Apresentações



Era ela tão linda!!! Passou por mim, e eu não resiti, segurei em seus braços, a sobressaltando com o susto.

- Potter? - ela exclamou, se virando para mim.

- Oi, Evans - respondi, dando um daqueles meus sorrisos mais sorrisos.

- Não vi você - ela falou, milagrosamente civilizada.

- Essa era a intenção - respondi me aproximando mais. - Quis te fazer uma surpresa.

Estávamos muito próximos... Achei que iria levar um belo de um tapa na cara, mas ela sorriu.

O.O

O que?

Voltando a fita...

Ela sorriu... Sorriu mesmo? Não! Pera ae! Lílian Evans sorriu para mim?

Ô.Ô

- Bela surpresa, James... - ela falou. Cara, não acredito! O que foi isso? Oh, my God!

Ela sorriu ainda mais com a minha cara de surpresa, e como num sonho, se aproximou de mim... Aproximou mais, cada vez mais, ainda mais e....


- ACORDA, PRONGS! 'TAMO ATRASADO!


Vi várias cores passarem completamente embaçada por mim, Evans ir sumindo até desaparecer, e me deparei em minha cama, sozinho...

Sozinho?

Antes fosse... Acabei de me tocar (por uma dor dolorosamente dolorida na minha costela) que meus "adoráveis" amigos faziam um montinho em cima de mim.

- VAMO PARÁ! - berrei irritado, quando meus ossos quase partiram em um dos pulos de Wormtail. Poxa, ele não é nenhuma pena pra ficar pulando em cima dos outros.

Tem gente que é tão sem noção... ¬¬

A propósito, querido diário...ÔUOUOUOU. Que coisa mais feminina!
Esquece isso...

Recapitulando... A propósito caro amigo caderno de anotações diárias e confidenciais para seres masculinos expressarem seus sentimentos sem receios, já disse que adoro colocar esses ¬¬?

Acho eles muito.. hãm... fofos também seria um palavra feminina, digamos que, sinceramente elegantes e notáveis?

Pois é... cada coisa não? ¬¬

- Pô, Prongs! Que mau humor! Sonhando com a lula gigante, foi ?

- Deixa ele, Pad - disse Moony. Oh, até que enfim ele começou a me defender. Na verdade os marotos (é assim que chama o nosso grupo de amigos) nunca defende ninguém do próprio grupo, nossa intenção é zuar, zuar e zuar. Esse é o lado bom da vida! Mas continuando, onde eu estava mesmo? Ah, claro.. que mania de sair do assunto ¬¬

Mas então, nós nunca nos defendemos, apesar de que Remo (o Moony) é mais ajuizado que todos e sabe nos respeitar. Suspirei aliviado quando ele se intrometeu na conversa, e achei que parariam de me zuar pelo menos por hoje... ou pelo menos pela manhã...

Como eu estava enganado...

- Deixa ele Pad, - foi o que ele disse a princípio, mas...como nem tudo que é bom dura muito... - Ele deveria estar sonhando com a Evans. Pelo menos nos sonhos ele não leva nenhum fora, e você cortou o barato dele.

- Eu é que vou cortar alguma coisa de você, Remo, e nem queira saber o que...

Ele de repente pareceu assutado.

Ponto pra mim. \o/

- Nossa, saiam de perto! O Prongs está com Espírito assassino hoje! - falou padfoot.

- Estou mesmo - murmurei, enquanto me virava para entrar no banheiro. - É bom tomarem cuidado.

Entrei no banheiro e traquei a porta, irritado. Droga! Tinham que ter me acordado?

A verdade era que eu morria de vontade de experimentar o sabor dos beijos da Evans, e bem na única oportunidade que eu tinha... (quero dizer, não que ela não queira me beijar, tenho certeza de que sim, é claro, que garota me rejeitaria??)

Agr! Estou querendo enganar quem? Sei que a Evans nunca iria me beijar, ela me maltrata tanto!

Deve estar boiando, né? Tudo bem, vou explicar tudo.

Pra começar, eu conheci a Evans assim:

FLASHBACK

Estava eu, tímido e inocente (?) caminhando pelos corredores de Hogwarts, perdido em meus pensamentos igualmente inocentes (?²), quando dou um esbarrão em alguém ao cruzar o corredor. A pancada foi tão forte que eu e a criaturinha do outro lado acabamos caindo.

Advinhem?

*tempo para advinharem*

*tic tac tic tac tic tac tic tac tic tac*

*tempo esgotado*

Se você disse que a criaturinha era Lílían Evans, acertou!

Mais ainda.. se você disse que eu babei nos olhos verdes dela também acertou...

Aliás... eu ja disse como ela é? Bom, imagine uma pessoa ruiva... Não aquele ruivo forte forte forte, mas aquela cor... como chama? Acajú? Acho que é isso... Mas então, os cabelos belíssimos nessa cor acajusada (¬¬) e os olhos verdinhos, verdinhos... Imaginou? Sei, tirou seu folêgo, não é? Agora imagina uma criaturinha dessa cara a cara com você. Pra ser mais exato, embaixo de você...

Eita! Que mente heim? Não disse na malícia... É que eu caí em cima dela com a trombada...

Pensou besteira, heim? ^^

Mas então, continuando a história onde eu tinha parado antes da sua mente suja me interromper, eu acabei caindo em cima dela.

Estava prestes a berrar com quem quer que fosse a criaturinha que não tinha prestado atenção por onde andava, quando encontrei seus lindos olhos esmerelzados (Atenção, essa palavra é uma das que eu chamo de PVJP, que significa, palavra do vocabulário de James Potter, por isso não a tente procurar naquele dicionário que vc tem empoeirado dentro de sua gaveta. )

Então, eu ía xingar, mas aí a encarei e... senti algo tão estranho!

- VÊ SE OL... ah, oi... Desculpa - disse no lugar. Fiquei parecendo um bobo, mas não pude evitar.

Aquilo lá era atitude de um maroto? Claro que não! Imaginei se Padfoot passasse por ali naquele momento e me visse pedindo desculpas a alguém, principalmente naquela situação.

- Tudo bem, a culpa foi minha... - respondeu ela, com uma vozinha tímida e suave.

Gelei até a alma.

Sempre quis voltar ao passado por causa dessa lembrança. Sempre.

Fui tão... tão inútil, tão burro, tão idiota, tão covarde, tão ignorante, tão egoísta, tão horrível, tão imbecil, tão monstro, tão cínico, tão pretencioso, tão orgulhoso, tão metido, tão sem nocão, tão James Potter!

Sei que você não está entendendo, afinal, até aí não tinha feito nada de mais! O pior foi o que fiz depois...

Você quer saber?

Tipo, eu vi que minha máscara de maroto estava
caindo, e depois de ajudá-la a se levantar, resolvi mudar a imagem que tinha causado.

Padfoot sempre me dissera que as garotas babavam nesse nosso jeito conquistador, e como aqueles lidos olhos esmeraldinos (PVJT) pareciam me consumir, eu tentei uma:

Maldito Padfoot!

- Sozinha por aqui, boneca?

Ela ergueu as sobrancelhas, provavelmente surpresa por um cara que pensou por um instante ser legal mudar assim tão de repente.

- Sim - ela respondeu. - Sabe, essa é minha escola...

Toma essa seu cachorro!

Ops... tô com a mania de confundir eu e meus amigos. Cachorro é o Padfoot! Eu sou o v... hã... cervo.

- Ah... - esquentadinha ela. - Claro. Também é a minha.

Não podia deixar aquilo ficar assim, precisava tomar uma atitude de maroto.

- Nâo precisa levar a mal, gatinha. É que eu percebi que você tava olhando pra mim e...

- O quê? - disse ela, numa voz tão aguda que me sobressaltou. - Larga a mão de ser metido, cara! Há outras pessoas no mundo para serem olhadas, e muitas delas não são tão arrogantes feito você!

Ah, não... dessa vez me indignei. Euuuuuuu??? James Potter??? Arroganteeeeee?

Nem sei da onde ela tirou isso!

¬¬

- Ei! Arrogante? Oras... Você mal me conhece!

- Graças a Deus, não é? Olha, já tive um dia cheio hoje e não quero mais me irritar, se vc não se importar de PARAR DE OLHAR PARA AS MINHAS PERNAS!

Cara, que mina mala! Mas que tem lindas pernas, ah, isso ela tem!

Na certa, um cara normal, abaixaria a cabeça e cairia fora, mas EU não era normal. Era um maroto. E um maroto nunca desistia. Até que estava gostando de vê-la irritadinha. O brilho que seus olhos emitiam eram ainda mais encantadores.

- Ninguém nunca lhe disse que as coisas belas da vida devem ser bem admiradas?

PLOFT! ¬¬

Não preciso dizer o que foi que aconteceu, preciso? Ainda sinto minhas bochechas ardendo, só de lembrar.

Definitivamente, aquela garota não era daquelas que já em meu segundo ano estava acostumado a lhe dar.

Acho que foi isso que me fez gostar tanto dela

Fim do Flashback!

Pois é, foi assim... Assim que a conheci, desde então ela parece me odiar, mal olha na minha cara!

Apesar do meu orgulho ferido, eu parei de me importar depois de um tempo, afinal, ela era apenas uma garota.

Apenas uma garota como qualquer outra.

Apenas uma garota com belas pernas como "quase" qualquer outra.

Apenas uma garota com belas pernas, belos olhos, lindos cabelos e sorrisos como nenhuma outra.

^^

Eu ainda estava no meu segundo ano e tinha muito o que curtir, por isso, nunca me importei muito com o fato de que ela me tratava mal, achava que era uma patricinha metida a certinha e incorrigível. Claro, enquanto sua suspeita de que eu era um galinha imaturo também aumentava.

Com o tempo, minha atração por ela se tornou mais forte, afinal, ela se tornou ainda mais irresistível! E quanto mais eu a convidava para sair, mais ela me odiava, mais ela maltratava, e mais eu caía de quatro...

No primeiro sentido, por favor...

Até que esse ano percebi que o que era... Quais eram meus verdadeiros sentimentos por aquela criaturinha do corredor...

Ninguém soube, e eu ainda insisto em falar que tudo o que eu sentia pela Evans era um forte de desejo e vontade de não deixar nenhuma garota para trás na "minha lista". Apesar de que meus amigos mais próximos (não vou explicar como nos conhecemos e tal porque isso mereceria um capítulo inteiro e vc já sabe que eu estou atrasado pra aula neh?) Então, mas os marotos sabiam que eu a amava, apesar de sempre negar...

Porque negava?

Um maroto, imaturo e galinha, apaixonado??

Quem acreditaria?


¬¬

♥===================================♥

- A aula foi um saco... - exclamei irritado para os marotos, ao fim de nossas aulas.

- Com certeza - confirmaram todos, menos Remo.

Daqui a pouquinho ele começa a dizer que nenhuma aula seria tão ruim se prestássemos um pouco de atenção. CDF do jeito que é...

Querem apostar quanto?

- Realmente foi um saco...

ÔÔ

ÔÔ

Ô.ô

O quê?

*desconcertado*

- Cof cof cof cof cof cof cof! - fez Padfoot. Wormtail parecia tão pasmo quanto eu.

- O que foi que disse, Remo? - perguntei, pasmo.

- É verdade! - exclamou ele na defensiva. - Ninguém merece! O professor Bins me dá sono! História da Magia é um saco! E eu vou tomar um banho!

Achamos tão estranho o jeito com que ele emendou tudo, uma coisa nada a ver com a outra, mudando de pato pra ganso e de ganso pra macaco, que teríamos rido e o zuado, se ainda não estivéssemos chocados com sua atitude inesperada.

- Eu vivi 15 anos pra ver mesmo isso, Prongs? - perguntou Pad, com uma cara de cachorro molhado que dava pena.

Não para mim, claro. Para mim aquela cara era nada mais nada menos do que um motivo para dar boas risadas.

*Pausa para o meu riso desenfreado*

...

...

...

...

...

...

...

- Desmancha essa cara, Pad, vai... senão... eu não me aguento... - falei, me dobrando de tanto rir.

- O que há de engraçado? - ele perguntou, piorando aquela cara esquisita.

Vocês não imaginam o quanto ela era engraçada...

- Você... - respondi, somente.

Ele fechou a cara, e ao ver que muitos estudantes que andavam por aquele mesmo corredor naquele momento paravam para me ver rindo, eu consegui me controlar.

Foi quando uma garota muito linda de olhos profudamente azuis e cabelos cacheados se aproximou da gente..

- Olá - disse ela, um pouco corada.

Padfoot a encarou de cima a baixo.

Como ele é discreto... ¬¬

- Oi - respondi, me perguntando porque nunca a tinha visto em nosso salão comunal, já que pelo seu uniforme ela era de Grifinória.

- Ooi - respondeu Sírius. Sufoquei uma risada.

- Ãm... Desculpem, mas vocês são Potter e Black?

O rosto de Pad se cotraiu, e só eu e Wortmail sabiamos porquê. Coitada da moça, até se assustou. Também, qualquer um se assutaria com aquela cara de cachorro com cólica de rim...

Mas a verdade era que Pad nunca gostou de ser chamado de Black. Ele nunca gostou de ser um Black. Tinha ódio da família, ódia das manias macaras de sua família. E odiava ser chamado de Black.

- Somos. Somos sim - respondi depressa, antes que Padfoot explodisse. - Porque?

- São amigos do Lupim, não? É que... Bom, vocês não saberiam dizer onde ele está?

Nos entreolhamos.

- Acho que ele foi tomar um banho - respondeu Wormtail. - Tava meio estressado.

Linguarudo.

A garota pareceu ficar meio decepcionada.

- Estressado? Ah...

Ficou um minuto em silêncio.

- Será que vocês podiam fazer um favor para mim?

- Claro - respondemos ao mesmo tempo.

Não importa o que ele disse, EU pensei primeiro. EU comecei a responder primeiro. O meu primeiro som da primeira sílaba saiu antes. Depois ele vem olhando com aquela cara feia pra mim como se eu tivesse lhe roubado alguma coisa...



- Tipo, hoje acho que ele não foi conversar comigo e eu achei ele meio estranho. Se vocês pudessem dizer a ele que a Mary gostaria de falar com ele...

Troquei um sorrisinho com Pad e Peter. Olha o canalha do Moony escondendo o jogo!

E que jogo...

- Mary? Claro, nós passaremos seu recado... - murmurou Sírius, mais amigável e menos safado. Pelo menos a mulher dos amigos ele respeita...

^^

- ... gata. - completou ele.

¬¬

- Obrigada...

Ela sorriu e se foi, antes de me ver dar um safanão na cabeça de Pad com um livro beeeem pesado.

- Safado...

- Estranho... - murmurou Wormtail.

- O que é estranho, Peter? - perguntei sem ligar muito. Normalmente tudo era estranho para ele.

- Como é o nome dela? Mary?

- Sim, porque? - disse Pad.

- Ouvi o Moony dizer todo animado ontem a noite que iria procurá-lá. Até me deixou fazendo os deveres sozinho na bilbioteca.

Pad parou de andar de repente, e eu acabei trombando com ele, pois Evans acabara de passar do meu lado, e minha concentração estava muito ocupada vendo-a caminhar lentamente...

- Ai, Padfoot! Porque você não avisa que vai parar?

- Ah, claro! - respondeu ele irônico. - Da próxima vez eu ando com uma setinha.

¬¬

- Eu acho que eu já vi essa garota....

- Viu? - perguntei. Porque sinceramente, eu não me lembrava de tê-la visto em algum lugar.

- Sim, hoje de manhã. Onde foi mesmo? Ah, sim. Se não me engano foi no momento em que eu saía do banheiro. Vi uma turminha de uns garotos da sonserina, e ela estava lá de mãos dadas com aquele sonserino idiota do Jhony Colloy. Lembro-me bem porque eu estava morrendo de vontade de azarar ele pelas piadinhas bestas, mas vi Moony fazendo sua ronda rotineira pelos corredores e me controlei, afinal, ele agora é monitor e eu não queria obrigá-lo a dar uma detenção para seus próprio amigo...

- Ela estava de mãos dadas com ele? - perguntei perplexo. Vocês não sabem, mas aquele cara era cruelmente insuportável! Pior que ele só o ranhoso, Snape. Mas ele não merece muitas explicações, por isso não vou perder meu tempo falando dele, a não ser que ele é um ranhoso ignorante e que adora as artes das trevas. Mas continuando... Jhony Colloy era horrível! Um brutamontes arrogante. Como uma linda garota como ela poderia ficar com um cara daqueles? - Mas espera aí... Vc disse que moony passava ali naquele momento. Ele os viu juntos?

- Ah, viu, ele passou do nosso lado, parecia até nervoso pelo barulho que eles faziam...

Pad parou, e nos entreolhamos. Compreendendo por fim o motivo do estresse de Moony.

- Mas o barulho tava muito alto? -

¬¬

Tinha que ser o Wormtail pra perguntar um negócio desse. Ele é tão desligado!

Eu ja prometi que iria falar um pouco sobre os marotos, não prometi?

Então, vou começar agora antes que eu me esqueça...

Ah... vejamos... por onde começo?

Ah, claro, o começo seria uma boa, obrigada pela idéia...
Então vamos lá...


Flashback 2

Desde pequenininho eu já sabia o que era... Não, não estou dizendo que um garoto lindo que faria muito sucesso com as mulheres, isso eu também já sabia, mas eu falo no sentido de ser alguém com poderes especiais, com talentos especiais...

Também não sou um deficiente mental, nem físico, tah difícil pra você entender, heim?

Bom, ja que você não entende minhas metáforas vamos ser claro:

Por pertencer a uma família com poderes mágicos (bruxos) eu já sabia que seria um deles, e não via a hora de ir para Hogwarts, a minha atual escola de magia e bruxaria.

Fiquei super feliz com essa carta, apesar de tê-la esperado desde que troquei a frauda pela primeira cueca, a mamadeira pelo copo, os sonhos com hipogrifos voadores por... ah, deixa isso pra lá...

*corando*

Bom, eh... cof, cof... continuando...

*licença para um pigarro*

Agora sim... Recebi a carta, e a ansiedade para conhecer a escola onde meus pais estudaram, meus avós estudaram, meus bisavós, tataravós e etc, etc, etc, aumentava a cada dia que passava.

Finalmente o dia de pegar o expresso para Hogwarts. Nunca fui nem um pouco tímido, mas havia algo de estranho com o meus estômago quando deixei meus pais e me vi sozinho no trem.

Peguei a primeira cabine vazia que encontrei, e logo um garotinho tímido (esse sim parecia muito tímido) louro e de olhos azuis abriu timidamente a porta.

- Ah... com licença. Posso me sentar aí?

- Chega aí - respondi, feliz por não ter que ficar mais sozinho. Isso sempre foi um tédio pra mim.

O garoto entrou, se sentou, e logo tirou um livro da mochila.

Quem seria o energúmino a ler um livro antes das aulas começarem?

Ô.ô

- Qual seu nome?- perguntei, incapaz de me conter. Pô, como alguém consegue ficar em silêncio tanto tempo assim. Sei que com certeza ele iria querer prestar atenção na leitura, mas eu precisa conversar... poxa!

Nossa... isso soou tão sentimental, não foi?

Acho melhor eu mudar um pouco minha forma de falar, porque já escrevo esse di... caderno de anotações diárias e confidenciais para seres masculinos expressarem seus sentimentos sem receios, e ainda fico falando esse tipo de coisa, logo as pessoas vão começar a desconfiar de mim...

O que?

Elas têm motivos?



Lógico que não!!



A parada é a seguinte, mano, eu não curto esse negócio de expressar os bagulho que rola comigo dessa forma radical, sa'qualé?

¬¬

Então, mano, tipo assim, o cara lá tava leno o bagulho e eu não consegui me conter, véio, a doidera do trem começava a se mexer e eu tinha que zuá, precisava de um parceiro pra nóis começa a movintá o barato.

Não quer você que eu passe a me expressar assim, não é?

rsrsrs... desculpa mas esse linguajar não é pra mim não.
Vou ter que continuar o papo da forma que eu sei me expressar, okay?

Continuando..

- Qual é o seu nome? - perguntei. Quem sabe assim ele desconfiava que ler dentro de um trem antes mesmo das aulas começarem era das atitudes mais caretas que se podia esperar de alguém. Pelo menos, para alguém como eu.

- Remo Lupim - disse ele erguendo os olhos de seu livro, surpreso.

- Ah. O meu é James Potter. - respondi, já que o educado não me perguntou.

- Legal - disse ele, voltando a atenção para o livro.

¬¬

Apreoveitei para observar a capa do livro.

- Hogwarts uma história?

Novamente ele ergueu os olhos do livro.

- Sim. É um livro muito bom. Você nunca leu?

Dei uma risadinha.

- Não, eu não costumo ler muito não.

- Não?

- Na verdade só leio quando me obrigam. Fora isso nunca peguei um livro pra ler.

Ele riu.

- Sei como é, sou a única pessoa que conheço da minha idade que gosta de ler. Mas esse livro é realmente muito interessante. Conta toda a história de Hogwarts. Você sabia que o teto é encantado para parecer o céu? E o lago. Tem um lago onde parece haver sereianos e uma Lula gigante!

E assim a conversa foi rolando. Ta certo que eu queria conversar, mas não era bem esse tipo de conversa que eu queria. Falar sobre livros não é uma coisa que chama a minha atenção, mas até que deu pra se distrair um pouquinho. Aquele papo me deixou ainda mais afim de conhecer a escola.

Um pouco mais para a tarde, um garotinho gordinho de cabelos louros entrou na nossa cabine. Parecia aterrorizado.

- Me ajudem, por favor, me ajudem!

Lupim levantou depressa.

- O que houve?

- Estão atrás de mim, estão..

A porta da cabine se abriu novamente, e por entre ela entrou uma garota morena, com a varinha erguida.

- Ei, garoto. Fugiu porquê? - disse ela. - Será que dá pra vc devolver meu chocolate?

- Não é seu, é meu! - disse ele.

- É meu a partir do momento que você pisou na minha cabine. Vai, me entregue ou eu azaro você!

- Pera ae, ninguém vai azarar ninguém aqui!

Era pra essas palavras terem saído da minha boca, mas não foram. Vieram de um outro garoto que acabava de entrar na nossa cabine. Ele tinha os cabelos negros bem penteados (proesa que o meu nunca conseguiu) e também apontava a varinha para alguém, mas era pra garota e não para o menino gordinho.

- Sírius? Me seguiu foi? - perguntou ela, para aquele que acava de entrar.

- Segui, e fiz bem, não é? Vamos, saía daqui antes que eu azare você.

- Você sozinho?

- Com certeza não.

Foi um verdadeiro coral que disse isso. Eu, o garoto de cabelos bem penteados e Lupim. Todos já com a varinha em punho também.

A garota pestanejou, provavelmente analisando a situação. Ela estava sozinha, nós estávamos em quatro, e isso pareceu contar bastante para ela, pois bufando, se retirou.

Nós quatro nos encaramos.

- Tudo bem com você? - Lupim perguntou para o gordinho assustado.

- T-tudo... Obrigado.

- Quem era essa metida? - perguntei para o moreno.

- Belatriz, minha prima.

Ele fez uma careta.

- Algum problema? - perguntei.

- Não, tudo bem. Desculpem por isso, ela não é muito agradável.

Rimos.

- Percebemos - dissemos os três ao mesmo tempo.

Nos entreolhamos e caímos na risada novamente.

- Sou James Potter - me apresentei. - E vocês?

- Eu sou Peter - disse o gordinho. - Peter Pedigrew.

- Sou sírius - respondeu o moreno.

Fiquei esperando o sobrenome.

- Sírius?

- É, sírius.

- Eu sou Remo Lupim. Sírius do que?

- Só Sírius.

Dessa vez só nós três nos entreolhamos.

- Estão sozinho na cabine? - perguntou ele.

- Sim. Querem se juntar a nós? - perguntou Lupim.

- Poderíamos?

- Claro, senta aí - falei.

- Vou buscar minhas coisas então.

Quando ele saiu aproveitei e me virei para Lupim. Aquele ali não perde tempo. Imaginem que ele já havia pego o livro de novo?

¬¬

Pigarriei. Ele ergueu os olhos.

- Porque você acha que ele não queria nos dizer o sobrenome?

- Não sei... talvez a família dele é trouxa e ele tem vergonha de assumir. Normalmente algumas pessoas teêm esse medo.

- Hum...

Sírius voltou, trazendo a mala, e se sentou de frente para mim.

Olhou para Lupim com o livro na mão, e eu vi suas sobrancelhas se enrugarem. Olhou para mim, confuso.

Encolhi os ombros, rindo.

Ele revirou os olhos e olhou para a janela. Tinha um ar completamente descolado e simpático.

- Primeiro ano também? - perguntei.

- Sim, porque? Vocês também vão para o primeiro ano?

- Sim - respondi, enquanto Lupim afirmava com a cabeça, sem desgrudar os olhos de seu livro. - Sempre estive muito ancioso para entrar nessa escola. Parece realmente o máximo!

- Eu também acho. Só espero que caía em uma boa casa. Se cair na sonserina eu pego as minhas coisas e vou de volta para casa.

- Sonserina tem uma boa história - disse Lupim, levantando os olhos de seu livro. - A maioria dos bruxos que pertenceu a ela foram muito famosos. Porque você não gostaria de pertencer a ela?

- Bom, eles podem ter histórias e tal, mas eu conheço muito sonserinos e posso te dizer que eles não são nada agradáveis.

Eu também já ouvi muito falar sobre a má fama dos sonserinos, mas nunca conheci nenhum.

- Mas isso não significa que sejam todos assim, não é? - perguntou Remo. Ele, pelo visto, só se baseava nas informações que recebia dos livros.

- Não se deixe enganar - falou Sírius. - Os sonserinos são pessoas arrogantes e cruéis. Não necessariamente seguidores das trevas, mas também não são nem um pouco amigáveis.

Fomos interrompidos por Petter, que entrava aos trampos e barrancos na nossa cabine, com sua pesada mala.

- Estão falando do quê? - ele nos perguntou, enxugando a testa com um lenço após o esforço de desenroscar a mala da porta da cabine.

- Sonserinos - respondi, me segurando para não rir.

- Ah... - ele fez uma careta estranha. - Fiquei sabendo que eles não são muito agradáveis.

Olhei para Remo, que ergueu as sobrancelhas.

- Será que só eu que estou tão por fora assim?

- É o que parece - dissemos todos ao mesmo tempo.

Outra vez, caímos na risada.

Acabamos por dividir o mesmo dormitório, e desde então nos tornamos amigos. Foi apenas na cerimônia de seleção que descobri o sobrenome de Sírius, e apesar de Petter ter ficado meio chocado, eu não liguei muito. Qual é, o sobrenome de alguém não é suficiente para julgarmos a pessoa em si, e Sírius parecia ser uma pessoa bem legal.

Especialmente depois que o chapéu seletor o pôs na Grifinória.

Eu, Remo, Sírius, e Petter ficamos todos na mesma casa e isso facilitou muito a nossa amizade.

Depois de um certo tempo, quando já havíamos nos tornado os garotos mais populares da escola, tivemos uma descoberta que nos deixou de boca aberta.

Sabe o Remo? Aquele garotinho tímido e metido a CDF que eu conheci no trem? Então, não podemos deixar de notar que ele saía com muita frequência da escola. Praticamente, desaparecia.

Perguntamos a ele muitas vezes o que acontecia, mas cada vez ele inventava uma coisa diferente. Uma vez era que a mãe estava doente, outra era que ele precisou visitar a tia que estava presa, sempre uma coisa diferente.

Bom, nós não eramos idiotas (pelo menos eu e o Sírius não, o Petter... bom ele já é outra coisa), então logo notamos que ele mentia.

Isso.

Remo Lupim mentia descaradamente.

Não foi preciso muito para juntarmos todos os pontos e chegarmos as conclusões certas. Lupim era um lobisomem! Fora mordido quando ainda era muito pequeno, e sumia uma vez por mês para se transformar! Dá pra acreditar?

Se ele pensou que isso nos assutaria ele estava muito enganado. Você também caso tenha pensado o mesmo. Ao contrário disso, nos disponibilizamos a ajudá-lo. O espírito de aventura seria o suficiente para essa loucura.

Sabe o que fizemos?

Sempre fomos muito inteligentes, os mais inteligentes de toda a escola se você me permite dizer, principalmente eu. (Convencido? Eu? ÔÔ) Então, descobrimos um jeito de ajudar o nosso amigo.

Nos tornamos animagos! Éééééééééé! Isso aí! Animagos clandestinos! Se conseguimos? Claro! Você está se comunicando com James Potter! É claro, demorou um pouquinho, mas compensou. Conseguimos esse ano, e nas poucas vezes que, desde então, acompanhamos Remo nas transformações curtimos pra cac***!

Não estou sendo insensível, era difícil ver o nosso amigo passar por tudo que passava na época de sua transformação, mas tenho certeza que estava sendo bem mais fácil com nossa compania do que sozinho. Também, enfrentar uma barra como aquela sozinho, seria o fim do mundo!

Eu me transformei em cervo. (obs: Não dê bola quando ouvir o Padfoot chamar-me de viado, porque é CERVO!) O Petter, que por muito tempo chegamos a pensar que não conseguiria, em rato, o que era muito útil quando tínhamos que fazer algo escondido ou sem chamar a atenção, graças ao tamanho dele. Sírius? Advinha?

Se você não consegue advinhar olhando para a cara dele ou pelo apelido, pergunte para algumas das garotas com que ele saiu com o quê ele se parece. Elas vão gritar na hora que "aquele canalha do Sírius Black é um tremendo vira-lata cafageste.

Me pergunto até hoje como é que elas sabiam, afinal isso era segredo absoluto.

^^

N/a: Bom pessoal, é isso! Espero que teham gostado!!
Uma nova fic... para aqueles que não conhecem, tenho aqui a Mistérios e paixões (HP7); a "Que tal algumas mechas?"; a "Depois do perigo"; e Na cachoeira"

Leiam e comentem para eu ver o que estão achando...

Voltarei a postar quando tiver comentários... (pra eu ter certeza de que tem alguém lendo, rsrsrs) E mesmo se demorar, não significa que abandonei a fic, viram?

Bjossssssssssss

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.