O Retorno à Hogwarts.
Já no primeiro dia de férias na casa de Harry, Rony, Gina, Luna e Neville ficaram sabendo que Harry e Hermione são magos, os dois resolveram contar após o café da manhã, para explicar a facilidade com que aprendem feitiços complexos.
- Ah eu sabia, tudo o que a Skeeter escreveu era verdade, mas quem diria Hermione, acho que você é a primeira maga nascida trouxa em todos os tempos. - Disse Rony surpreso após toda história dos dois.
- No nível de Dumbledore! - Exclamaram todos, mesmos Hermione, após Harry fazer este comentário.
- Mas vejam bem, Dumbledore tem mais experiência, e sabe muito mais feitiços, isto não quer dizer nada. - Tentou ponderar Harry.
- Nossa! Por isso que Hermione falou que nós não vimos nem a metade do que você faz Harry, é incrível! - Disse Gina após sair do choque.
- Nós queremos uma demonstração! - Disse Neville empolgado e todos concordaram com ele, após aquela invasão ao ministério no fim do quinto ano em Hogwarts, ele não era mais medroso como antes, e estava começando a impor respeito.
- Certo, o que acha de um duelo, eu contra Hermione, sem varinhas e sem pronunciar os feitiços? - Perguntou Harry e a resposta veio com um brilho nos olhos de todos e um largo sorriso em cada rosto.
- Mas já vou avisando para não se empolgarem muito, Harry está num nível muito acima do meu, acho que só mesmo Dumbledore para ganhar dele, e Harry sempre pega leve comigo, eu nuca levei sequer um arranhão em um treino, ele é muito cuidadoso, prefere perder o duelo do que ter que me machucar. - Disse Hermione sorrindo docemente para Harry que retribuiu o sorriso.
- Acho que chegou a hora de testar até onde você pode ir. - Disse Harry e a empolgação de todos pareceu aumentar.
Todos se dirigiram para a sala especial de treinamento que Dumbledore preparou para os treinos, Harry fez um feitiço ao redor do palco de duelos, para que os feitiços lançado por ele e Mione não acertassem os amigos.
Harry e Hermione foram até o centro do palco, ambos sem varinha, fizeram uma reverência e se distanciaram, cada um com a mão direita à frente, Luna contou até três e eles começaram o duelo.
Assim que terminou a contagem um feitiço dourado saiu da mão de Harry mas Hermione bloqueou com um pequeno escudo conjurado na mão esquerda e atacou com um feitiço prata lançado pela mão direita, essa era a tática que Harry ensinara a ela, defender com a mão esquerda e atacar com a direita. Harry apenas levantou o dedo indicador e o dedo do meio e o feitiço desapareceu no ar, ele sorriu para ela, era a primeira vez que ela lançava um feitiço tão forte, sem varinha e sem pronunciar o encantamento.
Por longos minutos eles ficaram trocando ataques e contra-ataques, Hermione estava se empenhando ao máximo, mas Harry levava ampla vantagem, além de não ter, assim como Hermione, nenhum ferimento, continuava como no inicio do duelo, enquanto Hermione já estava suando muito e com a respiração ofegante, de tanto se movimentar para se esquivar dos ataques de Harry que eram cada vez mais rápidos.
Após desviar de mais um jato de luz vermelha, Harry lançou um feitiço estuporante que passou raspando o braço de Hermione que já estava irritada, após se desviar ela ergueu a palma da mão direita aberta em direção a Harry e gritou a plenos pulmões:
- ENTORPERUM SENCTRA! - Um jato de luz roxa saiu de sua mão em alta velocidade e foi em direção a Harry, sem ter muito o que fazer ele conjurou um imenso escudo com a mão esquerda que ficou em mil pedaços enquanto cordas saiam da mão direita imobilizando Hermione que caiu suavemente no chão sendo segura por outro feitiço de Harry.
- Hermione! - Exclamou Harry irritado. - Isso é Magia Negra! - Disse se aproximando dela que não conseguia nem se mover por causa das cordas.
- Desculpe meu amor, acho que me empolguei demais, não pensei nas conseqüências. - Disse ela sem encará-lo e com a voz embargada. - Eu sei que você só usa Magia Branca e me ensinou a usá-la também mas eu perdi o controle, não quero nem pensar o que teria acontecido se tivesse te acertado.
- Tudo bem princesa. - Disse Harry amavelmente se ajoelhando ao lado de Hermione e virando o rosto dela para olhar em seus olhos, ela já deixava lágrimas correrem por suas bochechas, Harry as limpou. - Estamos treinando para isso, e você foi excelente hoje, estou muito orgulhoso. - Harry tirou as cordas que a prendiam e a abraçou com todo o amor que sentia, Hermione chorava no ombro dele.
- Oh Harry! Só você para me entender e me perdoar, eu não agüentaria ver você sofrendo se aquele feitiço tivesse te acertado, eu sou uma idiota. - Disse ela tentando conter as lágrimas que teimavam em cair.
- Eu já disse que esta tudo bem, eu é não deveria ter brigado com você por usá-lo. - Disse Harry a abraçando mais forte, Hermione se soltou do abraço e o beijou suavemente.
Todos observavam atentos aquela cena, sem duvida foi o duelo mais emocionante que já viram, mas não sabiam por que Harry brigou com ela por lançar aquele feitiço roxo e muito menos porque Hermione estava chorando tanto e se desculpando por lançá-lo.
Os dois continuavam abraçados. Harry tinha uma mão na cintura de Hermione e a outra na nuca dela fazendo carinha em sua cabeça e alisando o seus cabelos caracolados, Hermione tinha as duas mãos na cintura de Harry e ainda chorava com a cabeça apoiado em seu ombro.
Harry sussurrava coisas no ouvido dela do tipo "ta tudo bem" "já passou" e Hermione parecia melhorar, não chorava mais, mas tinha a respiração pesada e os olhos fechados.
Tentando quebrar aquele clima, Gina resolve se manifestar e fazer a pergunta que pairava sobre todos, mas que ninguém tinha coragem de fazer.
- Foi um duelo magnífico, mas, digamos que o feitiço tivesse te acertado - disse olhando para Harry, mas se arrependendo ao ver que Hermione deixava mais lágrimas escorrerem de seus olhos - o que teria acontecido?
- Em mim a dor seria a mesma caso tivesse recebido umas cinco maldições cruciatus simultâneas. - Todos estremeceram mas ele continuou. - Mas eu já disse que Hermione só usou porque tinha certeza que eu bloquearia. - Disse ele sorrindo para Hermione que finalmente se acalmou e retribuiu o sorriso. - Mas se tivesse acertado um de vocês em cheio, poderia até matar.
Agora eles estavam brancos, como Hermione teve coragem de usar um feitiço desses? Resolveram não perguntar, apenas prometeram que iriam se empenhar no treinamento e aprender, principalmente, a bloquear esse feitiços.
- Fico feliz por estarem tão dispostos, contudo as duas mocinhas não poderão treinar. - Disse ele apontando para Luna e Gina. - Pelo menos não por enquanto. - Disse ele sério.
- Mas por que não? - Perguntou Luna com a voz bem triste. - Temos o direito de aprender a nos defender. E você prometeu nos ensinar!- exclamou ela agora indignada.
- Acha que não temos capacidade de aprender?- Perguntou Gina irritada e lançou um olhar nada discreto a Neville como quem diz: "Se ele consegue eu também consigo".
- Não é isso, eu nunca duvidei da capacidade de ninguém. - Disse Harry depressa e Neville abriu um sorriso antes de falar.
- Isso é verdade, o Harry sempre confiou na gente, nunca ninguém tinha confiado em mim, mas depois que eu entrei para a AD, aprendi a enfrentar meus medos e já enfrentei duas vezes comensais junto com o Harry, ele me ensinou a ser forte e a ser corajoso. - Disse ele e Harry abriu um sorriso para o amigo.
- Então por que não quer nos deixar treinar? - Perguntou Luna agora aborrecida.
- Por que vocês não tem dezessete anos e não podem fazer magia fora da escola. - Disse ele com pesar na voz e as meninas perceberam que tinham se esquecido deste "pequeno" detalhe, Luna pareceu refletir um pouco antes de responder.
- Ah, certo! Então eu acho que vou comer um pudim. - Disse ela "voltando ao normal" com a sua voz sonhadora de sempre e todos caíram na gargalhada.
- Eu irei mandar uma carta ao ministro para pedir que ele permita vocês de fazerem magia esta semana. - Disse Harry e as meninas pareceram se alegrar com a possibilidade. - Se você for ensinando eles princesa, eu mandarei a carta agora. - Falou docemente sorrindo para Hermione e desfazendo o feitiço do campo de duelo.
- Claro meu amor, pode ir, irei ensinar para eles a técnica que você me ensinou para lançar feitiços não verbais. - Disse Hermione o beijando rápido e se soltando de seus braços.
- Vocês podem ficar aqui, assim não perderam a parte teórica. - Disse Harry percebendo que Gina iria segui-lo, apesar de ter aceitado as desculpas, não estava a fim de ficar sozinho com ela, Hermione percebeu isso e deu um sorriso ainda maior para Harry antes dele sair da sala.
Harry saiu da sala de treinamentos, passou pela biblioteca, atravessou a sala e foi em direção ao escritório, que ficava do outro lado do corredor.
Chegando lá, Harry foi até a mesinha no centro, sentou em uma cadeira, pegou pena, tinta e pergaminho e começou a escrever a carta, após algumas revisão na carta, ele releu e concluiu que estava boa. Na carta dizia o seguinte:
"Prezado senhor Rufo Scrimgeour, Ministro da Magia, venho através desta, pedir encarecidamente, que o senhor autorize as senhoritas Ginevra Weasley e Luna Lovegood, ambas de dezesseis anos e estudantes da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, a realizarem feitiços nestes últimos dias de férias, em minha mansão, situada no Largo Grimmauld 12, com o objetivo de serem treinadas por mim, para poderem se defender e defenderem a escola de possíveis ataques de comensais da morte.
Sem mais para o momento, peço apenas que pense bem em sua decisão e que se for necessário consulte o diretor de Hogwarts, senhor Alvo Percival Wulfric Brian Dumbledore.
Aguardo atenciosamente a sua resposta para iniciar os treinamento.
Atenciosamente,
Harry Potter".
Apesar de saber que não tinha se dado muito bem com o novo ministro ano passado, Harry achou que o único modo das meninas poderem treinar era este. Selou a carta com o brasão dos Black que ele encontrou em uma das gavetas e amarrou a carta cuidadosamente na perna de Edwirges, fez um carinho nela e a soltou no ar, para que levasse a carta o quanto antes.
Logo após o almoço, todos se encontravam novamente na sala de treinamento, enquanto Hermione passava lições teóricas para as meninas, Harry dava aulas praticas aos meninos, o objetivo era simples, tentar estuporá-lo com feitiços não-verbais, porem nem Rony nem Neville haviam conseguido lançar o feitiço.
- Concentrem-se eu sei que vocês conseguem! - Disse Harry passando confiança aos dois que assumiram uma postura mais rígida.
- Não é fácil! - Disse Rony um pouco irritado.
- Só precisa acreditar um pouco mais em você Rony. - Disse Harry ao amigo que balançou a cabeça afirmativamente e voltou a se concentrar.
Cerca de uma hora depois, com muita dificuldade, Rony e Neville já conseguiam lançar feitiços estuporantes não-verbais, Harry estava muito feliz com o desempenho de ambos quando notou uma ave muito bela, de cor vermelha adentrar a sala e pousar carinhosamente em seu ombro.
- Ola Fawkes! O que te trás aqui? - Perguntou Harry acariciando a bela fênix de Dumbledore, ela lhe estendeu a pata e Harry pode perceber uma carta amarrada nela, ele retirou-a com cuidado e começou a ler:
"Querido Harry,
Fico feliz em saber que ira treinar seus amigos.
O Ministro veio pedir a minha opinião e eu disse a ele que você goza da minha inteira confiança.
Se por acaso o Ministro não permitir que você treine as senhoritas Weasley e Lovegood, sugiro que seria melhor vocês virem para Hogwarts mais cedo e treinarem na sala precisa.
Fawkes ficara ai até você ter uma resposta.
Atenciosamente,
Alvo Dumbledore."
Assim que Harry terminou de ler a carta, outra ave adentrou a sala, mas desta vez era uma coruja ministerial com a resposta do Ministro da Magia.
"Caro senhor Potter,
Não sei como sua coruja conseguiu entrar na minha sala com toda segurança que há aqui, mas vamos direto ao ponto, conversei com Dumbledore sobre o seu pedido e ele me falou que o senhor é de inteira confiança, sendo assim, me reservo ao direito de confiar no senhor e permitir que as senhoritas Ginevra Weasley e Luna Lovegood executem magia em, e somente em, sua mansão, salvo casos extremos em que estejam correndo risco de vida fora da mansão como o senhor mesmo já passou.
Sem mais para o momento, espero que aproveitem os treinamentos,
Rufo Scrimgeour, Ordem de Merlin, 3 classe, atual Ministro da Magia."
- Acho que agora sim podemos começar os treinamentos. - Disse ele sorrindo para Hermione lhe entregando as cartas que retribuiu o sorriso e depois de ler as cartas, virou-se para as meninas
- Vocês tem muita sorte de serem amigas de Harry Potter! - Disse ela em tom brincalhão para as amigas que riram.
Harry pegou a carta de Dumbleodore, conjurou pena e tinteiro e escrever no verso.
"Senhor Dumbledore,
Fico imensamente agradecido de saber que o senhor confia em mim.
O Ministro autorizou as meninas a fazerem feitiços, assim não precisaremos nos mudar tão sedo para Hogwarts, o que faremos com muito prazer daqui alguns dias.
Afetuosamente,
Harry Potter"
Depois da autorização do Ministro da Magia, os treinamentos se intensificaram e todos se empenharam muito em aprender tudo o podiam com Harry e Hermione, desde feitiços a poções que poderiam servir para curar ferimentos e até mesmo vidas em uma batalha.
Os últimos dias de férias com certeza foram os mais divertidos da vida de Harry, além de ter a mulher que mais amava no mundo ao seu lado, também tinha seus verdadeiros amigos, que entrariam sem pensar duas vezes em qualquer batalha para ajudá-lo, nos horários vagos, Harry ensinava Hermione a andar de vassoura e ela realmente pegou o jeito da coisa, segundo ela, tudo o que Harry ensinasse qualquer um poderia aprender, até mesmo voar.
Depois de ver a namorada voando tão bem, Harry não teve duvidas em convidá-la para jogar no time de quadribol da Grifinória, apesar de Hermione insistir que não iria entrar no time, Harry disse que a convenceria até o inicio do campeonato.
Entre treinos e brincadeiras as férias terminaram, os alunos do casal H, como foram apelidados pelos amigos, já estavam lançando feitiços não-verbais e verbais muito potentes e principalmente se defendendo muito bem, já travavam verdadeiros duelos entre si, mas ninguém, com exceção de Hermione, ficava mais de cinco minutos em um combate com Harry.
Finalmente chegou o dia de voltarem a Hogwarts, todos estavam prontos para ir, ainda eram nove e meia mais eles não queriam se atrasar, iriam a pé até a estação, apesar de ser perigoso, era a única forma de chegarem lá, pois não poderiam ir voando, mas antes de saírem de casa ele ouvem a campainha tocar, Harry rapidamente saca a varinha e se dirige a porta, os outros fazem o mesmo parando atrás de Harry, Hermione foi ao lado dele também com a varinha em punho.
- Quem esta ai? - Perguntou Harry com a voz firme.
- Sou eu Harry, Remo Lupin. - Falou uma voz abafada do lado de fora, não havendo resposta continuou. - Fui eu que te ensinei a fazer o patrono no seu terceiro ano e fui eu quem ajudou a fazer o mapa do maroto.
- Pode abrir Hermione. - Disse Harry, apesar daquilo ser bastante convincente ninguém baixou a varinha. Hermione abriu a porta e Harry rapidamente apontou a varinha para o peito do homem que entrou, mas para alivio de todos era mesmo Lupin.
- Nossa, vejo que nem precisavam de uma guarda, parecem mais preparado do que nós. - Disse Tonks se aproximando de Lupin, todos já haviam baixado as varinha.
- Vamos andando pessoal, a caminhada é longa. - Disse Lupin sorrindo e os guiando para fora da casa.
La fora Quim, Moody e o senhor Weasley esperavam eles, se posicionaram fechando os jovens, sendo que ia Quim e Lupin ao lado de Harry e Hermione que iam na frente abraçados, logo atrás vinham Rony e Luna e no final vinham Gina e Neville, ao lado deles vinham Moody, que ficava girando seu olho em todas as direções para manter "vigilância constante" e o senhor Weasley, cerca de uma hora depois, Tonks resolveu aparatar com a bagagem deles para não chamar muito a atenção dos trouxas que passavam, todos chegaram a estação King Cross sem nenhum imprevisto no caminho, os pais de Hermione a esperavam lá.
- Pai, Mãe. - Disse Hermione correndo para abraçá-los.
- Ola minha filha como você está?. - Perguntou a mãe de Hermione.
- Excelente mamãe. - Disse ela piscando para Harry.
- Bom dia senhora Granger. - Disse Harry cumprimentado a mãe de Hermione.
- Ora o que é isso querido, já disse que pode me chamar de Jane. - Disse ela sorridente.
- Bom dia Harry, vejo que cuidou bem da minha menina. - Disse o senhor Granger apertando a mão dele com um sorriso sincero no rosto.
- Cuidei e continuarei cuidando Otávio, não se preocupe. - Disse Harry abraçando novamente Hermione.
- Comportem-se vocês, agora vão, já esta quase na hora do trem partir. - Disse Jane para os garotos.
- Tchau mamãe, tchau papai prometo que vou escrever. - Disse Hermione com lágrimas nos olhos, odiava despedidas.
- Tchau Jane, tchau Otavio, saibam que sua filha esta em boas mãos. - Disse Harry sorrindo para os sogros.
- Nós sabemos. - Disseram os dois e acenaram para eles que atravessaram a plataforma nove e meia seguidos de Quim e Lupin e se encontraram com os outros ao lado do Expresso de Hogwarts que soltava baforadas de fumaça no céu.
- Harry querido se comporte, não faça nenhum besteira, não haja sem pensar e cuide bem de todos. - Disse a senhora Weasley abraçando maternamente Harry. - Você é o único que pode protegê-los lá dentro. - Sussurrou ela no ouvido dele.
- Eu sei senhora Weasley e irei defende-los com a minha vida se for preciso. - Disse ele decido e a Molly abriu um enorme sorriso.
- Eu sei que vai, todos confiamos em você. - Concluiu ela com a voz embargada.
Depois de se despedir de todos, Moody puxou Harry em um canto, enquanto Hermione se despedia de Tonks, para que só ele pudesse ouvir.
- Devo lhe prevenir para tomar cuidado Potter, sei que é corajoso e muito eficiente, mas tome cuidado. Voldemort esta tentando reerguer o seu exercito e poderá tentar invadir Hogwarts novamente, dois aurores manterão guarda na entrada do castelo para prevenir alguma coisa, mas você, melhor do que ninguém, sabe que há varias formas de entrar lá, por isso tome cuidado, e vigilância constante Potter. - Disse ele firme e muito sério, características do velho Alastor.
- Não se preocupe Moody, irei me cuidar, mas onde está Lupin? - Após deixá-los na estação Lupin desapareceu sem ninguém ver, nem mesmo se despedir deles.
- Ira ver Remo novamente antes mesmo do que você imagina Potter. - Disse Moody exibindo um sorriso por trás das diversas cicatrizes em seu rosto.
- Vamos meu amor? - Perguntou uma voz doce no ouvido de Harry o abraçando e ele soube na hora que era Hermione, só pela corrente elétrica que passou em seu corpo com a proximidade de seus lábios em sua orelha.
- Claro. - disse ele a abraçando. - Até mais Alastor se cuide. - Falou Harry já na porta do trem erguendo a mão para Moody.
- Até Potter, e pense no que eu te falei. - Disse ele sério e Harry e Hermione foram procurar uma cabine para se sentarem.
Já no final do corredor eles acharam a cabine em que estavam seus amigos, Rony, Gina, Luna, Neville, Fred e Jorge, peraí, Fred e Jorge?
- Fred e Jorge? - Exclamou Harry surpreso. - O que fazem aqui?
- Bom dia para você também Harry. - Disse Fred irônico.
- Ora Harry, nós somos homens de negocio agora, temos que terminar nossos estudo, e o professor Dumbledore teve a bondade de nos deixar fazer novamente o último ano. - Explicou Jorge.
- Nossa, to vendo que esse ano será cheio de novidades! - Exclamou Hermione se sentando com Harry em um banco à frente dos gêmeos e ao lado de Luna e Neville.
- Eu tenho que ir fazer ronda nos corredores, você não vem Hermione? - Perguntou Rony já se levantando.
- Não, eu não preciso fazer ronda, sou a monitora chefe, a única coisa que eu poderia fazer era ficar na cabine dos monitores, mas eu confesso que prefiro mil vezes ficar aqui com o meu namorado! - Disse ela sorrindo para Harry que retribuiu o sorriso e a abraçou mais forte.
- Certo, então eu vou indo! - Disse Rony saindo da cabine.
Já quase na metade do caminho, Fred e Jorge foram dar uma volta para conhecer novos cliente, digo alunos, Luna foi procurar as amigas da corvinal e Gina foi junto, Neville disse que iria procurar Dino e Simas pelo trem e deixou Harry e Hermione sozinhos no compartimento.
- Querem alguma coisa queridos? - Perguntou a mulher do carrinho de doces abrindo a porta do compartimento bem na hora que Harry iria beijar Hermione.
Harry se levantou e comprou vários sapos de chocolate que Hermione tanto adorava, varinha de alcaçuz, pastelões, entre outras coisas, largou tudo no banco e se sentou de frente para Hermione quando a porta se abriu novamente, desta vez era uma garota, ou melhor, uma bela oriental de cabelos negros.
- Ola Harry, oi Hermione. - Disse ela para os dois.
- Olá Cho. - Responderam educadamente os dois.
- Será que eu poderia falar com você Harry?. - Perguntou ela com voz bem meiga.
- Claro. - Disse ele de pouco caso.
- A sós. - Disse ela lançando um olhar nada amigável a Hermione.
-Não. - Disse Harry puxando o braço de Hermione que já se levantava para sair e a fazendo sentar ao seu lado. - Seja o que tiver que falar comigo pode falar com a minha namorada junto. - Disse ele abraçando Hermione e enfatizando o namorada.
- Então é verdade que estão namorando? - Pergunta ela com a voz embargada.
- Sim, por que algum problema? - Pergunta Harry mais frio do que o normal, a menina apenas saiu chorando de la sem dizer nada.
- Por um momento achei que você iria mesmo ficar sozinha com ela. - Disse Hermione fazendo biquinho e se fingindo de triste, na verdade tinha quase explodido de ciúmes pouco tempo atrás.
- Eu não trocaria sua companhia por nada nesse mundo! - Disse ele amavelmente e a beijando, Hermione abriu um sorriso de orelha a orelha quando novamente a porta é aberta.
- Ora, ora, então é verdade? O eleito e a sangue-ruim estão mesmo juntos! - Disse Pansy Parkinson parada na porta cercada por Crabbe e Goyle.
- Mas será que ninguém vai nos deixar namorar em paz! - Exclamou Harry irritado e levantou em direção a Parkison. - Nunca insulte Hermione na minha frente, ou pode ser a ultima coisa que você ira fazer na vida. - Disse ele calmamente, mas de modo frio e cortante que fez até Crabbe e Goyle se afastarem.
- Acho mesmo que tenho medo de você Potter!- Disse ela em tom de desdém.
- Pois deveria ter, senão vai acabar como o seu namoradinho e o papaizinho dele, apodrecendo em Azkaban, ou quem sabe você aprendera com o seu mestre quando eu matá-lo. - Disse ele decidido.
- HAHAHA não me faça rir Potter, você terá uma grande surpresa quando chegarmos a escola. - Disse ela com um sorrisinho triunfal.
- O que, os dementadores já sugaram a alma dele? Ou quem sabe querem ajuda. – Agora foi a vez de Harry usar tom de desdém.
- CALA BOCA POTTER. CRUCIO! - Gritou ela sacando a varinha e apontando para Harry.
- PROTEGO! - Gritou Hermione antes que o feitiço chegasse em Harry. - UMA SEMANA DE DETENÇÃO SENHORITA PARKINSON! E MENOS 50 PONTOS PARA A SONSERINA! - Disse Hermione furiosa ainda com a varinha em punho.
- QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA ME DAR DETENÇÃO? - Gritou Parkinson histérica por não ter acertado Harry.
- Monitora Chefe da Grifinória! - Disse ela ajeitando melhor o distintivo nas vestes. - E é melhor sair daqui antes que eu aumente a sua pena. - Concluiu de forma ameaçadora e os sonserinos saíram de cabeça baixa.
- Estou com medo Mione. - Disse Harry após se sentar no banco e deitar Hermione em seu peito repousando a mão na barriga dela. - Medo por vocês.
- Todos nós estamos com medo Harry, estamos em guerra, e pode acontecer um ataque a qualquer momento.- Disse ela para consolá-lo.
- Não é isso.
- Então o que Harry? - Perguntou ela impaciente.
- Todos os anos eu coloco vocês em risco por minha causa, no primeiro ano Rony se machucou naquele jogo de xadrez para me ajudar a pegar a pedra filosofal, no segundo ano, você ficou petrificada por tentar descobrir a câmara secreta, no terceiro você e Rony quase foram atacados por um Lobisomem e por Dementadores para me ajudarem a pegar Sirius, no quarto ano ficaram em baixo de um lago para servirem de cobaia para um torneio, no quinto você, Rony, Luna, Neville e Gina ficaram feridos por irem comigo naquele ministério atrás de Sírius que na verdade era apenas uma armadilha, no sexto enfrentaram comensais dentro de Hogwarts por minha causa, agora eu fico pensando, o que vai acontecer este ano, eu não posso colocar vocês em perigo de novo, as vezes penso que não me preocupei com vocês, não consigo nem pensar em te perder. - Disse ele com a voz embargada no fim e com lagrimas escorrendo de seus olhos.
- Harry você nunca vai me perder, NUNCA, eu prometo. - Disse ela o beijando com amor. - fomos nós que escolhemos te seguir Harry e você sempre se preocupou com nós, no primeiro ano você que enfrentou Quirrell e Voldemort enquanto eu voltava para o castelo com Rony, morrendo de medo de te perder, no segundo ano foi você que matou um basilisco e quase morreu com o veneno dele enquanto eu estava apenas petrificada e Rony cuidava do Lockhart, no terceiro ano foi você que fez um patrono para expulsar os dementadores de lá enquanto eu olhava assustada, no quarto ano foi você que enfrentou dragão, sereianos, esfinge, viu Voldemort renascer e lutou contra ele enquanto eu estava desesperada no castelo querendo saber noticias suas, no quinto ano você defendeu todos nós e nos tirou do ministério sã e salvos, no sexto ano você deu Felix Felices para nós tomarmos e quando chegou no castelo foi lutar contra os comensais para nos defender, como você não se preocupou com a gente Harry? Se você sempre repetia que queria ir sozinho e no final sempre nos salvava?- Fala ela chorando também.
- Você é magnífica Hermione, só penso que se Dumbledore realmente estivesse morto, eu nunca mais voltaria para Hogwarts. - Disse Harry de modo sério.
- Eu também não viria, seguiria com você para qualquer lugar que você fosse, mas eu fico triste, por que com certeza nunca existiu um aluno que arriscasse tanto a vida para salvar o colégio e os alunos como você, e mesmo assim, você não ganhou nenhuma recompensa, merecia pelo menos um troféu. - Disse ela cabisbaixa.
- A melhor recompensa que eu ganhei foi manter a vida de quem eu mais amo a salvo, a melhor recompensa de todas é ter você comigo agora, apesar de eu não saber por quanto tempo. - Disse ele triste.
- O valor das coisas não esta no tempo em que elas duram e sim na intensidade com que acontecem. - Disse Hermione carinhosamente colocando uma mão no rosto dele. - Por isso que eu te amo intensamente. - Concluiu o beijando e se ajeitando melhor no colo dele, Harry não disse nada, apenas ficou observando-a dormir, parecia um anjo, o seu anjo que estava em seus braços, e ele estava finalmente chegando aquele lugar que ele considerava a sua primeira casa.
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