Uma carta



N/A: Essa é uma short pra quem leu a fic “Os marotos e a poderosa”, embora dê pra entender ser tê-la lido. Não é grande, então dá pra vocês lerem rapidinho e comentar.

Essa short eu dou de presente pra uma das minhas leitoras que tá usando uma personagem minha na fic dela, Thais. Beijo garota.

Nath Black.



Certa noite em Hogwarts, um garoto sentou-se em sua cama durante a noite e começou a escrever o que sentia:

“Não sei por que ainda tenho esperanças de ficar com você. Logo você que me odiava, ou pelo menos era o que eu achava. Logo você, uma garota linda, mas que nunca me deu bola. Ex de um dos meus amigos. Merda! Porque eu tinha que me apaixonar por você?!

Todo mundo diz que eu ando estranho, mas isso é porque eles não sabem que eu te amo. Amor, quem diria que um dia eu iria amar alguém? Ninguém com certeza. Mas eu amo você e não posso te dizer. Sei que você não me ama. Mas fico feliz em poder tê-la ao meu lado de vez em quando.

Meus amigos vivem implicando comigo, afinal, o Don Juan de Hogwarts não está querendo ficar com mais nenhuma garota. Claro que eles não sabem que não fico com mais ninguém porque não paro de pensar em você. Minha mente dá voltas e voltas, mas meu pensamento sempre está em você. No seu sorriso, nos seus olhos, na sua alegria contagiante...

Me sinto tão idiota escrevendo essas coisas, parece coisa de garotas, mas preciso desabafar de algum jeito. O Pontas não pensa em outra coisa que não seja a Lily, e você tenta ajudá-lo a conquistá-la. O Aluado só fica com a Ana, e foi você quem tomou a iniciativa de juntá-los. E o Rabicho só tá namorando por sua causa. E eu fico aqui sozinho, sem você.

Acordo só pra poder te ver sorrindo, mas queria tanto que esses sorrisos fossem pra mim, queria tanto que a sua boca fosse só minha. Queria que seus olhos olhassem só para mim, esses olhos azuis que parecem o céu. Queria sentir seu cheiro, acariciar seus cabelos, te abraçar, te beijar, e poder dizer a todos que você é minha, só minha.

Fico tão vazio quando você não está por perto. Sem você fico sem alegria, sem alma. Sem você eu não sou ninguém. Queria que você soubesse disso.

Você é a razão para eu continuar vivendo, você é a razão pela qual eu existo. Você, somente você, pode me fazer feliz.

Nunca imaginei que fosse sentir ciúmes porque meus amigos também são seus, mas sinto. Quando vejo você conversando alegremente com o Pontas, ou quando te vejo estudando com o Aluado, sinto tanta raiva. Queria que eles ficassem longe de você, você só podia ficar perto de mim.

Quando você passa perto de mim, meu estômago dá voltas e meu coração parece querer sair pela boca.

Por que você?! Por que logo você me faz sentir assim... apaixonado? Podia ser qualquer outra garota, seria bem mais fácil pra mim, mas teve que ser você a única que eu não posso tocar. O anjo que me faz sentir como se meu mundo tivesse desabado e só restasse você.

Fico me perguntando, como um dia eu pude ser feliz sem a sua presença? Como, se você é tudo pra mim?

Queria que a coisas fossem como antigamente, quando eu não ligava para o que os outros pensavam e só curtia a vida, mas não consigo, não agora que descobri o amor por sua causa.

Queria um dia poder te entregar essa carta com a certeza de que você retribuiria todo o meu amor. Que cada lágrima que já derramei por você não tinha sido em vão. Queria poder olhar nos seus olhos e dizer: eu te amo! sem medo de você não me amar.

Espero um dia ter coragem e me declarar pra você. Agora não sei por que fui para a grifinória, a casa dos corajosos, se não tenho coragem de dizer pra você o quanto te amo.

Não sei ainda porque escrever tudo isso. Acho que foi mesmo só para desabafar, mas vou guardar essa carta com cuidado, pois aqui estão os meus mais preciosos sentimentos, as minhas mais verdadeiras palavras. Guardarei com cuidado, para que assim, quem sabe você possa ler e dizer que também me ama.

Eu te amo muito Nicky!

Para sempre seu, Sirius.”

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Anos depois...

- Sirius, o que é isso? – uma bela mulher de cabelo castanho escuro e olhos azuis pergunta, segurando um pergaminho nas mãos.

- Não sei, deixe-me ver. – ele olhou o pergaminho e segundos depois começou a sorrir.

- E então, o que é? – ela perguntou.

- Leia você mesma. – disse Sirius.

A mulher pegou o pergaminho e começou a ler. Depois de algum tempo tinha lágrimas nos olhos, e foi assim que olhou para Sirius.

- Sirius...

- Eu te amo. – ele disse sorrindo.

- Eu também te amo. – disse Nicky, e os dois se beijaram.

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