O primeiro beijo



Capítulo 10: O primeiro beijo


O Natal finalmente chegou, e com ele a notícia de que Arthur tinha sido atacado por uma cobra e Harry viu tudo.

- O Harry tá bem? – Nicky perguntou depois que Sirius contou a história pra ela.

- Ele não me parece muito bem, mas depois que foi visitar o Arthur no St. Mungos, sumiu. – disse Sirius.

- Será que a gente deveria ir falar com ele? – Nicky perguntou preocupada.

- Acho que é melhor deixar ele ficar um tempo sozinho.

Alguém toca a campanhinha e o quadro da Sra. Black começa a gritar ofensas para todo lado.

- Droga! Eu já disse que não é pra tocar essa campanhinha! – Sirius saiu irritado para abrir a porta.

- Ah! Oi, Sirius! – disse Hermione assim que ele abriu a porta.

- Olá Hermione. – ele disse de mau humor (ainda dava para escutar a Sr. Black gritando).

- Ah! Desculpe, eu esqueci que não se pode tocar a campanhinha. – disse Hermione envergonhada.

- Tudo bem, mas é melhor entrar. – ele disse, e a menina entrou.

- Bem, eu vou subir. – disse Hermione ao chegar na sala.

- Pode ir, os garotos estão lá em cima. – disse Sirius.

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Em pouco tempo, Hermione ficou sabendo o que aconteceu com Harry no St. Mungos. Então ela subiu e foi falar com ele, depois os dois desceram e Gina disse que Harry não podia ter sido possuído por Voldemort.

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No dia seguinte, Harry abriu todos os seus presentes e desceu junto com Rony e Hermione.

- Feliz Natal! – disse Sirius assim que os avistou.

- Feliz Natal! – os três responderam.

- Harry venha comigo, eu tenho que lhe entregar o seu presente! – disse Nicky animada puxando o afilhado.

Sirius resolveu seguir os dois e ver o que ela daria a ele, pois ela não tinha contado.

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Harry ficou boquiaberto ao ver o presente: uma caixa com as quatro bolas do quadribol!

- Nicky, não precisava! – ele disse ainda bobo.

- Esqueceu que eu tô te devendo anos de presentes? – ela disse sorrindo.

- Obrigado! – ele disse sorrindo e abraçando a madrinha.

- Nicky, como você conseguiu entrar com essa caixa sem que eu visse? – Sirius perguntou intrigado.

- Esqueceu que eu sou bruxa? Bruxos podem fazer objetos diminuírem consideravelmente de tamanho. – ele disse como se explicasse a uma criança que um mais um é igual a dois.

Sirius olhou para ela por um momento um pouco irritado, mas depois sorriu.

- Quê que foi Si? – Nicky perguntou ao ver o sorriso dele.

- Nada não! É que você fica linda até me tratando como criança. – ele disse, e Nicky ficou levemente corada.

- Mas e aí Harry, gostou do presente? – Nicky perguntou mudando de assunto.

- Adorei Nicky! É um dos melhores que eu já ganhei! – ele disse sorrindo.

- E entre alguns desses deve estar a firebolt que eu te dei, não? – perguntou Sirius com um sorriso maroto.

- Com certeza! Pena que a sapa velha da Umbridge confiscou ela depois que eu fui expulso do time. – Harry disse triste.

- E por que você foi expulso do time? – Sirius perguntou.

- Porque eu bati no Malfoy depois que ele falou mal da minha mãe. – ele disse com um pouco de raiva.

- Aquele filhote de lombriga fez o quê?! – Nicky perguntou irritada.

- Ele falou mal da Lily?! – Sirius perguntou também irritado, e Harry fez que sim com a cabeça.

- E a Umbridge te expulsou do time por isso! Ah! Se eu encontrar aquela sapa, eu esgano ela! – Nicky disse.

- Calma Nicky! – disse Sirius fazendo esforço para se acalmar também.

- O que deu nela? – Harry perguntou, sempre tinha visto Nicky como uma pessoa relativamente tranqüila, mas agora ela parecia furiosa.

- Nunca cutuque uma gata com vara curta, você vai acabar se arranhando. – Sirius advertiu, e vendo a expressão intrigada de Harry acrescentou – Ela nunca admitiu que falassem mal de ninguém que fosse amigo dela. E ela jamais admitiria que falassem mal dos seus pais.

- Assim como seu pai era como se fosse irmão do Sirius, eu também considerava a sua mãe como minha irmã. – Nicky esclareceu já estando mais calma.

- Portando, além de sermos seus padrinhos, você pode nos considerar seus tios! – disse Sirius brincando.

- Podemos não ser os melhores do mundo, mas sempre vamos estar do seu lado. – disse Nicky sorrindo.

- Bem acho melhor a gente descer. – disse Sirius passando o braço direito pelo ombro do afilhado e sorrindo.

- Eu vou com vocês. – disse Nicky sorrindo e passando o braço esquerdo pelo ombro de Harry.

- Vocês são os melhores padrinhos que eu poderia querer! – disse Harry abraçado aos dois enquanto saiam do quarto.

Os dois se olharam e sorriram emocionados, era ótimo saber que Harry estava feliz. Nicky deu um beijo no rosto do afilhado, e Sirius fez uma espécie de carinho na cabeça de Harry que deixou o cabelo do garoto ainda mais bagunçado.

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Remo ouviu alguém bater na porta de seu quarto.

- Entre! – ele disse terminando de abotoar sua blusa.

- Oi, Remo! Feliz Natal! – disse Tonks entrando no quarto.

- Olá Tonks! Feliz Natal pra você também! – ele disse sorrindo.

- Bem, eu trouxe isso aqui pra você, espero que goste. – ela disse lhe entregando um pacote muito bem embrulhado.

- Obrigado. Também tenho uma coisa pra você. – ele disse pegando um embrulho e entregando a ela.

- Obrigada. – ela disse corando.

Os dois abriram seus respectivos presentes. Remo ganhou um livro de defesas contra as artes das trevas, extremamente raro.

- Onde você conseguiu esse livro? – Remo perguntou estupefato.

- Você disse que adoraria ter esse livro, então eu pedi pra um amigo meu ver se encontrava algum exemplar, ele encontrou e eu comprei. – ela disse como se fosse a coisa mais normal do mundo.

- Tonks eu não posso aceitar, deve ter custado muito caro!

- Ah! Nem vem! Deu muito trabalho encontrar esse livro, e eu só fiz isso porque era um presente pra você! Então pode tratar de aceitar, ou eu vou ficar realmente ofendida! – ela disse encerrando a conversa e finalmente abrindo seu presente: uma blusa das esquisitonas que mudava de cor conforme o desejo do dono e o novo CD autografado do grupo.

- Gostou? – Remo perguntou incerto já que ela parecia petrificada.

- Amei! – ela disse pulando no pescoço dele para um abraço.

Quando ela afrouxou o abraço os dois estavam realmente próximos. Seus olhos não desviavam um do outro e quando perceberam já estavam se beijando.

Tonks achou que aquele era o momento mais mágico da sua vida, Remo também apreciava cada instante daquele beijo, mas num súbito momento de consciência ele afastou seus lábios dos dela. Ela ainda parecia entorpecida pelo beijo.

- Me desculpe. – ele disse sem saber para onde olhar.

- O quê? – ela perguntou atordoada, “Será que ele não gostou?” pensou.

- Isso não devia ter acontecido, eu sinto muito Ninfa. – ele disse sem perceber que a chamou por um apelido o qual só pronunciava em sonhos.

- Ninfa? – ela disse intrigada.

- Des-desculpe. – ele disse encabulado, e pensou “Meu Merlin, nem percebi que tinha chamado ela assim!”.

- Quanto ao beijo, você não precisa se preocupar. Mas você criou um apelido pra mim? – ela perguntou sorrindo, “Se ele criou um apelido pra mim, pode ser que ele goste de mim!” ela pensou feliz.

- Ah! Bem... Mais ou menos. – e vendo a expressão dela continuou – É que eu acho muito estranho chamar uma amiga pelo sobrenome.

- Ah! Claro! – ela disse, “Só amigos, é só isso que nós somos.” ela pensou triste.

- Vamos descer? – Remo perguntou , “Ela parece um pouco triste. Será que ela ficou com raiva de mim?” ele pensou preocupado.

- Vamos. – Tonks disse tentando esconder a tristeza em sua voz, sendo muito mal sucedida.

- Você está bem? – ele perguntou preocupado, quando saiam do quarto.

- Tô sim. – ela disse dando um sorriso forçado.

E Remo começa mais uma de suas discussões internas.

“Ela não tá bem não, e deve ser por minha culpa. Como eu pude beijá-la?!”

“Mas ela correspondeu.”

“Mas eu não devia tê-la beijado!”

“Mas nunca me senti tão bem, nem com a Ana.”

“Admita, você gosta dela!”

“É claro que gosto! Ela é minha amiga.”

“Só isso?”

“Claro que sim!”

“Então por que você sempre sonha com momentos românticos entre vocês dois?”

“Sonhos não têm lógica!”

“Às vezes eles podem significar sentimentos reprimidos.”

“Mas eu não tenho nenhum sentimento reprimido!”

“Não tente enganar sua própria consciência.”

“Eu não tô enganando ninguém!”

“Só a si mesmo.”

Ele continuou tão entretido discutindo consigo mesmo que nem reparou que Sirius o chamou.

- ALUADO!!!!!!! – Sirius gritou no ouvido do amigo pra ver se ele acordava.

- Não precisa gritar! – disse Remo.

- Eu te chamei uma porção vezes, mas você não ouviu. – disse Sirius dando de ombros.

- Mas o que você quer?

- Perguntar o que houve.

- Como? – disse Remo sem entender.

- Você e a Tonks desceram com umas caras. – Sirius esclareceu.

- Não foi nada. – Remo disse olhando para Tonks que estava na outra ponta da mesa.

- Hum. – disse Sirius, mas com certeza não tinha se convencido de que realmente não aconteceu nada.

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- Tonks, o que houve? – Nicky perguntou depois que todos já tinham subido.

- Eu e o Remo nos beijamos. – ela disse triste.

- Vocês se beijam e você fica com essa cara de enterro?! Pode me contar tudo o que aconteceu, porque pelo jeito o que te incomodou não foi o beijo. – Nicky.

Tonks contou tudo para Nicky, até como ela se sentiu.

- Ele deve estar confuso. Não se preocupe. Mas agora pelo menos você sabe que talvez ele goste de você, porque, acredite em mim, ele não beijaria nenhuma garota sem estar pelo menos um pouco atraído por ela. – Nicky consolou a amiga.

- É o que eu espero. – disse Tonks.

- Mas fala sério, ele te chamou de Ninfa?! – Nicky perguntou divertida.

- Aham! Foi tão... fofo! – Tonks disse com um olhar sonhador.

As duas ficaram conversando durante um tempo, até que Sirius desceu e reclamou com Nicky que ela estava demorando muito. Então as duas resolveram subir. (N/A: Não preciso dizer o porquê de o Sirius ter reclamado da demora, né?)

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