Aqui sem Você




Na estação de King’s Cross, estavam Olho-Tonto Moody, Tonks, Lupin, Sr. e a Sra. Weasley, Fred, Jorge e o Sr. e a Sra. Granger.
– Bonita blusa. – disse Lupin para Tonks, que estava usando uma blusa da banda bruxa As Esquisitonas.
– Hehe... Valeu. – Agradeceu ela – E aí, já pensou naquele assunto?
– Humm... Já. – respondeu Lupin evitando, mais uma vez, os olhos de Tonks.
– E...? – perguntou ela esperançosa.
– E... A minha decisão é não, Tonks... O problema não é com você não – Acrescentou ele ao ver a expressão no rosto dela – O problema é comigo. Sou velho demais para você... Pobre demais... Perigoso demais... Eu não te mereço, você merece um homem bem melhor que eu.
– Mas eu não me importo, juro! Eu te amo... – disse Tonks argumentativa.
– Chega Tonks... Ah! Veja, aí vêm eles!
E viram Harry, Rony, Hermione e Gina. Viram a cara de espanto deles ao verem pessoas da Ordem ali. Eles falaram com Harry e com os tios dele, que os olharam como se fossem aberrações da natureza. Tonks percebeu que Petúnia a olhava com mais repugnância do que a qualquer um.
E então Harry já tinha ido embora com seus tios. E Hermione com seus pais.
– Tonks, querida, você está bem? – Perguntou a Sra. Weasley, que com seu incrível poder de percepção, notou que havia algo errado com Tonks.
– Estou sim Molly. – Respondeu Tonks casualmente.
– Tem certeza? Vamos tomar um chá em minha casa? Venha conosco. Assim você pode me contar tudo...
– Tudo o quê Molly? – disse Tonks com um ar cansado – Mas tudo bem, eu vou.
– Ótimo, então vamos. – Disse ela à Tonks e ao restante da família Weasley.
~xxxxxxxxxxxxx~

Quando Chegou à Toca, Molly Weasley ficou sozinha com Tonks, na cozinha.
– E então? O que Remo fez desta vez? – Molly perguntou carinhosamente à Tonks.
– Ele apenas disse que não quer ficar comigo! – Ela disse aborrecida.
– Humm... Imagino porque seja...
– Se você imagina que ele disse que é velho demais pra mim, perigoso, pobre, etc. acertou! – disse ela ainda mais aborrecida.
– Ah, querida, você tem que entender o lado dele também. Ele viveu em meio ao preconceito a vida toda e... – Molly nem chegou a terminar a frase.
– E agora que encontra uma pessoa que o ama do jeito que ele é, ele dá as costas!! – E não conseguiu se controlar, pois começou a chorar.
– Olhe, tenha calma, dê tempo ao tempo, você vai ver... Tudo dará certo... – Falou Molly, dando palmadinhas carinhosas na costa de Tonks, enquanto a garota chorava em seu ombro.
– Ah, M-Molly, a-acho que j-já vou indo... – disse Tonks soluçante.
– Tudo bem, querida. E vê se tenta conversar com ele de novo, quando você tiver oportunidade.
– É... eu não sou daquelas que desistem tão fácil. – disse tonks mais calma.
– Tchau Molly, e obrigada pelo chá e pela compreensão.
– Disponha!
E Tonks aparata em sua casa. Meio abalada pelo que tinha ouvido, ela deita em sua cama e começa a pensar: Por que esse preconceito agora? Não estava tudo bem há umas semanas?
E daí que ele fosse pobre e lobisomem? E a diferença de idade não era tão grande... Pelo menos não para ela. Achava uma infantilidade muito grande, a dele. Ela sabia se cuidar, ela não era uma princesinha, para ficar com homens jovens, lindos e ricos! Ela só queria estar com ele... Só mais uma vez.

~Flash Back~
– Então, é isso Lupin. Falei! Eu tô... Hum... Apaixonada por você! – Ela admitiu de olhos fechados.
E então Lupin começou a rir.
– O que foi?! – Perguntou ela, fazendo força para não rir também.
– Nada... É que... Pode-se dizer que eu também sinta esta suposta atração por você.
E Tonks começou a rir também. Eles começaram a rir juntos, ficando cada vez mais próximos um do rosto do outro. Quando os narizes se tocaram pararam de rir e apenas se beijaram. Nada como o primeiro beijo. Foi um beijo inocente, puro, sem razões, só as emoções estavam ali.
~fim do Flash Back~

Então viu o horário no relógio. Em uma hora teria que estar no Ministério. Ela sabia que agora ia trabalhar muito, já que as pessoas finalmente tiveram as provas de que Voldemort e seus Comensais estão em ativa. Foi até o banheiro checar sua aparência, nem tinha percebido, mas seus cabelos estavam castanhos opacos. Foi tentar se metamorfosear, mas não conseguiu. Talvez sua saúde mental estivesse se refletindo na sua saúde física. Então foi para um beco próximo à sua casa e aparatou.
Lupin estava em sua casa. Recebera uma grande tarefa. Teria que se infiltrar, na semana seguinte, entre os lobisomens de Greyback. Mas agora seus pensamentos se desviaram e estavam em uma linda moça de cabelos rosa chiclete, Tonks. Será que ele tinha sido insensível com ela? Garotas são difíceis de entender as coisas, se deixam levar demais pelos sentimentos e emoções. Mas certamente ele não queria fazê-la triste. E é por isso que não quis nada com ela, para ela ser feliz, com outro rapaz. Só de pensar em Tonks, a tristeza o abatia. Mas com certeza, pensou ele, iam passar um bom tempo separados, talvez nesse tempo ela o esquecesse.
Uma coruja velha entra estabanada pela janela da casa de Lupin. Ele a reconhece, era Errol, a coruja da família Weasley. A coruja tinha no bico um convite para um pequeno almoço na semana seguinte, na Toca, e pedia para responder imediatamente. Lupin respondeu que sim. Sempre eram bons, os almoços na Toca.

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