Reunião, Narguilés e Trégua

Ginny estava entrando em seu escritório, quando foi abordada por uma Luna aflita.



- Por Merlim Ginny! Por que você demorou tanto?


- Luna eu estou no meu horário! Hey espera ai, eu sou a chefe aqui! – Ginny coloca a mão na cintura com uma expressão indignada à pergunta da amiga – Mas o que aconteceu, por que você está assim, tão aflita?


- Tem uma coruja aqui, ela não quer me entregar a carta que lhe é endereçada! E olha só, me deu um monte de bicadas quando fui pegar o envelope – Luna estende sua mão mostrando as pequenas marcas feitas pela coruja.


- São apenas algumas marquinhas! Pegue uma poção cicatrizante na caixinha de primeiros socorros, que isso melhora logo! – Ginny revira os olhos enquanto caminha em direção a mesa onde a coruja estava, esta lhe entrega a carta e levanta vôo.


A ruiva entra em sua sala. Poucos segundos depois:



- LUNA! – Berra Ginny desesperada.



A loira, que se encontrava sentada em sua sala, jogou todos os papeis que tinha em mãos para o alto devido ao susto que levou com o grito da amiga e seguiu correndo em direção ao gabinete de Ginny.



- Eu sabia! – Exclama Luna entrando com um estrondo na sala – Bem que eles me avisaram que viriam! – Diz com um olhar etéreo – Eles já estão aqui, não estão? Eu consigo sentir a vibração deles! – Luna começa a vasculhar com o olhar a sala em busca de algo que Ginny também tentava enxergar.



- Eles já estão aqui? – Pergunta Ginny com uma expressão de dúvida (entenda-se “hã?”) – Mas eles marcaram pra daqui duas horas no Café Royalty! Preciso enviar uma coruja urgente para o Justin! – Ginny sai da sala correndo em busca de uma coruja para avisar seu cliente.



Luna permanecer estática dentro da sala pesando: “Ah meu Merlinzinho! Eles agora marcam hora para aparecer! Preciso buscar meu colar e pegar um para a Ginny! Não posso deixar que façam mal a gente! Malditos Narguilés!” e sai correndo, possivelmente atrás de alguns colares “anti-narguilés”.

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Alguns minutos depois:



Ginny e Justin encontravam-se parados na porta da rua do escritório da ruiva, tentando se desvencilhar de Luna que insistia que usassem um colar com rolhas de cerveja amanteigadas para protegê-los de algo que ela chamava de Narguilés! - Ginny este é para você – Diz Luna finalmente conseguindo colocar o colar na ruiva – E este é para o senhor, senhor Dawlish, eles vão chegar em breve! – Alerta Luna entregando-lhe o colar – Não se preocupem o colar irá protegê-los dos Narguilés – Diz com um olhar sonhador, mas mesmo preocupado – Apresse-se senhor Dawlish, eles estão para chegar a qualquer momento!



Ginny discretamente ao ver a expressão de medo de Justin murmura para que apenas ele ouça:



- Coloque logo isso para podermos sair daqui! – Ginny arranca o colar das mãos do homem e o coloca de uma forma nada delicada no pescoço de Justin – Pronto estamos protegidos Luna! – E aparatam.



- Acho bom distribuir colares para os outros funcionários – Comenta Luna consigo mesma entrando no escritório.

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Draco encontrava-se impaciente no Café marcado com suas advogadas e com Blaise (não, não é o elfo!).



- Este não pode ser um Malfoy de verdade, esta atrasado há cinco minutos! Malfoy’s nunca se atrasam! – Diz Draco com convicção.



Blaise dá um discreta tossida em resposta ao comentário de Draco, o que leva as duas advogadas a rirem.



Alice e Phoebe levantam-se e caminham em direção a duas pessoas que acabam de entrar no recinto e as direcionam para a mesa onde estavam Blaise e Draco.



- Ora, ora, ora... Se não é a Weasley menor e o seu clone, Draquinho – Comenta Blaise acidamente.



- É melhor você ficar calado, se quiser continuar vivo! – Ameaça Draco.



Draco levanta-se para cumprimentar os recém chegados, lançando um olhar de espanto para o colar que ambos usavam.



- Desculpe o atraso, tivemos problemas com os Narguilés, quero dizer com a Luna! – Tenta explica Ginny



- Narguilés? O que é isso? E que raios de colar é esse Weasley? A pobreza é tanta que você agora usa rolhas de garrafa para fazer colar? – Pergunta Draco indignado, virando-se para Justin – E você? Se diz um Malfoy, além de andar com a Weasley, usa rolhas de garrafa como colar? – Diz Draco alterado – E eu que achava que as minhas advogadas eram malucas!



- Este colar é obra da Luna – Diz arrancando o colar de seu pescoço e do de Justin, jogando-os em cima de Draco – Tome! Pode ficar com eles! – Ordena Ginny.



- Que nojo Weasley! E para que eu quero isso? Tome Blaise, fica com você – Diz Draco entregando os colares para Blaise.



- E pra que EU vou querer isso Draco? – Pergunta Zabini.



- Para se proteger desses tais Narguilés – Escapa a resposta da boca de Justin que para seu horror pensa:“Eu não acredito que disse isso!”.



- Quer saber? Nós ficamos com isso. Pronto! – Diz Alice tomando os colares de Blaise, colocando um em seu pescoço e entregando o outro para sua companheira que faz o mesmo.



- Até que eles são engraçadinhos – Diz Phoebe analisando o colar.



Draco, Ginny, Justin e Zabini olham para as advogadas como se estivessem encarando seres de outro planeta.



- Vamos começar logo isso, pois não tenho o dia inteiro para perder com vocês – Diz Draco sentando-se ao ver que ninguém o faria, os demais sentam-se com exceção de Ginny – O que está esperando, Weasley, um convite? – Pergunta Draco sarcasticamente.



- Estava esperando um ato cavalheiro de sua parte Malfoy... Só que esqueci que dinheiro não compra educação – Alfineta Ginny sentando-se ao lado de seu cliente.



- Sou educado com quem merece, Weasley – Diz rispidamente.



- Não vim aqui para discutir sobre a sua educação ou a falta dela. Vim aqui para tratar do processo – Diz Ginny encerrando a discusão.



- Bem senhorita Weasley e Senhor Dawlish, a única forma de sabermos com precisão se meu cliente e o senhor Dawlish são ou não irmão é através de um exame de DNA – Expõe a Alice.



- Me digam que vocês sabem o que é isso? – Pergunta Phoebe já cansada de explicar a seus clientes o que é um exame de DNA



- Sabemos sim, também pensamos nesta alternativa – Responde Ginny.



- Ora ora, você pensa Weasley – Debocha Draco.



- Ao contrário de você, Malfoy – Retruca Ginny.



-...- Draco ia retrucar novamente, mas foi interrompido.



- Será que vocês podem guardar os elogios para mais tarde? – Pergunta a Alice dando uma piscadinha para os dois e trocando um olhar de cumplicidade com a sua companheira.



- Senhor Dawlish, concorda em fazer o exame de DNA? – Pergunta Phoebe.



- Claro que concordo, quanto antes resolvermos isso, melhor – Responde Justin.



- Claro que o quanto antes é melhor para você! Com certeza está doidinho para tirar você e a sua amante noivinha do Potter da miséria! – Provoca Draco – Será que o Santo Potter não traz dinheiro suficiente para alimentar vocês e seus filhotes? Alias vocês já começaram a procriar Weasley? Já tem quantos fedelhos ruivos míopes por ai? – Instiga Draco, deixando Ginny vermelha de raiva a ponto de explodir.



- Escuta aqui Doninha Albina Quicante! Mais uma gracinha sua e eu te transformo em um rato albino de laboratório! – Explode Ginny já com a varinha em mãos apontando-a para Malfoy.



- Como se eu tivesse medo de uma garotinha – Debocha Draco.



- Fedelhos ruivos míopes, me lembram alguma coisa – Pensa alto demais Zabini, alienado à discussão, dando-se conta que todos pararam e olharam para ele – O que houve? Já pararam de relembrar os velhos tempos de Hogwarts? – Pergunta Zabini.



- Você anda freqüentando a Travessa do Tranco, não anda Zabini? – Pergunta Draco de forma acusadora.



- Travessa do Tranco, do que você está falando Draco? Era você que dava uns passeios por lá às vezes, não era, Draquinho? – Retruca Zabini no mesmo tom de Draco.



- Tem certeza que quer entrar para a Família Malfoy, senhor Dawlish? – Alerta Alice.



- Se eu fosse você, desistia enquanto há tempo – Comenta Phoebe.



Justin olha para as duas advogadas assustado e vira-se para Ginny dizendo:



- Vamos terminar logo com isso Ginevra – Pede à sua advogada.



- Quanta intimidade entre vocês! Pobre Santo Potter, vejo que adquiriu uma nova rachadura na testa! – Diz Draco maliciosamente encarando Ginny.



- Nova rachadura na testa? Por que Potter teria uma nova rachadura na testa? – Pergunta Zabini aéreo novamente a conversa que se passava.



- Zabini – Começa Draco levando os dedos as têmporas – Será que você é tão ignorante a ponto de não entender que a rachadura seria um novo par de chifres? – Pergunta tentando manter a paciência.



- Novo par de chifres Malfoy? Pensa que sou como as mulheres que você sai? – Alfineta Ginny estressada.



- Elas dão pro gasto! Claro, não casaria com nenhuma delas, alias nem tenho a pretensão de casar! Mas pelo menos elas não são tão sem graça como você – Draco examina a mulher de cima abaixo “Detesto ter que concordar, mas Zabini tinha razão, a Weasley menor já não é tão menor assim” completa maliciosamente em pensamentos.



- Por que está me olhando desse jeito Malfoy? Eu sou compromissada! – Diz Ginny mostrando a aliança de noivado em seu dedo – Eu vou me casar!



- Li há quatro anos atrás sobre o seu noivado. Até agora não casaram? – Diz Draco debochando do compromisso “O que o Potter está esperando? Ressuscitar o velho caduco para celebrar os laços matrimoniais entre eles?” – Não é por nada Weasley, mas acho que o Santo-Potter está te enrolando! Você que é advogada não percebeu isso ainda?! – Pergunta Draco com um sorrisinho sarcástico nos lábios (N/A's: Uii delícia hihihi)



Ginny se levanta bruscamente com a varinha em punho pronta para azarar Draco, mas Justin foi mais rápido e a segurou sentando-a novamente na cadeira.



- Pare imediatamente! Não vá fazer nada que você vá se arrepender depois! – Ordena Justin preocupado com as conseqüências que um ato impensado poderia trazer ao seu caso.



- Mas eu não vou fazer nada que me arrependerei depois, pelo contrário isto me trará uma enorme satisfação! – Declara Ginny.



- Sabe, está um tensão aqui, não acha Phoebe? – Pergunta Alice



- Realmente, uma tensão sexual entre eles – Alega Phoebe.



- JÁ CHEGA DISSO! – Manifesta Zabini – Estou farto dessas discussões como se estivéssemos em Hogwarts! Vocês são adultos, não adolescentes! – Finaliza.



- Por incrível que pareça, Zabini tem razão! Precisamos mesmo dar um começo ao caso para vermos como vamos provar ou não o parentesco entre vocês! – Esclarece Alice.



- Eu proponho uma trégua entre o Draco e Ginevra, só para resolvermos isso – Sugere Phoebe.



- Trégua aceita! – Implora Justin olhando para Ginny com um olhar suplicante.



- Eu só aceito se o Malfoy deixar de ser tão irritante! – Determina Ginny.



- Eu sou o irritante aqui? – Pergunta Draco indignado - Você que é insuportável Weasley!



- Draco já chega! – Ordena Alice – Terminemos logo com isso! Pois vocês já estão me deixando maluca!



- Mais? Isso é possível? – Pergunta sarcasticamente Zabini



- Orraaa, vai deixar ele dizer que você é maluca? – Provoca Phoebe



- CHEGA! – Altera-se Justin - Vocês são tão loucos quanto a doida dos narquilés! Marquem essa droga de exame de DNA para daqui três dias!



- Mas eu tenho compromisso com a ... – Começa Draco



- Não me interessa! Quero dar um fim logo nessa historia! – Diz Justin



- Acho que ele está aprendendo a ser um Malfoy – Comenta Alice, recebendo aprovação de Phoebe e Zabini.



- Então está bem, vamos entrar com um requerimento do exame hoje mesmo! Declaro reunião encerrada! – Finaliza Phoebe.

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