Azkaban
24/11/97- Salão Comunal
Ontem eu fui lá em Azkaban, e até hoje eu ainda estou meio mal, não importa quanto chocolate eu coma.É mais fácil eu engordar do que melhorar.
Mamãe está melhor do que eu imaginava, e teve uma confusãozinha na entrada, não tinham avisado lá que eu iria à prisão.Primeiro tentaram me impedir de ver minha mãe, dizendo que ela era prisioneira de segurança máxima, e que não tinha direito a visitas.Estavam errados e tive de mostrar os documentos do julgamento.
Quando entrei na cela da minha mãe, ela estava deitada na cama, com os olhos vidrados.Não quis me aproximar mais.Então quando o trinco bateu, ela olhou para o lado e me viu.
Narcissa Malfoy definitivamente já viu dias infinitamente melhores.O cabelo dela estava embaraçado, sujo, o rosto suado e imundo.Ela precisava urgentemente de um banho.
A gente conversou bastante, e eu levei uma cesta com comida das cozinhas de Hogwarts.Levei também umas fotos do meu pai, minhas, e de nós todos juntos.Também levei algumas da tia Bellatrix, mas quando ela viu a foto da irmã, jogou-a para o lado.
Se minha mãe ainda guarda mágoa da minha tia, eu não sei nem o motivo.Quando perguntei, ela disse que era por culpa dela que ela estava ali, e que se não fosse por ela saber que tia iria correndo contar para Voldemort, ela teria impedido que eu me tornasse um Comensal da Morte.
Tentei melhorar a situação, dizendo que eu também quis, senão teria fugido de casa, mas ela sorriu e disse que foi ela e meu pai que colocaram na minha cabeça essa história.Mamãe continua querendo ignorar o fato de eu não ser mais criança.
Ela parecia estar escondendo alguma coisa de mim sobre minha tia.
Eu aproveitei e menti dizendo que tinha permissão para visitar minha tia também.Ela eu sei que não vai durar muito.
Quando a porta abriu, ela estava olhando a Marca Negra com uma expressão horrível.Os olhos dela estavam vermelhos, e embora eu tenha investigado, descobri que ela não chora.Dizem que os olhos dela estão assim porque ela não come quase nada há semanas.
Quando eu entrei, ela respirou fundo, e me reconheceu sem me olhar.Pelo cheiro.Parece que ela ficou louca.Se bem que ela já era.Quando eu olhei os olhos dela ela tentou penetrar na minha mente, mas eu bloqueei.
Foi mais assustador do que ver minha mãe.Ela anda segurando o braço esquerdo, e depois de eu explicar o que estava fazendo ali, fez uma cena quase tão comovente quanto minha mãe.A diferença era que tudo o que ela me pedia quase chorando era que eu matasse Harry Potter.
Que se eu não tivesse coragem como não tive de matar o Dumbledore, que ela mesma iria se eu a tirasse dali, mas que, não importava como, Harry Potter tinha de morrer.
Aquela conversa com a minha tia me deixou meio abalado, então eu fui embora, dando graças a Deus por não ter sido preso.
Agora que já narrei o que aconteceu na prisão, posso descrever Azkaban em si.
Quando você chega há uns dois quilômetros de distância de lá, já está muito frio, e você já se sente mal.Geralmente bastante úmido, aquela região chove muito, e algumas celas, a de Bellatrix, por exemplo, tem goteiras.
Uma única palavra descreve bem como é lá: Miserável.Dez aurores na entrada de um edifício alto, sem janelas, preto, bem no meio do oceano, onde você consegue ver as plantas marítimas grudadas nas paredes.
Mais atrás, muitos, incontáveis dementadores.Uns três na porta de cada cela de segurança máxima (a da tia Bellatrix), cinco nos corredores das de segurança menor, como na da minha mãe.
Quando você imagina Azkaban, você imagina, bem, bem, bem, melhor do que realmente é. Não dá pra imaginar a sensação de quando você pisa lá dentro.Não dá.
Eu gostaria que o julgamento que abri para minha mãe aconteça rápido.Não quero saber dela lá.Acho que ninguém, ninguém mesmo, merece estar naquele lugar, ninguém.
Mas então me lembro da minha tia, por exemplo.Com a experiência de tantos anos em Azkaban, ela nunca mais deveria ter se metido nas Artes das Trevas, mas voltou a fazer exatamente a mesma coisa, talvez porque Voldemort a forçou, ou talvez porque quis mesmo.
Pensando bem, tem gente que realmente merece estar lá, mas não minha mãe.Ela só voltou pro lado do Voldemort pra manter a nossa família bem, só por causa disso. Ela só pensou no bem da família dela. E principalmente no meu. Adiantar, não adiantou, mas ela tentou.
Mas aí eu me lembro da história do Sirius Black, padrinho do Potter.Ele passou doze anos em Azkaban.Injustiçado.O cara era inocente e o prenderam mesmo assim.Acusado de ter traído os Potter, revelando onde estavam escondidos.Acusado também da morte de treze trouxas, e de Pedro Petigrew, quem, no final, era o vilão, que hoje em dia está morto.
Ninguém sabe quem foi.Mas eu imagino.Imagino bem quem seja, mas não vou escrever, pois se este diário cai em mãos erradas, vai acontecer bem mais do que uma expulsão, talvez duas e uma repercussão enorme.Melhor esquecer este assunto.
Acho que vou dormir, preciso descansar, mas antes disso, vou comer mais chocolate, porque ainda não me sinto bem.
***~~**~~***
Draco chegou, enjoado, à prisão.Quando ajustou a capa melhor ao pescoço, por causa do frio se uma tempestade, olhou para cima e viu de perto Azkaban.
Era um edifício grande, bem grande, negro, que só de olhar, já te dava ânsia de vômito.Nas paredes estavam grudadas plantas marítimas, ouriços do mar e outros moluscos.
No ar, pairava um cheiro terrível de sal misturado com a podridão dos dementadores, que, Draco sabia, estavam aos montes lá dentro.Irritado mas decidido, caminhou o melhor que pôde contra o vento da tempestade, em direção aos vários aurores na entrada.
-Boa Noite.- cumprimentou ele, nervoso.Os aurores não estavam muito bem, pareciam doentes –Eu vim visitar Narcissa Malfoy.
Alguns do aurores que estavam mais próximos trocaram sorrisinhos.
-É o filho dela, é? Draco Malfoy?- perguntou um magricela, tentando fazer sua voz sobressair à tempestade.
-Sou.
-Bom, o senhor veio fazer companhia para sua mãe?
Draco entendeu a piadinha de mau gosto, mas resolveu se fazer de desentendido.
-Depende.Se for durante algumas horas, sim, eu vim.
O sorriso do auror falhou um pouco.
-A cela da Sra. Malfoy é se segurança máxima, ela não pode receber visitas.
Draco sorriu com desdém.Já estava acostumado, e sabia como lidar com gente daquele tipo.
-É mesmo?
-É.
Draco manteve o sorriso, e não vacilou ao tirar uma pasta com alguns papéis de dentro da capa, e entregou ao auror magricela.
-Talvez isso te dê uma esclarecida nas idéias.
O auror olhou os papéis, que diziam claramente que a cela de Narcissa era comum.Em seguida os entregou para Draco, perguntando:
-E?
-Não vai me deixar entrar?
O auror fez que não com a cabeça.Draco se aproximou dele.
-Escuta senhor “alguma coisa”, se não me deixar entrar, vou contatar o Chefe da Seção de Aurores e dizer que tipo de idiota eles andam empregando.
O auror abriu um sorriso.
-Meu nome é Haunt.E não vai precisar contatar ninguém, porque o Chefe sou eu.Assumi semana passada.
Draco ouvira falar dele, mas não reconhecera.Aquilo não era o suficiente para desbarrancar Draco.Ele era mais criativo do se imagina.
-Bom...Haunt, não é? Será que você poderia dizer para aquele retardado que fica nos portões de Azkaban, fazer o trabalho dele e deixar as visitas entrarem, já que é para isso que ele recebe?
O Chefe da Seção de Aurores pareceu ficar meio impressionado e acabou abrindo a porta de Azkaban.Draco começou a caminhar e quando um pé dele estava dentro da prisão o Auror o chamou.
-Quê?- respondeu.
-Ouvi dizer que pretende se tornar auror. É verdade?
-Sim.Por que?
-Eu deixo que entre na prisão porque é meu dever, mas não vou deixar que se torne auror.Não na minha seção, e não há nenhuma outra.
-Vamos ver se o senhor dura com essa sua arrogância até lá, Haunt. Até mais tarde.
Um outro auror, desta vez um corpulento, o levou até a cela de sua mãe.Havia cinco dementadores no corredor.Draco colocou a mão no bolso da varinha, por precaução.
Pela janelinha, Draco só conseguia ver uma cintura deitada numa cama com um colchão ralo.O auror abriu a porta, e esperou Draco entrar, que andou alguns passos vacilantes em direção à mãe.
Narcissa ficara todo esse tempo com os olhos virados para o teto, sem manifestar nenhum sinal de que alguém entrara na cela.Quando o trinco bateu, ela despregou os olhos do teto e se virou para ver quem era.
Quando a mulher viu que era o filho, seus olhos se encheram de água, e ela se levantou depressa para poder correr e abraçar Draco, mas este mesmo sem perceber já fora para a mãe.
Narcissa Malfoy, tinha longos cabelos, que antes eram tão brilhantes, agora estavam sem vida, embaraçados e sebosos.O rosto estava todo sujo, e ela não vestia as roupas bonitas de antes.Usava um vestido velho e encardido.As unhas, compridas e imundas. E seu corpo todo cheirava a suor.
Quando abraçou a mãe, Draco percebeu que nada no mundo a teria feito mais feliz.A mulher começou a chorar, descontroladamente.Talvez de emoção, talvez de felicidade, talvez de tristeza.
-Meu filho...Draco, você veio me ver...Veio até aqui me ver...
Draco ficou surpreso de como a voz da mãe soara rouca, distante e acima de tudo, triste.Abraçado a ela, ele sentiu os próprios olhos se encherem de lágrimas, e começarem a transbordar.
-Tudo bem, mãe?- perguntou, tentando a todo custo, enxugar os olhos, mas quanto mais olhava a mãe, mais sentia vontade de chorar.
-Eu não sou importante, meu filho...Como você está?Os outros Comensais estão atrás de você?Estão te infernizando muito?
-Eles não me procuraram mais, na verdade maioria morreu ou está presa.- disse ele, enxugando mais os olhos, já que agora Narcissa o encarava frente a frente. -Mãe, escuta, eu abri um novo processo...
-Não se ocupe com isso, Draco.Não vai adiantar.Não perca seu tempo comigo, se concentre nos estudos agora.Precisa se concentrar em manter a Família Malfoy viva, agora que seu pai se foi, e também tem de cuidar da nossa casa.São responsabilidades demais para você, Draco, mas você é capaz, eu sei que é. Mas você está superando bem a morte de seu pai?Você sabia que isso não tardaria a acontecer, não sabia?Ou era lá fora ou aqui dentro que ele morreria, Draco.Não havia chances.Seguro dos Comensais ele estava aqui, mas não seguro de sua própria mente.Iria morrer de qualquer forma.
-Eu sei...mas ele não precisava ter morrido assim...ele morreu decepcionado comigo, a senhora sabe.
-Seu pai não morreu decepcionado, Draco. Lucius morreu pensando em você isso eu lhe garanto.
Draco fez um som de descrença.
-Draco, seu pai te amava mais que tudo, mais que a mim, mais que a qualquer coisa.
-Não mais que as Artes das Trevas.- murmurou ele.Narcissa passou as unhas por entre os cabelos do filho –De qualquer forma trouxe algumas coisinhas da cozinha de Hogwarts para a senhora, e umas fotos que achei que fosse querer.
Ele tirou de dentro da capa outra pasta com algumas fotos deles, do pai, de todos juntos e algumas de quando Lucius e Narcissa ainda namoravam.
Narcissa recebeu os presentes do filho com carinho e teve uma pequena seção de saudades quando viu a foto de uns vinte anos trás.
-Me lembro bem deste dia, Draco.Foi quando seu pai e eu tivemos a primeira idéia de você.Estávamos planejando nos casar, e começamos a nos empolgar e falar em ter filhos, bom, a ter um filho.Você.
Draco sorriu, meio sem jeito.Sua mãe nunca foi de ficar lhe contando muitas coisas dessas épocas e quando o fazia, Draco sempre pulava fora na primeira oportunidade.
-Se você pudesse imaginar o quanto eu sinto falta do seu pai, filho...
Se Narcissa pudesse imaginar o quando Draco sentia falta do pai...
-Eu também sinto falta dele, mãe.
-Draco...descobriram quem matou Lucius?
-Foi Voldemort, mãe, a senhora sabe. Eu vi. Ele estava me castigando na hora, a senhora sabe.
Narcissa deixou seu olhar vagar pela cela durante algum tempo.Draco tirou do bolso mais algumas fotos.
-Achei que fosse querer estas, mãe.- e entregou a Narcissa fotos da irmã, Bellatrix.Imediatamente o rosto de Narcissa endureceu e ela passou as fotos com ar desprezo.Depois as jogou para o lado.
-O melhor que você pode fazer com estas fotos, Draco, é queimar.
-Por que, mãe? A senhora guarda alguma raiva da Bellatrix?
Narcissa pareceu ficar mais pálida do que já estava, e vacilou um pouco antes de responder:
-É por causa dela que estou aqui.Se eu tivesse impedido que você se tornasse um Comensal da Morte, Bella ficaria sabendo.E não pensaria duas vezes antes de contar ao Lorde das Trevas.
-Mas eu também quis, mãe.Se eu não quisesse poderia ter fugido e procurado Dumbledore, por exemplo.
-Draco...Você era uma criança psicologicamente.Fomos nós quem colocamos na sua cabeça que era preciso ser leal ao Lorde.Fizemos basicamente uma lavagem cerebral em você.Foi criado assim.Você tinha dezesseis anos, não tinha idéia do que enfrentaria.Por isso ficou tão animado.
-Mas vocês duas se davam tão bem...
-Chega, Draco.É melhor que vá embora, está passando mal, posso ver.
Dito isso, Draco não teve outra saída senão sair da cela.
Encontrou uma maneira de talvez descobrir o que sua mãe escondia e disse que tinha permissão especial para visitar na cela de segurança máxima, Bellatrix Lestrange.
Quando chegou na porta da cela dela, guardada por três dementadores, viu sentado no chão um monte de trapos com uma imensa cabeleira loura.Quando Draco entrou, Bella olhava para a Marca Negra no braço esquerdo com uma expressão terrível que Draco não identificou, mas que mostrava saudade.Bellatrix amava ser uma Comensal da Morte, amava, Draco notou.
Os olhos dela estavam vermelhíssimos, como os de quem chorou a noite inteira.
Draco, mais receoso, deu alguns passos na direção da tia.Ela então, ainda olhando para a Marca, respirou muito fundo.
-Draco.- disse ela, num tom de voz muito baixo.
-Como soube que era eu?
-Reconheço seu perfume até debaixo d’água.
Ele então olhou para Draco, perfurando os olhos dele com os próprios.Ele se apressou em se concentrar e bloquear a penetração dela.Bella se esforçava, mas já estava fraca, e, enfim, o aluno superou o mestre.
-Muito bem, Draco. Aprendeu...agora...O que traz você aqui?- perguntou ela, se pondo de pé. Ela segurava o braço esquerdo. Draco contou que viera ver sua mãe e que queria saber o que tinha acontecido entre as duas.
-Ora, meu bem, ela lhe contou a verdade.
-Bella, qualquer idiota sabe que minha mãe não deixaria de falar com você por uma coisa dessas, ela te ama.
De repente o rosto dela assumiu uma expressão desumana, maníaca, impetuosa, e Draco recuou para a parede.
-Te conto se fizer uma coisa para mim, Draco.Te conto se fizer uma coisa boa para todos.
-O quê?
Bellatrix veio correndo em sua direção, agarrou seu braço esquerdo e arregaçou a manga das vestes dele.A Marca Negra continuava lá, intocada, mas Draco ainda sentia dor quando tocavam, então recuou ainda mais, empurrando a tia, enquanto ela tentava cheirar a Marca dele.
_Eu te conto se você matar Harry Potter, Draco.Mate-o e todos serão felizes.E você irá saber o que houve entre sua mãe e eu.
-Eu não vou matar ninguém!- disse Draco.
-Mate Harry Potter!Mate aquele mestiço imundo, e você irá saber.Além de que você quer que ele morra, você quer, eu sei que quer...
-Você não sabe de nada...
-Você não tem controle sobre sua Oclumência quando fica nervoso, Draco.Eu posso ver que você quer.
-Eu NÃO quero!
-Se você não tiver coragem, me tire daqui mas eu o faço...Eu mato Harry Potter, se você não tiver coragem...
-Não...Eu não vou matar ninguém, Bella...Pare.- disse ele com firmeza, e segurou os braços da tia, enquanto dos olhos dela rolavam grossas lágrimas.
-Você não entende!Você tem que mata-lo!!!Mate Harry Potter, Draco!Você tem de mata-lo!!!
Então Draco se sentiu mal de mais e saiu da cela correndo para vomitar.O auror aproveitou e fechou a porta da cela de Bellatrix.
O que Draco não reparou foi que na agitação de segurar Bellatrix, ele deixou cair do bolso interno da capa uma foto.
Bella já se apoderara dessa foto, e quando Draco atravessou os portões de aço, ela acariciava a foto com todo o cuidado, sentindo saudade.Então então ela guardou a foto debaixo do seu fino colchão.
***~~**~~***
Ginny subiu sorrateiramente no dormitório de Harry à noitinha, todos os colegas de quarto dele estavam no salão comunal.Quando ela chegou na porta, Harry estava acabando de desabotoar a camisa branca de Hogwarts, e tinha a jogado na cama, quando olhou para o lado e viu Ginny na porta.
-O que você está fazendo aqui?- perguntou Harry, quando Ginny começou a andar pelo quarto.
-Eu quis vir falar com você.
-Se seu irmão te pega aqui, sabe o que ele vai pensar...
-Eu não ligo.- disse ela, parando e segurando a coluna da cama de Harry.Os dois ficaram em silêncio um tempo.Harry, procurando alguma coisa para dizer, já que até sabia o que Ginny viera fazer ali, e Ginny olhando os braços de Harry, que aliás, ela nunca tinha visto.Estava até gostando da vista, mas tinha de achar um meio de dizer o que queria a Harry.
Harry ergueu as sobrancelhas e chegou mais perto dela.
-O que você quer falar comigo?
-Harry, eu não sei mais o que eu quero.Eu sinto muito, mas eu não sei se quero continuar com você.Eu na verdade não sei se quero isso desde que voltei pra escola.Sério, eu não me sinto segura de mais nada com relação à gente.
-E você quer dizer o que?- perguntou ele, embora já soubesse o que ela queria dizer.
-Eu quero te pedir um tempo.Não só pra mim.Pra nós dois.O que a gente sente um pelo outro não é mais a mesma coisa desde que você matou Voldemort.Não é mais amor.Você sabe que não é mais a mesma coisa, você sabe.
-Eu sei.
-Por isso não faz mais sentido que a gente fique se enganando, quando a gente sabe que tudo mudou.
Harry encostou a cabeça numa das colunas da cama e disse:
-Você tem razão.Qualquer coisa minha morreu com o Voldemort.Todo mundo percebeu.
Ginny balançou a cabeça, em sinal afirmativo, e eles ficaram calados.Ginny sabia que Harry sofria em silêncio, e ele sabia que ela tinha razão.
De repente Ron entrou no quarto, olhou de Harry, que ainda estava de olhos fechados, na coluna, para Ginny, que olhava para Harry.
-O que é que vocês estão fazendo aqui juntos, e o que você está fazendo sem camisa perto dela?- perguntou ele, apontando Harry, e depois Ginny.Ela então saiu do quarto sem dar nenhuma satisfação ao irmão.
23 de novembro, dormitório feminino do sexto ano
Ai, diário, me doeu tanto, mas eu tive que terminar com o Harry.A gente não se ama mais, não adianta ficarmos juntos.
Eu preferiria que ele tivesse gritado, feito qualquer coisa menos só concordar comigo, eu pude ver que ele estava mal, mas...eu só sinto muito. Muito mesmo.
A essa hora, Harry já deve estar contando ao Ron, que vai contar pra Hermione, que vai vir aqui me perguntar porque eu fiz isso, e eu não quero platéia agora.
Acho que vou trocar de roupa e dormir.
[N/A]: Finalmente!!! Conseguiiiiiii!!!!!!!!!!! Separei os dois! Embora eu tenha ficado com peninha do Harry, mas tudo bem. Tudo flui como tem de fluir.
Gente, qual é, vamos, comentem, please!!! Como eu vou saber se vocês estão gostando, se eu tenho que melhorar alguma coisa ou deletar de vez a fic do pc??? COMENTEM!!!
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