A Descoberta do Novo Poder.
- Você é Harry Potter? – A pergunta soou mais como uma afirmação.
- Sim, e você é?
- Jhenifer, a sua namorada pediu para lhe entregar isso.
Harry pegou um pedaço de pergaminho que a garota lhe entregou e abriu.
“Harry, me encontre em frente ao banheiro da Murta, é urgente, BEIJO! Mione.”
- Nossa, que estranho a letra dela. – Disse Harry desconfiado.
- Ela disse que escreveu às pressas, e que deixava você me dar um beijo se eu trouxesse. – Disse a garota esperançosa.
Harry se inclinou e deu beijo na bochecha da menina que ficou passando a mão no local do beijo.
O moreno correu por todos os atalhos que conhecia para chegar o mais rápido possível ao banheiro da Murta. “O que Hermione quer de tão importante?” Perguntava-se ele.
Chegando perto do banheiro, ele notou que uma morena o esperava, mais não era Hermione, era Cho.
- O que você fez com a Mione? – Perguntou Harry irritado.
- Ora Harry eu não fiz nada. – Disse ela com uma cara de santa. – Mas eu precisava te dizer que eu pensei muito em nós dois, e eu percebi que eu te amo.
- Não acredito que eu vim até aqui para isso. – Disse Harry se afastando dela. – Eu amo a Hermione Cho, estou muito bem com ela e é com ela que eu quero ficar, e espero que você fique bem longe de mim.
Dizendo isso Harry deu as costas e começou a andar em direção ao salão principal, mas antes mesmo de dar dois passos Cho já apontava a varinha para ele.
-Império! – Ordenou ela e Harry sentiu mais uma vez aquela sensação de estar nas nuvens, não pensava mais em nada, só queria ficar assim. – Diga que me ama Harry. – Disse uma voz longe na cabeça de Harry enquanto Cho se aproximava.
- Eu... – “Por quê?” Perguntava-se Harry, eu não a amo, eu amo a Hermione.
- Diga que me ama. – Agora ela sussurrou no ouvido dele.
- Não! – Disse ele firme.
- DIGA QUE ME AMA!
- EU AMO A HERMIONE GRANGER!
A fúria de Harry era tão grande que todas as vidraças do corredor explodiram, uma áurea de poder foi tomando seu corpo, a mesma que ele sentiu em Dumbledore no quarto ano, só que sua íris começou a ficar verde, da cor de seus olhos, depois a sobrancelha, e uma fina camada verde envolvia todo corpo de Harry
Cho pareceu não perceber o poder que passava por Harry e ergueu a varinha de novo em direção a ele.
- Se não for meu não será de mais ninguém. – Estupefaça!
Harry nem ao menos desviou do ataque, quando ele chegou perto do corpo de Harry simplesmente sumiu, como se tivesse sido absorvido, e levantando apenas um dedo, Cho ficou amarrada por cordas firmes, a varinha dela caiu no chão e ela bateu com força na parede.
- Atacando auxiliares de professores agora Potter. – Perguntou uma voz vinda do lado, Harry se virou e viu que o monitor-chefe da Soncerina o encarava com um sorrisinho de triunfo no rosto, atrás dele dezenas de alunos que voltavam para as salas comunais pararam para observar Harry que sentiu o poder esvair de seu corpo.
- O que esta acontecendo aqui? – Perguntou a professora Minerva se aproximando, antes que Harry pudesse pensar em abrir a boca, Cho respondeu.
- Ele tentou me beijar a força!- Disse ela com os olhos marejados. - Eu tentei me defender. –Disse olhando para a varinha no chão. – Mas ele foi mais rápido e me amarrou.
Tanto Minerva quanto Harry ficaram chocados com a declaração de Cho, o que Hermione pensaria se ouvisse isso? Como que respondendo aos seus pensamentos surge uma castanha do meio dos alunos da Grifinória.
- O que o Harry ta fazendo ali? – Perguntou ela para Gina que observava tudo da frente.
- Parece que ele estava tentando beijar a Chang. – Disse ela fazendo pouco caso.
O sangue de Hermione ferveu, ela caminhou a passos largos até Harry, o virou para que ele a olhasse e:
PAF! Deu um tapa na cara dele que o fez virar a cara para o lado, os cinco dedos de Hermione eram bem visíveis na cara dele.
- Mione eu... – PAF! Agora foi do outro lado, os dois lados da cara de Harry agora estavam completamente vermelhos e com as marcas da mão de Hermione.
- COMO VOCÊ PODE? – Exclamou ela, teimosas lágrimas corriam pelo seu rosto, ela sacou a varinha.
- Me escute Mione, por favor! – Suplicava ele, mas ela nem ao menos escutava o que ele dizia.
- COMO PODE DIZER QUE ME AMAVA? – Berrou ela. – ME TRAÍR COM ISSO AÍ! CRUCIO!
Hermione estava completamente fora de si, o feitiço atingiu Harry em cheio, ele caiu no chão, não gritava, mas se contorcia de dor, era como se seus ossos estivessem pegando fogo. “POR QUE EU FUI ENSINA-LÁ A USAR MALDIÇÕES IMPERDOÁVEIS?” Xingava-se mentalmente enquanto arfava de dor.
- O que pensa que está fazendo senhorita Granger? – Exclamou Minerva chocada, Hermione cessou a maldição e Harry, com muita dificuldade, ficou de pé.
- Não a castigue professora. – Disse ele fracamente, mal conseguia falar. – Ela está desequilibrada.
- POR QUE HARRY? POR QUE ME TRAIU? – Gritava ela, seu rosto lavado de lágrimas, uma enorme dor em seu peito.
- Eu não fiz isso Mione, você tem que confiar em mim. – Disse ele tentando se recuperar.
- As evidências estão contra você Harry! – Disse ela que continuava com a varinha apontada para ele.
- ENTÃO ATAQUE HERMIONE! EU NÃO IREI ME DEFENDER, A DOR DE SABER QUE NÃO CONFIA EM MIM É MAIOR DO QUE A DE QUALQUER FEITIÇO.
- Eu queria poder acreditar Harry.
- ENTÃO ATAQUE, VAMOS, VOCÊ SABE DO QUE EU ESTOU FALANDO.
- VOCÊ NÃO SABE O QUE ESTA DIZENDO!
- SEI SIM HERMIONE E NÃO IREI BLOQUEÁ-LO!
- FOI VOCÊ QUEM PEDIU! ENTORPERUM SENCTRA!
Desta vez um jato de luz roxa e veloz saiu da varinha de Hermione e atingiu Harry novamente em cheio, foi inevitável conter o grito de dor, era como se uma mão enorme esmagasse todos os seus ossos e ele estava perdendo os sentidos, estava morrendo, isto era horrível.
Será que é horrível? “Não sei eu nunca morri” disse a voz fria de Voldemort rindo maleficamente em sua mente, Harry estava morrendo, mas assim ele iria finalmente conhecer seus pais, iria rever Sirius.
- PARE! – Gritou uma garota se atirando aos pés de Harry. – VOCÊ É UM MONSTRO! – Disse Gabrielle olhado para Hermione que agora estava sentada no chão chorando abraçada aos seus joelhos.
Harry continuava arfando de dor e repetindo baixinho “eu vou encontrar meus pais” quando um ruivo apareceu na cena.
- Mas que diabos... – Ele parou quando seu olhar caiu em Harry, o garoto tremia e se contorcia como se ainda estivesse sendo torturado, Rony se ajoelhou em frente ao amigo com o olhar pasmo e preocupado. – O que aconteceu Harry? – O moreno, porem, não conseguia mais raciocinar, olhou para o amigo com um sorriso no rosto, por trás de todo seu sofrimento.
- Eu estou morrendo Rony, eu vou conhecer meus pais, eu vou rever Sírius. – Exclamou o garoto com lágrimas de felicidade no rosto, parecia um elfo domestico que acaba de ganhar um par de meias.
- Calma cara, eu vou te levar para a ala hospitalar, você vai ficar bem.
- E se eles não gostarem de mim? – O moreno não deu atenção ao comentário de Rony. – Eu não fui um bom menino, desobedeci as regras, quase fui expulso do colégio, eu não consegui evitar que Voldemort renascesse, EU NÃO CONSEGUI SALVAR CEDRICO!
- Se acalme Harry, seus pais tem orgulho de você, vamos, eu vou te levar à Madame Pomfrey, ela vai cuidar de você! - Disse Rony sem contar uma lágrima que caiu de seu olho, era difícil ver seu melhor amigo nesta situação.
- O Sírius me amava. – Continuou Harry. – E o que eu fiz em troca? O LEVEI PARA MORTE! – Os olhos de Harry já estavam inchados, ele não pensava, apenas soltava tudo o que estava preso dentro dele todos esses anos, estava no estágio que antecede a loucura.
- Quem fez isso com ele? – Perguntou Rony, que agora tinha o rosto coberto por lágrimas, a Gabrielle, que chorava tanto que não tinha forças para responder, apenas lançou um olhar a Hermione. – Como você pode Hermione, e ainda diz que o ama!
- NÃO BRIGUE COM ELA! – Gritou Harry segurando o pulso de Rony com força. – Ela não tem culpa tadinha, se me acertou um feitiço foi sem querer, ela nunca faria algo ruim comigo. – Disse ele com voz de criança.
Pousou seus olhos em Hermione que continuava chorando do mesmo jeito, tentou se levantar mais uma dor enorme dentro de si o fez cair de cara no chão.
Juntou todas as forças que tinha e rastejou até onde Hermione estava, tirou as mãos dela do joelho e lhe envolveu em um abraço, Hermione ficou sem ação, apenas devolveu o abraço e continuou chorando no ombro de seu amado.
- O que você tem Mione? – Sussurrou baixinho no ouvido dela. – Eu não gosto de ver você assim.
- Na-nada! – Disse ela baixo em meio a um soluço.
- Pode contar para mim, afinal nós somos melhores amigos.
- Eu vou ficar bem Harry, não se preocupe.
- Assim espero. – Ele pareceu lembrar-se de algo, separou-se do abraço e colou sua testa com a dela. – Desde o primeiro momento em que eu te vi, meu coração bateu assim. – Disse ele colocando a mão dela em seu peito. – E a partir do segundo ano eu descobri o que era esse sentimento, eu não tive coragem de te dizer antes, Mione, mas, eu te amo.
- Você já me disse isso um dia Harry. – Disse ela e esboçou um sorriso, apesar do estado em que estava Harry lembra que a ama, porém ele se assustou, saiu de perto dela rastejando o mais rápido possível até chegar perto de Rony.
- É por isso que ela esta assim, ela não me ama, e não quer perder a minha amizade, eu sou um mostro Rony, estou fazendo a pessoa que mais amo sofrer, eu não vou conseguir viver longe dela, eu prefiro morrer Rony, prefiro morrer. – O moreno estava visivelmente abalado e Rony tentava de todas as formas levá-lo para a ala hospitalar.
- Vamos lá cara, você não vai desistir dela assim não é? Se você a ama de verdade, você vai tentar conquistá-la. – Disse o ruivo como ultimo recurso.
- Você tem razão amigo, eu não vou perdê-la. – Disse ele e deu um sorriso radiante para Hermione.
Rony o ajudou a ficar de pé, todos os alunos e a professora Minerva observavam tudo sem saber o que fazer, mas antes mesmos de darem três passos os olhos de Harry caíram em uma menina de cabelos negros e olhos puxados que continuava amarrada e encostada na parede com um olhar extremamente assustado.
Ao olhar para Cho Harry sentiu uma raiva incontrolável crescer dentro de si, lembrou-se de tudo, tudo o que aconteceu com ele antes do feitiço de Hermione, não a culpava, de jeito nenhum, se fosse ele, com certeza não atacaria Hermione, não teria coragem de ferir a sua amada, mas certamente fugiria para bem longe ou até mesmo cogitaria a hipótese de cometer suicídio.
- Afaste-se Rony. – Disse Harry de forma firme e fria, Rony percebeu o tom sério do amigo, e meio hesitante, atento para uma possível queda de Harry, se afastou.
Harry, porém, permaneceu firme, e quando o ruivo estava em uma distância segura, um vento forte circulou o moreno e logo todos os cacos de vidro que estavam no chão fizeram o mesmo.
Novamente sua íris e sua sobrancelha ficaram verdes, e aquela mesma luz o contornou, agora mais intensa, todos o olhavam de boca aberta, apenas levantando o dedo, todos os cacos de vidro voltaram a constituir as janelas, ele caminhou lentamente até Hermione e lhe estendeu a mão.
- Esta na hora de você saber a verdade. – Disse ele, Hermione pode sentir a energia fluindo do namorado e o poder dele quando pegou em sua mão, Harry estendeu o bilhete para ela que leu, e sua expressão foi de surpresa.
- Mas eu não escrevi isso. – Disse ela indignada.
Harry não falou nada, sacou a varinha e conjurou uma penseira, com outro gesto puxou um fio prateado de sua cabeça e o depositou na penseira, conjurou um pano branco que se estendia de um lado ao outro do corredor, como uma tela de cinema.
Com outro movimento da varinha o corredor ficou mais escuro e a lembrança começou a ser projetada no “telão” como se fosse um filme, desde a parte em que recebeu o bilhete, a parte em que foi atacado pela maldição impérios, até os alunos chegarem ao local.
Todos ficaram chocados com o que viram, Hermione chegou a sorrir quando Harry resistiu a maldição Imperius e gritou que a amava.
- Como eu pude desconfiar de você meu amor. – Chorava ela abraçada a Harry e com a cabeça em seu peito.
- Tudo bem princesa, o importante é que eu te amo.
A voz de Harry foi ficando cada vez mais fraca, a áurea verde que o envolvia desapareceu, sua sobrancelha e sua íris voltaram ao normal e uma enorme dor em seu peito o fez desmaiar nos braços de Hermione.
- Harry, HARRY. – Chamava a garota desesperada, mas Harry não demonstrava nenhuma reação.
- Temos que levá-lo a ala hospitalar o quanto antes. – Disse a professora Minerva – Quanto a vocês, vão para cama imediatamente. - concluiu olhando para a multidão de alunos que saíram apressados para suas respectivas salas comunais. – Quanto a senhora senhorita Chang, teremos uma conversa com o diretor agora mesmo.
Rony pegou Harry no colo e saiu correndo para a ala hospitalar com Hermione em seus calcanhares.
Eles correram o mais rápido possível, pegando atalhos e passagens secretas que conheciam e não demorou muito para chegarem a ala hospitalar.
- Por Merlin o que aconteceu com o senhor Potter? – Perguntou Madame Pomfrey preocupada, em todos esses anos Harry visitou por diversas vezes este local do castelo e a curandeira acabou se apegando a ele.
Após relatarem tudo a velha senhora, o olhar dela de preocupado virou desesperado, fez com que Harry tomasse vários tipos de poções e transfigurou a roupa dele para pijamas.
Harry estava deitado, fazia uns dez minutos que estava na ala hospitalar, não estava mais desmaiado, estava apenas dormindo e fora de risco.
- Não sei como conseguiu sobreviver! Além de receber duas maldições fortíssimas ele usou muita magia– Disse a enfermeira. – Vocês dêem o fora daqui, ele só ira acordar amanhã e vocês não tem nada que ficarem aqui. – Disse ela expulsando Rony e Hermione do local.
- Eu não vou a lugar algum! Ele é meu namorado e eu vou ficar com ele até ele acordar, nem que eu tenha que ficar aqui a semana inteira! – Disse Hermione decidida.
Após muita insistência de Hermione, que estava a ponto de ameaçar azarar Madame Pomfrey, a enfermeira concordou em somente ela permanecer com Harry, assim, Rony voltou para o dormitório masculino do sétimo ano da Grifinória enquanto Hermione se sentou ao lado da cama de Harry, fechando as cortinas ao redor da cama.
Por um bom tempo Hermione ficou apenas observando ele dormir, depois pegou uma mão dele e apertou firme, tentando passar forças para ele, deu um selinho demorado nele e começou a falar baixinho.
- Me desculpe meu amor, eu sou um monstro, como pude fazer isso com você, mas eu te amo muito, não suportei escutar aquilo.
Hermione estava completamente triste, se Harry ficasse com alguma seqüela a culpa iria ser totalmente dela e ela nunca iria se perdoar por isso.
- Hermione.... – Harry sussurrava fraco, tão fraco que Hermione teve que colocar o ouvido perto da boca dele para poder ouvir, parecia que ele estava sonhando com ela. – Me desculpa, eu não fiz nada, eu juro....
E começava a se desculpar de novo, Hermione acariciou o rosto dele e deu mais um selinho, Harry pareceu relaxar com o contato dela e Hermione teve uma idéia.
Transfigurou sua roupa em uma camisola, e cuidadosamente deitou sobre Harry, colocando sua cabeça no peito dele, por instinto, ou puro reflexo, Harry mesmo dormindo a abraçou pela cintura e a apertou em seu corpo, parecia ter medo dela fugir.
Hermione sorriu, conjurou um edredom que cobriu os dois, apesar de ser verão estava uma noite um pouco fria, típico de clima europeu, ela abraçou Harry e lhe beijou o peito murmurando um “boa noite meu amor”.
Não demorou nem dois minutos e ela já estava dormindo profundamente, se sentia tão bem perto dele, se sentia segura, protegida e não sabia o que seria de sua vida se um dia perdesse ele.
Harry acordou na manhã do dia seguinte com o corpo todo dolorido, ao olhar para baixo descobriu o motivo da dor, Hermione dormia tranquilamente com a cabeça em seu peito.
Sorriu, pelo menos a dor valia a pena, com cuidado sentou, colocando o travesseiro nas costas sem acordar Hermione, puxou ela para mais perto e ficou alisando seu cabelo carinhosamente.
Passou uns quarenta minutos mais ou menos e Harry continuava assim, estava feliz, mesmo não tendo feito nada, o fato de Hermione o perdoar já era magnífico, as cortinas se abriram e dele surgiu uma mulher que teve um sobressalto.
- Mas o qu...- Ia dizer Madame Pomfrey.
- Shhhh. – Disse Harry levando o dedo indicador no nariz e na boca sinalizando silêncio. – Ela esta dormindo. – Concluiu num sussurro audível e Madame Pomfrey continuou do mesmo modo.
- Ela não poderia ter dormido assim!
- Pois eu gostei, apesar de estar com o corpo todo dolorido, nem pense em brigar com ela.
- Tudo bem, faz quanto tempo que está acordado?
- Uma meia hora.
- Por que não me chamou?
- Não queria acordar a Mione.
- Esta sentindo alguma coisa?
- Fome, e o meu corpo todo dói.
- Também não é pra menos, o senhor é mais forte do que eu pensava, tome esta poção que o senhor ficara melhor, eu vou pedir para algum dos elfos domésticos preparar algo para o senhor.
- Não precisa eu mesmo peço.
Harry tomou a poção e Madame Pomfrey saiu, deixando ele novamente a sós com Hermione, passado uns cinco minutos ele chamou.
- Dobby.
Imediatamente o elfo apareceu e fez uma enorme reverência para Harry, depois olhou com preocupação para Harry e com um olhar assassino para Hermione.
- Dobby sabe o que aconteceu meu senhor e Dobby esta muitíssimo zangado com a senhorita Granger.
- Ela não teve culpa Dobby, não quero que fique brabo com ela, se quiser morar em minha casa.
Os olhos de Dobby brilharam, ele parecia não acreditar no que ouviu, estava mais feliz do que quando ganhava meias novas.
- Morar, Dobby morar na casa de Harry Potter?
- Estive pensando, se Dumbledore permitir e você quiser, eu e a Mione precisaremos de um elfo doméstico, mas nós iremos lhe pagar o dobro que você ganha em Hogwarts. – O elfo pareceu se assustar com a proposta.
- É muito dinheiro meu senhor, Dobby ganha 1 galeão e 2 sicles em Hogwarts e já acha de mais, mas Dobby aceita, Dobby esta muito feliz, Dobby é um elfo livre, não precisa de autorização para sair de Hogwarts.
- Mesmo assim eu irei falar com Dumbledore, mas eu quero que você traga dois misto quentes e um copo de suco de abóbora para mim e a mesma coisa para Hermione Dobby.
- É pra já meu senhor.
Em menos de cinco minutos o elfo voltou com uma bandeja em cada mão, colocou cada uma em um dos bidês ao lado da cama, fez mais uma reverência e desaparatou.
Harry continuou velando o sono de Hermione, adorava fazer isso e ela estava dormindo tão profundamente que ele não quis acordá-la, passado uns quinze minutos outra pessoa chega no recinto.
- Não acredito que ela já te perdoou Potter!
Era Boris, e pela sua cara não estava nada contente com o que via, Hermione apertava Harry com tanta força que parecia ter medo dele fugir.
- Escute aqui Zografi, eu já lhe disse que ela me ama e se você não ficar longe dela, considere-se um homem morto! – Disse Harry com um olhar mortal, Boris arrepiou com o olhar de Harry.
- Você não está em condições de fazer ameaças Potter, não conseguiu segurar nem as sua namoradinha.
- Eu não quis detê-la, eu mereci isso e se um dia você tiver o prazer de duelar com ela vai ver que não é nada fácil segura-la.
Harry esboçou um sorriso enquanto acariciava Hermione e pode perceber um sorriso no rosto dela também, será que ela tinha acordado?
- E se eu te matasse agora Potter, ninguém iria perceber, não tem ninguém para te proteger. – Disse ele com um sorriso demoníaco.
Harry ficou um pouco assustado, poderia executar um feitiço, mas estava fraco demais, mas antes de responder qualquer coisa Hermione pulou da cama e ergueu Boris pelo pescoço.
- Escuta aqui garoto, primeiro você não pode matá-lo, existe apenas uma pessoa que pode, segundo, eu estou aqui para protegê-lo e terceiro se você tentar fazer qualquer coisa com o meu namorado enquanto ele estiver na ala hospitalar, saiba que será a última coisa que você fará na vida!
O olhar de Hermione era até mais assassino que o de Harry, o moreno não pode deixar de sorrir, Hermione estava mudada, antigamente ela nunca teria esse olhar assassino.
- Eu...não....ia....fazer....nada – Falava o garoto com dificuldade, Hermione apertava cada vez mais forte o pescoço dele e o garoto já estava ficando sem ar.
- Mas é claro que não, o Harry mesmo machucado acabaria com você em um instante, eu também já enfrentei Voldemort antes – o rapaz tremeu e Hermione percebeu isso, soltou o garoto antes que ele morresse. – Sabe, você é muito menos assustador do que ele, tudo bem que eu não o achei assustador também. – Confessou ela.
- Já...Me...Disseram que não era mais assustador que ele. – Falou o garoto se recuperando do choque. – Mas como você não ficou assustada com ele? – O rapaz não pode esconder a curiosidade e Hermione sorriu.
- Quanto se esta com Harry Potter nada se parece assustador, eu estava com medo, mas por ele, pois eu sabia que ele nunca deixaria nada de mal acontecer comigo, agora de o fora daqui senão eu não serei nada boazinha.
Não precisou pedir duas vezes, o garoto virou as costas e foi embora, estava chocado demais com o que aconteceu, Hermione caminhou até Harry que mantinha um sorriso bobo no rosto sem encará-lo
- Me desculpe Harry, eu não queria ter feito isso com você, mas eu não pude me controlar e... – Ela já estava com os olhos marejados e começando a chorar.
- Shhhh. – Harry segurou a mão dela e continuou. – Eu não estou bravo com você meu amor, eu mereci o que você fez, se eu tivesse sido mais rígido com o Chang ela não teria me procurado.
- A culpa não é sua meu amor, eu me sinto um monstro, como pude fazer isso com você, você poderia ter morrido.
- Você não pode me matar minha princesa. – Disse ele fazendo um carinho no rosto dela, Hermione sorriu, e deitou novamente na cama, agora o encarando com um sorriso maroto.
- Esta me desafiando senhor Potter? – Disse ela beijando delicadamente o pescoço dele, ponto fraco de Harry, o garoto deu um gemido baixo e Hermione abriu um sorriso maior ainda, continuando a beijar o pescoço dele.
- Sabe, eu estou enganado, você já me mata de amor. – Ele falou todo meloso.
- Seu bobo! – Hermione deu um beijo apaixonado nele.
- Se aproveita por que eu estou neste estado. – Hermione sorriu, depois de um tempo a expressão no rosto de Harry mudou para seria. - Sabe o jeito mais fácil de eu morrer é por você. – Hermione também ficou séria, um pouco assustada.
- Como assim?
- Se um dia você me abandonar ou se eu chegar a perder você, minha vida não terá mais sentido, eu não irei sobreviver.
- Não diga isso Harry, eu também não suportaria ficar longe de você. – Harry estava muito triste, Hermione se aconchegou melhor nos braços dele.
- Vamos tomar o café da manha e aproveitar que não temos aula hoje de manhã para dormir um pouco mais. – Disse ele feliz e Hermione apenas concordou com um sorriso.
Tomaram o café da manha que Dobby havia trazido, que estava melhor do que o costume, depois que Harry contou a Hermione a proposta que havia feito a Dobby eles acharam que o elfo caprichou tanto com medo de Harry desistir, depois se ajeitaram na cama para dormir.
Não levou muito tempo para ela adormecer novamente, Harry a deitou de lado na cama e a abraçou, não queria acordar todo dolorido novamente. Hermione sorriu ainda mais, mesmo dormindo, e abraçou Harry com força.
Harry apenas sorriu, como ela era incrível, conheceu ela há praticamente sete anos, se tornaram amigos inseparáveis, nunca ninguém o apoiou tanto quanto ela, no quarto ano Harry se achou a pior pessoa do mundo.
Enquanto ninguém acreditava nele, nem mesmo Rony, Hermione estava lá, do lado dele, e o que ele tinha feito no terceiro ano? Ignorado ela, por causa de uma vassoura que poderia ter o matado, ela estava certa, apesar da vassoura não estar adulterada havia sido Sírius que tinha mandado.
Ela estava apenas preocupada com ele, como sempre, deveria ter sofrido muito, pois se ela o amava, não foi fácil ela agüentar ser ignorada por ele, Harry também não se sentia bem, mas seu orgulho era maior, e tinha o Rony, que dizia para não dar bola para ela, no primeiro ano ele também disse isso, como podia amá-la? Em meio a esses pensamentos ele adormeceu também.
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