Anywhere



Dear my love, haven't you wanted to be with me

And dear my love, haven't you longed to be free

I can't keep pretending that I don't even know you

And at sweet night, you are my own

Take my hand
Meu querido amor, você não queria ficar comigo?

E meu amor, você não queria tanto ser livre?

Eu não posso continuar fingindo quem eu nem te conheço

E durante a doce noite, você é meu

Pegue minha mão






Ela olhou mais uma vez para ele antes de falar o que estivera pensando durante vários dias desde o primeiro encontro que eles tiveram. Ele a olhava com um carinho que nunca havia visto nos olhos de outra pessoa antes. Era até engraçado, até pouco tempo atrás aqueles olhos apenas significava raiva, humilhação e ódio.

- Draco você... – Droga ela não iria ter coragem.

- O quê? – ele ficou curioso.

- Você quer ficar comigo... pra sempre? – Nesse momento a pergunta pareceu ridícula. Como ele ficaria com ela para sempre, se tinham que fazer tudo escondido?

- Como? – a pergunta que veio dele não saiu como uma interjeição. Ela pôde perceber que tinha o mesmo fundo da pergunta que ela acabara de se fazer.

- Não sei... perguntei só por perguntar. – ela deu de ombros e se virou, mas ele não deixou.

- Não se faz uma pergunta dessas só por fazer... – ele foi meio rude. – Me diz como? – ele franziu as sobrancelhas.

- Ah, droga... Se eu soubesse eu diria, mas... é tão difícil... você conseguiria pensar em alguma coisa.

- Talvez se você mudasse de nome...

- Eu mudar de nome? Não é por nada não, mas Weasley tem sido um nome muito mais respeitado ultimamente que Malfoy.

- Por mais que eu te adore, eu nunca usaria seu nome... isso vai contra toda a tradição. Por acaso já viu algum marido trocar o nome para o da esposa?

- O quê? – ela não havia exatamente pensado nas palavras marido e mulher quando pensou na pergunta. Mas agora que ele falara ela realmente percebera que praticamente o havia pedido em casamento. – Eu não pedi em casamento pra você soltar uma dessas...

- Claro que você não me pediu em casamento, você tem dezesseis anos... – ele revirou os olhos. – Foi uma maneira de me expressar.

- Julieta tinha treze anos quando se casou e morreu por Romeu. – ela levantou uma sobrancelha.

- Você não é Julieta e eu não sou Romeu e nossa vida não é uma tragédia shakespeariana... – ele disse mas depois fingiu pensar melhor. – Bem, é quase igual, mas eu prometo que não vou matar nenhum primo seu e ser expulso de Hogwarts para sempre.

- Isso não é uma brincadeira. Mas numa parte você tem razão. Somos quase um Romeu e Julieta. Capuletos e Montecchios, Weasleys e Malfoys. Não há muita diferença entre esses dois pares de famílias. E você sabe qual foi o maior erro de Romeu e Julieta? – ela disse com os olhos faiscando.

- Qual foi?

- O plano de fuga deles. Essa história de usar mensageiros se eles queria fugir tinham que ter combinado entre si. Mas nós não vamos cometer o mesmo erro...

- Gina... no que você está pensando?

- Eu preciso saber de umas coisas antes. Não precisa me dizer agora, mas eu preciso saber. Primeiro, você quer se libertar dessa história de famílias, da sina de Romeu e Julieta? E segundo... Você me ama? – ela sabia que havia a possibilidade de a resposta ser não para a segunda pergunta, afinal, nem mesmo ela estava certa quanto aos seus sentimentos.

- O que... – ele ia perguntar algo, mas ela o interrompeu.

- Só precisa me responder a primeira pergunta... eu vou saber a resposta da segunda... mas eu preciso saber antes de fazer planos com você. Sabe... eu estou cansada de te ver nos corredores e passar direto... de ter que fingir que te odeio, quando não é bem assim... de ter que te ofender quando tem gente por perto... eu cansei... mas eu preciso saber se você cansou também... se você cansou... vai ter que confiar em mim... – ela saiu da sala deixando o garoto sozinho e foi correndo até a torre da Grifinória para Filch não pegá-la.

Ela tinha alguma idéia do que fazer, mas tinha medo que ele não quisesse isso tanto quanto ela. Havia acabado de perceber o quanto ele representava para ela e com certeza não queria perder isso, mas agora tudo dependeria dele. Ela pôde ouvi-lo várias vezes em seus sonhos dizendo que era o que queria, mas teria que esperar.



[CHORUS:]

We're leaving here tonight

There's no need to tell anyone

They'd only hold us down

So by the morning light

We'll be half way to anywhere

Where love is more than just your name
Nós estamos indo embora daqui esta noite

Não é preciso dizer à ninguém

Eles apenas nos impediriam

Então ao amanhecer

Estaremos na metade do caminho para algum lugar

Aonde o amor é mais que apenas o seu nome




Ela mal pôde acreditar quando ele deu a resposta que ela esperava.

- Sim. – ele disse. – e sim... mas como? – ela teve que tomar um ar antes de responder.

- Ano que vem... Eu vou ser maior de idade... então nós fugimos... eu não posso fazer isso agora por que ainda sou menor, mas neste mesmo dia do ano que vem, nós vamos fugir daqui... pra um lugar aonde ninguém nos conheça.

- Então ninguém vai falar nada, e nós vamos poder ficar juntos... mas aonde é isso?

- Qualquer lugar, Ásia, África, América... você escolhe... temos um mundo todo e podemos aparatar, ou melhor, vamos poder.

- E dinheiro?

- Putz! Pelo menos uma vez na vida você se esqueceu quem é, e bem na única vez que isso é realmente útil...

- Obrigado pela parte que me toca. Se eu já estivesse acostumado a ouvir esse tipo de coisa vinda de você eu provavelmente estaria bem longe dessa sala agora...

- Me desculpe, mas vamos admitir, a sua família é uma das mais ricas da Europa...

- Isso é verdade. – ele ponderou. – E como ano que vem eu estou fora de Hogwarts fica mais fácil pegar um dinheiro pra gente pelo menos ter uma casa...

Estava tudo combinado e para Gina nunca um ano demorou tanto para passar.



I have dreamt of a place for you and I

No one knows who we are there

All I want is to give my life only to you

I've dreamt so long I cannot dream anymore

Let's run away, I'll take you there
Eu tenho sonhado com um lugar para nós dois

Ninguém sabe quem nós somos lá

Tudo que eu quero é te dar minha vida

Vamos fugir, eu te levarei até lá






Um ano... como pôde demorar tanto a chegar... mas chegara... e bem num dia de visita a Hogsmeade... A oportunidade sorria perfeita para eles, daria tudo certo...

Ela arrumou as melas e usou um feitiço redutor. Quando saíram ninguém poderia imaginar o que ela faria. Quando chegou na cidade deu um jeito de despistar as amigas e foi a um lugar deserto de onde aparatou numa pequena casa em Londres, na qual havia combinado de se encontrar.

Mas ao chegar lá, um par de mãos usando luvas negras segurou a garota e tampou sua boca. Ela podia sentir a pessoa procurando por sua varinha nas vestes e quando encontrou a jogou numa sala aonde viu ele sentado no chão, parecendo muito ferido. Ela ia até ele quando a pessoa que a segurou usou uma cruciatus nela.

Não soube quando a dor passou, porém logo que sentiu que não estava mais sendo forçada a se dobrar no chão foi engatinhando até ele. Parecia que também havia sido torturado e haviam pequenos cortes em seu rosto.

- Me desculpe. – ele murmurou quando ela o abraçou. – Ele descobriu... nós estamos sem saída... – ela sabia que ele se referia ao próprio pai, fora capaz de reconhecer a voz de Lucius Malfoy quando este a azarou.

- Não... não... de qualquer maneira nós saímos ganhando... ele nos mata, nós ficaremos juntos, na morte, para sempre, como Romeu e Julieta. Ele nos separa, nós daremos um jeito de ficar juntos...

- Não é simples assim... ele quer me marcar... – ele acariciou o topo da cabeça dela. – Ele vai me marcar e vai me fazer te matar...

- Não. Olha pra mim... – ela segurou o rosto dele obrigando-o a olhar para ela. – É o que eu disse, você me mata... você morre. Eu sei que é assim... nós vamos sair dessa. Eu prometo. Nós vamos para o lugar com o qual eu estive sonhando por todo esse tempo. Aonde ninguém sabe quem nós somos...

- Como?

- Azkaban não fez muito bem pra ele, veja só... nos deixou numa sala com janela e uma varinha. – Ela tirou a própria varinha do bolso.

- Achei que ele...

- Aquilo era só um graveto que eu tinha pego... é um pequeno truque que eu aprendi com o Moody, o de verdade... Peque um pedaço de madeira e esculpa-o como uma varinha e seus inimigos te deixarão armados. Agora vamos rápido antes que ele perceba. Alorromorra. – a janela se abriu e eles pularam com dificuldade, pois havia sido torturados.

- Você realmente havia considerado que isso poderia acontecer? – ele parecia espantado.

- Bem, eu sabia que poderia, afinal, você iria pegar bastante dinheiro e seu pai iria desconfiar. Agora, podemos aparatar. Pra onde?

- Que tal estação central de flu?

- Certo. Vamos. – eles aparataram na estação central de flu. Haviam escolhido ir para os Estados Unidos, já que só falavam inglês e ele falava um pouco de francês.



We're leaving here tonight

There's no need to tell anyone

They'd only hold us down

So by the morning light

We'll be half way to anywhere

Where no one needs a reason
Nós estamos indo embora daqui esta noite

Não é preciso dizer à ninguém

Eles apenas nos impediriam

Então ao amanhecer

Estaremos na metade do caminho para algum lugar

Aonde ninguém precisa de uma razão




Chegaram num pequeno condado bruxo perto de New York. Era como eles imaginaram, ninguém ali sabia quem eles eram, ninguém seria contra e sendo bruxos era muito mais fácil conseguirem ficar no país.

No início foi difícil. Na hora de escolherem uma casa, ele queria a maior e mais cara, o que os deixaria com pouco dinheiro. Ela queria uma casa pequena, afinal eram só os dois e assim poderiam poupar mais. No final decidiram por uma casa média, perto de uma escola de bruxaria da região.

Com um pequeno esforço e a ajuda em segredo de Dumbledore, ela conseguiu se transferir para essa escola de Magia. Ele por sua vez, conseguiu um emprego na sede da administração da cidade como estagiário de um dos secretários. E assim o tempo foi passando

Eles estavam nesse lugar aonde ninguém sabia quem eles eram e por que estavam ali. E na verdade, ninguém se importava.


Forget this life

Come with me

Don't look back you're safe now

Unlock your heart

Drop your guard

No one's left to stop you
Esqueça essa vida

Venha comigo

Não olhe para trás estamos a salvo agora

Abra seu coração

Abaixe a guarda

Não restou ninguém para te parar agora.




Dez anos depois...

- Voltem aqui, Rose, Mathew! – Ela corria atrás de um casal endiabrado de crianças, um menino ruivo de olhos azuis acinzentados, uma menina com cabelos loiros platinados e olhos cor de amêndoas. – Draco! Segura eles!

Haviam prosperado naquela cidade. Ela era uma das curandeiras mais respeitadas e ele era secretário de relações. A família também havia crescido, tiveram apenas dois é verdade, mas dois pestinhas de uma vez. Os gêmeos Rose e Mathew, nomes escolhidos depois de muitas divergências, tinham sete anos de idade e não poderiam brigar mais, também pudera. Rose tinha o gênio dele, Mathew o dela. Mas como todos bons irmãos eles se davam bem no final.

- Ah, deixa eles Gina. É só mais uma briguinha comum de irmãos... – ele deu de ombros.

- Que da última vez quebrou metade da casa... Eu não vou deixar isso se repetir, ainda mais hoje.

Ela disse ainda mais hoje, pois hoje, o senhor e a senhora Weasley iriam pela primeira vez visitar a família da filha.

Havia sido difícil a relação dela com os pais no começo, ainda mais com toda essa história de fuga, mas com o tempo eles passaram a aceitar. Porém nunca tinham ficado cara a cara com a nova família Malfoy antes.


Forget this life

Come with me

Don't look back you're safe now

Unlock your heart

Drop your guard

No one's left to stop you
Esqueça essa vida

Venha comigo

Não olhe para trás estamos a salvo agora

Abra seu coração

Abaixe a guarda

Não restou ninguém para te parar agora.




- Relaxa... vai dar tudo certo. Seus pais vão gostar deles. – ele disse abraçando ela por trás.

- Disso eu não tenho dúvidas. Mas e você?

- Sinceramente eu espero que eles tenham esquecido o passado como nós pudemos fazer aqui.

- Sabe... – ela sorriu. Foi mais fácil do que eu pensei... esquecer tudo... mas com a proximidade deles... tudo parece que vai voltando.

- Não diga isso. Nós já nos refizemos... Se lembra? Ninguém sabe quem nós fomos... nem mesmo nós... Nossa vida aqui é outra...

- Você tem razão... mas eu continuou preocupada com... – mas ela viu um carro se aproximar e dois pares de cabeças meio ruivas meio grisalhas saírem. – Oh! Eles chegaram.

Ela correu para atendê-los.

- Gina... – a senhora Weasley chorava de emoção ao rever a filha e largou as malas no portão da casa.

- Mamãe... – ela sentia que iria chorar também. – Papai... – correu para abraçar o senhor Weasley também. – Vamos entrem... – ela indicou a porta e a senhora Weasley iria abaixar para pegar as malas, mas ele já havia pego.

- Obrigada, meu filho. – a senhora agradeceu e ele fez um “v” de vitória disfarçadamente para ela que sorriu.

- Aonde estão aqueles netos dos quais você tanto fala? – o senhor Weasley perguntou.

- Provavelmente quebrando alguma coisa. – ela disse. – Rose! Mathew! Seus avós chegaram!

Logo o par já estava parado à frente dos quatro. A senhora Weasley sentiu os olhos marejarem

- Veja Artur... como são lindos...


We're leaving here tonight

There's no need to tell anyone

They'd only hold us down

So by the morning light

We'll be half way to anywhere

Where love is more than just your name
Nós estamos indo embora daqui esta noite

Não é preciso dizer à ninguém

Eles apenas nos impediriam

Então ao amanhecer

Estaremos na metade do caminho para algum lugar

Aonde o amor é mais que apenas o seu nome




E assim todos entraram na casa e caso queiram saber, ele e ela não saíram mais daquele pequeno condado. Gostavam dessa história de ninguém saber quem eram e mesmo depois de muitas reclamações da senhora Weasley, o máximo que fizeram foi mandar os gêmeos para Hogwarts (Rose na Grifinória, Mathew na Sonserina, afinal, não eram tão parecidos com quem pensavam), o que era uma desculpa para atraírem a atenção de todos em King’s Cross.

Malfoy e Weasley não mais eram considerados inimigos, nem mesmo grifinórios e Sonserinos. Não havia mais Lorde das Trevas e se quisessem poderiam continuar a nova vida na Inglaterra sem problemas, mas ainda assim, o anonimato famoso que tinham era o que mais gostavam.

Quanto à Lucius Malfoy, alguns dizem que enlouqueceu ao ver o filho fugir com alguém que desprezava tanto e se matou. Outros dizem que em Londres à vezes um maltrapilho loiro, com olhos azuis acinzentados, um rosto pálido e fino, é visto perseguindo mulheres ruivas. E ainda, existem outros que garantem que ele acabou aceitando depois de conhecer os netos, que lhe fizeram conhecer o amor.

Esses estão certos, pois muitas vezes no natal, naquele pequeno condado bruxo norte-americano, uma pessoa é vista saindo encapuzada à noite da casa dos Malfoy e os gêmeos acabam por ganhar os melhores presentes que poderiam, sempre com uma marca. E é fato que em um desses natais, Gina Malfoy ganhou um anel que com certeza não fora o marido que dera. Um anel que passava de geração em geração para todas as esposas de algum Malfoy.

Coincidência? Provavelmente não...





N/A:Caramba... essa história o final ficou meio bestinha e o desenvolvimento foi meio ruim... mas eu bati meu recorde... foi escrita enquanto a autora caía de sono e em menos de duas horas... mas eu até que gostei no final... Comentem pelo amor de Deus, nem que seja pra dizer que não gostaram. Obrigada.

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