olho por olho - A verdade!



Sobrevoando as ilhas, Gina notou uma faixa longa e verde, o comprimento sendo mais ou menos o triplo da largura.
Ao se aproximarem, ela vislumbrou entre as árvores uma construção de pedras acinzentadas, que lembrava um castelo. Tinha torreões, muralhas, um fosso, e fora construído ao redor de um pátio quadrado.
Ela julgara o nome estranho, para um hotel, mas não esperara ver uma construção como aquela.
Não havia sinal de vida quando desceram do helicóptero, no pátio.
Abaixando-se sob as pás em movimento, cuja turbulência deixou suas roupas e cabelos em total desalinho, Gina sentiu-se como uma sobrevivente.
Voltando-se, olhou para Draco. Ele gritava algumas ordens para o piloto, enquanto lidava com a bagagem. Logo que as malas foram retiradas, o piloto fez uma saudação e decolou par ao céu azul. Com os olhos apertados contra o sol, eles observaram a máquina prateada passar por sobre as árvores e se afastar.
Mesmo na sombra, estava muito quente. Draco desfez o nó da gravata, tirou-a e colocou-a no bolso. Em seguida, desabotoou os três primeiros botões da camisa.
— Aprece que estamos sozinhos na ilha — ela observou.
— E estamos.
— Está brincando, é claro — ela falou, receosa. — O hotel...
— Não é um hotel — ele informou. — É só uma casa.
Apanhou as malas e atravessaram o pátio até uma porta grande e maciça, ladeada por janelas estreitas e altas, protegidas por venezianas à prova de furacões.
— Quando meu pai comprou Jacob’s Key, reformou boa parte da construção para servir de casa de férias — Draco contou.
— Mas é tão... esquisito — ela murmurou.
— É diferente — ele corrigiu. — Mas Jacob’s Stein era um excêntrico, um milionário que queria privacidade e segurança. Na década de vinte, ele comprou a ilha e construiu a casa, que imediatamente ficou conhecida como o castelo de Jacob.
— De onde será que ele tirou todas essas pedras? — ela perguntou.
— é coquina, ou pedra-coral — Draco respondeu, enquanto destrancava a porta com uma chave ornamentada. —Tome cuidado para não se machucar, elas são muito ásperas, a não ser pelo piso, que foi lixado.
Abrindo a porta, ele a fez entrar num salão da largura da casa toda.
Gina olhou em volta, sem disfarçar o espanto que sentia. No fundo havia outra porta, ladeada por altas janelas, e à direita uma escada de madeira escura levava a uma galeria circular. O salão estava mobiliado como uma sala de jantar, e sobre a mesa havia um vaso com orquídeas rosadas.
— Se ninguém mora aqui, quem toma conta da casa? Gina indagou.
— Duggan’s, uma firma especializada, de Key Largo. Aviso quando vou chegar, e eles vem limpar e abastecer a casa. Não é tão complicado. Eu só uso os cômodos da ala reformada. O resto da casa está fechado desde os tempos de Jacob’s.
Gina imaginou se ele fazia tudo sozinho.
— Duggan’s também fornece empregados, quando requisitados — ele falou como que lendo seus pensamentos. — Mas essa é nossa lua-de-mel, e prefiro estar sozinho com você.
Fez uma pausa, então perguntou:
— Gostaria de dar uma olhada aqui embaixo, antes de levarmos a bagagem para cima?
Gina seguiu-o. Atravessaram quartos com janelas estreitas e altas, tetos de gesso ornamentado, lareiras, vasos cheios de flores. Cada quarto fora mobiliado confortavelmente. A cozinha era bem equipada e moderna, digna de um apartamento de Manhattan.
— Ainda não entendo como se arranja aqui — ela falou, franzindo a testa. —De onde vem energia elétrica e água potável?
— Há um gerador e dois reservatórios de água, que são mantidos sempre cheios. Pronta para subir?
Uma rápida olhada foi suficiente para ver que havia duas suítes dando para o pátio, e na frente, um quarto grande com um banheiro de cada lado, onde entraram.
Enquanto Draco guardava as malas, as dele e as dela, em lados opostos do quarto, Gina foi até a janela. Apoiou os cotovelos no parapeito e olhou para fora.
A vista era magnífica. O sol da tarde brilhava nas águas azuis, e as palmeiras projetavam sombras alongadas na areia pálida.
Gina sorriu, vendo um trio de pelicanos voar em formação, antes de descer para juntar-se ao bando que já flutuava nas águas calmas.
A distancia, vislumbrou a silhueta esverdeada de outra ilha.
De repente, prendeu a respiração ao sentir Draco se aproximando atrás dela.
Ele a puxou de encontro a seu corpo rijo e deslizou as mãos para seus seios. A boca sensual percorreu o pescoço dela, beijando, mordiscando, enquanto dedos ágeis afagavam os mamilos. Quando os sentiu enrijecer, deixou que uma das mãos escorregasse provocantemente até a cintura delgada e desabotoasse a saia, insinuando-se para massagear até as coxas.
O estimulo continuou, enviando uma corrente de fogo pelas veias de Gina, que sentia a garganta seca e a cabeça girando. Mas, em vez de satisfazer o desejo que provocara, subitamente se afastou.
Com um murmúrio de desapontamento, Gina voltou-se para ele. Draco sorriu ligeiramente. Sabia exatamente o que a fizera sentir.
“Então, por que parara? Gina não conseguia entender. Seria para provar sua masculinidade, ou para puni-la? Mas por quê? Se ele não a amava, por que a teria apressado para um casamento? As mesmas perguntas sem respostas de sempre”.
Enquanto ele a observava, lendo em seu rosto as reações que provocara, Draco parecia ainda mais sedutor!
Disposta a não implorar, Gina abotoou a saia.
— Suponho que deva desfazer as malas? — perguntou friamente.
— Enquanto faz isso, vou verificar o gerador. Aquilo é temperamental, às vezes.
Tirando o paletó, ele o atirou numa cadeira. Abriu as malas, escolheu uma calça esporte, uma camisa de algodão, mocassins, e trocou-se.
Tomando cuidado para não olhar, Gina começou a tirar as roupas de uma de suas malas.
— Você deve estar com fome — Draco falou antes de sair do quarto. —quando acabar, desça para a cozinha. A equipe de Duggan’s deixou uma refeição preparada.
Gina assentiu com um gesto de cabeça.
Ele hesitou, como se fosse dizer algo mais, mas mudou de idéia e saiu. Para Gina, foi um alivio.
Ela terminou de desfazer as malas e guardou-as numa prateleira do armário.
Imaginou se deveria desfazer a de Draco. Chegou a conclusão de que, já que não havia ninguém para faze-lo, e considerando que ela não estava com pressa de se juntar a ele, seria melhor se dedicar as tarefas de esposa.
Arrumou tudo cuidadosamente no armário dele e na cômoda. Apanhando o terno que ele acabara de tirar, notou a gravata enfiada no bolso. Puxou-a, e junto saiu um papel amassado, que caiu no chão.
Depois de pendurar o terno e a gravata, ele apanhou o papel. Já ia jogá-lo numa gaveta, quando notou seu próprio nome. Franzindo a testa, alisou o papel, vendo que se tratava de um fax. Chegara às nove e meia da manhã e estava endereçado a ela! A mensagem era breve e direta: “Gina, pelo amor de Deus, não se case com Malfoy. Vou para casa imediatamente. Explico tudo quando chegar. Ronald”.
Olhando boquiaberta para as palavras urgentes, ela sentiu que suas duvidas e temores se justificavam. Havia mesmo algo muito errado, para Ronald enviar tal recado, e para Draco escondê-lo.
Um som quase imperceptível a fez virar-se. Draco estava parado na porta, os cabelos loiros em desalinho.
Sorrindo, ele se aproximou.
— Estava pensando se... o que houve? — ele perguntou, mudando de expressão ao ver o fax.
Ela entregou-lhe o papel.
Por um momento, Draco ficou desconcertado, mas logo reagiu, voltando a sorrir.
— Estava exercitando a prerrogativa das esposas?
— Se está insinuando que isso seria vasculhar seus bolsos, a resposta é não. Quando puxei a gravata, isto veio junto.
—Fui um tolo, deixando isso no bolso — ele se recriminou com pesar.
— Por que não me mostrou? Eu tinha o direito de ver!
— Não quis que se apavorasse e desfizesse nossos planos — ele admitiu.
Ela levou alguns minutos para absorver as palavras.
— Aposto que nem tentou encontrar Ronald — acusou. — Sabia que ele não aprovaria nosso casamento. Não me admira que estivesse com tanta pressa! Queria resolver tudo antes que ele voltasse!
Draco deu de ombros.
— Me pareceu a opção mais simples. E você realmente se importa, se ele aprova ou não?
— É claro que sim! Ele é meu irmão e gosto dele.
— Nem ao menos o conhece.
— Não mais do que conheço você! — ela retrucou.
Com um brilho estranho nos olhos, ele a tomou nos braços.
— Bem, acho que só há um jeito de remediar isso...
Mas quando ele tentou beija-la, ela virou o rosto.
— Quero saber o que há entre você e Ronald.
— Já ouviu falar de rivalidade natural entre homens? — ele perguntou, tentando levar na brincadeira.
— Já, mas não é só isso.
— Está bem. Nós nos odiamos.
— Por quê?
Ele a beijou no queixo.
— Está é nossa noite de núpcias. Temos coisas mais agradáveis para fazer do que discutir.
— Quero saber — Gina insistiu, obstinada.
— Amanhã...
— Agora! — ela o intimou, olhando-o nos olhos.
Por um segundo, ele pareceu furioso, mas, como sempre, disfarçou logo.
— Esqueço que voe é jovem demais e impaciente — ele falou com voz envolvente. —Mas não me diga que não está ainda mais impaciente com relação a... outras coisas, mais excitantes.
Ele a puxou para si, e, no instante em que sentiu o calor do corpo musculoso, ela começou a tremer.
Deslizando a mão por seu pescoço, ele ergueu-lhe o rosto, e no momento seguinte sua boca estava sobre a dela, forçando os lábios a se abrirem, aprofundando o beijo até fazê-la esquecer tudo.
Ela o queria, e como! Mas não a qualquer preço, não sacrificando seu amor-próprio e seu direito de ser tratada de igual para igual.
No aspecto físico do casamento, certamente um homem como Draco seria o parceiro dominante, e ela poderia te gostar. Não ia deixar, porém, que ele usasse sexo para subjugá-la.
Ele percebeu isso.
— Pare de lutar comigo, Gina! — ordenou.
A frieza de seus olhos cinzas a fez tremer.
— não quero ser tratada como se fosse um mero objeto sexual — ela conseguiu murmurar.
— Como deseja ser tratada, então?
— Com respeito.
Ele a olhou, admirado, sem replicar.
— Tenho o direito de saber o que há entre você e Ronald — ela quase gritou. —Por que ele é tão radicalmente contra nosso casamento?
Ele a soltou.
— Está bem. Vou lhe contar. Sugiro que se sente. Não é uma historia bonita.
Gina obedeceu. Caiu sobre a poltrona mais próxima. Draco foi até a janela, mãos nos bolsos, de costas para ela, olhar perdido no horizonte.
Demorou tanto a falar que Gina chegou a pensar que mudara de idéia.
— Eu tinha treze anos e era ilho único, quando minha mãe morreu — ele começou seu relato sem demonstrar emoção. — Dois anos depois, meu pai casou com uma jovem loira, que tinha uma filha de dez meses. O nome do bebê era Pansy.
Gina lembrou da foto que vira, percebendo que a moça morena-femme-fatale na era uma namorada dele, mas sua irmã de criação.
— Os dois anos que se seguiram foram muito agradáveis. Nunca cheguei a gostar de minha madrasta e desconfiava de seus motivos para ter casado com meu pai. Essa desconfiança se transformou em desgosto, quando, uma noite, ela foi ao meu quarto sem roupa nenhuma. Eu só tinha dezessete anos.
Gina sentiu uma onde de aversão e pena. Aquilo explicava o desprezo que ele as vezes demonstrava por mulheres.
— Meu pai e eu sempre fôramos próximo, até então. Eu quis ir embora de um jeito que evitasse perguntas, portanto o convenci de um ano viajando me traria mais benefícios do que qualquer escola. Quando já estava em Oxford, suava as férias para viajar. Logo que terminei a universidade, meu pai quis que eu fosse trabalhar com ele. Por razões obvias, eu decidira que não iria, o destino se encarregou de resolver meu dilema. A casa de nossa família foi destruída num incêndio. Meu pai e minha madrasta morreram no local, mas, por milagre, Pansy, com sete anos, foi salva.
Ele fez uma pausa, e depois continuou.
— Voltei para casa imediatamente. Logo que as coisas foram resolvidas, mudei para Nova York com Pansy. Aluguei uma casa em Greenwich Village e pus anuncio no jornal procurando uma governanta. Tive a sorte de encontrar a sra. Kirk, que se mostrou um tesouro.
Fazendo outra pausa, ele voltou-se para Gina.
— Deve estar imaginando o que isso tem a ver com Ronald. Já vou chegar lá. Queria que soubesse dos antecedentes. — ele prosseguiu: — Gina se transformou numa moça linda e alegre, inocente, mas tremendamente sexy.
Nova pausa.
— Eu estava totalmente dedicado a levantar os negócios de meu pai e a construir meu pequeno império. Não prestei atenção devida em Pansy — contou. — Mesmo parecendo mais velha, ela só tinha dezessete anos, quando, aproveitando uma ausência minha, fugiu.
Parou de falar por um momento, suspirando.
— não fugiu com um rapazinho de faculdade, mas com um homem experiente, dez anos mais velho que ela — continuou. — Quando consegui encontra-la, já estavam casados.
Gina emitiu um som angustiado, assimilando a verdade.
— É isso mesmo — ele confirmou. — Ronald era meu cunhado, mesmo antes de você e eu nos casarmos.
— Continuo a não entender por que está zangado com isso — ela desabafou. —Sei que há uma diferença de idade, mas ao menos ele não estava em busca de fortuna. E, pelo visto, Pansy queria casar com ele.
— Eles tiveram um caso, e Pansy estava grávida!
— Mesmo assim, não vejo por quê...
— Apesar de ela estar esperando um filho dele, Ronald logo começou a maltrata-la —Draco interrompeu-a, furioso.
— Não! —Gina murmurou.
— Quando notei manchas roxas em seus braços, ela começou a chorar e confessou que Ronald batia nela. Eu o procurei e disse o que faria, se ele encostasse um dedo em Pansy de novo. Ele me mandou cuidar de minha vida.
Essa afirmação fez com que Gina admirasse a coragem de Ronald em enfrentar alguém forte como Draco.
—Algumas semanas depois, durante uma de suas brigas freqüente, Pansy caiu da escada e perdeu o bebê —Draco prosseguiu. — Fui vê-la no hospital, e ela admitiu que ele a empurrara. Pedi-lhe que deixasse o miserável e fosse para casa comigo.
Gina olhava-o horrorizada.
— Quando deixei claro que ela não voltaria para ele, Ronald me acusou de interferir, e pior...
— Pior?!
— Alegou que eu era apaixonado por Pansy e que estava com ciúme.
A imagem de Pansy naquela fotografia, parecendo tudo, menos inocente, passou como um relâmpago pela mente de Gina.
— E você era apaixonado por ela?
— Claro que não! —Draco exclamou, espantado. —Nunca vi Pansy a não ser como uma irmã, uma criança. Uma irmã que negligenciei. Uma semana depois, ela morreu, drogada. Não estaria tomando drogas, se seu precioso irmão não a tivesse levado ao desespero.
— Oh, meu Deus...
— Meu primeiro impulso foi o de quebrar o pescoço dele com minhas próprias mãos, mas o bom senso prevaleceu. Tinha que haver uma meio melhor de fazê-lo pagar pelo modo como tratara Pansy.
— Não compreendo — Gina interrompeu. — Se existe todo esse ódio entre vocês, por que ele lhe vendeu a firma?
—Não vendeu — Draco informou com um leve sorriso. — Devido a problemas com o fluxo de caixa da CMW, adquiri o controle acionário, sem o consentimento, ou mesmo conhecimento dele. Ronald ainda não sabe que está trabalhando para mim. Levou quase um ano, mas agora eu o peguei.
O selvagem ar de triunfo no semblante de Draco era assustador, quando ele estendeu a mão aberta, palma para cima, e a fechou com força.
— Se detesta Ronald a esse ponto, não entendo por que quis casar com a irmã dele — Gina observou, apavorada.
Compreendeu o sentido de tudo, enquanto pronunciava essas palavras. Numa sociedade civilizada, Draco não poderia levar adiante a vingança desejada, portanto ele estava usando o princípio ‘olho por olho’. Ronald casara com a irmã dele...
Sentindo o sangue fugir das faces, e o quarto girar a sua volta, Gina cambaleou.
Draco amparou-a, fazendo-a colocar a cabeça entre os joelhos. Praguejou em silencio. Sabia que ela descobriria a verdade mais cedo ou mais tarde, mas desejara que seu casamento fosse real, quisera atá-la a ele pelos laços da paixão, antes que ela soubesse de tudo.
Agora seria muito mais difícil. Ela o desejava, ele sabia, mas era teimosa e orgulhosa.
Gina fez um esforço para se erguer, e Draco a ajudou. Ela o olhou, lembrando sua primeira conversa.
“Como é que seus inimigos o chamam”, ela perguntara. E ele respondera: “Impiedoso”.
E como era! Sem a menor compaixão, armara uma cilada para fazê-la se apaixonar perdidamente. Para não colocar seu plano em risco, ele a vigiara atentamente, evitando deixa-la sozinha. Chegara a se comportar quase como um carcereiro.
Agora, Gina entendia o porquê ele ficara tão aborrecido, quando ela procurara o escritório de Ronald. Seu se irmão tivesse voltado a tempo, todo o cuidadoso plano teria ido por água abaixo.
Se ao menos ela tivesse visto o fax de Ronald antes do casamento...
Talvez sentisse tristeza mais tarde, mas, no momento a sensação que a invadia era de vazio.
— Se estava procurando um meio de fazer Ronald pagar pelo que fez, descobrir minha existência deve ter sido um premio — falou por entre os dentes.
— E foi — ele concordou.
Ela estremeceu ante tanta crueldade.
— E como descobriu?
— Havia detetives atrás dele, procurando por qualquer coisa que servisse de pista.
— Então, foram seus detetives que tiraram aquelas fotos?
— Você raciocina rápido — Draco disse. — Eu já tinha meus planos, mas queria ter certeza que iria ao encontro da mulher certa.
— Como conseguiu se livrar de Ronald?
— Arranjei um negocio de ultima hora, vital para a sobrevivência da CMW. Ele não teve outra opção a não ser ir. Antes de partir, pediu à sra. Simpson, governanta dele, para espera-la no aeroporto. Essa foi a parte difícil. Eu não queria que ela desse o alarme, quando não a achasse.
Gina olhava para ele com temerosa admiração, imaginando até onde ele chegaria para conseguir seus intentos.
— Não sumi com ela, se é isso que está imaginando — Draco assegurou, sorrindo.
— O que fez então?
— A sra. Simpson e a Sra. Kirk freqüentam a mesma igreja. Por sorte, a sra. Kirk mencionou que a sra. Simpson deveria tirar férias na semana em que você ia chegar e que pretendia ir de ônibus até Minneapolis visitar seus velhos pais.
— Bem conveniente — Gina ironizou.
— Procurei a sra. Simpson e disse que houvera uma mudança de planos, que eu estava encarregado de ir buscar você e que a hospedaria em meu apartamento até Ronald chegar. Isso a deixava livre para as suas férias. Ela ficou extremamente agradecida.
— Imagino. E tudo o que teve de fazer depois foi me persuadir a casar com você. Minha inexperiência deve ter sido muito útil a seus propósitos — comentou Gina, sarcástica.
— Se você fosse outro tipo de garota, interessada em riqueza e posição, teria sido mais fácil — ele replicou.
— Quer dizer que sua consciência não o incomodou? — ela alfinetou.
Ele não gostou do comentário. Sentindo que marcara um ponto, Gina atacou de novo.
— Não seria engraçado, se tivesse tido todo esse trabalho para nada? Pode ser que Ronald não dê a mínima importância ao nosso casamento.
— Dará, sim.
Lembrando-se do fax, ela achou que Draco estava certo, mas disfarçou.
— Se ele é de fato sem caráter como você diz, não vejo por que se importaria.
— Sei que se importará.
— É isso que espera?
— Pretendo faze-lo suar — ele declarou, quase alegre. — Na verdade, acho que já começou. Lê deve estar desesperado, tentando descobrir para onde eu a levei. Eu disse à sra. Kirk que estava pensando no Havaí, e pedi a minha secretaria para fazer duas reservas num vôo para Oahu.
Deu uma risadinha perversa.
— Vai demorar pelo menos um dia pra o canalha atinar com nosso paradeiro e vir para cá.
— Acha mesmo que ele virá?
— Tenho certeza — afirmou Draco.
— E espera que eu mostre manchas roxas a ele?
— Não tenho a menor intenção de machucá-la.
— Por que não? — ela gritou. — Se devo ser sacrificada para que você se vingue, pode me usar como quiser!
— Ah, mas é o que pretendo — ele falou lentamente.
O significado daquelas palavras era bastante claro, e Gina estremeceu.
— não vou dormir com você — avisou.
— Pensei que estivesse louca para isso — ele zombou. — Aliás, estava ansiosa, antes de nos casarmos. Qual é a diferença, agora?
Toda a diferença, ela considerou. Ela o amara, antes, e acreditara que também era amada. Agora sabia que fora usada e o odiava por isso.
— Você é um bandido, um desalmado...
— Esses não são modos de uma esposa tratar seu marido — ele brincou.
— não sou sua esposa! — ela gritou. — E nunca serei!
— Ah, será, sim — ele assegurou, imperturbável.
— Vou embora.
— Como?
A simples pergunta a estarreceu. Ele planejara tudo muito bem.
— Nadando, se for preciso — ela respondeu, enfurecida pelo brilho de desejo que viu nos olhos azuis cinzentos dele.
— A ilha mais próxima fica a dois quilômetros.
— Morrer afogada seria melhor que dormir com você!
— Mais tarde, vou ver se a faço mudar de idéia.
— Terá que usar de força.
— Duvido — ele murmurou, sorrindo.

Previa do proximo capítulo:

....

Draco separou-lhe as coxas com delicadeza, e seus dedos moveram-se com suave determinação até os macios tufos de pêlos entre as coxas e entrou, penetrou em profundidade, provocando um espasmo de prazer no corpo de dela. Ela o fitou bem nos olhos. Draco parou com seus movimentos por um instante, fitou-a também, e penetrou-a de novo com o dedo e o gemido alto que ela deu, incentivou-o a ir em frente. Seu dedo deslizou para um lugar molhado e intumescido.
.....


N/A: DEMOREI DEMAIS, MESMO.
MAS ATUALIZEI E NO MAXIMO AMANHÃ POSTO A NC DELES, SIM, ELA SE TORNARÁ MULHER DELE EM TODOS OS SENTIDOS.... SERÁ QUE SERÁ A FORÇA? AMANHÃ SABEREMOS....

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