A penseira

**Nota inicial da autora**

Para a melhor compreensão de alguns fatos dessa história, não deixe de ler a fic que deu origem a essa história que você vai começar a ler.A fic é Lily e Tiago: uma história.
Endereço:http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=17188

Vale lembrar que essas são fics,  eu apenas estou contando como eu gostaria que tivesse acontecido. Não levei em conta todos fatos originais e sim do que aconteceu na outra fic Lily e Tiago: uma história.

Boa leitura!!!

***Fim da nota inicial**

CAPÍTULO 1 - A PENSEIRA

Alvo Dumbledore encontrava-se em seu escritório, cujo o Sol ainda teimava em invadir , naquele final de tarde. Sua aparência era de um homem cansado e por baixo de seus óculos meia-lua, olhos muito azuis continuavam a contemplar a paisagem na janela. O diretor caminhou até a pensaira, tirou a varinha do bolso , puxou um fio prateado da cabeça e largou-o lá e voltou até a janela. Um estampido vindo da porta de entrada tirou Dumbledore da janela e seus olhos , agora, miravam um gato de listras amarelas que atravessava rapidamente seu escritório e parara em cima da cadeira de frente para a sua mesa. O diretor sentou-se de frente para o gato e lhe disse:
 -Algum poblema , professora Mcgonagall?
 O gato não se encontrava mais ali. Agora, em seu lugar, encontrava-se uma senhora de óculos e coque bem apertados sob um chapéu verde musgo .
-Ainda não compreendo como consegue me distinguir dos demais gatos.
-Lembro-me de já termos conversado sobre o assunto há exatos quinze anos.
Minerva remexeu-se na cadeira. Ela sabia perfeitamente sobre o que Dumbledore falava. Então falou: -Trelawney e Firenze querem discutir a divisão das turmas,parece que a professora não concorda com algumas coisas. Ela não pára de me seguir , na esperança que eu venha falar com você.Então, não tive outra escolha senão..
-Entendo -disse Dumbledore - amanhã , ao pôr do Sol , diga-lhe que vamos ter uma reunião na sala de Firenze.
 -Bom, o meu problema está resolvido, mas...Alvo, agora sou eu que pergunto, o que foi?-perguntou Minerva , um pouco receosa.
 Dumbledore se levantou lentamente e caminhou até a penseira.Ela o acompanhou.
 -Alvo..o que...
Dumbledore mergulhou na penseira. Minerva não viu outra escolha a não ser segui-lo. Estavam agora na Rua dos Alfeneiros há quinze anos atrás.Lá estavam o diretor e a própria Minerva, conversando, na noite em que entregaram Harry para os Dursley.
-O que estão dizendo -falava a professora - é que anoite passada Voldemort apareceu em Godric´s Hollow.Foi procurar os Potter.O boato é que Lílian e Tiago Potter estão...estão...que estão...mortos.
 Dumbledore fez que sim com a cabeça. A professora Minerva perdeu o fôlego.
 -Lílian e Tiago...Não posso acreditar...Não quero acreditar...Ah, Alvo. Dumbledore estendeu a mão e deu-lhe um tapinha no ombro.
 -Eu sei...eu sei... -disse deprimido. A voz da professora tremeu ao prosseguir. -E não é só isso.
Estão dizendo que ele tentou matar o filho dos Potter, Harry.Mas...não conseguiu..
 E nesse momento , aquela lembrança começou a girar e alguns instantes depois Dumbledore e Minerva estavam de volta ao escritório.
-Alvo, por que...por que isso...agora? -perguntou a professora.- se lembrar de algo tão...tão... Dumbledore suspirou profundamente e falou:
-Nick Quase-sem-cabeça , contou-me hoje , que Harry perguntou se era possível que Sírius tivesse se transformado em fantasma pouco depois de voltarmos do ministério.
 -Mas , qual é a ligação entre isso e essa lembrança?-disse Minerva pondo suas mãos sob a "borda " da penseira.
-Harry, na verdade perguntou a Nick se era possível um bruxo voltar...
-Mas isso já aconteceu antes, com outros alunos que perderam seus familiares, além do mais, Alvo...sabe que não é...
-O caso é que...andei refletindo muito.Ele perdeu o pai, a mãe, o padrinho...
-Mas não há nada que possamos fazer.- disse Minerva como se aquilo fosse óbvio.
 -Então, gostaria que me respondesse como aquele jovem chegou a essa conclusão. -disse Dumbledore entregando um carta à Mcgonagall.
 Minerva olhou para Dumbledore e em seguida para o envelope. Abriu-o, tirou a carta e começou a ler. Conforme ia lendo cada linha, seus olhos começavam a se arregalar.
-Se importaria em ler em voz alta? -disse Dumbledore.
Minerva voltou seus olhos para a carta e retomou sua leitura:

"Caro professor Dumbledore, espero que tudo esteja bem por aí. Estou escrevendo porque...minha cicatriz doeu outra vez, mas enquanto eu dormia. Foi estranho. Eu tivesse um sonho com meus pais.Mas não entendo porque minha cicatriz doeu.Sonhar com meus pais é uma coisa boa ....e Voldemort não estava no sonho..será que poderia me ajudar a entender isso? Harry Potter."

 -Eu tomei a liberdade de responder a carta dele, solicitando que me contasse como foi o sonho.. -disse Dumbledore entregando à Minerva , uma segunda carta.

" ..foi estranho...eu estava na casa do Sírius, junto com a Ordem. Depois eu pisquei os olhos e estava num quarto de bebê e mamãe estava lá.Mas não havia nenhum bebê lá, só eu e ela aí eu pisquei os olhos e papai apareceu.Eles sorriam pra mim , como no espelho de Ojesed. Depois eu ouvi um barulho na porta.E eles se colocaram na minha frente.Eu não vi mais nada e minha cicatriz começou a doer intensamente."

-Alvo! Mas como é possível? -perguntou a professora horrozida.
 -Priori Incantaten Profundus... -murmurou Dumbledore.
-Impossível! -disse Minerva -Priori Incantaten Profundus implica na união das duas varinhas cujos efeitos provocam mistura de passado e presente...Dumbledore! Harry e Você-sabe-quem...não pode ter acontecido!
-Mas aconteceu. -disse o diretor.
 -E por que não se manifestou antes? - perguntou Minerva.
 -Porque Harry tinha parado de sonhar com Voldemort.
 -Mas ele não voltou a sonhar...espere, ele sonhou sim..sonhou não, relembrou o dia do assassinato dos pais...
-Exato.
 -E o que devemos fazer?
 -Devemos chamá-los de volta..
 -Você fala chamar como se fôssemos mandar um recado...
-E vamos.
 -Mas , como?
-Estive revendo uns livros de magia antiga, muito antiga,os primeiros livros escritos por bruxos..antes de lhe contar tudo isso..
-E então?
-Encontrei um capítulo, não estava muito claro, porque a tinta, sim porque foi escrito à mão, estava um pouco apagada, dizia que se escolhessemos uma lembrança que envolvessem pessoas que não estão mais entre nós e misturássemos metade da areia de um vira-tempo do passado e mais a metade de um do futuro , poderíamos obter uma semi-vida.
-Semi-vida...?Mas não existe vira-tempo do futuro!
-No mundo da magia existe apenas um.Existiam mais, é claro, mas com o tempo foram sendo usados..ninguém nunca confirmou os fatos.
-E onde ele está?
-No meu armário.
-O que?
-No meu armário de poções..pedi um pouco da areia ao ministro, uma vez, só por precaução...
-Âh...e ele te deu assim, sem mais nem menos?
-Desde que eu não usasse para qualquer coisa...
-Entendo...
-E então, pretende mesmo...
-Sim. Mas pelo que sei , a duração da semi-vida é de um ano.
-E por que não fez isso antes, quero dizer, por que não trouxe Tiago e Lílian, de volta, antes?
-Por que Harry ainda tinha Sírius. Eu , não tinha os livros.
-E onde os conseguiu?
-No Departamento de Mistérios.
-Lá?
-Sim, era só uma página..
-Arrancou a página do livro?
-Não, a copiei a mão, mas tive que traduzir de uma língua que eu não conhecia. Mas, ontem , finalmente eu terminei a tradução..
-Mas qual vai ser a reação do Potter, ao ver os pais...
-Eu garanto que estará melhor que agora... Minerva começou a caminhar até a porta.
-Bom, vou dar o recado para a professora Trelawney. A propósito, quando que você vai...
- Esta noite.
-Até mais, Alvo.
-Até mais Minerva.
Dumbledore esperou a lua surgir no céu para começar tudo. Tirou do bolso interno da capa uma pedaço de pergaminho, envelhecido pelo tempo e começou a ler o que tinha traduzido.

"A magia, antes mesmo de ser conhecida por quem é capaz de produzí-la, já existia na Terra em tempo muito remotos. Porém, o maior desejo de toda a humanidade em qualquer tempo que fosse era ser capaz de se tornar imortal. Os primeiros bruxos descobriram que não era possível se tornal imortal se não fosse pela Pedra Filosofal, mas sim , descobriram que era possível contornar o tempo. Tais informações ficaram guardadas por muitas gerações e jamais divulgadas ao mundo bruxo.Mexer com isso, requer um trabalho minucioso e árduo, pois não é todo bruxo que pode mexer com tempo sem ter conseqüências por isso.O mago Merlin,o bruxo mais poderoso que já existiu ,descobriu como fazer isso e escreveu tais ações, permitindo-nos divuldar neste livro na qual só existe uma cópia em todo o mundo."

Dumbledore pulou alguns parágrafos e começou a ler novamente:

 " A primeira coisa que devemos fazer é escolher a lembrança que temos da pessoa que queremos que volte, mas ela deve ser precisa, pois a pessoa voltará exatamente como era. Se estivese doente, voltará doente...após , adicione na sua penseira três quartos da areia do vira-tempo do passado e misture com dois quartos do vira-tempo usado para se voltar ao presente. Em outras palavras, o futuro de quem viveu no passado. Adicione três gotas de sangue de seu parente mais próximo ou de alguém que tenha uma forte ligação,para garantir que o organismo da pessoa que viverá novamente volte a funcionar corretamente.Isso emplica que a pesoa voltará a ter uma semi-vida, mas não completa, por cerca de um ano.."

Dumbledore parou de ler. Precisava de três gotas de sangue de Harry..E mandou um dos quadros de antigos diretores chamar Hagrid. Não demorou muito e Hagrid apareceu no escritório, dez minutos mais tarde.
-Mandou me chamar, diretor?
-Sim, Hagrid.Preciso que faça algo para mim.
-Pode falar, senhor.
-Quero que mande a professora Mcgonagall se aprontar para a viagem.
-Viagem?
- Sim, vamos na casa do Senhor Potter e queria que você convocasse o Sr Lupin.Ele sabe bem o caminho e poderá nos encontrar lá.Se quiser, pode vir também Hagrid.
-Obrigado professor.
-O que estamos prestes a fazer, é algo muito sigiloso.
- Muito sigiloso, não me diga que é a Pedra...
-Não, na verdade , é isto. - e entregou o último pedaço de pergaminho para Hagrid ler também.
-Pelas barbas de Merlin!Quer trazer os Potter de volta?
-E se tudo der certo, o Sr Black também.
-Mas é claro , senhor, vou chamar o professor Lupin, imediatamente e professora,certo, Minerva..
E Hagrid saiu às pressas, tropeçando em tudo pelo caminho.
-Fineus? -disse Dumbledore à um dos quadros.
-Sim? -Avise, Severo, que voltarei amanhã e peça que cuide de tudo.
-Certo, estou indo. Cerca de meia hora mais tarde, Minerva estava no escritório de Dumbledore, com sua capa de viagem e pronta para partir.
-Não acha que devemos avisar ao senhor Potter que estamos indo visitá-lo?
-Não creio que seja necessário.
-Pois bem, já que insiste..Vamos indo então.

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