.tudo tem sempre um motivo.
“Tudo tem sempre um motivo”
Já era mais que a quarta vez que Lily Evans maltratara James Potter. Lily não era o que se dizia de alta, era ruiva, e particularmente bonita. James Potter era alto, físico atlético, de cabelos negros que realçavam seus olhos azuis. Ah, como James gostava daquela ruiva. A amava, e admitia isso à quatro ventos. É, mas tudo tem sempre um problema. Lily não gostava de gostar de ninguém! Já tivera essa “experiência” antes, e não gostara nem um pouco do que o garoto lhe fez quando soube.
E esse era o motivo para maltratar tanto Prongs! Ela não podia passar o risco de se apaixonar de novo, para se tornar apenas mais uma da lista do moreno.
- Mas, Lily... – ela o interrompeu “É Evans pra você!” – quer dizer, mas Evans, por que você me trata assim?
- Eu sou não o tipo que gosta de ser só da listinha, Potter. Por que você não desiste? – ela perguntou, ríspida.
- Eu não quero que você seja SÓ da minha listinha. ALIÁS, eu nem tenho essa tal lista! – ele acrescentou, ao ver a expressão da ruiva.
- Pela décima vez no dia, Potter, poupe-me! – deu maior ênfase ao ‘poupe-me’ no final.
James, como sempre, ficara mal, a ponto de querer se jogar da torre de astronomia, mas o caso era que se ele fizesse isso, perderia, definitivamente Lily. “Droga, por que ela não entende que eu amo ela?”, perguntou-se, chegando ao Salão Principal. Sentou-se numa parte extrema da mesa, longe de Lily, Katherine Jovex e Lisa Hearleeng.
- Ah, qual é, Prongs! Não fica assim, cara. Anda, o Seboso tá indo lá pra fora. – disse Sirius, sorrindo daquele jeito que sempre convence James a melhorar seu humor.
Os marotos saíram do salão principal, seguindo a Snape. Remus sempre fora contra ficarem se metendo com o garoto desse jeito, mas todavia, para melhorar o humor do amigo, Remus apoiava qualquer coisa que não desse nada mais além de detenções.
- E ai, Severus. Sabe... Ei, ei, não precisa tirar a varinha. A gente não veio te azarar. A gente veio pedir suas desculpas. – começou James, com aquela cara de arrependindo que convencia a todos.
Snape abaixou a varinha, e nesse segundo, Sirius tirou sua e prendeu a lingua do sonserino em seu céu da boca. James ria marotamente da cara do “rival”. Por mais que ele soubesse que Lily não gostava de ver Snape ser zuado dessa forma por Sirius e James, ele não conseguia se conter, sabia, de alguma forma, que Severus nutria algum centimento por Lily, e isso que nutria a raiva de Prongs.
- Potter, faça já o contra-feitiço! Que mania idiota essa de azarar o Severus! E ainda por cima fica pedindo pra sair comigo. Com essa atitude, nem me chamar pelo primeiro nome você poderá! Quando você cresceu, quem sabe eu te dê uma chance. – disse Lily, dando as costas.
Ele fez o contra-feitiço, e pediu desculpas ao garoto, que apenas revirou os olhos e juntou-se à Dolohov.
- Ah, deixa ela pra lá, James! – disse Wormtail, retirando um sapo de chocolate do bolso. - Pode ficar com ele... eu descobri ele dentro da minha calça! – terminou, com um sorriso de rato.
- Por acaso essa não é aquela calça que você ‘tá usando sem lavar faz uns três dias? – perguntou Remus, guardando um livro dentro da bolsa.
- Não são três dias, são cinco. – Prongs, que tinha pego o chocolate, o deixou cair na mesma hora.
- Aguamenti! – exclamou Sirius, na mão no amigo.
Peter riu, pegando o sapo do chão e passando a comê-lo. Deu a figurinha, provavelmente repetida, ao pequeno Albert Collins. Os marotos riam de Prongs, enquanto este se secava.
Depois desse episódio, como sempre, atraente para olhares alheios, os marotos foram assistir suas aulas, tão tediosas para James e Sirius como sempre, já que, em vinte e três de outubro, uma quarta feira, não tinha Defesa Contra as Artes das Trevas! Seria tedioso... a menos que James dormisse acordado, pensando em Lily.
Num pergaminho qualquer, escreveu:
“Oooooi, Remus!”
Remus lhe respondeu que queria prestar atenção. Bufou intediado. Olhou para Sirius. Droga, não iria estragar o momento em que ele estava cantando Kate! Peter, bah, não iria falar com Wormtail! Ele estava com as mãos todas sujas de chocolate, sem dizer que só falaria de comida! Sobrou-lhe apenas uma pessoa que se sentava em sua frente.
“Oi, princesa!” – escreveu, com o melhor de sua letra, e assoprou-o. Caiu em cima da mesa de Evans.
“O que você quer, Potter? E aliás, olá.” – até a caligrafia de Lily era perfeita! “Ahh, Lily!
“Só falar com você. Olhe, eu pedi desculpas ao Snape, e queria pedir a você, também.”
Demorou-se algum tempo até o bilhete voltar para Prongs. “Que bom que você fez a coisa certa, Potter. É bom saber que você está crescendo.” As borboletas da barriga do moreno voavam com muita velocidade agora.
“Posso te fazer uma pergunta? Não precisa responder se não quiser, sabe, princesa? Mas... érr... como você consegue prestar atenção nessa aula?!” – realmente, não era o professor Binns, mas parecia que todos estava dormindo na aula de Astronomia teorica, com o professor Gustav Walkened.
“Eu não estou prestando atenção hoje. Estou passando bilhetes com você, Prongs!” – o moreno a ouviu rir discretamente, e ao ler seu apelido “Prongs” no final, quase deu um pulo de felicidades! E foi por isso, que, de repente, o senhor Walkened percebeu que James e Lily passavam bilhetes.
- Gostam de passar bilhetes, não é? Pois bem, detenção sábado. Como foi uma coisa pequena, vocês só terão de arrumar uma prateleira da biblioteca da senhora Pince. – disse, continuando em seu tom monótono e grosso.
“POTTER, VOCÊ ME FEZ PEGAR UMA DETENÇÃO! ISSO NUNCA ME ACONTECEU ANTES!” – ela escreveu, e assim que o garoto ia responder, ela queimou o papel quando Walkened olhou para o quadro negro.
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