Capítulo Único.



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AVISO: Essa fic contém cenas fortes de violência, então leia e pratique com as vagabundas que dão em cima do seu namorado. (y)

”Sirius estava largado em sua cadeira, equilibrando-a apenas nas pernas traseiras. Ele era realmente atraente; o cabelo escuro lhe caía sobre os olhos numa espécie de elegância casual que nem James nem Harry nunca conseguiriam ter, e uma garota sentada atrás dele lançava olhares esperançosos...”

Esse é Sirius Black. Todas o amam, todas o querem. Ele é perfeito, lindo, maravilhoso. Só tem um detalhe. Um mínimo detalhe: Sirius Black tem namorada. E antes de vocês investigarem tudo sobre a pobre coitada que vocês condenarão de morte, é bom que saibam de algo...
Essa sortuda sou eu.

Marlene McKinnon, prazer. Morena, olhos castanhos e cabelos ondulados.

Mas o que Sirius Black está fazendo com essa mocréia? Simples, queridos. O amor não tem explicação. Mas vou poupar o trabalho das que querem investigar tudo pra poder me matar depois, ok?

Eu já conhecia Sirius Black de nome. Lá em casa diziam que ele era o rebelde da família Black. Não é o que vocês estão pensando, minha família não é tão ruim quanto à família Black! Nós somos do bem. Minha família é toda amiguinha dos Potter e lá eles discutiam muito sobre os Black. Aliás, qualquer família de sangue-puro discute sobre os Black. Todos estão envolvidos com Magia Negra. Todos eles menos Sirius.

Lembro-me que James logo disse que era impossível alguém daquela família ser realmente bom, como diziam que Sirius era. E, olha que ironia, Sirius e James são melhores amigos agora.

Quando entramos em Hogwarts todas as meninas caíram em cima deles. Até as mais velhas. Bom, eu acho que a maioria era mais velha. Eu sempre fui muito próxima de James, porque já nos conhecíamos e isso fez eu me aproximar de Sirius também.

Éramos grandes amigos, apesar de eu sempre chamá-lo de Black. Eu sabia que isso o irritava e fazia de propósito. Assim como Sirius fazia várias coisas pra me irritar de propósito também. Eu nunca discutia sobre as meninas que ele ficava e ele não discutia sobre os meninos que saiam comigo, o que era muito pouco perto do número de garotas que ele ficava por semana.

Mas isso mudou. Não sei quando foi, mas eu só percebi quando já estava claro demais.
Era um dia de passeio à Hogsmead e eu fui convidada por Daniel Judd pra ir. Lily, minha melhor amiga, ficou na escola estudando não sei pra quê. Então eu decidi ir, não tinha nada a perder mesmo.

Fomos ao Três Vassouras e Sirius estava lá com uma garota qualquer. Ele me viu e eu sorri pra ele, sorriso esse que não foi correspondido. Franzi o cenho e deixei isso pra lá, no momento eu queria aproveitar a tarde.

Não pude fazer isso.

Depois de um tempo percebi que Sirius não parava de me olhar e fiquei um pouco incomodada com isso. De repente, ele levantou e me puxou pelo braço pra fora de lá.

Foi nossa primeira discussão depois disso. Ele dizia que eu não podia ficar saindo com qualquer um e eu dizia que ele não tinha o direito de falar isso, porque ele também saia com qualquer uma. Lembro-me todos os dias dessa discussão, e acho que vou lembrar pra sempre o que ele me falou depois disso...

- VOCÊ NÃO TEM O DIREITO DE FAZER ISSO BLACK! – a menina gritou exasperada, se aproximando ainda mais do garoto a sua frente. – VOCÊ SAI TODOS OS DIAS COM QUALQUER UMA! E além do mais você é meu amigo, não é meu pai ou meu namorado!

- Ah, é? – o garoto a sua frente disse e agarrou seus braços, colando seus corpos que estremeceram.

A menina ficou estática olhando pros olhos azuis vivos do menino que brilhavam raivosamente. Os braços do garoto desceram por suas costas e chegaram a sua cintura a abraçando. Seus sentidos foram destinados diretamente ao garoto. Só a ele.

A respiração de ambos falhou com a proximidade e, em cada novo toque do garoto, a menina estremecia gostosamente. Ela suspirou forte tentando recuperar os sentidos da realidade, mas o máximo que aconteceu foi sentir ainda mais o perfume entorpecente do garoto. Canela e menta.

Quando ele roçou seus narizes, a menina esqueceu-se de tudo e correspondeu a todos os seus atos. Depois de minutos de tortura de ambas as partes, o beijo aconteceu. Calmo, aconchegante e quente. O melhor primeiro beijo que eles já tiveram em todas as suas vidas. O mais perfeito, o mais certo de todos...


Depois desse acontecimento as coisas ficaram estranhas entre a gente. Às vezes nos beijamos e era como se estivéssemos voando, mas tudo voltava ao normal quando estávamos separados.

Tudo realmente mudou a partir do dia que vi Sirius se agarrando no corredor com uma menina. Ok, isso não é muito anormal se tratando de Sirius Black, mas eu me senti estranha, traída, machucada e, principalmente, com uma vontade louca de pegar a menina pelos cabelos e tacar ela da torre mais alta do castelo. Pra finalizar, eu jogaria um pouco de nitroglicerina e ela explodiria em pedacinhos.

No dia, ao ver a cena, meus olhos queimavam só de imaginar a morte bem sofrida da garota.

Quando eles se separaram, Sirius me viu e o sorriso maroto que brincava em seus lábios morreu no mesmo instante. Assim como a menina morria nos meus piores pensamentos. Eu simplesmente me virei e segui meu caminho e foi daí que tudo só piorou.

Sabíamos que sentíamos algo forte um pelo outro, mas nenhum dava um passo sequer. Cada vez que uma menina chegava a metros de Sirius, os planos mais maléficos zanzavam em minha cabeça. Merlin, tudo aquilo precisava acabar. E uma semana depois, nada acabou. Pelo contrário, tudo começou de vez...


O vento batia forte naquela parte do castelo. Seus cabelos faziam ondas pelo ar enquanto eram jogados pra trás pela ventania. Daquela janela podiam-se ver os jardins da parte de trás da propriedade da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, era a parte favorita dela.

Alguém virou a esquina e entrou no mesmo corredor em que se encontrava. Seu perfume de canela e menta era incomparável com qualquer outro no mundo. Ela sorriu. Era ele.

Sirius Black. O garoto mais popular e bonito da escola. Era disputado ferozmente por todas as garotas de Hogwarts. E, ela supunha que ele já tinha ficado com todas elas.

O garoto se aproximava devagar contrastando com o vento que ficava cada vez mais forte conforme Sirius andava até chegar a ela. Quando chegou ao seu destino, apoiou-se na janela juntamente com Marlene.

- Te procurei pelo castelo inteiro, Lene! Por que aqui? – ele disse virando-se pra garota e encarando-a como se estivesse bravo.

Ela sorriu e virou-se pra olhar aqueles olhos azuis do garoto que a penetravam querendo desvendar cada segredo seu.

- Black, querido, você sabe que eu sempre venho aqui. – ele desfez a cara de bravo e começou a olhá-la constrangido. Corou levemente. – O que você quer comigo? E... – ela olhou pra ele com um sorriso brincando em seus lábios. -... você está ficando rosa?

De rosa foi pra vermelho e ele desviou o olhar pros jardins.

- Odeio quando você me chama de Black! – ele exclamou. Ela riu.

- Odeio quando você não fala logo o que quer! – ela rebateu e Sirius sorriu. Lene juntou-se a ele observando os jardins.

Marlene olhava pra Sirius discretamente às vezes. O garoto parecia tomar coragem pra algo. Estava confusa. Sirius Black nunca foi disso, ele sempre dizia o que queria e jogava pro ar as conseqüências disso. Era direto, curto e grosso. E normalmente isso vinha junto com sarcasmo e ironia engraçados pra que quem estivesse em volta risse e ficasse admirando ele.

Ele suspirou longa e pesadamente e virou-se decidido pra menina, que ao perceber seu movimento, fez o mesmo.

- E sabe o que mais eu odeio, McKinnon? – ele perguntou bravo, o que assustou a menina. Nunca Sirius tinha falado assim com ela. – eu odeio como eu fico quando você está perto, odeio ter que tremer cada vez que eu ouço sua voz, odeio o seu cheiro, porque ao senti-lo eu fico louco, entorpecido. Odeio esse olhar seu que eu fico tonto só de encarar. Odeio seus cabelos, que eu fico com vontade de tocar a cada minuto. Odeio esse monstro na minha barriga que ruge cada vez que qualquer garoto chega perto de você, que faz com que eu fique com ciúmes até do Snape! – ele riu nervoso nessa parte. Passou as mãos rapidamente pelos cabelos e continuou. - E principalmente, Lene, eu odeio te ter tão perto e ao mesmo tempo tão longe; precisar de você a cada minuto que eu respiro e você estar tão distante faz minha respiração falhar. Eu não me importo com nenhuma dessas garotas que se jogam aos meus pés, eu não me importo com a minha fama de pegador e não me importo em sujar o nome dos marotos, eu só me importo em ficar com você pra sempre!



É, né? Que pena pra vocês, queridas. Ele quer ficar comigo pra sempre, não?

Mas a minha linda e psicopata historinha não termina por aqui, meu bem.

Agora vem a pior (ou melhor) parte!

Hannah, a rata mal-amada.

Era um quente e calorento dia de... inverno. Quando eu acordei, desejei que o mundo acabasse ali mesmo naquele momento. Apenas eu e... minhas cobertas quentinhas no nosso ninho de amor. Olhei pro meu lado esquerdo e vi meu adorável despertador velho. Eu o amava tanto por não funcionar direito. Já eram dez da manhã e ele nem tinha dado um pio. Espreguicei-me lenta e preguiçosamente.

Após me trocar, desci para a aconchegante Sala Comunal, a qual eu esperava estar vazia pra eu aproveitar a minha manhã quentinha em frente à lareira matando as aulas de Poções, História da Magia e Feitiços.

Enfim, ela não estava vazia. Reconheci aqueles cabelos negros brilhantes encostados numa das poltronas em frente ao fogo. Sorri e me aproximei devagar. Sentei no seu colo e dei um leve selinho em seus lábios. Sirius não acordou.

Desgraçado, aposto que está fingindo.

Já faziam mais ou menos dois meses que estávamos namorando. Cara, eu amo Sirius Black, mas ele me irrita profundamente. Principalmente quando ele dá bola pra meninas que ficam dando em cima dele.

Eu, realmente já perdi minhas forças pedindo pra ele segurar o rabo e não ficar balançando toda hora que uma garota chega perto. Parece que é época do cio!

Eu suspirei, cansada e dei uma mordida bem dada no pescoço dele. Provavelmente deve ter doído. Dane-se.

- Ai, LENE! – disse ele “acordando” e dando um pulo enorme que quase fez eu cair de bunda no chão. Isso não seria agradável. Principalmente pra ele (6). – Doeu, amor!

Ok, só mesmo Sirius Black pra me chamar de amor numa hora dessas. Mas, incrivelmente, eu me acalmei um pouco. Dei um sorrisinho maroto e o puxei pela gravata, dando um beijinho no lugar machucado, seguindo de uma leve lambida. Ele tremeu.

- Le... ne... só você mesmo pra me deixar desse jeito...

Ho! Temam o meu poder sobre as pessoas. Temam mesmo.

Fomos tomar café-da-manhã na cozinha e ele me disse que tinha feito o esforço de matar todas as aulas da manhã pra ficar me esperando. Chegamos à cozinha e demos de cara com uma coisa não muito legal.

Hannah Tointon, Lufa-Lufa. Vocês prestaram atenção no lindo e tocante sobrenome do ser? Realmente, eu penso que deve ser castigo de Merlin ter um sobrenome assim. Tointon! Ela deve ter feito uma coisa muito feia pra receber esse castigo...

Eu não sei a cor do cabelo dela, porque ela vive pintando igual a uma cabrita. Aposto que deve ser cor de burro quando foge. É baixinha e suas vestes estão sempre com uns três números a menos do que ela deveria vestir. Podemos ver as banhas dela saltando pra fora da camiseta e da saia. Eu sempre achei que ela fosse uma animaga, uma rata. Porque, Merlin, eu nunca vi ninguém parecer tanto um rato, quanto ela parece. É assustadora a semelhança. Enfim, ela já ficou com Sirius...

Deve ser por isso que ela, no momento que nos viu, saiu correndo em nossa direção, pulando e gritando: “Siriuzinho que saudadeeees!”. A querida Hannah, pulou em cima do MEU namorado e começou a se sacudir, apertando Sirius bem forte. Não dava pra eu ver a cara dele, pois as banhas dela escondiam tudo.

Eu acho melhor, pro bem dela, que ela desça dele e suma da minha frente. Soltei um “ham, ham”, mas nada aconteceu. Eu realmente acho melhor ela soltar ele, estou ficando um pouquinho nervosa.

Vi que Sirius estava sem reação, deve ser por causa do choque. Não o culpo. Ele é homem e os homens são uns frouxos que não sabem controlar seus hormônios. Então se ela não soltar ele em dez segundos, ela explode em pedacinhos.

10...

Apertei os punhos pra tentar me controlar. A mesa mais próxima da gente e as coisas que estavam lá começaram a tremer.

9...

Respirei fundo, bem fundo e tudo parou.

8...

Eu ficava vermelha cada vez mais e os elfos que estavam há uns três metros de distância começaram a se afastar ainda mais.

7...

Francamente, essa garota não tem vergonha na cara, não?

6...

Ela repetia o tempo todo coisas do tipo: “Estava com saudades!”, “Você continua no ponto pra mim.” ou “Se lembra do tempo que a gente se amava?”.

5...

AAAAAH! Será que ela não se liga que é impossível alguém sentir algo por ela?

4...

Nojo. É muito provável que todos sintam nojo dela.

3...

Ok, agora ela foi longe demais. ELA DEU UM BEIJO NA BOCHECHA DELE!

2...

Pelo menos deu pra ver a reação dele. Sirius fez uma cara de nojo e tentou esfregar a bochecha na manga da camisa.

1...

Agora já era, neguinha. Tá ferrada na minha mão. Eca, eu vou ter que tocar nela!

Peguei uma faca que estava na mesa. Era afiada, mas eu achei um tanto quanto pequena pro que eu queria realmente fazer... Apontei direto pra ela e disse calma, porém com a voz alta e, modéstia parte, assustadora:

- DESCE... DAÍ... ! – dei mais entonação no já e ela finalmente olhou pra mim. Arregalou os olhos ao ver o que eu segurava em minha mão esquerda. A ponta da faca apontava diretamente pro que devia ser o pescoço dela. Mas tava todo escondido por aqueles cabelos sujos e deprimentes.

Ela finalmente soltou o Sirius e disse:

- VOCÊ NÃO MANDA EM MIM, SUA MOCRÉIA! – e ainda mostrou a língua.

Ah, não sabia que se tratava de uma criança.

- Que pena. Pro seu bem, querida - eu dizia bem calma enquanto rolava a faca pelos meus dedos. Eu sou habilidosa nisso. -... acho melhor você começar a ter medo.

- VOCÊ ACHA QUE EU VOU TER MEDO DE VOCÊ? – ela continuou gritando como se aquela voz aguda e chata me agredisse. Sirius afirmava com a cabeça, ele sabe do que eu sou capaz.

- Humm... – encostei a faca levemente no meu queixo e olhei pra ela fixamente. – acho!

Ela ficou vermelha e sem resposta. Virou pro Sirius e disse algo como: “Onde estávamos?” e abraçou ele de novo. Ok, ela pediu...

Puxei ela pelos cabelos e a encostei na parede, não evitando de machucá-la. Ela tinha um olhar de surpresa (não sei por quê.) e começou a ficar vermelha. As coisas em volta de nós, novamente, começaram a tremer. E eu disse pausadamente:

- Nunca mais encoste no meu namorado, piranha! – apontei a faca direto pro pescoço dela e ela tremeu. Parecia um rato tendo convulsões.

- O...o que... o que vo... você... va... vai... fazer...? – ela disse ainda tremendo. Eu continuava puxando seus cabelos bem forte e a faca ainda estava apontada pro pescoço dela.

- Eu queria poder te explodir agora mesmo... mas eu vou deixar isso pra depois, quem sabe? – puxei mais ainda seus cabelos e ela soltou um gemido de dor. Depois eu teria que lavar minha mão umas cem vezes só pra tirar aquele óleo que os cabelos dela têm. – Cuidado comigo garota, se você encostar um só dedo em Sirius Black, você vai virar apenas um vestígio de uma explosão nesse castelo.

Ela acenou freneticamente com a cabeça e tremia ainda mais. Eu a soltei e ela já se preparava pra sair correndo quando eu disse: “Fique onde está.” Hannah parou feito uma estátua e eu peguei uns ovos que tinha em cima da mesa. Ela virou pra mim e arregalou os olhos quando viu o que eu segurava, mas antes de dizer qualquer coisa, eu quebrei todos os ovos que tinham na minha mão na cabeça dela.

Ela deus uns gritinhos irritantes e eu comecei a rir. Saiu correndo e eu me virei pra Sirius que estava comendo tranqüilo um pedaço de bolo.

- Desgraçado!

Ele riu pra mim com aquele sorriso maroto. E me agarrou pela cintura me dando um beijo daqueles que só Sirius Black consegue dar...

- Você não vai deixar só nisso, vai? – ele sussurrou no meu ouvido e se afastou pra olhar nos meus olhos. Eu pisquei pra ele e dei um sorriso maroto que aprendi com ele. Ele virou os olhos. – Eu tenho pena dessa garota.

- Relaxa, amor. Eu juro que a morte dela vai ser beeem devagar.

Rimos e saímos da cozinha com algumas coisas pra comer nas mãos do Sirius. Porque eu ainda tinha que desinfetar a minha.


Olivia, a vadia vesga

Uma semana havia se passado desde aquele acontecimento um tanto quanto peculiar na cozinha de Hogwarts. Hannah, até então, não chegava nem perto de Sirius. Acho que ela avaliou que não valeria a pena por em risco sua vida pra ficar com Sirius Black. Mas, é uma pena que eu ainda não tinha terminado com ela... Se bem que eu acho que “Tointon” como sobrenome já é um castigo suficiente pra coitada.

Estávamos tomando café da manhã, dessa vez no Salão Principal. Sirius comia igual a um cachorro, não sei por quê... Estava repreendendo-o quando uma menina se aproxima. AAAAH! Como eu odeio essa daí. Juro que se ela vier jogar charme pro meu Six, eu a corto em 13541354353543 pedacinhos.

Era uma menina loira, com os cabelos que mais pareciam uma vassoura depois de um Twist (?). Quase todos os dias ela alisava eles, em vão, coitada.

Coitada, nada. Eu já disse, é castigo de Merlin, por ficar dando em cima do namorado das outras.

Olivia Shaw. Eu tenho nojo só de pronunciar o nome dela, então não me façam repetir. Sirius já pegou essazinha também. Cara, eu to falando sério, meu namorado tinha um péssimo gosto, antes de me conhecer, claro. Olivia tinha cara de bunda e era vesga, muito vesga... toda vez que eu olho mais de um segundo pra cara dela, eu tenho vontade de rir até não poder mais... sorte é que eu nem consigo olhar pra cara dela.

Ela se aproximou e sentou ao nosso lado. Cochichou algo no ouvido do MEU namorado e deixou um bilhetinho na mão dele. Ok, calma Marlene, respira fundo!

O desgraçado do Sirius leu o bilhetinho e deu uma risadinha ridícula. Eu olhei pra ele com uma cara ou-você-me-fala-que-tá-escrito-ai-AGORA-ou-eu-te-mato. Ai, ele me deu o bilhetinho se afastando um pouco. Sim, ele realmente sabe do que eu sou capaz.

E eu nem pedi o bilhetinho. Eu pedi pra ele me falar o que tava escrito, ele podia até mentir. Exceto pelo fato de que se ele fizesse isso eu descobriria e o mataria com as minhas próprias mãos.

Six, amor...

Que tal relembrar os velhos tempos? Você não precisa dessa mocréia que se diz sua namorada pra sobreviver, precisa?
E mesmo se precisar, eu juro que tudo que a gente fizer não chegará aos ouvidos dela.

Beijos em todas as partes do seu corpo maravilhoso,

Oli.”


AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!

Eu vou matá-la. Fato. Eu só preciso achar uma empresa que produza dinamites e encomendar um pouco [lê-se: 1545453435464565468789754 potes.] de Nitroglicerina.

Eu fiquei muito vermelha e minha mão cobriu o papel todo o amassando e dilacerando-o. Sim, eu imaginava a cara da Oli bem desenhada no coitado do pergaminho.

Sirius riu e eu virei pra ele incrédula e com cara de assassina. Ele se aproximou cautelosamente e segurou minha mão vazia. Começou a acariciar ela numa tentativa frustrada de me acalmar. Abraçou-me longamente e sussurrou em meu ouvido: “Eu realmente necessito de você pra sobreviver.”

Beijou o lóbulo da minha orelha e começou a fazer a carinho em meus cabelos com a mão livre. A outra saiu da minha mão e foi em direção ao meu rosto. Suspirei. Ele me deu um leve, porém demorado beijo e ficamos um tempo com as testa encostadas. Agora sim ele conseguiu me acalmar.

Depois de um tempo nós voltamos a comer. E quando eu dei uma olhada pras portas do Salão Principal, vi nossa queria Oli saindo em direção ao banheiro feminino do primeiro andar. É agora!

Dei um beijinho em Six e disse que precisava ir ao banheiro urgentemente, pois meus cabelos deviam estar horrendos. Ele sussurrou um “Mulheres” e disse que não tinha como eu ficar horrenda. Ok, eu dei um beijo mais profundo e ele parou de reclamar.

Sai correndo em direção ao banheiro e ela estava lá, se olhando como se fosse bonita, no espelho. Oli não me viu e eu encostei em um dos boxes de frente pra pia e esperei até aquela idiota perceber algo. E, putz, demorou.

Quando ela, finalmente, percebeu que eu estava ali, ela virou com uma cara de eu-sou-gostosa-e-você-não-vai-me-bater. Ok, vai acreditando nisso, baby.

- Eu sei que eu sou muito linda, mas você vai ficar me encarando o dia todo, honey? – ela disse olhando pra mim. Quer dizer, eu acho que ele tava olhando pra mim, porque ela é vesga e a gente nunca sabe pra onde ela está olhando.

Eu ri muito, mas eu fiz só pra deixá-la irritada. Não estava com vontade de rir. Pelo menos não antes de eu terminar o serviço. (6)

- Primeiro, honey: você não é bonita, pare de se iludir porque não faz bem, amor. Segundo: não, eu não vim te encarar, Oli, eu vim te dizer pra você ter um pouco de respeito por si mesma e não ficar dando uma de vagabunda por ai.

Ela ficou extremamente vermelha e disse/gritou com a voz esganiçada:

- VOCÊ TÁ ME CHAMANDO DE VAGABUNDA, MOCRÉIA?

- Putz, eu não sabia que além de burra, ela era surda. – disse olhando pra cima. – e, tente ser mais criativa, querida, você já me chamou de mocréia hoje, pro meu namorado, sim?

Ela ficou ainda mais vermelha, se possível, e virou pra ir embora. HA! Não tão cedo!

Eu nem precisei levantar a varinha, com a raiva que eu tava, a porta fechou e trancou-se sozinha. HO!

Ela olhou pra mim, e cara, ela tava com medo. A D O R O isso!

Eu a desarmei e joguei a varinha dela direto na privada. Ok, tudo bem, dessa vez eu usei a varinha... Ela tinha um olhar de pânico e eu joguei minha varinha do chão, disse:

- Eu não sou tão hipócrita assim, Oli, vamos fazer isso justamente.

- Is-so-o o-o-o qu-u-uê? – ela gaguejou e encostou-se à porta, se afastando ainda mais.

- Bom, eu até desenharia pra você, mas não temos tempo pra isso, certo?

Eu nem dei tempo pra ela responder e a puxei pelos cabelos em direção ao box mais perto. Ela ia esbarrando em diversos lugares, mas eu não tava nem ai. Quem mandou ser vesga?

Quando eu consegui enfiá-la lá dentro. Depois de várias tentativas dela de se segurar na porta. Bom, isso só a deixou mais machucada ainda. Eu puxei mais ainda os cabelos dela e a fiz ajoelhar no chão.

- Agora, você vai ser bem boazinha e vai repetir tudo que eu mandar, ok?

Novamente eu não dei tempo pra que ela respondesse e afundei sua cabeça bem dentro do vazo. Merlin, eu realmente espero que a última pessoa que tenha o usado não tenha dado descarga. Éca.

Puxei-a de volta pra superfície, enquanto Oli se debatia contra o vazo. Mas é muito burra mesmo, aposto que ela vai ficar toda roxa.

- EU NÃO VOU MAIS DAR EM CIMA DO NAMORADO DOS OUTROS! – disse bem pausadamente, porque é assim que a gente tem que lidar com gente burra. – REPETE! – e afundei-a de novo. A idiota continuava se debatendo. Um de seus dedos estava sangrando. Bem feito!

Puxei-a novamente e ela repetiu tudinho. É tão bom mandar nas pessoas. Mergulhei sua cabeça de novo.

- VOU PARAR DE SER VAGABUNDA! – ela se debateu ainda mais, mas repetiu tudo certinho depois de algumas afogadas a mais.

Depois de várias frases do tipo eu a soltei e percebi que seus braços e pernas estavam vermelhos de tanto bater na porta do box e no vaso e ela tossia um pouco.

Lavei muito bem minhas mãos e virei pra ela.

- Creio que você não vai querer relembrar os velhos tempos assim, né amor?

Sai do banheiro saltitando pra encontrar um Sirius com um sorriso maroto encostado em na parede em frente ao banheiro.

- O que você fez dessa vez, Lene? – ele disse, me enlaçando pela cintura.

- Eu? Por que você acha que eu fiz alguma coisa, xuxu? – CÍÍÍÍÍNICA!

- Bom, porque Hannah Tointon – HAUSHAUSHAUSHAUSHAUSHAUSHAUSHAUSHAUSH! - ... foi parar na Ala Hospitalar agora pouco. Sua mochila explodiu. – ele contou olhando fixamente com um olhar engraçado pra mim.

- SÉÉRIO?? E ela tá bem? – eu disse e Sirius começou a gargalhar, enquanto andávamos de mãos dadas em direção a aula.

- Se você considerar perda de sobrancelhas, arranhões e queimaduras por toda extensão do corpo uma coisa boa, sim, Hannah está ótima. Assim como as outras treze meninas que foram pra Ala Hospitalar semana passada. – ele disse, encostando-se à porta pra esperar o professor.

Eu sorri meigamente pra ele e ele riu mais ainda.

- Isso te diz algo, Lene? – ele perguntou cinicamente, aproximando ainda mais nossos corpos.

- Claro, amor – dei um leve selinho em seus lábios. –, preciso reabastecer meu estoque de Nitroglicerina urgentemente.

Preciso mesmo. O último potinho foi gasto com a Tointon. HAUSHAUSHAUSHAUSHAUSHAUAS! Eu realmente esperava que o sobrenome explodisse junto.

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