Capítulo Único

James estava deitado em sua cama, os braços esticados, cabeça meio torta, roncando sonoramente. Aproveitara que o filho dormira e tirou um cochilo

Harry ergueu-se e sorrateiramente, apoiou os pequenos bracinhos no berço, fez uma forçinha para erguer as pernas e ficou em pé. Olhou ao seu redor e parou o olhar na pequena vassoura de quadribol que ganhou do seu padrinho. Deu um sorriso atravessado e passou uma perninha para o lado de fora do berço, apoiou, passou a outra perninha, firmou-se no chão e correu em direção á vassoura.
Suas perninhas curtas e sua bunda exageradamente grande, porque ainda usava fraldas, dava a impressão que o menor dos Potter era… bizarro!
Pegou a vassourinha e foi ao quarto do pai, que babava, se aproximou e puxou-lhe a mão, que já pendia ao lado da cama. O pai deu uma fungada e balançou a mão, como se espantasse uma mosca. Harry fez um beiçinho e puxou mais uma vez a mão do pai, que nem se mexeu. Aumentou ainda mais o beiço e saiu do quarto. Atravessou o corredor e chegou á sala. Fez a volta na mesinha de centro e subiu no sofá com sua vassourinha embaixo do braço. “Montou” na vassoura e começou a brincar.

Lily aparatou em casa, depois de um longo dia de trabalho no St. Mungus. Ajeitou os cabelos ruivos e virou-se, sorrindo ao ver o filho na vassoura, fingindo que voava. Aproximou-se e abraçou o pequenino, recebendo um beijo babado na bochecha. Olhou para os lados e, não enxergando James, revolveu se informar sobre o “caso.”
- Cadê o papai, meu amor? – A ruiva pediu, pegando o filho no colo e espiando o banheiro.
- Mimindo. – Harry suspirou, juntando as mãozinhas embaixo do rosto, fechando os olhinhos e abrindo a boca. Lily mordiscou a bochecha da criança e seguiu até o quarto, vendo James dormir profundamente. Lily não entendeu o porquê, mas aquilo a magoou profundamente. Lily estava sensível já havia dias, se magoava facilmente e chorava muito. James nunca a vira chorar, ela tinha o cuidado de se esconder para chorar, pois sabia que ele se preocuparia, pediria motivos, e ela não tinha motivos para chorar. Pelo menos, não aparentemente.

James abriu os olhos devagar ao sentir algo pulando em sua barriga. Sorriu ao ver o filho, mas seu sorriso se desmanchou ao ver a expressão da esposa. Ela tinha os olhos vermelhos e os lábios tremiam. Ele já conhecia essa expressão. Ela iria surtar.
- Por que, James? – A ruiva perguntou, lágrimas caindo devagar pela linda face angelical da moça.
- O quê? – Ele sussurrou, levando a mão aos cabeços negros e bagunçando-os.
- “O quê”?! Você ainda pergunta “o quê”? James, você deixa meu filho brincando sozinho, correndo riscos, pra você dormir? E se Harry caísse do sofá? E se ele pegasse sua varinha e se machucasse? E se Voldemort chegasse? – A mulher gritou desesperada, enquanto o marido apenas arregalou os olhos, pensando em algumas respostas, olhando a ruiva pegar o filho no colo e apertá-lo contra o peito. James abriu a boca para responder algo, mas foi impedido pela esposa, que recomeçou a chorar e a falar, entre soluços:
- Se você é um insensível e não gosta de Harry, vai embora, James!
- Mas, Lily, eu…
- Cala a boca e vai embora! – A ruiva apontava a porta com uma mão, enquanto largava Harry no chão e jogava as roupas do marido no chão.
“Ela ta louca”, James pensou, porém preferiu não discutir mais. Recolheu suas roupas e foi para a sala. Lily pegou Harry no colo, o pequeno estava assustado e duas grandes lágrimas corriam pelo rosto angelical do menino. (vamos combinar, ver Lílian Evans surtando não deve ser nada agradável.)
Lily encostou-se na porta do roupeiro e deixou as lágrimas correrem pelo rosto de princesa, enquanto observava o filho brincar os com as pontas do cabelo ruivo.
- Lily, podemos conversar? – A mulher ouviu a voz abafada do marido do outro lado da porta e rapidamente disse que não, mas não sabia bem o porquê da resposta negativa. Pensou em largar Harry na cama, sair correndo e beijar James loucamente.
Mas seu orgulho era maior. Deitou-se na cama com Harry em seus braços, lembrando de como James sofreu para conquistá-la. Lembrou-se do motivo da briga e achou que era uma imbecil. Ela estava sensível, o trabalho a estressava e agora tinha que se preocupar com o marido e o filho que não conseguiam ficar em casa por uma tarde sem fazerem nada de errado? Assim não dava. Lily secou as lágrimas e ajeitou-se melhor no travesseiro. Harry havia dormido segurando uma mecha do cabelo da mãe, que dormiu logo em seguida.

James abriu a porta do quarto devagar, procurando não acordar a esposa e o filho. Ele sabia que, se a esposa estivesse acordada, ele estaria morto. Mas era melhor arriscar sua vida á dormir com aquela angústia que ele estava sentindo. Sentou-se devagar na cama, acariciou os cabelos da mulher e sorriu.
- Sabe, Lily... eu realmente te amo... Eu não quero ficar brigado com você... Você me faz bem, eu gosto de ficar ao seu lado... Como se eu estivesse protegido, sabe?! Você... você é minha alma gêmea, meu anjinho, a razão da minha vida, Lily... – Ele falava calmamente, e sabia que se a esposa estivesse acordada, o chamaria de “romântico-mela-cueca”. Mas ele sentia que tinha que falar... – Eu quero ficar contigo pra sempre, ruiva... – Lily virou-se na cama e afundou o rosto na curva do pescoço de James.
[...]

- (barulho indescritível)
James e Lily acordaram instantaneamente ao ouvir aquele som. Os olhos marejados da ruiva procuraram os do marido, que apertou firme a mão da mulher. Beijou a testa do filho e empunhou a varinha, com raiva. Então era isso. Peter havia os traído.

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N/A: oooooi, gente! tudo bom com vocês?
bom, vamos aos agradecimentos:
- Giulia, por ter betado isso e ter “tentado” entender minha letra. <33
- Danne, por ficar falando merda em tempo recorde comigo. juddlovesfletchá.com (?)
- Harold, por existir e me inspirar mais a cada dia. amo você, grandão.
- Marê, por me fazer ficar as férias inteira me remoendo de inveja. odeio você, peituda. [INTERNA, ho*]
- á Barbie fairytopia, por ser tão gay quanto o rainbow *-*
e á vocês, que agüentaram ler esse poço de vinagre com sal até o fim. vocês são legais, djôw.

:*

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