Não foi um sonho pequenino.
Carl estava vendo imagens distorcidas, ele parecia estar sendo puxado para dentro do portal, via pessoas conversando com um bebê no colo, fechou os olhos e começou a empurrar essa verdade em sua mente: É só um sonho! É só um sonho!
Então ele acordou, estava deitado em sua cama, olhou para o lugar onde antes estava o portal e não viu nada. Teria realmente sido um sonho ou aquilo aconteceu de verdade? Ele realmente não queria pensar nisso de maneira alguma. Queria apenas esquecer esse fato. Pela escuridão do quarto ele percebeu que já tinha anoitecido, acendeu a luz, andou um pouco pelo quarto sem algum motivo aparente, guardou o caderno que estava sobre a cama e então saiu do seu quarto batendo a porta e chegou ao corredor da casa.
Desceu as escadas, passou pela sala e caminhou em direção a cozinha. Seus pais estavam sentados na mesa de jantar, pelo vazio de seus pratos sujos já haviam terminado a refeição e ambos o olharam ao vê-lo entrar no cômodo. Após minutos de silêncio a Dona Oldman falou para seu filho:
-Pensei que estava sem fome ou dormindo. Eu bati inúmeras vezes em sua porta e não tive resposta. Estava ficando preocupada Carl.
-Desculpa mãe, eu acho que cochilei por um... –e sua resposta fora interrompida por Edward.
-Tudo bem, nós entendemos. Agora nos acompanhe até a porta! Iremos a um evento e não sabemos a hora que vamos voltar, pode ir dormir quando tiver sono! Não precisa nos esperar.-
E entãoa família Oldman inteira seguiu até a porta da sala. Dona Lucy beijou suavemente a testa de seu filho e o casal caminhou em direção ao seu carro. Antes de sair Edward olha para seu filho e Carl responde como se seu pai tivesse lhe dado uma ordem.
-Já sei pai... De maneira alguma sair de casa. Ao ver seus pais irem embora Carl bateu a porta da frente e caminhou para a cozinha, só agora estava sentindo fome.
Comeu um prato de canja de galinha, retirou a mesa, lavou toda a louça e foi para a sala.
Sentou-se na poltrona e ligou a televisão, estava assistindo um jogo de baseball, e deu um pulo em sua poltrona ao ver um torcedor na arquibancada levantando uma placa onde estava escrito: “Não foi um sonho”. Carl desligou a TV e subiu para seu quarto assustado, quando acendeu a luz viu seu caderno sobre a cama aberto na página que tinha aquelas questões feitas por ele mesmo. Assustou-se, ele havia guardado o caderno, como ele estaria ali?
Ao se aproximar do caderno ele viu uma frase que não tinha sido escrita por ele.
Forçou a vista para poder ler, era uma letra muito feia.
“Não foi um sonho pequenino, eu tenho a resposta para suas perguntas.”
Carl então pegou o caderno, abriu a janela de seu quarto e arremessou-o com toda sua força.
E mais uma vez se espantou. O caderno estava lá em cima de sua cama novamente e uma nova frase teria aparecido no caderno.
“Não adianta!”
Ele então colocou o caderno embaixo de sua cama e foi dormir, o sono devia estar pregando uma peça com ele.
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