Hermione, cadê você?
Harry não sabia o que dizer, quando parou à porta da sala dos professores, respirou fundo e entrou. Não havia ninguém ali, e ele sentiu a desesperança crescer dentro dele, como se fosse um balão, cada vez maior. Ele tinha que encontrar alguém antes de qualquer coisa, antes mesmo de se vingar de Malfoy, nada no mundo justificaria o que ele havia feito. É claro que ele não perderia uma oportunidade de lhe dar um murro na cara se o encontrasse no caminho para o escritório de Dumbledore, mas se não fosse o caso, sua vingança seria muito bem planejada.
Chegando à frente na estátua do grifo, foi chutando a senha desesperadamente, olhando fundo naqueles olhos de metal:
-Picolé ácido. Pudim de tripas. Chicle de baba e bola. Cerveja amanteigada. Soluços doces. Bombas de bosta. Penas de algodão doce – foi desejando que alguma desse certo, mas o grifo não se movia de jeito nenhum, até que... – Caramelo Incha-Língua.
A estátua de bronze começou a girar em espiral no sentido horário até formar uma escada circular, na qual ele subiu dois degraus por vez, pensando que finalmente alguém poderia lhe ajudar.
- Prof. Dumbledore! Prof. Dumbledore!!!
- O que houve, Harry?
- Ah, Professor, que bom que eu te encontrei, aconteceu uma coisa horrível! Hermione ... - e lhe contou tudo o que achava que estava acontecendo.
Enquanto isso, Gina e Luna corriam todas as escadas abaixo, querendo chegar aos jardins da escola o mais rápido possível. Elas sabiam o que podiam encontrar estendido no meio do jardim, mas fingiam não pensar nisso.
Só de imaginar o corpo de sua amiga jogado no chão de modo estranho e irregular, causava arrepios em Gina, ela não podia crer que... não podia acreditar que... não podia imaginar... não queria imaginar...
Somente Gina, que era a melhor amiga de Hermione, sabia o que ela pensava das coisas, do mundo, Daquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, do Ministério, dos amigos... Somente Gina sabia de suas preocupações, de seus problemas, de seus medos e do amor que Hermione escondia. Se de repente a amiga não pudesse mais contar essas coisas a ela, isso seria deprimente. Como podia haver pessoas em seu meio de convívio capazes de fazer algo tão terrível com sua amiga? Era injusto.
Porém Gina retornou à realidade, quando passou ao lado de uma moita em forma de corsário e olhou a sua frente. Será que era mesmo realidade?
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