Prólogo
- 18 anos atrás -
- Aqui está ela Senhora Weasley, é uma linda menina, parabéns.
- Sem dúvida ela é uma Weasley, os cabelos comprovam Molly...
Um bebê frágil, de pele alva e com alguns fios vermelhos fogo foi colocado nos braços da senhora Weasley naquele dia. Era a filha mais nova do casal que já possuía 6 filhos, todos homens e igualmente ruivos.
- Como ela vai chamar Arthur?
- Não sei... O que acha de Ginevra?
Molly sorriu brincando com os dedinhos do bebê que sorria as vezes no seu colo bem aconchegante.
- Gosto dele, Ginevra Molly Weasley.
Os pais sorriam felizes, agora havia mais uma criança na família e dessa vez, era uma menina, o sonho de Molly sempre fora ter uma garotinha onde pudesse cuidar e mimar, já que isso não era possível com os garotos.
- O que foi esse barulho Arthur?
- Vou ver Molly, não se preocupe, devem ser os garotos lá nos jardins novamente, os gêmeos não tem jeito mesmo sabe...
Arthur suspirou fundo passando a mão na nuca e saindo do quarto se preparando para dar uma bronca nos meninos, até parecia que eles não sabiam que a mãe precisava de repouso agora, quando ele adentrou na sala, a porta estava escancarada, as coisas reviradas, alguns enfeites quebrados, Logo ele desviou o olhar para o grande relógio da família, teria que colocar o nome da menina ali, faria assim que fosse possível, mas algo estranho o deteve olhando o relógio, ele estava apotando perigo mortal para todos os Weasley. O chefe da família sacou a varinha e começou a andar pela casa, o relógio nunca se enganava, havia algo errado ali.
- Fred? Jorge? Meninos parem com isso e venham aqui agora!
Ele andou para a cozinha em passos lentos, a madeira rangia sobre seus pés, mas nada além disso e o crepitar da lareira na sala podia ser ouvido.
- Gui, eu não mandei você tomar conta deles?!
Rapidamente Arthur foi lançado a parede, sentiu a cabeça sangrar e un frio peculiar descer sua espinha lentamente, abriu os olhos, os óculos tortos impossibilitavam uma visão completa do que acontecia ali, mas ele podia distinguir alguns vultos encapuzados, tinha que avisar Molly, ela tinha que sair dali com as crianças, eles haviam chegado.
- Boa tarde Sr. Weasley.
Uma voz saiu debaixo de um capuz, ele apontava a varinha para Arthur firmemente.
- O que você quer aqui? Não tenho informações do ministério se é isso que quer.
- Não quero isso agora, presumo que queira saber de seus filhos não? Aquele bando de muleques de cabelos vermelhos?
O coração de Arthur acelerou, sua respiração ficou entalada, ele havia pego seus filhos e de alguma forma ele sabia que o próximo seria ele, mas não podia deixar isso acontecer, tinha que tirar Molly dali.
- Bem, uma pena que tive que fazer deles anjinhos...
Uma risada seca saiu do homem escondido abaixo do capuz que logo cessou abafada pelos gritos desesperados de Arthur, seus filhos estavam mortos, todos mortos, não podia ser verdade, ele iria sair ali nos jardins e Percy viria correndo até ele contar as brincadeiras dos gêmeos com Rony enquanto Gui voava pelos jardins em sua vassoura nova. Nada podia ser verdade agora, o desespero tomou conta de Arthur.
- Seu desgraçado, eram meus filhos, os meus filhos!
O homem tirou o capuz, tinha um sorriso maléfico nos lábios, apontara a varinha diretamente para o coração de Arthur.
- Não se preocupe, logo se juntará a eles... Avada Kedrava!
Um lampejo verde vivo cortou o aposento e segundos depois, Arthur Weasley estava caído ao chão morto. O homem passou por cima dele com indiferença e subiu as escadas, não deixaria ninguém vivo, eles tinham que temer novamente o Lord, entender que ele mandava e ditava como queria o jogo.
- Arthur é você? O que eles estavam fazendo?
Molly deixou Gina no berço, deu um beijo no rosto da filha e abriu a porta com um susto, haviam pessoas encapuzadas no corredor, não via Arhur aonde ele estaria? Tentou manter a calma e pegou o neném no berço e a varinha na mesa de cabeceira, tinha que sair dali, pegaria os meninos e sairia dali o mais rápido possível. Ela abriu a janela quando parou estática, congelada pela voz que saira de algum lugar atrás de si.
- Já vai tão cedo? É assim que os Weasley recebem as visitas?
- O que quer?
Molly chorava compulsivamente, segurava a criança nos braços que chorava também, o homem na sua frente sorria vendo aquela cena, medo era o que sentia naquela mulher e era disso que gostava, gostava do terror que causava nas pessoas.
- Te mandar junto com a sua família
Ela colocou a criança na cama e empunhou a varinha trêmula.
- Aonde eles estão?
Molly tinha medo da resposta, preferia não ter que ouví-la, preferia acreditar que era mentira.
- Aonde eles estão?!
Ele riu, uma risada fria e alta que congelou e arrepiou Molly inteira e desviou o olhar para a criança na cama, se aproximou dela pegando-a nos braços, sorriu vendo a bebê, realmente era filha daquele casal, era ruiva igual todos os outros, mas ela parara de chorar, o olhava com o dedo na boca. O encapuzado franziu o cenho, aquele bebê não demostrava medo dele, ele estava sorrindo.
- Mortos. E agora, você também estará... Lucius faça as honras por favor. Mas antes, como ela chama?
- Não toque na minha filha!
Bradou a mulher pronta a avançar sobre o bruxo.
- Como ela chama?
- Solta ela.
Um lampejo saiu da varinha do homem e acertou Molly em cheio, ela se contorcia no chão gritando de dor.
- Como ela chama Senhora Weasley?
- Ginevra...
- Não gosto desse nome. Termine o serviço agora Lucius.
- Claro mestre.
Um outro encapuzado tomou a frente do grupo, alguns fios prateados podiam ser vistos debaixo do capuz.
- Avada kedrava!
Molly caiu no chão com outro relâmpago verde, estava morta, como toda sua família. A criança estava no colo do homem que ainda a olhava intrigado, não entendia como um ser tão frágil não podia sentir nada com ele.
- Vamos embora.
- Mas e a criança mestre...?
- Não te interessa Lucius vamos.
Eles deram as costas saindo da casa e levando a menina com eles, a marca negra podia ser vista flutuando sobre a casa, onde estavam os Weasley, mortos.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!