Natal



Já era véspera de Natal. Muitos alunos viajaram para suas casas. Laura decidiu ficar em Hogwarts. Adorava ficar lá! Escreveu avisando sua decisão a seus tios.


Laura foi até a cozinha para falar com Dobby. Pediu um favor ao elfo doméstico. Queria que ele deixasse uma caixa na sala de Snape sem que ele percebesse. Era um presente com um cartão. O elfo doméstico ficou muito feliz em ser útil e, na manhã de Natal, bem cedo, antes de Snape acordar, ele colocou a caixa na mesa de Snape.


Snape já estava saindo de sua sala para tomar seu café da manhã, quando algo um pouco brilhante em sua mesa lhe chamou atenção. Ele deu meia-volta e foi ver o que era aquela aquilo. Era uma linda caixa prateada enrolada com uma fita verde brilhante. “Um presente? Para mim? Estranho....faz tanto tempo que não ganho um presente no Natal....” pensou.


Ele estava muito surpreso. Desamarrou a fita e abriu a caixa. Dentro havia um livro de poesias. Snape pegou o livro, abriu e leu alguns trechos. “Mas quem será que me mandou esse presente? Como sabia que gosto de poesias? Nunca comentei com ninguém!” pensou. Ergueu a caixa e viu que embaixo havia um cartão. Na frente do envelope dizia “Ao Prof. Severo Snape”. Abriu o envelope, pegou o cartão e leu o que dizia:


ofessor:

Desejo-lhe toda a felicidade do mundo neste Natal e em todos os dias de sua vida.

Espero que o presente seja do seu agrado. A minha intuição me disse que o senhor adora poesias!

Um grande abraço da aluna que lhe admira muito

Laura Steen”


O rosto de Snape parecia que iria pegar fogo. Estava completamente vermelho. Leu mais uma vez o cartão e mais alguns trechos do livro. “Como vou agradecer? Nem falo direito com ela....desde que....” Snape tentava interromper seus pensamentos.


Não foi tomar café. Preferiu ficar ali lendo o livro.


No meio da manhã, saiu de sua sala. Iria dar uma volta pelo lago e tentar colocar em ordem seus pensamentos. Mas...no caminho encontrou Laura.


- Bom dia, senhorita.

- Bom dia, professor. Feliz Natal!

- Pode vir até minha sala um minuto? – Ele estava sério, mas não parecia furioso.

- Sim.


Laura sentou e ficou olhando para Snape. Ele andava de um lado a outro da sala, procurando as palavras.


- Gostaria de....lhe agradecer pelo...presente. – As palavras saíam arrastando da boca de Snape.

- Não foi nada...só queria lhe agradar!

- Porque? Existe algum motivo especial para este presente?

- Sim, claro que existe. É Natal! – Laura disse sorridente.

- Mas...

- Eu já lhe disse professor, sinto muita admiração pelo senhor.


Snape não conseguiu olhar nos olhos de Laura, estava completamente sem jeito.

- Eu não comprei nada...

- Professor! Eu lhe dei o presente sem pedir nada em troca. Só gostaria de saber se o senhor gostou.

- Sim, gostei muito....mas....como sabia que gosto de poesias? Foi intuição mesmo, ou.....

- Foi um pouco de intuição e...percepção.

- Percepção?!

- O senhor escreve muito e, por algum motivo, achei que fossem poesias. E, se gosta de escrever poesias, deve gostar de ler também!

Desta vez ela conseguiu deixar Snape completamente sem jeito e sem palavras. Ela tinha o dom para isso. Laura, percebendo a situação, resolveu deixá-lo sozinho.

- Era só isso, professor? Posso ir agora?

- Sim, era só....obrigado.


**


Snape estava sentindo algo diferente em seu coração. Algo que há muito tempo não sentia. Havia se esquecido de como é bom ganhar um presente. Já era o segundo presente que Laura lhe dava. E, ao que parecia, ela se preocupava muito com ele, com sua felicidade. “Por quê?” – Snape se perguntava.


Cada vez mais Laura invadia a cabeça de Snape. Às vezes lembrava dos momentos em que a teve em seus braços, desmaiada. Podia sentir, só com a lembrança, a maciez dos seus cabelos, o perfume....e uma louca vontade de beijá-la invadia seus pensamentos.


Snape já não conseguia mais controlar sua mente....Laura estava lá...o tempo todo. Numa certa noite, acabou sonhando com ela:


es estavam numa festa, dançando. Laura usava um lindo vestido verde-esmeralda. Ele sentia o corpo dela bem junto ao seu. O perfume lhe deixava embriagado. Colou seu rosto no dela. Podia sentir a respiração dela no seu pescoço...e o desejo aumentando. Parecia que não havia mais ninguém na festa...só os dois. A música parecia ficar cada vez mais lenta e vagarosamente suas bocas foram se aproximando até se encontrarem e terminaram num longo beijo. De repente a música parou e eles pararam de se beijar e de dançar. As pessoas na festa estavam assustadas. Um barulho....homens mascarados...varinhas em punho....Era Lord Voldemort com seus comensais. Snape foi imobilizado e Laura seqüestrada.


Snape acordou com um susto. Tudo parecia tão real. Sentiu um aperto em seu peito. Era só sonho ou alguma previsão? Snape não sabia...nunca havia tido aquele tipo de sonho, muito menos com o Lord das Trevas....era muito estranho.


Os dias se passaram e Snape observava muito os passos de Laura. Discretamente, pois não queria que ela desconfiasse. Estava preocupado com o que sonhou.


Fazia algum tempo que Lord Voldemort não dava notícias. A marca em seu braço estava normal, sem alteração. Isso também era muito estranho.

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