capítulo único





Thanks for the Memories
Por Téh Lupin



“Obrigado pelas memórias, mesmo
achando que elas não eram tão boas”

[Fall Out Boy – Thanks for the Memories]


Eu estou despedaçado. Tudo parece tão banal quando ouvimos alguém falando. Mas não é. A morte jamais será banal, jamais será algo fácil de se superar, mas temos que enfrentar e aprender a lidar – da melhor maneira possível – com ela. Isso tudo pode soar como um desabafo descontente e pode ser classificado como tal. Perder quem se ama é sempre péssimo – ou péssimo seria apenas um apelido? -. Tudo parece conspirar contra você. Todos parecem ter pena de você, quando o que você mais precisa é um ombro amigo que lhe diga ‘eu estou aqui pra tudo’.

As pessoas parecem não se importar e aquela típica frase sempre vêm à tona ‘não foi comigo, to pouco me importando’. O mundo não é desumano e injusto; as pessoas que o habitam são. Eu quero mais é que se explodam esses insetos nojentos e egoístas. Na verdade, eu quero que ela volte. Para mais um dia. Mais um dia junto dela.

Saber que jamais irei vê-la de novo. Jamais poderei abraça-la e dizer o quanto eu a amo. Jamais poderei tocar seus lábios e sentir o gosto doce de sua boca. Jamais poderei olhar nos olhos dela e dizer que eram os mais belos que já havia visto. Jamais poderia gritar para ela tirar a bendita toalha molhada de cima da cama. Jamais poderei sentir ciúmes de qualquer cara que se aproximasse dela, de forma perigosa e tarada.

Oh céus, como era linda. Doce e sensível. Romântica e irônica. Sarcástica e divertida e até um pouquinho cínica. Tímida e extravagante. Sorridente e brilhante. Inteligente e marota. Única. Marlene McKinnon, a minha garota perfeita.

Ela era única, sabe? Única em tudo. Única no seu jeito debochado de olhar para mim. A única que sempre me apoiou, eu estando certo ou errado. A única que eu amei de verdade até hoje, sendo que eu já falei isso para milhares delas. Mas ela era diferente. Ela tinha um jeito único. Uma capacidade incrível de me prender a ela com apenas algumas palavras. Tudo nela era incrível. Ela era Marlene McKinnon. A minha garota.

Logo agora que a nossa vida estava se resolvendo e que os pais dela já haviam aceitado o noivado. Agora que já não brigávamos tanto. Agora que planejávamos comprar uma casa maior em um bairro afastado de Londres. Agora que tudo estava dando certo para nós dois, esse maldito bruxo das trevas a levou.

Depois as pessoas não sabem o porquê de eu odiar tanto as trevas e aquele maldito Voldemort. Ele insiste em levar as pessoas mais importantes e que eu mais amo de forma bruta e violenta. Eu o odeio com todas as minhas forças. Se eu pudesse, acabava com ele agora mesmo. Eu gostaria de o fazer sentir toda a dor que eu estou sentindo. Se eu pudesse, teria o derrotado logo que surgiu e que não possuía tanta força e aliados.

Mas eu não vou me render. Não vou atrás dele. Eu sei que é isso que ele quer. EU QUERO A MARLENE DE VOLTA, DÁ PRA ENTENDER OU TÁ DIFICL?

Eu não preciso de mais nada, mas que merda. Eu só preciso dela. VIVA E AQUI COMIGO. E eu não estou sendo egoísta. Se eu fosse egoísta nada disso estaria acontecendo comigo. Se eu fosse egoísta eu estaria do lado das trevas, seria um ser sem coração e jamais teria conhecido a Marlene. Se eu fosse egoísta talvez tudo fosse mais fácil, mas sem sombras de dúvida seria bem pior.

Mas que se foda o que aconteceria se eu fosse egoísta. EU NÃO SOU. Eu só quero que tudo volte a ser como era antes. Quero ela aqui e quero que Voldemort vá pra bem longe. Que morra de preferência.

Sabe... Eu posso não estar demonstrando pras pessoas como eu me sinto realmente e algumas delas ainda têm a crueldade de dizer que eu não estou triste e que parece que o que aconteceu foi bom pra mim. INSETOS.

Eu não sou de demonstrar sentimentos e é só por isso que estou desabafando com um pergaminho e uma pena. Eu posso não demonstrar pra quem quiser ver, mas por dentro estou quebrado. Destruído. Como se os urubus tivessem feito a festa dentro de mim. Eu estou me destruindo. Bebendo e fumando igual a um condenado. Não duvido que daqui a alguns dias, quem morra seja eu, de câncer no pulmão.

Mas eu não estou aqui pra falar de mim. Eu quero guardar esse pergaminho com lembranças da Lene e não com uma seção de autopsicoterapia (?).

Sabe, o que eu estou prestes a escrever pode soar totalmente besta e antiquado. Mas quem sem importa? Ninguém, ótimo. Sei lá, eu seria capaz de fazer qualquer coisa por ela. Na verdade eu já cometi loucuras de amor por aquela baixinha. Ela sabia que eu faria qualquer coisa por ela, e se aproveitava disso. Safada.

Tudo ainda soa tão surreal e impossível. Tudo parecia eterno quando eu estava com ela. O tempo parava. E agora, olhe para mim... Estou um lixo. Acabando com a minha vida. Mas eu não me importo. Qualquer coisa é melhor que esse sofrimento.

Eu gostaria de poder sentir mais uma vez a pele dela em contato com a minha. Pode parecer estranho, mas o perfume dela ainda está gravado em mim, nas minhas coisas e nos meus lençóis. Já usei todos os feitiços possíveis, mas nada adianta. Eu não suporto mais isso. Dói cada vez mais. Dói, destrói, contagia. Eu estou ficando louco. Para todos os cantos onde olho, a vejo. Em todos lugares que vou, sua risada perfura meus ouvidos. Em todos os rostos que enxergo, só vejo o dela. Tudo me lembra ela.

É tão inevitável não pensar nas coisas boas e ruins que aconteceram com a gente. É inevitável não sentir a falta dela. É inevitável não tacar o rosto no travesseiro e chorar até as lágrimas secarem. E eu não me importo se estou parecendo uma adolescente patética que chora porque perdeu o namorado para a líder de torcida.

Tipo, eu sei que é errado ficar desejando isso, mas é mais forte que eu. Eu estou totalmente sem controle, entende? Eu não tenho mais vontade de nada. Que merda.

Na verdade eu nunca imaginei que pudesse ficar assim por uma garota, até conhecer Marlene. Mas com o tempo a gente aprende que amor deixa a gente cego, idiota e mais um monte de coisa.

Eu até estou me conformando. Não, conformando não seria a palavra certa. Mas eu estou conseguindo – digo, aprendendo – a viver sem Lene. Que é estranho acordar e não sentir os cabelos dela estirados sobre a minha face, isso é. Não vou negar e nem posso.

Tudo gira, e eu estou começando a entender que de você, meu amor, eu só terei as lembranças. Boas e ruins. Eu só quero que descanse em paz, e que um dia, quem sabe, a gente volte a se encontrar. Eu sei que todos têm a hora certa de partir, eu só gostaria que a sua tivesse demorado mais.

Obrigado por ser quem você sempre foi, Lene. Obrigado por ter sido a minha garota. Obrigado por ter sido única para mim. Obrigado por ter feito tanto por nós. E eu te amarei pra sempre, meu amor. Para todo o sempre e do sempre ao infinito. Obrigado pelas lembranças.






N/a: Você, caro leitor, não precisa ler essa fic e gostar. Eu nem sei na verdade porque eu postei ela. É só um desabafo, sabe? E sei lá, essa é a minha forma de desabafar. E me deu vontade de fazer uma S/M e acho que é só por isso que eu to postando, por ser um S/M. E bom, se tiver alguma fic com o nome ‘Thanks for the Memories’ eu preço desculpas a autora/autor, já que eu nem me dei ao trabalho de ver se tinha alguma. Desculpa mesmo. E a fic não ta betada, então qualquer erro dá um grito.
Eu quero agradecer a todo mundo que me deu apoio [Rá, Luh e Marê], vocês serão eternas pra mim.
E nem quando eu to mal eu faço n/a’s pequenas ‘-.-
É, acho que era isso. Obrigada a quem leu e gostou e quem leu e não gostou também.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.