Epílogo
Jack Covalline andava apreensivamente de um lado para o outro, com a varinha em punho. Fazia muito frio no cômodo úmido onde estava. Havia uma cama mal arrumada encostada na parede incrustada de sujeira. Ao lado dela, no chão, havia um prato branco, com uma comida velha e estragada. Ele era considerado um Auror – Preso. Pois se tratava como um. O único que todos os outros queriam distancia, não que suas situações fossem melhores, mas ele era sujo ao extremo. Seu quarto parecia realmente uma cela de Azkaban, e era exatamente onde vivia.
De lá, ele ouvia as batidas violentas das ondas do mar agitado por fora da fortaleza. Vários presos gritavam em desespero. A solidão era o pior para todos ali, mas eles deveriam dar graças a Deus. Os Dementadores não guardavam mais a prisão de Azkaban. Os Aurores eram quem cuidava da fortaleza agora. A porta do cômodo se abriu e um homem corpulento entrou.
- Vamos Jack... – disse o homem – Malfoy está nos dando problemas, desde que ele veio, não suporta nossa comida e fica cuspindo tudo...
- Ok Will... – disse Jack indo ao encontro do homem – Vamos...
Eles saíram do cômodo e Jack fechou a porta atrás dele. Andaram alguns minutos em linha reta, até que começaram subir escadas monstruosas. Eles pararam em frente a uma porta velha de metal, onde um olho azul os observava por um minúsculo buraco.
- Ele está aqui? – perguntou Jack apreensivo
- Sim, está! – respondeu o homem chamado Will
- ME TIREM DAQUI! – berrou Malfoy batendo violentamente na porta – VOCÊS VAO ME PAGAR SEUS INUTEIS!
Jack se afastou assustado. De tantos anos patrulhando em Azkaban, ele nunca havia visto um prisioneiro tão furioso como este. Will bradou sua varinha no ar e a porta se abriu instantaneamente. Malfoy avançou.
- Expelliarmus! – berrou Will
Um raio vermelho partiu de sua varinha e acertou o tórax de Malfoy, que voou metros para trás, batendo com as costas na parede e caindo no chão. Will correu até ele e o prendeu com cordas conjuradas de sua varinha.
- Inútil é você! – gritou ele – Aprenda que aqui você não é nenhum riquinho mimado seu idiota... – um estampido e Draco gemeu de dor – Seu pai não está aqui para lhe proteger!
Jack ficou espantado com aquela cena. Os aurores não eram de fazer isso com prisioneiros indefesos, mesmo que eles estivessem com raiva.
- Pare Will! – disse Jack
- Ele merece! – respondeu o outro
Jack avançou e afastou o Will de Malfoy, que se contorcia no chão, de dor. Will limpou seu suor e gargalhou alegremente.
- Imundo! – disse ele
- Chega! – disse Jack
Will se calou e encostou-se numa parede, cruzando os braços e observando Malfoy com sede de ataque. Jack começou a andar de um lado para o outro.
- Acho que eu sei o que podemos fazer... – disse Jack pensativo – Podemos trazer outro prisioneiro para ficar aqui com ele...
- Quem? – disse Will em tom de deboche – Uma mulher?
- Isso! – disse Jack – Uma mulher!
Jack saiu correndo da cela e voltou minutos depois com uma pessoa gorducha ao lado. Seus braços estavam acorrentados e sua roupa rosa estava quase branca, de tão desgastada. Um trovão lá fora revelou seu rosto, como era parecido a um sapo. Malfoy se levantou assustado do chão e disse espantado:
- Dolores Umbridge!
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