A aula de Transfiguração/D.C.A
Just Like Heaven – Capitulo VII – As aulas de Transfiguração e Defesa Contra as Artes das Trevas
Os alunos do sexto ano entraram na costumeira sala de transfiguração, ela parecia estar diferente:com mais mesas que o normal, um quadro negro enorme ao lado de uma mesa central, nas paredes várias tapeçarias com o símbolo da Sonserina e outras com o símbolo da família Malfoy, e no fundo da sala um enorme quadro de Narcisa que não se mexia com exceção dos olhos que piscavam serenamente. Esses aspectos deixavam a sala com um ar diferente de qualquer outra apesar de ser muito simples,
Todos se sentaram e esperavam pelo inicio da aula, enquanto isso Narcisa permanecia sentada de cabeça baixa com as mãos entrelaçadas cobrindo o seu rosto.
Ninguém se importava com a presença dela, os alunos conversavam deliberadamente. No entanto quando a professora levantou todos pararam, sentiram o olhar frio e penetrante da professora que agora estava de pé em frente ao quadro negro. Os alunos permaneceram estáticos olhando para ela.
-Sou Narcisa Malfoy – ela falava friamente – serei a nova professora de transfiguração, como já sabem. Sei muito bem que alguns de vocês já ouviram falar de mim e não acreditam que eu seja capaz de ensinar! Mas posso garantir a vocês que na primeira chance que eu tiver demonstrarei que sou tão capaz quanto qualquer professor. Isso quer dizer que surpresas serão normais, eu sou muito surpreendente. – ela olhou para todos, até parar o seu olhar em Gina, que retribuiu o olhar com firmeza – Transfiguração, a arte de mudar de forma de objetos, animais e seres humanos. Alguém pode me dizer quais são os três princípios básicos da Transfiguração?
-Olhar... – um garoto respondeu.
-Errado!
-Movimento... – respondeu uma garota
-Errado! – Luna levantou a mão. Narcisa apontou para ela e perguntou, sobrepondo a voz aos risinhos dos alunos – Sim senhorita?
-Pensar, pensar e pensar. – a sala inteira gargalhou, mas Narcisa fez um gesto e disse friamente.
-Não vejo graça, pois está correto! – todos se calaram e olharam com medo – Qual o seu nome?
- Lovegood, Luna Lovegood – Narcisa deu um meio sorriso.
-Filha de Rebeca Lovegood?
-Sim senhora!
-Conheci sua mãe em tempos passados. – disse distraidamente – Sim, Srta Lovegood, por que “pensar, pensar e pensar”?
-Pensar no objeto que será transformado, pensar em que ele será transformado, e porque ele será transformado.
-Perfeito! – disse Narcisa dando um largo sorriso de satisfação – 10 pontos para a Corvinal – ela voltou a andar pela sala, movimentou a varinha e os três princípios apareceram no quadro negro – Eu vou querer uma bela redação de 60 cm com esse assunto e sobre alguns feitiços básicos, quero como praticá-los, para que serve e como se faz. Podem começar!
-Nenhum professor passa dever antes de ao menos explicar alguma coisa! – exclamou Gina indignada.
-Em primeiro lugar Srta Weasley - disse ela com desprezo – eu não sou qualquer professor, em segundo lugar você não é mais nenhuma criancinha para que precise que fiquem te ensinando a fazer as coisas! Percebo que a senhorita está com muita vontade de estudar não é? E pelo seu empenho por que não faz uma demonstração à turma de alguma coisa que tenha aprendido com esse seu mau humor? – disse Narcisa apontando para frente da sala – O quadro é todo seu!
Gina caminhou lentamente até a frente da sala - Por que a minha primeira aula do ano tinha que ser logo essa? - sem nem ligar para o olhar de reprovador da professora, ela se aproximou lentamente do quadro negro e murmurou algumas palavras inaudíveis e - BAM! - ouve um estrondo, os alunos que sentavam na frente se levantaram, uma poeira densa tomou conta da sala, pouco tempo ela baixou revelando uma Narcisa vestida de palhaço com o sorriso mais abobalhado possível, todos começaram a rir.
-O feitiço está correto, foi executado com perfeição – disse a professora muito séria analisando a sua copia – 10 pontos para a Grifinória pela bela execução – todos olhavam surpresos – e menos 50 pela brincadeira – o rosto de Narcisa estava com uma expressão maldosa e um pequeno sorriso surgiu no seu rosto ao ver a indignação da ruiva.
-Muito bem, mais alguém se opõe?- todos se voltaram para os seus livros e o silencio tomou conta da sala. E assim que a aula terminou todos entregaram o dever a Narcisa e saíram sem contestar.
Gina estava saindo da sala juntamente com seus colegas quando ouviu:
-Srta Weasley! Venha aqui um estante, quero falar com você – Gina deu meia volta e se sentou numa poltrona na ante-sala de Narcisa – Bem! A sua atitude Srta Weasley foi muito, digamos assim, rude e gostaria que isso não se repetisse – Gina ficou apenas olhando, Narcisa estava dando voltas na sala enquanto falava sem olhar para Gina. – A educação Srta Weasley é uma coisa preciosa e talvez seja a única coisa que nos reste, pois até o conhecimento se esvai com o tempo. E o respeito deve ser mantido, mesmo que não goste da pessoa. A elegância não deve ser perdida, sinta-se superior, não que você seja, mas se sentir assim de certo modo será, não digo para pisar nos outros e sim para não se deixar ser pisada, trate as pessoas como elas merecem. – ela fez uma pausa e olhou para Gina que brincava com o cabelo distraidamente - Eu te fiz alguma coisa Srta Weasley?
Gina a olhou nos olhos com um pouco de raiva, não precisava daquele sermão, mas também com arrependimento, porque ela está fazendo isso? se perguntava ela,.
-Não – respondeu Gina sinceramente.
-Não te ofendi não te bati não te machuquei certo?
-Certo.
-O que eu te fiz para merecer esse tratamento – Gina permaneceu calada – Entendo o seu silêncio... Bem Srta Weasley se você não gosta de mim não precisa gritar para o mundo, afinal isso entre você e eu. Sou apenas uma professora e tenho o dever de educá-la, não como seus pais o fariam, mas para ao menos manter o mínimo de respeito. Não sou sua mãe, mas tenho o direito de castigá-la, mas não o farei hoje. Espero que esse tratamento não se repita se não vou ser obrigada a dar-lhe uma detenção, estamos entendidas?
-Estamos.
-Pode ir
Andando calmamente até a porta, Gina parou
-Professora... – disse ela, parada na porta.
-Sim?
-Obrigada –ela abriu um grande sorriso
-Você está atrasada – Gina acenou com a cabeça enquanto Narcisa sorria olhando a garota se afastar.
+++
Todos olharam assustados quando a Professora Lawrence entrou, sua pele estava toda ressecada e rachada, parecia que ela possuía escamas, mas mesmo assim ela não perdeu o seu ar encantador do dia anterior, ela ainda conseguia transmitir sua beleza de uma modo estranho e passava à todos uma tranqüilidade imensa.
-Bom dia turma – a sua voz era angelical e emanava serenidade – desculpem-me pelo atraso, eu tive uns probleminhas... Eu sou Laura Lawrence a mais nova professora de defesa contra as artes das trevas, que imagino que seja a matéria mais importante nesses tempos de guerra. Alguém me sugere por onde começar? – muitas mãos se levantaram – qual o seu nome?
-Mithel Lins
-Fale Sr. Lins
-Bom... É que – ele a olhou com medo, receava que sua pergunta não fosse bem recebida – Eu, eu, bem... Eu soube que a senhora é um aborto é verdade? – perguntou de vez.
Ela abriu um sorriso e olhou o garoto pensando se devia responder, todos pareciam assustados, mas ela continuava calma.
-Vejo que já correram boatos sobre mim; eu devo ser a professora nova mais comentada em anos... – todos acenaram – Bem, não sou exatamente um aborto, pois possuo magia; mas não uso varinha, e lido com isso melhor que todos vocês! Não me gabo por isso pois pago muito caro por essa habilidade. Enquanto vocês usam a energia de suas varinhas eu preciso usar a minha própria vitalidade! Por isso não travo lutas desnecessárias e nem uso feitiços para fazer coisas que eu posso fazer sem me cansar muito. Entendeu Sr. Lins?
-Sem senhora.
-Mais alguém? – Agora todos levantaram as mãos – Você qual o seu nome?
-Neville Lombotton.
-Fale Sr. Lombotton.
-Bem a senhora não usa varinha, certo?
-Certo!
-Então como poderá passar seus ensinamentos para nós?
-Uma pergunta interessantíssima Sr. Lombotton. O que eu tenho para ensinar para vocês é muito mais do que feitiços. Para usá-los muitas vezes você precisa querer, precisa realmente saber o que está fazendo e para ensinar isso eu não preciso de uma varinha! E mesmo que comecemos com feitiços, tenho certeza de que terei ajuda de muitos de vocês e do professor Flitiwck para combater essa falha se for necessário. Mais alguém? - ainda tinham muitas mãos no ar e saiam perguntas embaraçosas e impertinentes, mas a professora Laurence não se incomodava e respondia com paciência e sabedoria.
- A senhora algum dia já possuiu uma varinha?
-Já!
-A senhora já estudou em Hogwarts?
-Já
-E a senhora já tinha trabalhado como professora?
-Essa é a minha primeira aula como professora!
Após muitas perguntas Harry se atreveu a perguntar
-A senhora é uma Brant?
Ela o olhou com uma dúvida se responder ou não.
-Seu nome é?
-Harry Potter.
-Sr. Potter é difícil responder a sua pergunta, mas como respondi a todas não poderia deixar de responder a sua. Sim eu sou uma Brant, mas é tudo o que posso dizer.
Os alunos a olhavam de modo estranho para a situação, ao invés de censurá-la pareciam respeitá-la cada vez mais, a cada pergunta respondida sem o menor aborrecimento, por mais rudes que elas fossem, os alunos pareciam que gostavam mais dela.
Após mais algumas perguntas chegou o final da aula e todos se retiraram.
+++
Na hora do almoço Harry, Rony e Hermione encontraram Gina na mesa da Grifinória que estava com uma cara horrível.
-O que foi Gin? – Perguntou Rony – É por causa da Professora Lawrence de novo?
-Não, Rony! – disse ela irritada – Só não acordei bem hoje só isso!
-Com essa cara ai Gin você vai acabar espantando todo mundo e tornando o dia pior – disse Hermione rindo.
Harry manteve-se calado
-Você até tem razão, talvez seja melhor... – mas ela não continuou.
-Já soube Weasley! – A voz arrogante de Draco Malfoy a interrompeu - que andou fazendo brincadeirinhas com a minha mãe!
-E o que você vai fazer Malfoy? – Perguntou ela ameaçadora – Me azarar e dizer que fez isso por sua mãe? Isso eu duvido, vamos estou aqui na sua frente agora pode me atacar, mas antes disso se lembre de como acabei com você no trêm!
Aquilo formou uma confusão os alunos começaram a rodear os dois para ver o que acontecia.
-Não pense que aquilo me abalou Weasley, pois nem chegou perto – disse Draco com a voz tremula de raiva.
-A não? Então por que está tão nervoso? Garanto que não foi pelo que fiz com a sua mãezinha e sim pelo que fiz a você!
-Chega! – a voz de Narcisa fez a multidão abrir caminho – O que vocês dois estão fazendo? Importunando o almoço dos outros alunos! Já não basta a guerra lá fora? Ainda temos que aturar vocês dois brigando?
-Desculpe professora Malfoy é que o seu filho veio tirar satisfação do acontecido na aula hoje e eu não suportei...
-Certo Srta. Weasley agora volte a sua mesa e o mesmo para você Draco! – Ela foi se afastando, mas ainda dava pra ouvir as suas reclamações – Você não é mais uma criança, então pare de agir como uma ou será que ainda é uma em corpo de homem? Agora acho bom se comportar!
Todos na mesa da Grifinória riam até receber o olhar frio de Narcisa os censurando.
-O que houve na aula dela afinal? – perguntou Hermione
-Vocês não sabem? – eles fizeram um sinal negativo - Pensei que todos já soubessem! Eu transformei o quadro negro em uma replica de Narcisa vestida de Palhaça e com um sorriso patético.
Rony caiu na gargalhada, mas Harry continuava sério e sem falar uma palavra.
-Sério? Essa é a minha irmãzinha!
-Não foi você, Rony, que disse que não tinha nada demais nela?
-E não tem, mas aprontar com um professor novo está no espírito dos Weasley!
-Falando em professores novos – disse Hermione baixando a voz – Você tinha razão Gina a professora Lawrence é bem estranha! Hoje ela respondeu as perguntas mais absurdas e admitiu tudo que Luna nos disse!
-Eu disse que tinha algo de errado com ela – disse Gina – Mas acho que o Harry também estava certo, a Narcisa também é estranha, ela tratou Luna como nenhum professor tratou antes e depois do que eu fiz, ela não me deu uma detenção!
-Não? Por quê? –Perguntou Rony, incrédulo.
-Não sei, ela apenas conversou comigo e disse coisas estranhas como “ o respeito deve ser mantido “ e ” A elegância não deve ser perdida “.
-Ela pode ser apenas diferente – sugeriu Rony
-o que deu em você Ron – Perguntou Gina- anda defendendo todos os professores.
-É mesmo – concordou Hermione, mas Harry continuava calado – você não é muito de gostar de professores, quanto mais os novos. O que esta havendo?
-Nada! Eu só achei que devíamos acreditar em McGonagall ela nunca errou em relação às pessoas como... – ele hesitou – Como Dumbledore.
-Talvez você esteja certo. – concordou Hermione
-Francamente vocês dois, vão ficar ai decidindo se professores são bons ou não? Pra mim são todos estranhos, alguns gente boa, outros não. Não é Harry? – Ela virou-se para finalmente falar com Harry, mas ele não estava mais lá, havia sumido e sem dar nenhuma satisfação.
-Onde será que ele foi? – perguntou Rony.
-Não sei, mas isso é muito estranho – disse Hermione.
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Na/ Mais uma capitulo terminado espero que vocês curtam e comentem
Capitulo betado!!!!
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