Wake up!
Era Lílian Evans, a garota pela qual ele sentia um amor tão grande, que seria capaz de mudar toda sua personalidade, apenas para tê-la por perto.
Anberlin - Amsterdan
Depois de todos aqueles episódios, não tivemos muito tempo pra parar e pensar, os exames prosseguiram por dois longos dias. Nós chegávamos exaustos à sala comunal, depois de tantas práticas, perguntas, testes, enfim, havia acabado. Aqueles últimos dias de aula ao meu ver nem precisavam acontecer, afinal, já tínhamos feito os exames e o ano de certa forma estava concluído. Foi só a mesma rotina, de praxe.
-Merlim! Que ótimo! É como se eu me livrasse de dez toneladas nas costas...
-Nem me fala Líl, esses exames já estavam me deixando biruta.
Alice permanecera quieta, parecia ainda nervosa, reparei em suas mãos suando.
-Qual o problema? -indaguei.
-Preciso falar com ele... -respondeu ela em tom confidencial, apontando com a cabeça para o canto oposto, onde encontravam-se os marotos, em uma conversa descontraída. -Não agüento mais esperar sabe?
-Entendo. Você... Não quer ir lá? Agora?
-Estou unindo forças, e coragem. -respondeu Alice simplesmente, em tom trêmulo. Depois de alguns minutos em silêncio, eu e Catherine olhando com expectativa para ela, Alice se levantou e foi em direção aos meninos. Nós ficamos observando de longe.
A morena se aproximou respirando fundo, e quando os garotos perceberam sua presença ali, ela finalmente disse:
-Remus, nós precisamos conversar.
Sem demonstrar muita surpresa o maroto olhou para Alice e concordou.
-Certo. Caras, vejo vocês depois?
-Não, não se incomode, nós saímos. -anunciou James de modo educado. -Preciso acertar algumas contas também. -então ele e Sirius se afastaram do casal, vindo em nossa direção. Meu coração pareceu cair no estômago quando reparei neles se aproximando.
-Cat, Cat, não olhe agora! -sibilei rapidamente e ela arregalou os olhos. -Potter e Black, eles estão vindo aqui, disfarça! -no instante seguinte peguei um livro que estava no sofá e comecei a folheá-lo. Potter teve a cara de pau de se sentar ao meu lado, meu coração acelerou de um segundo ao outro.
-E aí Evans? -perguntou em tom descontraído.
-O que você quer Potter? -retruquei demonstrando que não estava disposta à escutar as idiotices dele.
-Nada absolutamente. -respondeu ele com naturalidade. Merlim eu ficava indignada em como ele podia ser tão descarado! -Só me redimir, pra falar bem a verdade. Lamento por você ter presenciado aquela cena no jardim.
-Lamenta? -repeti, largando o livro de lado, meus olhos faiscando de irritação. -Pois eu acho que foi ótimo tê-la visto, pra eu finalmente perceber quem é James Potter. Não que eu já não tivesse tirado muitas conclusões óbvias. -sorri irônica, tentando manter a calma, mas minhas mãos me entregavam, pois tremiam muito.
-Que tipo de conclusões? -ele perguntou interessado.
-Os fatos de você ser arrogante, prepotente, nojento, presunçoso, pretensioso, galinha, crápola, hipócrita, irritante, desagradável, inconveniente, mascarado... Bom, se você quiser eu faço uma lista. -sorri enumerando nos dedos os "elogios". E adivinhem o que ele fez? Ele sorriu. Absolutamente, aquele garoto tinha problemas mentais. -Qual é o seu problema Potter? Vai precisar que eu repita tudo pra você entender? -ele continuou com aquele mesmo sorriso confiante no rosto. Uuuuurrghhh aquele garoto sabia como me irritar!
-Não Lílian, eu entendi. -disse ele levantando-se. -Só que você há de perceber que está muito enganada à meu respeito. E eu vou te provar. -James piscou confiante e saiu, deixando eu, Cat e Sirius atônitos. Virei-me para o moreno sentado ao lado de Catherine, e disse:
-Black, o seu amigo precisa se tratar é sério. -levantei-me e sem perceber o desespero no rosto de minha amiga, me despedi. -Se me dão licença, preciso de uma boa noite de sono. A gente se vê amanhã...
Dito isso subi e não percebi o olhar assassino de Catherine sobre mim. Agora ela e Sirius estavam ali, sozinhos depois de um longo tempo, e um parecia tão desconcertado quanto o outro.
-E então Sirius? -começou ela, tentando puxar assunto. -Como foi nas provas?
-Nada mal. -respondeu ele com naturalidade, encarando-a. -E você?
-Bem, eu acho. -ela mordeu o lábio inferior nervosa, baixando a cabeça, porém não reparou em Sirius observando-a. Pensava ele como ela era bela! E a vontade de perguntar-lhe quem era o tal garoto da sala veio perturbar suas idéias. Catherine percebendo o certo desconforto do maroto indagou:
-Algum problema?
-Não. -respondeu Sirius rápido demais. -Não, absolutamente. Eu só... -Sirius respirou fundo. Fosse o que fosse ele precisava saber. -Catherine eu... Acidentalmente a vi tocar piano em uma sala vazia há alguns dias. -a menina arregalou os olhos assustada. -E bem, a sala não estava exatamente vazia. - "Patético" pensou ele. -Quem era aquele garoto com o qual... -ele passou a mão pelo queixo sério. -Você sabe.
Cat abraçou a si mesma, com uma expressão perturbada. Ele não podia ter visto, não podia... Ela ficou em silêncio, olhando para frente e não respondeu. Sirius a encarava, com um olhar confuso e depois de um tempo percebeu que ela realmente não ia responder sua pergunta. Nessas horas ele se sentia tão irritado consigo e com ela, que tinha vontade de desistir daquela loucura e simplesmente seguir seu caminho, pegando as meninas que queriam ser pegas e apagar Catherine da sua cabeça. Ele ergueu a cabeça, crispando os lábios. Sorriu para ela e se levantou sem dizer nada, deixando a garota sozinha ali, sem saber direito o que havia acontecido. Um turbilhão de pensamentos invadiu a cabeça da jovem. "Ele deve pensar que eu sou louca, como todos os outros pensam. Mas eu queria o quê, passando essa imagem esquisita pra todo mundo..." pensou com um pouco de remorso.
Há essas alturas Sirius já estava apoiado no parapeito da janela da torre, olhando a paisagem noturna, pensativo. Ele entrou sem sequer cumprimentar James, estirado em sua cama. O amigo pigarreou depois de um tempo e foi até a janela.
-O que houve?
-Nada.
-Cadela, você mente muito mal.
Sirius olhou de esguelha para o amigo e abafou o riso.
-Aquela louca da Catherine. Eu perguntei quem era o cara.
-E o que ela disse?
-Nada. Ela simplesmente não respondeu e ficou olhando pra frente como se tivesse um bicho-papão parado ali. Eu não entendo cara, e cada vez que eu tento entender fico mais confuso.
-Talvez você não se esforce o bastante. -Sirius encarou o amigo com um olhar severo. -Tá, tudo bem... Esquece, não tá mais aqui quem falou, eu hein...
-É sério James, é irritante! Eu vou acabar cansando desse joguinho, me irritando profundamente e voltando aos velhos tempos de catar geral, ouça o que eu digo.
O amigo riu abertamente. -Você nunca vai tomar jeito. -Sirius sacudiu os ombros.
-Como se isso fosse realmente importante. -desdenhou o moreno.
Alice e Remus sentaram-se no sofá, ela muito nervosa e ele bastante calmo e aparentando preocupação com o estado dela.
-Tem certeza de que está tudo bem? -insistiu ele pela terceira vez, cuidadoso.
-Tenho Remus, tenho sim. -ela respondeu com a voz trêmula. -Na verdade nem tudo vai bem, nosso namoro não faço idéia a quantas anda. E é sobre isso que quero conversar. -Alice assumiu uma expressão séria e Remus apenas concordou com um gesto de cabeça, pronto para ouví-la. -Remus a gente está muito distante e eu, de certa forma, senti falta da sua companhia em diversas ocasiões. Não foi apenas por sua causa que o nosso namoro esfriou, mas minha também, embora fosse algo que nós não podíamos evitar, com tantas coisas pra fazer, NOM's, monitoria e tudo o mais.
-Vá direto ao ponto Alice. -interpelou Remus de maneira suave.
-A questão é que eu conheci um garoto, do meu grupo de estudos. O nome dele é Frankie Longbottom.
-Da Lufa-lufa?
-Sim, ele mesmo. Nós acabamos nos aproximando Remus, devido à nossa falta de diálogo e a minha inestimável carência. Não aconteceu nada, tenho bom senso e respeito você. Mas estou desgastada com toda essa situação e não consigo ver um porquê de nós continuarmos juntos, acho que seria uma espécie de ilusão.
-Alice eu entendo perfeitamente o seu lado, mas acho que você apesar de tudo foi um pouco egoísta, involuntariamente. Eu poderia bater os pés no chão e dizer que não aceito o fim do nosso namoro, presumo que é isso que você está tentando dizer, amaciando as palavras dessa maneira. -Remus não escondia seu desapontamento com a garota, ele sempe pensara nela em primeiro lugar e esperava que pelo menos numa situação como essa ela pensasse nele. -O que posso dizer é que lamento, mas não vou te prender, quero que você seja feliz e se for pra ser ao lado de outro cara, então, prefiro assim. Gosto muito de você, ouso dizer que amo você, e exatamente por amar-te é que vou deixar você tomar sua decisão.
Naquelas alturas Alice se debulhava em lágrimas incessantes, e passava as mãos no rosto, inutilmente.
-Eu sinto muito... -exclamou entre o choro.
Remus abraçou-a e disse em voz baixa. -Está tudo bem Alice, tudo bem...
Era isso que fazia de Remus um rapaz tão encantador: o fato dele sacrificar-se pelas pessoas que amava, mesmo que isso significasse seu próprio sofrimento.
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E aíííííí, depois de muito tempo está aí! ;D Sinto-lhes dizer que a história já está se encaminhando para o fim, mas... Fazer o que né? '-'
Eu ouso dizer que essa não é uma das melhores fics que eu já escrevi, já tenho ela toda encaminhada, mas o enredo não me foi tão surpreendente... Enfim, é isso. Ah, e eu tô pensando em republicar a minha primeira fic dos marotos -lógico com algumas alteraçõezinhas, mas nada que prejudique a história principal. Ela é ótima ;D
Um beijo pessoas ;***** e desculpem pela demora.
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