: Pressentimentos e desculpas
Capítulo 16: Pressentimentos e desculpas
Finalmente chegou o dia em que os garotos voltariam a Hogwarts.
- Eu tenho mesmo que voltar? – Harry perguntou a Nicky e Sirius.
- Tem sim! – disse Nicky sorrindo.
- Mas eu não agüento mais aquela sapa! – disse Harry.
- Pois vai ter que agüentar, lembre-se que você ainda tem que dar aulas pra AD. – disse Sirius.
- É a única coisa que vale a pena. – disse Harry conformado.
- Então se cuide ok? – disse Nicky dando um beijo na testa do afilhado.
- Tá. – disse Harry.
- Vou ali falar com as meninas. – disse Nicky se afastando.
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- Oi! – disse Nicky quando chegou perto das meninas.
- Oi, Nicky. – disse Hermione.
- Vamos sentir a sua falta. – disse Gina.
- Eu também vou sentir falta de vocês, portanto acho bom me mandarem cartas contando as novidades, lembram do código que eu ensinei a vocês né? – Nicky perguntou.
- Pode ficar tranqüila. – disse Hermione.
- E eu quero saber tudo sobre aquele assunto. – disse Nicky olhando discretamente para Rony e Harry que se despediam da Sra. Weasley.
- Pode deixar que a gente conta. – disse Gina.
- Conta o que? – Harry que já tinha se despedido de todos perguntou ao chegar perto delas.
- Conta o que você aprontar. – disse Nicky com um sorriso maroto.
- Já tá na hora de ir! – Remo disse chamando os adolescentes.
- É melhor vocês irem. – disse Nicky.
- Tchau! – disseram Hermione e Gina indo na direção de Remo.
- Não faça besteiras, tá? – Nicky disse abraçando o afilhado.
- Prometo que vou tentar. – ele disse sorrindo.
- Tchau meu anjo. – disse Nicky se despedindo.
- Tchau. – disse Harry, e depois foi se despedir do padrinho.
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- A casa ficou tão vazia sem eles aqui. – disse Nicky a Sirius.
- É. – ele respondeu.
- O que foi amor? Você parece preocupado. – disse Nicky.
- Sabe quando eu tava me despedindo do Harry?
- Sei.
- Então, naquela hora parecia que... que eu não ia mais vê-lo. – Sirius disse.
- Claro que vai! Esqueceu que nas férias ele vem pra cá? – disse Nicky abraçando-o pelas costas.
- Eu sei foi só um pressentimento ruim. – disse Sirius virando-se para abraçá-la.
- E desde quando você tem pressentimentos? – Nicky perguntou divertida.
- Não sei. – disse Sirius sorrindo.
- Então não os leve tão a sério. – disse Nicky o abraçando pelo pescoço e aproximando seus rostos.
- Não vou levar. – disse Sirius e depois a beijou.
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Depois que Remo e Tonks deixaram os garotos em Hogwarts, foram no Nôitibus Tonks para o ministério e Remo para a mansão dos Black.
- Você vai pra sede hoje? – Remo perguntou sem olhar pra ela.
- Não sei, talvez se eu sair cedo do trabalho. – disse Tonks também sem olhar pra ele.
Algum tempo de silêncio.
- Remo, por que você não quer ficar comigo? – Tonks perguntou olhando para ele.
- Ninfa, você merece alguém melhor do que eu. – disse Remo.
- Mas eu quero você! – disse Tonks com os olhos marejados.
- Ninfa, eu...
- Srta. chegamos ao ministério. – disse Lalau.
Tonks olhou irritada pra ele.
- Obrigada. – disse seca.
- A gente se vê. – disse Remo.
- É, a gente se vê. – despediu-se Tonks.
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- E aí Aluado! – disse Sirius assim que viu Remo chegando.
- Ah, oi. – disse Remo desanimado.
- Quê que foi cara?! Que cara de enterro é essa? – Sirius perguntou.
- Nada não. – disse Remo se sentando.
- Você finge que eu acreditei e eu finjo que isso é verdade. – disse Sirius sentando-se ao lado do amigo.
- O quê que você finge que é verdade? – Nicky perguntou.
- Pergunta pro Aluado. – disse Sirius.
- Ah não, Remo! O que foi que você fez dessa vez?! – disse Nicky um pouco irritada.
- Nada!
- Você vai me dizer por bem ou por mal? – Nicky perguntou tirando um frasquinho de veritaserum do bolso – Eu nunca saio sem um vidrinho desses, trabalhando como auror às vezes ele se torna muito útil.
- Vo-você não faria isso. – disse Remo olhando apavorado para Nicky.
- Tem certeza? – disse Nicky erguendo uma sobrancelha.
- Tá bom eu conto! – disse Remo vencido, ele sabia muito bem que se bebesse aquilo, Nicky não faria apenas essa pergunta, mas outras muito mais íntimas.
- Ótimo! – disse Nicky guardando o frasquinho e se sentando para ouvi-lo.
- Bem... – Remo começou, e contou toda a história para ela e Sirius.
- Aluado, você é um idiota. – disse Sirius rolando os olhos depois do que Remo contou.
- Afinal de contas, o que te impede de ficar com ela? – Nicky perguntou.
- Eu já te disse, eu não quero machucá-la, ela merece alguém saudável, da idade dela, que possa lhe dar uma vida melhor do que eu posso... – disse Remo.
- Mas você não gosta dela nem um pouquinho? – Sirius perguntou.
- Claro que gosto!
- Você ama ela, Remo? – Nicky perguntou séria olhando diretamente para os olhos dele.
- Eu... eu...
- Você a ama. – disse Nicky.
- Não é verdade! – disse Remo.
- É sim. Eu vi. – disse Nicky se levantando e indo pegar uma cerveja amanteigada na geladeira – Só tem isso aqui?
- É o que a Molly deixava as crianças beberem. – disse Sirius dando de ombros.
- Que história é essa de “eu vi”? – Remo perguntou.
- Legilimência. – disse Nicky com simplicidade tornando a se sentar.
- Desde quando você sabe legilimência? – Remo perguntou.
- Desde que comecei o treinamento de auror na França. Lá é obrigatório. – disse Nicky como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo.
- Então você também sabe oclumência, certo? – disse Sirius.
- Sei, por quê?
- Então porque você não ensina oclumência ao Harry ao invés daquele seboso?! – Sirius perguntou.
- Eu nem sabia que o Harry ia ter aulas de oclumência! Mas de qualquer forma, agora eu vou ficar sem tempo. – disse Nicky.
- Por quê? – Remo e Sirius perguntaram.
- Vou começar a trabalhar no ministério daqui, a papelada já foi transferida. – disse Nicky.
- Quer dizer que eu vou ficar abandonado aqui? – Sirius perguntou com carinha de cachorro abandonado.
- Eu venho te ver sempre que der, prometo. – disse Nicky.
- Tem que jurar solenemente. – disse Sirius (os marotos só acreditam em promessas assim).
- Eu juro solenemente que venho ver o meu cachorrinho sempre que puder. – disse Nicky morrendo de vontade de rir.
- Agora sim. – ele disse abraçando-a.
- Mas voltando ao assunto. Remo, se você gosta dela, pare de sofrer e de fazê-la sofrer junto! – disse Nicky.
- Mas...
- Mas nada! Acho bom, vocês se acertarem porque eu não quero ver dois amigos meus tristes por idiotices. – disse Nicky se levantando e saindo dali.
- Ela se irritou, né? – Remo perguntou para Sirius.
- Um pouco. Mas ela tem razão, Remo. – disse Sirius chamando-o pelo nome pra mostrar que estava falando sério.
- É, talvez ela realmente tenha. – disse Remo.
- Eu vou lá ver como ela tá, sabe eu ainda quero ter uma boa noite. – disse Sirius maroto.
- Vai lá.
Remo ficou pensando “O que a Nicky disse é verdade, a Ninfa e eu só estamos sofrendo por burrice minha. Talvez eu deva dar uma chance pra gente.”.
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Alguns dias depois, Remo avisou a Nicky e Sirius que ia dar uma saída. Então se dirigiu a casa de Tonks, pois sabia que aquele era seu dia de folga.
Chegando lá, bateu na porta do apartamento. Ouviu o barulho de alguma coisa quebrando lá dentro e um muxoxo.
- Quem é? – ele ouviu Tonks perguntar.
- Sou eu Ninfa. – disse Remo.
Ouviu o destrancar da porta, e nela apareceu Ninfadora Tonks.
- Remo, aconteceu alguma coisa? – ela perguntou preocupada.
- Não! Eu só queria falar com você. – ele disse um pouco tímido.
- Ah! Entre. – ela disse abrindo espaço para ele passar.
Ele viu um apartamento que era com certeza a cara dela: colorido e um pouco bagunçado.
- Senta aí. – disse Tonks indicando uma poltrona vermelha com almofadas cor-de-laranja – Quer alguma coisa?
- Não obrigado. – disse Remo e ela se sentou com na poltrona ao lado, azul com almofadas verdes.
- E então, o que você queria falar comigo? – ela perguntou ainda não acreditava que ele estivesse ali.
- Primeiro eu queria te pedir desculpas.
- Pelo quê?! – Tonks perguntou confusa.
- Por ter te feito sofrer, e não ver que eu também gosto de você. – ele disse.
- Você gosta de mim?! – ela perguntou com os olhos brilhando.
- Muito. – ele respondeu – E fui um idiota por não notar isso antes.
Sem pensar muito Tonks se atirou nos braços dele.
- E então, você me perdoa? – Remo perguntou perdendo-se no olhar dela.
- Só se você me beijar agora. – ela disse sorrindo.
Remo sorriu de volta e a beijou de imediato.
- E então, tô perdoado? – ele perguntou sorrindo depois do beijo.
- Com certeza. – ela respondeu, e o beijou novamente
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