A tia Soraya



Soraya Montenegro Skorp!on (Itatí Cantoral) é uma mulher muito atraente; Uma valorosa comensal da morte e tia de Black.
Estava ela em sua casa no monte Vesúvio teclando no seu laptop quando deu pane nele.
-Ai... logo agora...!- murmurou mal-humorada.
-O que quê foi? Vírus?- perguntou um corvo na mesa próxima. Seu nome era Ordog.
-Não sei... travou de repente!- exclamou ela se levantando e indo até a estante; Ela procurou um livro e o encontrou, mas ele estava muito alto, por isso ela se apoiou nas prateleiras até o alcançar. Quando pegou o livro a estante inclinou derrubando todos os livros e a Soraya.
-Raios e trovões!- berrou ela- Pensei que tinha pregado esta estante na parede!
-Você pregou! Mas o ultimo tremor vulcânico soltou!- explicou o corvo.
Soraya se levantou arrumou o vestido preto que usava e disse ao corvo:
-Devia ter me avisado inútil- Ela segurava um livro de Informágica nas mãos.
-Mas você viu os relatórios vulcânicos na Feiticeira on-line- Disse Ordog mostrando um site no computador encima da mesa, seu laptop estava no chão.
Soraya começou a folhear o livro a procura de alguma informação que a ajudasse a consertar o laptop.
-Não vi!- Disse ela ao corvo- O acesso estava tão carregado que não consegui entrar na pagina do Vesúvio!
-Excesso de e-magias, e-mail?- perguntou o corvo voando até o laptop e começando a brincar num jogo.
-Uma listagem enorme com Britney Spears? E a convenção das bruxas ficou no rodapé- Continuou ela mexendo em seu computador.
-Britney Spears? - Perguntou Ordog.
-Só fala de magia branca!- disse ela jogando o livro contra a parede- Truques leves pra senhoras! Vibrações positivas e cromoterapia!- ela leu isso tudo num site em seu computador.
-Que há de mal nisso?- perguntou o corvo ainda jogando.
-É como este computador!- disse ela chegando perto do corvo e do laptop- Qualquer idiota pode inserir um vírus de magia branca e bagunçar o sistema; Aí tenho que reinstalar todas as maldições.
Ela parou de repente de falar, seus olhos brilharam com a nova idéia que surgiu na sua cabeça. Então ela disse:
-Ei! Isso me deu uma bela idéia! Passa o laptop! Vou pra Romênia!
-Ah! Justo agora?- perguntou o corvo- Acabei de atingir o quinto nível da Bruxa’s figh 3!
Soraya braba lançou um feitiço no corvo, pegou seu laptop e se foi com um simples feitiço de aparatação.
-Falei algo errado?- perguntou Ordog preso dentro do computador em cima da mesa.

A bruxa Soraya desaparatou na porta da frente da mansão Skorp!on, que agora pertence ao seu irmão Antares. Ela tocou a campainha e logo a empregada, uma mulher morena com o rosto fino, veio atende-la.
-Pois não?- perguntou ela.
-Cadê o Antares?- perguntou Soraya empurrando a mulher e entrando.
A empregada entrou também e fechou a porta; A mansão era linda, parecia um palácio feito de mármore branco.
-Ele saiu- respondeu a empregada.
-Onde ele foi?- perguntou Soraya com superioridade.
-Saiu!
Soraya braba perguntou:
-Você não viu aonde ele foi, sua imbecil?
-Ele saiu, então você pode se retirar sua morta-viva!- exclamou a empregada com estupidez.
-Soraya?- disse uma voz na escadaria.
As duas olharam; Era Victória.
-Cunhada!- exclamou Soraya dando as costas à empregada e indo abraçar Victória.
-O que te trás aqui?- perguntou ela.
-Vim falar com você e com o meu irmão- disse ela.
Victória convidou Soraya para tomar um chá na sala de estar.
-Mas me diga, o assunto é urgente?- perguntou Victória. As duas já estavam tomando chá na sala.
Soraya pousou sua xícara no prato encima da mesa.
-Urgente não!- respondeu ela- É algo do seu, do meu... do nosso interesse.
Victória ficou um pouco curiosa.
-Mas eu vou esperar o meu irmão chegar, assim falo tudo de uma vez só.

Ao amanhecer, Black acordou tão disposto a estudar, que mal arrumou sua cama. Ele levantou, despiu o pijama, vestiu o uniforme, pegou sua mochila e logo saiu do quarto sem nem ao menos saber se os outros garotos já se foram.
- Que horas que é?- Perguntou Sangrento sonolento ao pé da cama.
Black desceu à sala comunal e ali havia alguns alunos de diversos anos. Uns os cumprimentavam, outros não. Ele atravessou a passagem que saia da sala comunal da Sonserina e foi parar no corredor frio e mal iluminado, seus passos ecoando.
O salão principal estava lotado; Ele arranjou um lugar na mesa de sua casa e se serviu de mingau.
-Pronto pra começar a estudar?- Perguntou Draco, que estava a sua frente.
-Não vim pra estudar.- Respondeu com a maior naturalidade.
-Hã? Mas então... ?
-Vim pra me divertir- Explicou ele.
Não demorou muito até as corujas entrarem, era a hora do correio. Dezenas de corujas de todas as cores voavam procurando seus donos para lhe entregarem a correspondência. Para ele não veio nada. Apenas sua coruja, Moroi, sem nada pra ele, veio beliscar a comida.
Moroi era uma bela coruja macho adulta; Era preta e muito obediente. Mas algo a fez levantar vôo. Era Sangrento.
-Sai pássaro.-Disse ele pulando em cima da mesa.
Black rapidamente tentou tirar Sangrento da mesa, mas o gato começou a lutar por comida e Black jogou uma torrada no chão para ele.
-Por que eu não posso ficar em cima da mesa e aquela galinha ambulante pode?!-Perguntou o gato fingindo-se de inocente.
-Que pergunta!!!!-Murmurou Black.
O profº Snape veio passando lentamente pela mesa da Sonserina entregando o horário aos alunos. Quando entregou o do Black ele disse:
-Vê se toma juízo esse ano, né? Sr. Skorp!on?!
-Professor eu não mato aula...-disse Black se fazendo de inocente-... A aula me mata- e riu.
Snape riu com desdém e se foi.
Black fez uma careta que muitos ao seu redor riram.
-Ah não!- Exclamou Black- Primeira aula: Ciências Ocultas.- ele fez cara de nojo.
Ciências Ocultas não era tão chato assim. Só tirar o fato que a professora mais faz maus-modos do que ensina algo.
Quando chegaram à sala, no segundo andar, os alunos, a maioria, foi direto pro fundo da sala. Quando Black entrou, ele teve de se ajeitar por ali mesmo, na primeira carteira.
-Bom dia!- Cumprimentou Profa. Eliane sorrindo verdadeiro.
-Bom dia- responderam alguns alunos.
-Podem guardar o material que hoje não passarei lição.- Disse ela.
-Hoje a professora está de bom humor- Murmurou Black para um colega ao lado. Alguns alunos se entreolharam.
-Hoje eu apenas falarei como quero que vocês se comportem na minha aula.- Ela caminhou para frente dos alunos. –Não, pensando bem, peguem o material e anotem o que eu vou dizer...
Alguns alunos falaram: “Aaaahhh...”
-Bom, todos pegaram pergaminho e pena?- Perguntou ela- Ótimo, então anotem:
Para você refletir:
O dia mais belo: Hoje.
A coisa mais fácil: Errar.
O maior obstáculo: O medo.
O maior erro: O abandono.
A raiz de todos os males: O egoísmo.
A pior derrota: O desanimo.
Os melhores professores: As crianças
A primeira necessidade: Comunicar-se
O que trás felicidade: Ser útil aos demais
O pior defeito: O mau humor
A pessoa mais perigosa: A mentirosa
O pior sentimento: O perdão.

A cada item ela explicava o que queria dizer.
-Isso é um pequeno texto pra vocês lerem, praticarem e passarem adiante...-Disse ela.
- Agora ela virou professora de Literatura?- Cochichou Black.
- Quero que todos peguem um pedaço de papel –Pediu ela.
Black rasgou um pedaço pequeno.
-Agora todos escrevam o seu maior sonho profissional, algo que vocês querem vencer...
O garoto pensou: “Pra que fazer isso?!”; Então pensou no que ele mais queria seguir de profissão. A principio pensou em ser jogador de quadribol; Depois em ser Auror, seria legal. Por isso escreveu:

Auror/ Jogador de quadribol.

-Todos já escreveram?- Perguntou a professora.
Alguns alunos murmuraram que sim.
-Ótimo. Agora quero que vocês o guardem em algum lugar. Pode ser nos dormitórios de vocês. E sempre que puderem vejam isso, leiam, isso vai motivá-los a seguir pra frente...

A segunda aula de Black, foi Feitiços, uma hora e meia com o profº Flitwick que ficava em cima de uma pilha de livros, por ser tão baixinho.
Ao contrario da Profa. Eliane, Flitwick falou pouco e já passou matéria. Essa aula só era chata pelo fato de os alunos fazerem bagunça e o professor não tem o poder de controlá-los.

Eram nove horas. Soraya passou a tarde inteira na casa de seu irmão; Foi bem recebida pela sua cunhada e foi xingada pela empregada; Quando Antares chegou, eles jantaram e logo depois, os três, ela e o casal, foram para o escritório, cada um com uma xícara de café nas mãos.
Antares sentou-se atrás da sua escrivaninha, Victória permaneceu em pé e Soraya sentou de frente pro irmão.
-Um gigantesco passo foi dado hoje na informágica!- começou ela, o casal eram bons ouvintes e permaneceram calados.- Enfim é possível colocar um objeto sólido no computador.
Enquanto falava ela navegava na maginet –internet dos bruxos. Ela virou a tela do laptop para mostrar algo a Antares.
-Neste momento estou na Netfuça.com, aqui estão os pesquisadores que contam como transformar esta idéia pioneira em realidade!- disse ela mostrando, na página da maginet, duas fotos de dois irmãos caipiras, ele o reconheceu de algum lugar, abaixo estava o depoimento deles, Antares leu alto para sua esposa ouvir, pois ela havia aberto a janela e permaneceu por lá para fumar.
“Criamos o projeto para este fantástico aparelho que é a ponte entre o real, o mágico e o virtual”.
Antares parou de ler, pois havia se lembrado de onde ele tinha os vistos.
-Conheço estes rapazes!- exclamou ele- Foram pedir fundos ao Lúcius e ele negou.
-Exatamente- disse Soraya- Então quem patronizou eles foi nada menos que aquele político que perdeu a eleição passada. Leia o depoimento dele- Mostrou ela.
“Vejo muita utilidade num aparelho que converte objetos comuns em energia virtual; Eis o digitalizador, que logo será realidade em todos os lares”.

Abaixo do depoimento havia a foto de um estranho aparelho verde.
Quando terminou de ler ele perguntou a sua irmã:
-Não entendi o por quê que você me mostrou isso.
-Nem eu!- disse Victória lá da janela.
-Eu preciso deste aparelho- insistiu ela batendo de leve na tela do laptop.
-Pra quê?- perguntou Victória andando até eles, ela parará de fumar.
-Pra aplicar o maior golpe da história da magia- explicou ela levantando da poltrona em que estava e começando a andar pelo escritório.- Esses cabeças-ocas digitais queriam transformar objetos reais em virtuais pra poder coloca-los no computador, na maginet. Não sabiam nada- acrescentou ela parando de andar.
-Sobre???-perguntou Antares, agora até ele ficou interessado.
-Alquimia!- exclamou ela sonhadora- A transmutação da matéria. Não sei se vocês repararam mais este aparelho é trouxa, alguns bruxos estão tentando copiá-lo. E eu sabia o que eles estavam fazendo.
-Aonde exatamente você quer chegar?- perguntou Antares.
-Podemos usar aquele aparelho para aumentar, por exemplo, a pedra filosofal, de tamanho!- explicou ela.
-Entendi...- murmurou Antares pensando em vários outros objetos.
-Toda vez que acessarmos o computador, teremos uma lufada de vida eterna!-exclamou Soraya.
-Serei o bruxo mais rico do planeta?!- disse Antares.
-Mas tem um porém...- começou Soraya.
-Qual?- perguntaram Antares e Victória ao mesmo tempo.
Soraya sentou-se novamente na poltrona e continuou:
-Vocês sabem que a alquimia só funciona perto das bocas dos vulcões ativos! O aparelho será inútil, a não ser que eu o use no Vesúvio!
-Frustrado...- murmurou Antares.

Fleur estava em seu quarto se arrumando para o encontro. Era nove e meia, e a garota combinou de se encontrar com o Black no corredor da biblioteca, há essa hora deserto, pois todos os alunos deveriam estar em suas casas.
-Escovou bem os dentes?- Perguntou Melanie.
-Claro, né?- Disse Fleur penteando os cabelos.
-Não vai demorar muito...
-Leve a varinha...
Fleur gostava muito de suas amigas, porque elas se importavam sinceramente com ela.
As garotas acompanharam Fleur até a estante que separa a sala comunal da Corvinal do resto do colégio.
-Boa sorte- Murmurou Kimberly quando a estante já estava voltando.
Fleur foi andando ligeiro sem olhar muito pros lados e pra trás. E se alguém a visse?
Quando chegou no corredor da biblioteca, Fleur logo avistou Black; A garota correu e o abraçou.
-Como foi seu primeiro dia?- Perguntou Black.
-Sem você uma chatice...
Black sugeriu que os dois entrancem numa sala qualquer para poderem ficar mais à vontade. Ali com certeza era bem mais à vontade.
Black cochichou no ouvida da garota:

Cuándo estoy contigo... no me importa nada
Solo tu cariño, solo tus palabras...
Cuándo estoy contigo se cambia mi vida...

Após disser isso, ele a beijou.
Os dois ficaram ali namorando um bom tempo; Era incrível como ao lado de Black, Fleur esquecia o resto do mundo; Às vezes a garota queria parar aquele momento. Ou queria ficar ali pra sempre.
-Você me ama?- Perguntou ela.
-!Si!- Respondeu ele.
-Quanto? Um pouquinho?
-!No! !Um montón!- Respondeu ele em espanhol.
-Black posso fazer uma pergunta?- perguntou Fleur.
-Pode- Disse Black que estava agarrado à cintura dela.
-Você é o que do Draco?
-Meu pai é primo do pai do Draco!- Respondeu
Fleur despediu-se de Black às dez e quarenta e cinco, a menina teve que mudar o caminho, pois viu Madame Nor-r-ra rondando seu caminho da vinda.

A feiticeira Soraya voltou ao Vesúvio ainda aquela noite; O corvo estava mal-humorado e ela disse para ele não estressa-la; A mulher guardou seu laptop, foi até seu quarto e pensou alto:
-Com aquele aparelho poderei até vencer Lord Voldemort...
Flash back...
Soraya estaciona seu carro voador numa rua pouca movimentada, ela desce do carro e anda até um portão bem enferrujado. Segurava uma bolsa em uma das mãos e na outra um lenço preto, alias ela estava toda de preto, um vestido que definia suas belas curvas. Nos seus pés um sapato, preto, bico fino; Usava, também, jóias, brincos e pulseiras caríssimas; Era impressionante como o preto, como em Black, lhe caia bem; Sua maquiagem também era preta, mas não muito forte.
Ela andou até a porta da casa, quando ia bater a porta lentamente se abriu.
Surpresa mas não impressionada, ela entrou. Caminhou até onde deveria ser a sala de estar, ela conhecia bem aquela casa, pois tinha ficado um tempo lá a mais ou menos quinze anos atrás antes de se acidentar.
Na grande sala em que entrou tinha varias pessoas, ao se aproximar todos lhe lançaram olhares curiosos e surpresos.
-So... Sora... Soraya?!- Exclamou Rabicho alto, sua voz era de impressionado com o que via.
Além de Rabicho outros comensais ficaram surpresos, como por exemplo, Belatriz e Lucius Malfoy.
-Bom dia!- cumprimentou ela alegremente. Todos a olhavam impressionados, todos menos uma pessoa, se é que se pode chama aquilo de pessoa, Lord Voldemort.
-Olhem quem voltou!- Disse Voldemort naturalmente.
-Mas...- disse Rabicho.
-Você está morta!!!- gritou Belatriz.
-Morta?!- perguntou Soraya.- Não estou viva- Ela mexeu a mão direita fantasmagoricamente.
De repente, assim como Carlota, a empregada dos Skorp!on, Rabicho desmaiou. Soraya riu.
-Da onde você veio? Aonde esteve todos esses anos? Por que você sumiu?- perguntou Belatriz braba.
-Calma Bella- Tranqüilizou Voldemort- Soraya vai nos contar tudo, não vai Soraya?
-Claro- disse ela andando e se sentando numa poltrona perto, Voldemort também estava sentado numa poltrona. Os outros comensais, uns em pé, outros sentados em dois sofás que havia ali.
-Então explique-se- pediu o Lord.
Soraya pousou as mãos nos joelhos, fez cara de inocente e disse:
-Como vocês todos já sabem, eu passei quinze, quinze anos fora, longe- ela falava alto e calmamente. Belatriz a olhava com raiva.- Eu era casada com o Oswaldo e vocês sabem que tínhamos várias brigas...
-Você não precisa mais se preocupar com esse covarde- interrompeu Voldemort- Eu dei um fim nele.
Soraya lançou um olhar breve, de surpresa ao Lord.
-Em uma de minhas brigas com ele- continuou ela- Eu acidentalmente cai da janela do prédio onde eu morava- As lembranças desse terrível acidente passavam vagarosamente na cabeça dela.
-Deveria ser um ótimo motivo paro o seu marido fazer isso, não?- perguntou Bela. –Afinal por qual motivo vocês brigaram?
Soraya não gostou do atrevimento e respondeu:
-Não interessa.
-Como não?- perguntou Voldemort, Soraya se assustou.- Ouvi falar que foi a ultima vez que viram a arma.
Então ele sabia, pensou ela, ele sabia que a arma capaz de matar bruxos e outras criaturas mágicas, estava com ela naquela época.
-O que você fez com a arma?- perguntou Voldemort- Ouvi absurdos sobre o paradeiro dela e um deles é que ela havia sido enterrada com “você”.
Soraya não sabia o que responder. Belatriz sorriu debochando.
-É Soraya- disse ela- Cadê a arma?
Soraya olhou para o chão, precisava de alguma resposta e depressa.
-Eu não sei do que vocês estão falando- disse ela.
-Não...- repetiu cinicamente Bella.
-Soraya você pode enganar a todos nessa sala, todos... Menos eu!- disse o Voldemort.- Continue sua historia...
Soraya se animou um pouco. Belatriz disse:
-Mas milorde ela...
-Quieta!- bradou ele- Eu descobrirei.
Antes de recomeçar a falar, Soraya pensou um pouco. Preparando as palavras antes de falar.
-Por sorte o medico quem me atendeu era meu amigo...- disse Soraya.
-Sei...- murmurou Bella.
-...Então ela viu que eu não estava realmente morta e notou que eu tinha chance de me reconstruir.- Ela deu uma pausa, suspirou e continuou- Ele me mandou para uma clinica de reabilitação em Houston e permaneci por lá por nada mais nada menos que oito anos...
“Depois que, finalmente, conseguir de volta todos os meus movimentos, eu me casei novamente. Passando-se mais ou menos dois anos o meu marido infelizmente morre me deixando uma pequena fortuna e uma querida enteada.”
-Ele morre? Sei...- disse Belatriz- Essa é mais uma história da carochinha.
-Mas agora eu decidi voltar!- exclamou ela feliz nem ligando pra Bella.
Quando Soraya terminou da contar sua versão, todos permaneceram calados.
Voldemort parecia repassar tudo em sua mente para depois começar a falar.
-Onde você conheceu esse seu marido?- Perguntou Lucius.
-Na clinica mesmo, ele era um médico- respondeu- Mas não era o meu médico, era um dos médicos.
-Mas e o seu caixão? O que tinha dentro?- perguntou Bella.
-Mais tarde eu fiquei sabendo que colocaram alguns tijolos dentro dele- respondeu ela.
-Não me convenceu- Bradou Lucius- Pelo que você nos contou, você tinha condições de mandar noticias.
-Eu sei, eu sei...- disse ela ficando em pé- Mas eu não queria que ninguém de vocês me vissem naquele estado. Lord, Milord, o senhor tem que me dar uma segunda chance- implorou ela.
Voldemort mantinha uma cara de superioridade de dar nojo.
-Veremos- disse ela- Veremos...
-Você não pode aceitar essa... não pode aceita-la novamente!- exclamou Bela olhando com cara de nojo para Soraya.
-Faço o que o senhor quiser. Mato quem for preciso- Sugeriu ela.
Bela riu.
-Pra isso ele tem nós- disse rindo.
-Terá também a mim- Disse Soraya com certeza- Foi por isso e para isso que eu voltei.
Voldemort riu feliz.
-Gostei do que disse Soraya- Falou ele- Porém as coisas não são bem assim...
Soraya sentou-se novamente.
-Você terá de provar sua lealdade- continuou.
-Sim, faço o que for preciso.- disse ela.
-Pois bem, eu quero aquela arma em minhas mãos- Mandou ele.
-O quê? Mas eu não sei...
-Não quero saber se você sabe, eu só quero a arma.
Soraya analisou um pouco a situação em que se meteu. Com certeza a arma permanecia em Houston.
-O.K- disse ela de repente- Eu darei um jeito de encontra-la.
Ela caminhou até o Lord e chorando disse:
-Muito obrigada milord, eu não sei o que seria de mim sem o senhor.
Bellatrix achou ridícula a atitude dela.
-Eu vou encontrar essa arma nem que eu tenha que percorrer o mundo- disse enxugando as lagrimas com seu lenço.
-Ótimo- disse Voldemort.
Soraya despediu-se do lord e já ia andando quando Voldemort falou:
-Você tem cinqüenta dias- disse.
Ela parou à porta que ia em direção ao hall, virou-se e concordou com um aceno de cabeça. Antes de fechar a porta de entrada ela ouviu Belatriz dizer:
-Ela o convenceu com esse teatrinho senhor?
No carro Soraya enxugou suas falsas lágrimas e deu uma gargalhada bem alta.
-Adorei as caras de bobos que eles fizeram- Riu ela- Morta?
Fim do Flash back...
-Do que a senhora está rindo?- perguntou Ordog fazendo com que Soraya voltasse ao presente.
-Da vingança- disse ela, o corvo até se assustou.- Ela está apenas começando...

No dia seguinte a primeira matéria que Black foi estudar foi à aula extra de Química. Era uma aula de ensino trouxa e nem todos se matricularam.
A aula foi dada num laboratório, a professora era a Simone.
Black a achou muito bonita; Magra, não muito alta, cabelos aos ombros e um rosto jovem.
O garoto olhou ao seu redor e ficou espantado de ver que era o único aluno sonserina do sexto ano; Havia apenas outros das outras casas.
Depois de se apresentar à classe, a professora começou a dizer:
-Desde a antiga Grécia que o homem tenta explicar o mundo onde vive. Ele observa o mundo a sua volta, levanta hipóteses e elabora teorias para ajudar a compreender as coisas presentes em sua vida.
“A matéria que encontramos diariamente em nossas atividades é formada por substancias usadas para produzir objetos ou para provocar transformações. Esses materiais podem ser diferenciados através de suas propriedades, como cor, cheiro, maleabilidade, ponto de fusão, ponto de ebulição, densidade, solubilidade, condutividade elétrica”.
Após explicar mais um pouco sobre a matéria, a Profa. Simone perguntou:
-Será que a água dessalinizada tem o mesmo gosto da água potável?
Alguns alunos murmuraram que sim, outros que não; E Black estava começando a se arrepender de se matricular nessa aula.
-Essa professora é bonita, né?- Sussurrou Black a um garoto do seu lado; A Profa Simone viu e disse:
-Como é seu nome?
Black olhou pro lado procurando com quem a professora estava falando, quando se deu conta disse:
-Quem? Eu?
-É você de cabelo espetadinho!- Exclamou ela.
-É... Black! Black Skorp!on- respondeu ele.
-Ah bom, o Sr. Skorp!on já sabe toda a matéria?- Perguntou ela.
-Quem? Eu?-perguntou meio abobado.
-Tem outro aqui?
-Que eu saiba não...
-Você sabe ou não a matéria?- Retornou a perguntar a professora.
-Não, não sei não...
-Então faz o favor de ficar quieto...-Alguns alunos soltaram risadinhas.
Quando tocou o sino anunciando o término da aula, Black deu graças e já ia saindo, mas a professora o chamou.
-Quê?-perguntou ele.
-Próxima aula um texto sobre átomos.
O garoto não entendeu o porque disso, mas aceitou fazer numa boa.
Sua aula seguinte era Defesa contra as artes das trevas; Black já ia entrando na sala acompanhado de seu colega Marcus, quando alguém atrás o chamou.
Era Fleur.
-Oi?-Disse Black parando à porta, Marcus continuou andando.
-Eu quero falar com você hoje na hora do almoço- E se foi.
Sem entender isso também o garoto entrou na sala.
Esta era a aula que Black mais aguardava; Mas o garoto teve uma surpresa ao entra.
Ao invés do novo professor, ali parado estava o professor de Poções, Snape.
-Sentem-se- ordenou ele.- Como vocês não devem saber, o colégio não tem um novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas; Então eu o irei substituir até a sua chegada.
A turma ficou quieta. Snape estava parado em pé ante a sua escrivaninha.
-Abram o livro na página 10 do livro- exclamou ele pegando também um livro.- Buracos do inferno- Leu ele- Na nossa primeira aula vão aprender a como reconhecer um.

Fleur Delacour era uma garota totalmente extrovertida e popular; É líder de torcida no colégio e sempre tira ótimas notas. Sempre que anda pelos corredores os marmanjos de plantão dão uma olhadinha pra ela. A matéria que ela mais gosta é Transfiguração, ensinada pela Profa. Minerva.
No ano anterior, Fleur tirou as melhores notas nesta matéria e esse ano não seriam diferente.
Ela e as amigas gostavam de se sentar nas carteiras da frente, pelo menos nessa aula. Elas nem se atreveriam fazer bagunça, pois, ao contrario do profº Flitwick, a Profa. Minerva era diferente; Severa e inteligente, fez um sermão no instante em que se sentaram para a primeira aula. Essa aula era dupla com os alunos da Lufa-lufa.
-A Transfiguração é uma das mágicas mais complexas e perigosas que vão aprender. Quem fizer bobagens na minha aula vai sair e não voltara mais. Estão avisados.
Transformou, então, a mesa em porco e de volta em mesa. Todos ficaram muito impressionados e ansiosos para começar. Como tarefa ela deu uma revisão, todos teriam de transformar seus chapéus em corvo.
-A maneira correta de falar é Saraverto- Explicou ela.
Todos os alunos colocaram seus chapéus a mesa para praticarem.
-O Sr. Diggory não me ouviu?- Fleur ouviu a professora chamar a atenção de algum aluno lá pra trás. Ela virou e viu Cedrico. Com certeza ele devia estar fazendo alguma gracinha.
-Desculpa, professora.-pediu ele. A sala inteira olhava.
-Não. Quero que de hoje em diante você sente-se lá na frente. Vamos.
Cedrico a seguiu e sentou-se atrás das amigas da Fleur que as olhavam sorrindo.
-Um ponto pra você Fleur!- Cochichou Jamie.
-É impressão minha ou um coraçãozinho bateu mais forte?- Perguntou Kimberly.
-Calem-se!- Pediu Fleur baixinho.- Ou transformo vocês em corujas.
-E as comadres aí?- Perguntou a professora às meninas.- Pronto?
Elas rapidamente disfarçaram.
Enquanto a Profa. Minerva estava ao fundo da classe explicando pra alguém, Fleur pegou seu diário e começou a mostrar fotos do seu primo do Brasil para as meninas.
Cedrico resmungava o feitiço e apontava para seu chapéu, mas ele nem se mexia. Num momento distraído, o garoto disse:
-Saraverto!- e apontou para qualquer lugar, bom foi isso que ele pensou, mas ao invés de transformar seu chapéu em corvo, ele transformou foi o diário de Fleur em uma enorme ratazana.
As garotas gritaram de pavor e se levantaram; Fleur a jogou no chão e os alunos, inclusive Cedrico, riram.
A professora pediu pra todos ficarem quietos e reverteu o feitiço.
-Quem foi o autor disso?- Perguntou.
-Eu...-disse Cedrico rindo.
-Cinco pontos a menos para a Lufa-lufa- Alguns alunos murmuraram protestando e Fleur lançou um olhar de nojo pra ele.
-Desculpe Fleur- Disse ele no final da aula. Mas a garota nem o ouviu; Ela e as amigas ergueram a cabeça e se foram.
-Grande Cedrico- Cumprimentou Poncho como se o que ele fez fosse algo extraordinário- Você mostrou quem manda.
-Hã? Eu não fiz de propósito- Explicou ele.
-Não? Ta eu finjo que acredito, mas vamos, Herbologia agora- E caminhou para fora da sala.
Cedrico ficou arrasado.

Cedrico nem consegui se concentrar nas aulas seguintes; Ele queria explicar a Fleur o que aconteceu, mas como? Ele tinha que, primeiro, encontrar ela sozinha, sem aquelas amigas. Depois ele contaria o que de fato aconteceu. Mas será que ela acreditaria? “Acho que não”, pensou ele.
O garoto estava sinceramente com dó da Fleur, mas isso foi só até a quinta-feira, pois o comentário que ele ouviu o fez mudar de idéia. Nesse dia eles teriam outra aula dupla de Transfiguração e quando o garoto entrou na sala Fleur disse:
-Pessoal tomem cuidado com as suas coisas, pois o maníaco por lançar feitiços chegou- Vários alunos caíram na gargalhada; Cedrico olhou pra ela, mas a garota virou a cara.
“Pensando bem”, pensou ele, “Não vou pedir desculpa coisa nenhuma”.

Os treinos de quadribol iriam começar no próximo sábado; Black não via a hora, pois adorava esse jogo.
-Vamos treinar a tarde- Disse ela a Draco- O Profº Snape já me deu uma autorização.
-É vamos vencer o Potter!-Exclamou Draco feliz.
Os dois primos estavam na sala comunal da Sonserina, sentados em poltronas perto da lareira; Já havia passado das oitos.
-O Harry me lembra o Keitaro do Love Hina- Disse Black; Draco riu.
-Qual vassoura você tem?- Perguntou Draco parando de rir.
-Tenho uma Nimbus 2001, comprei no meu terceiro ano, mas ainda está muito boa.
-O Potter tem uma Firebolt.- Disse Draco parecendo ter inveja.
-É eu sei- Murmurou Black pensativo- Mas não adianta só ter uma vassoura boa, tem que ser um bom jogador, né?
-É...

Quando o sábado chegou, Black teve que mudar seus planos; Uma grossa chuva caia e ele não estava nem um pouco a fim de treinar debaixo d’água.
-Droga!-Exclamou ele à mesa do salão principal de manhã. Havia poucos alunos ali, como era sábado uns dormiam até tarde.
-Vamos a baixo de chuva mesmo- Sugeriu Draco.
-Não!-exclamou Black pousando seu cálice de suco na mesa- Com esse tempo é muito difícil ver o pomo. Droga de chuva.
-Black- chamou Draco com um sussurro.
-Quê?
-Me responda uma coisa- Draco falou mais baixo ainda.
-Hum?-disse ouvindo.
-Quando que você vai lá... ?- perguntou passando a mão esquerda pelo próprio braço direito; Black entendeu o sinal e olhou depressa ao seu redor pra ver se alguém havia visto. Ninguém viu.
-Este ano! Este ano...-Respondeu dando atenção ao seu café da manhã.
-Ah ta...-
-Draco não me pergunte aqui, alguém pode ouvir- sussurrou ele.
-É...-concordou Draco.
-Não se esqueça o que o Snape disse- Lembrou ele.
Este sábado foi um dia muito chato, a chuva só acalmou no fim da tarde; Mas nem chegou perto da chatice do domingo. A única coisa boa que aconteceu a Black foi que ele recebeu uma carta de seus pais.
O salão principal, àquela hora da manhã está mais cheio que ontem; O garoto levou um susto quando mais de cem corujas entraram voando e distribuindo carta a seus respectivos donos. Moroi trouxe uma a Black; Ele estranhou e Sangrento disse:
-Não é pra mim não?- E subiu no colo do garoto.
-Seu nome é Black?- perguntou ele lendo o seu próprio nome no envelope da carta.
-Graças a Deus não.
Black fingiu não ouvir e abriu a carta; Sangrento ergueu a cabeça pra ler; Eles reconheceram a caprichada letra da Victória:

Caro Black

Como foi esta primeira semana no colégio?
Espero que tenha sido ótima, não se esqueça de se alimentar bem e de se agasalhar quando fazer frio.
Seu pai está bem; Ele teve de viajar para a Irlanda para fazer uns desencantamentos que estão causando muitas dores de cabeça aos duendes.
Eu estou sozinha em casa, às vezes suas tias Narcisa e Soraya vêm me visitar. Mas estou ótima, sem Sangrento, e voltei a tocar piano em casa mesmo.
Eu e seu pai mandaremos outra carta em breve com a noticia de que você se unira a eles logo; Não se esqueça: você não teve contar isso a ninguém, todo cuidado é pouco e você, assim como seu pai irá ser bem recompensado por isso.
Escove bem os dentes e treine o feitiço você-sabe-qual.
Atenciosamente
Victória Breinack Skorp!on

Ao terminar de ler, Black dobrou a carta e Sangrento disse:
-Eu não entendi o “sem Sangrento” –
Black ficou ali pensando no que acabou de ler; Ele adorava se divertir... e pelo jeito teria de parar;
-Por quê meu pai é tão ultrapassado?- Perguntou ele se levantando.
-Não sei, mas a dona Victória vai ter uma conversinha comigo.- ameaçou Sangrento.
E os dois caminharam para a sala comunal da Sonseina.

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