Tombo de bicicleta.



Era dia 23 de agosto, na Rua dos Alfeneiros, número 4. Eram mais ou menos 4 da tarde, e um garoto que aparetava ter dezesseis anos estava escorado em sua cama tirando um cochilo. Seus óculos estavam quase caindo da cara, e ele tinha em suas mão a edição do mês do Profeta Diário, onde havia um matéria entitulada "O Eleito".

- Harry! - Uma voz de mulher, que parecia já de idade, o chamou, e parecia irritada - HARRY!!

Com o susto do grito, ele caiu da cama. Harry, Harry Potter. Ele ajeitou os óculos, e desceu, de cara emburrada. Desceu as escadas e sua tia, Petúnia Dursley, estava-o esperando com sua cara séria e habitual.

- O que foi? - Perguntou Harry sem mais delongas.

- Quero que vá ao mercado. O leite acabou e preciso de farinha pois vou fazer um bolo. - Disse ela com sua rispidez entregando-lhe uma nota de dez dólares.

- Precisa ser agora? - Harry estava sem a mínima vontade de ir.

- Claro que precisa ser agora, seu preguiçoso! Antes que o mercado feche! Vá logo! - Irritada e sem olhar para trás, ela voltou para cozinha.

Desanimado e contrariado, Harry passou pela sala onde seu Ti Válter e seu primo Duda, que mais pareciam dois hipopótamos sentados no sofá, estavam assistindo um programa de comédia.
Saiu de casa, e se dirigiu ao mercado em passos vagarosos, pensando muito em sua vida. Passou o verão inteiro deprimido, pois agora estava sem seu padrinho Sirius, e ainda por cima, tinha que aturar seus tios. Sua sorte era que o Sr. Weasley iria vir buscá-lo no dia seguinte para levá-lo até a Toca. Faltavam mais algumas travessas para chegar ao mercado.
Tinha que virar uma esquina para descer outra rua, e quando estava prestes a fazer isso, algo aconteceu.

- Au! - Harry deu um pulo para trás, para não ser atingido por uma bicicleta que passara de raspão na sua frente, mas mesmo assim, não consiguiu se equilibrar e caiu de bunda no chão.

Já a garota que que manuseava a bicicleta, perdeu o controle e tombou, dando uma bela caída no chão.

- Aiai! - A garota massageava a lateral esquerda do corpo que batera no chão.

Imediatamente, Harry se levantou e foi ajudá-la.

- Você está bem? - Perguntou ele ajudando-a a se levantar.

- Au... Acho que sim. - Ela se levantou um pouco dolorida e pe gou sua bicicleta, mas não quis montar nela de novo. - Me desculpe, eu quase te atropelei!

- Tudo bem. Acontece com qualquer um! - Harry lhe lançou um sorriso amigável, apesar de ainda estar meio "pra baixo". - Eu sou Harry, Harry Potter.

A garota demonstrou uma certa surpresa ao ouvir o nome, mas soube desfarçar bem. Ela lhe estendeu a mão para comprimentá-lo.

- Meu nome é Prudence R. Halliwell, mas pode me chamar só de Prue. - Harry apertou sua mão. E os dois foram andando na mesma direção.

- Eu nunca te vi por aqui. - Comentou Harry olhando para frente.

- Ah, eu me mudei pra cá faz uma semana, com meu pai e meus irmãos. Moramos naquela casa ali! - Ela apontou para uma residência que era quase como uma mansão. Vermelha, grande e com detalhes brancos.

Harry se lembrara de que os antigos donos daquela casa haviam saído dali havia quase um mês, e não sabia quem eram os novo vizinhos.

- Bem, eu tenho que ir. Meu pai deve estar me esperando. A gente se vê! - Ela deu um beijo na bochecha de Harry que corou um pouco, e se dirigiu para sua casa com um sorriso radiante.

Harry foi imediatamente ao mercado e comprou o leite e a farinha, e estava voltando para casa por volta das 4 e meia, quando, muito espantado, avistou uma figura que ele reconheceria em qualquer lugar. Um velho de barba e cabelos brancos, já um pouco velhinha usando uma espécie de bainha roxa. Alvo Dumbledore.

- Professor Dumbledore? - Harry perguntou desconfiado se aproximando.

- Ah, Harry! - Exclamou Dumbledore com sua gentileza e calma de sempre. - Eu tinha quase certeza de que te encontraria aqui.

- Eu pensei que o Sr. Weasley viria me buscar amanhã. - Disse Harry confuso. - O que o senhor quer comigo?

- Harry meu caro, - Dumbledore olhou-o com uma expressão de deboche - Por que acha que eu vim aqui para falar com você?

- Não veio? - Perguntou Harry espantado?

- Não. Vim falar com uma outra pessoa que mora aqui. Agora Harry, preciso ir. Não se esqueça de estar pronto pois o Sr. Weasley virá às dez! - Dumbledore saiu em direção a uma ladeira, mas antes, se virou: - Nos vemos em Hogwarts, Harry!

Harry ficou ali parado sem saber o que fazer. Com quem mais ali Dumbledore poderia querer conversar?
CONTINUA...

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