caldeirão, piquem bem após esfriar, logo em seguida misture com o pó de Glutex, adicionem novamente no caldeirão e misturem bem, podem começar.
Harry olhou para Simas, não havia prestado atenção.
- E então, o que faremos?
- O que ele disse.
- E o que ele disse?
- Não faço a mínima idéia.
Harry cutucou Neville que estava a sua frente e o garoto pelo canto da boca passava lentamente as instruções para Harry que começou a fazer a Poção para curar queimaduras.
- O que está acontecendo aqui?- perguntou Snape encarando Harry e Neville.
- Nada, senhor.
- Longbottom passando as instruções para o famoso Potter? Por favor, juntem seus materiais e saiam já da minha sala, não quero ver vocês novamente, vou escrever para ambas famílias.
Harry olhou para Neville, a classe inteira os encaravam, Harry de cabeça baixa atravessou a Sala e chegou nas masmoras.
- Neville, me desculpa, eu não...
- Ok, eu odeio o Snape mesmo, fique tranquilo.
Harry olhou para o chão, ao lado da porta da Sala de Aula, havia um pergaminho bem dobrado, perdido, Harry agachou e pegou, desdobrou e olhou, no pergaminho havia inúmeros quadradinhos com letrinhas dentros, quadradinhos de modo horizontal e vertical, embaixo estavam algumas dicas, Snape fazia cruzadinhas.
- O que é isso, Harry?- perguntou Neville esticando o pescoço.
Não só havia cruzadinhas mas como havia também algumas palavras escritas em volta do pergaminho, palavras sem sentido, até mesmo um nome havia lá, um nome que se destacava no meio das outras palavras.
Marco Evans.
Harry assustou ao ler, os enigmas estavam em suas mãos, só faltava achar a resposta.
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N/A : começaram os mistérios...
Fiquei sabendo que no livro 06 teria um capítulo chamado axim "As cruzadas do bolso de Snape"... ahhaha intaum tentei fazer um capitulo axim
espero que gostem
tá chegano o fim da primeira temporada...
PRECISO DE COMENTÁRIOS PARA CONTINUAR =~~
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