AQUELE COM BRIGAS E LÁGRIMAS



N/A = esse cap 4 não tá mais novela mexicana porque não pode! XD espero que gostem mesmo assim ;_; foi o maior até agora =Db




Hermione tentou correr atrás de Rony, mas Draco a impediu.




- Rony! Espere! – gritou Hermione para o noivo.




- Granger, aonde você pensa que vai? – perguntou Draco se metendo na frente dela.




- Sai da frente, Draco... – murmurou ela lançando um olhar fulminante a ele.




- Ele é só um Weasley. Porque essa preocupação toda? – zombou Draco.




- Porque ele é meu noivo? – revidou ela.




- Seu... Noivo? – perguntou Draco boquiaberto.




- Rony e eu estamos noivos e vamos nos casar daqui a um mês. Ta vendo o que você fez?! Agora ele não vai querer mais nada comigo! – explodiu Hermione com algumas lágrimas nos olhos.




- Porque você não me disse isso antes? – perguntou um Draco totalmente abismado.




- Te contar antes?! Primeiro: como eu te contaria se toda vez que a gente se encontra você faz questão de encostar sua boca na minha? Segundo: a gente mal se falou! E terceiro e último: porque diabos me responda eu falaria da minha vida amorosa para Draco Malfoy?! – ela perguntou essas perguntas tão rapidamente que chega deixou Draco meio tonto.




- Olh...




- É isso que você faz né, Malfoy? Você chega de repente na vida das pessoas para estragar a felicidade que eles têm. – interrompeu Hermione.




- Felicidade? Olhe para você! Você é tão infeliz com ele que está aqui comigo! – atirou Draco. – Você não é daquelas que se casam para passarem o resto da vida cuidando do “maridinho”! – pronunciou a última palavra com nojo.




Hermione parou um pouco e ficou olhando para ele. Tudo que Draco dissera era a pura verdade, ela não era feliz ao lado de Rony. Mas ainda havia tempo suficiente para consertar tudo de errado. Encostou-se na parede áspera e fechou os olhos:




- Mais uma vez eu me pergunto, porque eu estou perdendo meu tempo você, Malfoy? Eu sinto ter que fazer isso, mas... – abriu os olhos e puxou a varinha – Petrificus Totalus! – e Draco virou uma estátua.




- RONY! – gritou ela enquanto corria atrás dele pelos corredores do St. Mungus.




***




O ruivo que agora estava mais vermelhos que seus cabelos andava apressado pelos corredores, ele estava tão furioso que não nem havia pensado na hipótese de aparatar. A única coisa que ele podia, aliás, conseguia pensar era porque a Hermione havia feito isso com ele. Será que ele não era bom o suficiente? Como ela havia magoado-o, talvez eles já estivessem tendo esse caso há muito tempo. “Só o chifrudo aqui que não percebera.”, pensou ele. Nunca mais queria vê-la na sua frente, nunca mais. A maldita cena de Draco empurrando Hermione contra a parede rodava em sua cabeça. Foi quando ele ouviu:




- RONY! – Ótimo. Tudo que ele precisava, que ela viesse correndo atrás dele com uma desculpa qualquer, parou de andar e se virou para ela:




- O que você quer Hermione? – lançou a ela um olhar mortal.




- Rony, me deixa explicar. – disse se apoiando nos joelhos ainda ofegante da corrida.




- Explicar o que Hermione? Eu não sou cego, sabe? – perguntou irônico.




- Não é o que você ta pensando. – disse Hermione com medo.




- Então me diga o que eu estou pensando. – desafiou Rony, com a voz mais calma que conseguiu fazer, que tentava manter-si sobre controle, mas já estava ficando difícil.




- Você ta pensando que eu to tendo um caso com o Draco. – Hermione estava quase gritando agora, “Draco... porque você o chamou de Draco?”, pensou ela. – e está parecendo... – murmurou para si mesma.




- Adivinha. Sabe Hermione, Trelawney estava errada quando disse que você não tinha dom para adivinhação. Você acertou em cheio dessa vez. – zombou Rony.




Hermione ficou com a cara mais vermelha do que já estava. Rony agora tocava no calo dela, ele sempre soube que ela ficou meio assim por ter desistido dessa matéria.




- Quem você acha que é para falar assim comigo?! – agora ela realmente gritava. – você não sabe nada do que eu sinto! Você...




- HERMIONE! Você me traiu com Draco Malfoy! E ainda diz que eu não posso falar assim com você?! – explodiu Rony, pronto, ele não agüentou mais, lágrimas escorriam pela sua face.




- Eu não te traí com o Draco! Ele me agarrou! – agora o rosto dela estava coberto de lágrimas. – Eu não fiz nada!




- Certo! E eu sou a mãe Joana! Ainda quer negar? Você o chama de Draco, Hermione! De Draco! – repetiu Rony com cara de débil – Pena que você não fez nada para se livrar dele, né? Aposto como já vinham tendo esse caso há muito tempo.




Agora a gritaria atraia a atenção das pessoas. Formaram um círculo em volta deles.




- Eu juro que não tenho um caso com ele! Eu gosto de você, Rony! Ele me agarrou! – Hermione agora misturava tudo.




- Eu não vou perder mais nenhum minuto ouvindo essas suas desculpas esfarrapadas. – e lançou um olhar de ódio a Hermione. – Só acho que vocês deveriam ter tomado mais cuidado, num lugar público ficou mais fácil de eu descobrir. – ia se virando para sair, quando Hermione o segurou como uma criança que não quer perder um doce.




- Cala a boca, Rony! – gritou Hermione. – Você não sabe o que eu penso! Tudo que eu já sofri e passei por você e você não liga a mínima para os meus sentimentos!




- Quem é você para falar de respeito? Quem é você para falar em sentimentos! Você não sabe o quanto ta doendo em mim isso Hermione. – berrou Rony.




- Rony, olha a cena que a gente ta fazendo! – respondeu Hermione mais calma contando até 10 mentalmente.




- Quem se importa? – e fez menção de se retirar.




- Você não vai embora assim! – gritou ela.




- Não é você que vai me impedir. – olhou ela com nojo.




Hermione soltou Rony e cedeu sobre o peso. Começou a chorar feito uma criança sentada no chão do salão enquanto Rony ia embora.




***




- O que ela achou que eu fosse fazer? Perdoar ela e aceitar ser corno para sempre? – perguntou Rony para si mesmo.




Rony depois que se livrou da multidão saiu caminhando pelo St. Mungus. Talvez ele tivesse sido muito duro com ela, imagina se ela tiver falando a verdade? “Não, eu não quero e não vou bancar o corno manso...”, pensou Rony. Ainda mais, ele vira com os próprios olhos eles se beijando e parecia a ele que Hermione estava gostando bastante, quem poderia afirmar se eles ficaram somente nos beijos...?




Ele só se tocou que estava quase saindo do St. Mungus quando dobrou no corredor e esbarrou com uma morena.




- Mais que... Merda! – xingou a morena.




- Desculpe, eu estava meio distraído. – disse Rony.




- Você não olha por onde anda não? –ela se abaixou para pegar os livros que tinha deixado cair. – Merlin... – resmungou a morena.




Rony se abaixou para ajuda-la a apanhar os livros.




- Tome. – disse se levantando e ajudando ela a se levantar. – Eu realmente sinto muito. – e lhe entregou o último livro.




- Tudo bem. – e dizendo isso olhou nos olhos deles.




Ele notou que os olhos dela não eram verdes, mas também não eram pretos, era uma cor indecifrável. Mais para um verde escuro. Olhou novamente para ela e notou que ela era muito bonita. Cabelo castanho claro, liso, caindo em cascata até a cintura. Pernas de deixar qualquer homem louco e um sorriso sarcástico nos lábios que fazia ele ter vontade de bater nela. Ela, porém não deixou de reparar que ele apesar de bonito trazia uma expressão de sofrimento. Enquanto ainda olhava nos olhos deles notou uma mecha do cabelo ruivo caindo sobre seu olho. Ruivos. Eram o ponto fraco dela.




- Como é seu nome? – perguntou ele ainda apreensivo.




- Megan. Megan Clayborne. – e estendeu a mão a ele.




- Prazer. Ronald Weasley. Mas pode me chamar de Rony. – disse sorrindo enquanto apertava a mão dela.




- Ahn, você está bem? Não pude deixar de notar sua aparência triste. E ainda está um pouco pálido...




Rony corou ao mesmo tempo em que seus olhos se enchiam d’água. Como era possível que uma mulher o fizesse sofrer tanto? Só de pensar em Hermione ele tinha vontade de se matar. Uma lágrima teimosa escorreu pelo seu rosto, agora pálido.




- Olha, eu to indo visitar uma amiga, o estado dela não é muito grave, a gente pode ir à lanchonete e você se quiser me conta o porque de você estar desse jeito, ou não... A gente só conversa pra se conhecer melhor. – disse Megan.




- Eu não quero atrapalhar você. – murmurou Rony envergonhado.




- Não está! Só me ajude com esses livros, sim? – perguntou ao mesmo tempo em que estendia uns livros a ele. “Céus, e pensar que só faço isso porque ele é ruivo...”, girou os olhos com esse pensamento.




Rony apanhou os livros e sorriu envergonhado.




A morena levantou a sobrancelha de uma forma engraçada. Esse joguinho de ser tímido a irritava. Ele certamente era atraente, mas precisava ser tão tímido? Talvez fosse só por causa desse imprevisto dele. “Só espero que ela não fique com raiva por eu tê-la deixado esperando.”, pensou Megan.




- Vamos? – perguntou irritada.




***




- Então... – continuou Harry quando Hermione saiu do quarto e fechou a porta.




Allis cruzou as pernas de um jeito divertido e estendeu a mão como quem diz para ele sentar de frente pra ela.




- Eu não mordo sabe? – falou com cara de “eu lato, mas não mordo”.




Harry sorriu envergonhado e se sentou na cama de frente pra ela.




- Você pode ir se estiver se sentindo incomodado. – disse Allis mexendo nos cabelos.




- N-não. – gaguejou Harry, o que fez Allis abrir outro sorriso. – Posso perguntar uma coisa? – perguntou Harry repentinamente depois de alguns minutos em silêncio.




- Claro. – respondeu Allis enquanto alisava a colcha da cama.




- Não é o que podemos chamar de uma pergunta interessante, mas... – Allis riu. – você mora onde? – perguntou tentando puxar assunto.




- Aqui em Londres mesmo. No subúrbio, não gosto muito desses apartamentos luxuosos e caros. – estalou os dedos. – gosta da tranqüilidade do meu apartamento.




- Com seus pais? – perguntou ele. Mas parece que não devia ter perguntado. A morena subitamente parou de fazer o que estava fazendo e lançou a ele um olhar triste por de trás da franja. Dando tempo suficiente para ele notar que os olhos delas apesar de serem castanho escuro tinham um brilho que muitos outros não tinham. Os olhos dela começaram a se encher de água e ela virou o rosto para esconder.




- Ahn... Não. Bellatrix Lestrange matou meu pai a mando de Voldemort quando eu tinha quatro anos e depois matou minha mãe na minha frente quando eu saí de Hogwarts. – falou tão rapidamente que Harry achou que ia endoidar. – Acho que foi por isso que me deixei levar pelas emoções lá no beco... Foi por isso que eu virei auror para começar. – ela agora mordia o lábio inferior e olhava para o chão. Uma lágrima escorreu pelo seu rosto enquanto ela massageava a mão. Ela tentou esboçar um sorriso, mas se via que ela estava preste a chorar. Só havia uma única pessoa que ela conseguia falar sobre isso e essa pessoa estava em Paris. Outra lágrima caiu e Harry pegou as mãos dela por impulso, ruborizando.




- Eu sinto muito. – murmurou Harry.




Allis balançou a cabeça em negação.




- Imagina, você não tem nada a ver com isso. – sussurrou ela.




Harry puxou-a para mais perto e sentiu as lágrimas reprimidas dela tocarem seu peito musculoso. Ele estremeceu quando ela apoiou a cabeça no seu ombro. Ela ficou chorando silenciosamente enquanto ele acariciava o cabelo dela timidamente. Qualquer uma que passasse poderia jurar que eles eram namorados. Mas eles não eram e estavam muito longe disso. Ficaram por alguns minutos assim até que ela e se afastou delicadamente dele.




- Eu tenho um gato também. - Ele podia jurar que ela ainda tinha vontade de chorar, observou os olhos dela que não mais tinham lágrimas e sorriu ao ver que o nariz dela estava vermelho. Ela abriu um sorriso tímido em retorno. Era impressionante como ela ficava linda de qualquer jeito. – Sabe, dizem que cães são para família e que gatos são para garotas “solitárias”. Eu por alguma razão sempre acreditei nisso. – e abaixou a cabeça. Harry sentiu-se incomodado de ver aquela garota chorando.




- Hey. – e Harry levantou o rosto dela. – Ta tudo bem agora. – afirmou ele enquanto olhava para ela. Era impressionante como ela fazia ele corar com o mais simples gesto. Realmente ela era uma pessoa muito especial.




- Obrigada. – falou enquanto passava os dedos embaixo dos olhos para retirar qualquer vestígio de lágrimas. – Realmente hoje não é um bom dia para mim, quase fui morta e estou aqui chorando minhas lágrimas com você, eu não sou dessas que chora muito, só pra você não ficar com uma impressão errada. – Harry sorriu.




- A impressão que você deu de você é de que você é uma ótima pessoa e muito forte. Além de ter uma queda por ironias. – acrescentou Harry, o que fez Allis levantar uma sobrancelha e sorrir novamente.




***




Rony contou algumas partes da história para Megan, doía ter que reviver tudo aquilo, era como se estivesse voltando no tempo e assistindo a tudo, só que era pior porque ele não podia fazer nada para reverter à situação. Porém ele se sentiu muito mais leve por ter desabafado com alguém. O mais impressionante de tudo era que essa Megan o ouvia atentamente, só parando para tomar seu suco de abóbora.




- Um... – sussurrou ela.




- Que foi? – perguntou um Rony interessado.




- Essa tal de Hermione é tapada ou não sei o que? – perguntou enquanto batia o copo com força no balcão da lanchonete.




- Por-por que? – Rony se assustou com a repentina raiva de Megan.




- Deixe-me ver se eu entendi: essa “zinha” ai vivia brigando com você em Hogwarts, vocês se entederam e começaram a namorar. Depois agora que vocês estão noivos e ela diz que te ama e que sempre te amou, mas do nada ela pega e te trai com esse Malfoy?! – a revolta dela dava medo.




- É isso mesmo, mas não precisa esfregar na minha cara. – olhou para ela de discretamente e notou que a expressão da face dela não era das melhores e que seus olhos mostravam raiva e ansiedade.




- Ah, francamente! Você ta ai todo “jururu” por causa de uma garota que não te ama e que ficou com outro na sua frente? – é, a morena definitivamente tinha um ponto.




- Eu a amo! – afirmou Rony.




- Então você vai passar o resto da sua vida correndo atrás dela enquanto ela parte pra outra? Olha – disse pegando as mãos dele. – eu sei como dói, mas você não pode ficar ai, desse jeito. Levanta a cabeça e segue a vida.




- Eu... – começou Rony, mas ela o interrompeu.




- Eu já estou atrasada para encontrar minha amiga, mas você vai melhorar e mostrar a ela que você não vai ficar arrasado. – disse ao se levantar do banquinho. – Eu espero ter ajudado.




Ela vestiu o sobretudo e pegou os livros em cima da mesinha de cristal. Já ia saindo da lanchonete quando ouviu um chamado:




- Hey! Megan. – disse enquanto caminhava em passos largos até ela. – Obrigada por tudo. – e pegou as mãos dela corando loucamente. “Como ele é tímido!”, pensou Megan.




- Não foi nada. Até mais então. – acenou para ele e ia se virando quando ele disse:




- Onde eu posso te encontrar? – perguntou folgaz.




- Eu te acho. – dizendo isso piscou para ele e saiu da lanchonete deixando um Rony muito menos triste do que estava antes de conhece-lo.




***




Hermione se levantou depois de passar alguns minutos chorando no chão. “Não, eu não vou ficar chorando por ele se ele nem ao menos se dá ao trabalho de me ouvir!”, pensou ela. Aquelas coisas que Rony disse torturavam-na internamente. Caminhou para fora da multidão e começou a caminhar rapidamente.




Porque as coisas tinham que ser tão difíceis, era tudo culpa do Malfoy, que só pensa nele mesmo, “É o ser mais egocêntrico que eu já conheci na face da Terra...”. Ela não sabia o que fazer, e agora? Devia voltar para a Toca para tentar explicar tudo novamente a ele? Ela foi até um andar do St. Mungus onde poderia ter paz, se sentou num banco e fechou os olhos. Talvez pensar não fosse a solução agora, tinha antes que esfriar a cabeça e relaxar. Cruzou os braços e relaxou as pernas quando ouviu alguém sentando ao seu lado.




- Hermione, por onde você andava? – uma voz familiar chegou aos seus ouvidos.




Abriu os olhos e viu o rosto de um moreno conhecido olhando para ela sorridente.




- Por ai, Henry.




- Pela cara e pelo humor parece que brigou de novo com o Rony. Acertei?




- Exatamente. Aquele ruivo cabeça dura. – resmungou ela.




- Aposto como não foi tão feio assim... – mas a garota tomou a palavra.




- Eu não quero falar sobre isso, Henry. – e encostou as costas no banco para fechar os olhos novamente.




- OK. – murmurou apreensivo.




- Mas, ahn... Como anda aquela moça que nós deixamos aqui? – tentou puxar um assunto. – Ela parecia realmente mal quando a trouxemos.




- Ela está bem melhor agora. Harry está com ela. – acrescentou a garota.




- Ahh.




Ficaram calados por um momento. Ela continuava de olhos fechados, ele olhou para ela e viu uma lágrima escorrer pela sua face alva.




- Hermione! – disse se virando para ela.




Ela abriu os olhos e ele pode ver que estavam cheios de lágrimas, ela estava com uma aparência muito triste, era raro ver Hermione desse jeito. Desde os tempos de escola ele só viu a amiga chorando poucas vezes. A maioria das vezes por causa de Rony. Significava que o negócio era sério dessa vez.




- O que aconteceu? Você não é dessas que choram por qualquer coisa! – perguntou o moreno aflito.




- Você sabe que eu briguei com o Rony. – e deixou mais uma lágrima cair.




Ela pegou o rosto dela entre as mãos e enxugou a lágrima com o a ponta do dedão. Ela sorriu de leve e ele a abraçou. Hermione sentiu seu rosto corar e ficou feliz dele não poder ver nada. Ele subiu e descia a mão pelas costas dela numa tentativa de acalma-la na qual ele sentia ela estremecer às vezes. Era impressionante o poder que ela exercia sobre ele. Estava agora abraçado a ela pelo simples fato de ter deixado Gina e Afrâncio na sala para ir comunicar a Harry que estava tudo em “paz”. O destino às vezes brinca com a gente de uma maneira que a gente chega a achar engraçada.




***




- Virginia pode sair se quiser, eu preciso dar umas ligações importantes. – disse Afrâncio da forma menos grosseira que ele conseguiu achar.




- OK. Vou dar uma volta por ai. – respondeu a ruiva.




Ela caminhou cansada pelos corredores. Onde estaria Harry agora? Ela podia jurar que ainda sentia a respiração pesada dele na sua cara. “Harry, Harry...”. Foi quando ela achou um loiro completamente paralisado.




- Malfoy? – perguntou incrédula.




- ... – ele não podia falar nada.




- Finite Incantatem!




***




A morena soltou uma gargalhada gostosa de se ouvir. Nem parecia que estivera a chorar ainda há pouco.




- Ele não fez isso, fez? – perguntou incrédula.




- Eu não estou dizendo! Moody transformou Malfoy numa doninha no meio do salão principal! – afirmou Harry.




- Eu nunca vou me perdoar por não ter visto essa cena. Esse Malfoy é um babaca mesmo. – e sorriu novamente.




Allis depois que desabafara com Harry parece que havia tirado um peso das costas. Estava muito mais alegre e conversava animada com o moreno que olhava para ela fixamente. Ele achava cada gesto gracioso que ela fazia a coisa mais delicada do mundo. Ela era tão diferente de todas as garotas que ele já conhecera, a maioria eram tão fúteis, mas ela não. Ela era diferente, alegre, tinha uma alma mais leve. A única garota que se poderia dizer que parecia um pouco com ela era Gina, apenas pelo mesmo estilo de sorrir, rir. Mas as duas eram completamente diferentes. “Psicologicamente e... fisicamente.”, pensou ele.




Eles ficaram em silêncio mais uns minutos até que ela resolveu puxar assunto:




- Faz muito tempo que você trabalha com o Afrâncio?




- Ahn... Não, faz mais ou menos dois meses. Ele é um ótimo chefe. Por que perguntas? – se interessou o moreno, era a primeira vez que ela abria a boca para falar primeiro.




- Por nada. Eu lembro que quando ele era meu chefe ele vivia fazendo piadinhas sem graça, mas eu como sou boba acabava rindo de qualquer maneira. – disse a morena.




- Ele continua o mesmo então. – falou Harry. – Para quem você trabalha agora?




- Bom, faz dois anos que eu deixei de trabalhar para ele. Ele me mandou para Paris e eu fiquei lá até ontem precisamente. E aqui estou eu, trabalhando agora para o Mark. Eu gosto muito dele também. – e sorriu.




Nossa. Realmente Afrâncio não estava brincando quando dissera que ela era uma das melhores aurores que ele tinha. Mark Hudd era quase o chefão da área de aurores, muito além de Afrâncio. Ela devia ser muito boa mesmo. Será que tudo isso era ódio por Bellatrix Lestrange? Se fosse, podia-se dizer que a comensal estava encrencada. O pessoal do Mark é excepcionalmente bom.




- Ouvi dizer que o pessoal do Mark é muito bom. Você deve ser uma excelente auror.




- Se eu fosse não teria me deixado levar pelas emoções e deixado Bellatrix me torturar. – ela suspirou – Mas – e sorriu – Assim você me deixa envergonhada.




- Que nada. Na verdade esse é o seu papel sobre mim. – sorriu e começou a fazer cócegas no joelho dela.




- Ai não! Para esse é meu ponto fraco! – e riu gostosamente.




Quando viram ela já estava deitada na cama com ela sobre ele. Os rostos estavam muito próximos. Ela se perdeu dentro dos olhos esmeralda dele enquanto ele se perdia nos lábios cor de cereja que ela tinha. Ele corou loucamente quando sentiu o contato daquela mão fria no seu peito. Tudo no que ele pensava era em como ele queria encostar os lábios dele nos dela. Ela já tinha posto a mão na cintura dela.




- Potter. – ela se inclinou para sussurrar no ouvido.




Aquilo o enlouqueceu.




- Posso te chamar de Harry, sim? – perguntou marota, fazendo ele estremecer com o hálito dela no seu pescoço.




- Claro. – disse ele com a voz rouca.




- Pode me chamar de Allis. – disse numa voz quase não audível ainda no ouvido dele.




Dava para ouvir a respiração serena dela e a pesada dele. Os batimentos perfeitos dela enquanto os dele batiam descompassados, acelerados.




Ele sentiu um arrepio quando ela levou a outra mão fria ao seu peito e o empurrou de modo que ela voltasse a ficar sentada. Por um momento ele sentiu o perfume dela, ela cheirava a chocolate. O calor que o corpo dela transmitia era inexplicável. Fora tão bom esses segundos em que seus corpos permaneceram colados.




O moreno se sentou na cama, e viu ela abrir um sorriso radiante para ele enquanto mexia nos cachos do cabelo. Ela não era qualquer uma que ia ficar com ele num quarto do St. Mungus. Riu internamente quando viu a cara desapontamento dele.




Mais uma vez o silêncio voltava a reinar até que apareceu uma morena na porta do quarto. Ela abriu a porta bruscamente e olhou para a garota que estava sentada na cama. Ela soltou um gritinho de felicidade:




- ALLIS! – e correu até a amiga, jogando os livros no chão.




- Megan! – Allis se assustou com a presença da amiga, mas mesmo assim a abraçou calorosamente. Harry pensou como queria estar no lugar dessa Megan para poder sentir outra vez o calor do corpo dessa morena. Elas se afastaram. – O que você esta fazendo aqui? Eu pensei que você só ia vir no ano que vem!




- E eu ia! Mas quando eu recebi a noticia de que você estava no hospital e deu uma dura no pessoal lá e eles me deixaram vir. – sorriu para amiga.




- Eu senti tanta falta de você nesses últimos seis meses! Mesmo estando juntas em Paris eu nunca via você. – sua expressão se tornou triste.




- Mas eu estou aqui agora! – e abraçou de novo a amiga.




Harry coçava a cabeça numa expressão de timidez. Mas pelo pouco que ele demonstrava Allis sabia que de tímido ele não tinha nada.




- Ah desculpa, Harry. – e deu um sorriso amarelo ao moreno. Puxou ele pela mão para ele se aproximar. Ele gostou do contato da mão dela com o seu pulso.




- Megan, esse é Harry Potter.




- Harry, essa é Megan Clayborne.




Allis sorriu, o moreno estendeu a mão e ela a apertou.




- Prazer em conhece-la. – Harry andou um pouco para longe. – Bom, eu vou deixar vocês duas matarem as saudades, parecem que tem um monte de coisas para conversar. – andou um pouco mais. – Foi um prazer conhece-la Clayborne. E Allis, a gente se fala depois.




Quando ele ia saindo ela se dirigiu até ele. Como ele era mais alto que ela, ficou na pontinha dos dedos, tocou seu ombro, provocando um efeito em Harry que ela nem podia imaginar e sussurrou no seu ouvido:




- A gente se vê depois. – e deu um beijo na bochecha dele. Harry sentiu as bochechas queimarem. – Eu tenho certeza disso.




Harry saiu do quarto deixando as duas amigas sozinhas para poderem conversar. Essa morena ainda ia deixa-lo louco. Tudo nela lhe agradava, ela parecia ser perfeita. Mas o que mais lhe chamou a atenção foi o fato de que durante a longa e agradável conversa deles ela não demonstrou nenhum sinal de fraqueza....




Continua...




N/A = aeew XD esse eu postei mais rápido ein gente *-* eu embromei um pouco mas sempre é necessário =~ Esse cap foi pior de escrever que o anterior por que ele poderia me comprometer de certa forma =~ e mais uma vez eu agradeço pelos comentários *-* nossa gente que eu nem conheco e nem falo no MSN comentou :O isso me deixou muito feliz *-* obrigada pelos comentes gente *-* brigada mesmo *-* e agora entrou uma personagem nova: Megan Clayborne, baseada e em homenagem a Tammy ;__; eu juro que eu fiz o melhor de mim pra você gostar dela =* ... dedico esse capítulo a você meu coraçãozinho *-* e mais uma vez eu peço para vocês comentarem para não perder o costume =D bjuss =* e até o próximo cap *-*

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