A História do Inverno Sem Fim

A neve caía, manchando de branco as doces paisagens verdejantes do que há um mês fora o outono escocês. Hogwarts, a maior escola de magia e bruxaria do Reino Unido, estava coberta pela névoa típica do inverno na região. Os alunos, que geralmente riam nos jardins, agora se encontravam encolhidos dentro de seus quartos. Sem a mínima coragem para sair de suas Salas Comunais.
As janelas e janelinhas do castelo mostravam as luzes de quartos abrigando pessoas que não tinham a menor vontade de estudar naquele momento. Uma dessas luzes iluminava um rosto de um garoto. A jovem face de 16 anos de James Potter estava quase que encostada na janela, olhando para os flocos brancos que caíam vagarosamente em direção ao chão.
Os olhos azuis do rapaz quase que refletiam toda a beleza do exterior da escola. Os cabelos eram pretos e bagunçados, caindo-lhe sobre os olhos quando não penteados (ou seja, quase sempre). Ficavam ainda mais rebeldes depois de um jogo de Quadribol, o esporte preferido de 90% dos bruxos por todo o mundo.
_ Merda! – resmungou, ajeitando-se na poltrona que colocara perto da janela. – Será que nunca vai acabar essa neve toda?
_ Sabe? De acordo com o Profeta, a neve ainda continua por um bom tempo...
James se sobressaltou ao ouvir a voz que veio de algum lugar bem em cima do seu ombro. Quase caiu da poltrona ao ver a cabeça do melhor amigo, Sirius Black, falando com ele.
_ Padfoot! Cachorro desgraçado! Outro susto desses e você perde o focinho!
_ Calma aí veadinho.
_ É Cervo, Padfoot. Cervo!
_ Que seja. – Sirius deu de ombros e foi se sentar em cima da mesa que ficava logo ao lado do local onde o amigo se encontrava. – ‘Tá fazendo o que aí?
_ Apenas curtindo a monotonia de um “dia de neve”. – respondeu James, com cara de tédio.
_ Deixa disso, cara! Olha só: alguns poucos alunos estão lá no Salão, passando um tempo. Adivinha quem está lá com eles!
_ Não sei... Moony?
_ E por que eu iria te falar da localização do Remus, homem? É a Evans!
James silenciou. Lily. Era Lily Evans quem estava lá embaixo com os outros. Não que ele nunca a visse nem nada, mas sempre que a via, era rechaçado de algum modo grosseiro ou antipático pela bruxa. Potter nunca fora conhecido por sua fidelidade ou exclusividade a uma só parceira, mas estava realmente “amarrado” àquela garota.
_ Por que não me disse antes, Coisa? – disse ele de um único fôlego.
Levantou-se de supetão da poltrona, correndo feito doido em direção ao quadro da Mulher Gorda, pintura que guardava a porta da Sala Comunal da Grifinória. Quase atropelou um calouro baixinho que por ali passava.
_ Foi mal, pirralho! – gritou em resposta ao “Ei!” que o primeiranista lhe lançara.
Sirius, ainda sobre a mesa, pôs-se a rir.


[Esse é apenas o começo do Capítulo 1. Em breve postarei o final. Eu sou um ficwriter iniciante, sendo esta a minha primeira fanfic de verdade. Então, por favor, desculpem se eu cometer deslizes ou algo do tipo.]

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