Pour Elle
Era dia 31 de Outubro, Dia das Bruxas, onde todos os alunos aproveitavam o feriado nos jardins da escola, mesmo com o tempo frio. Todos os alunos menos um do sétimo ano da grifinória, que atendia por James Potter.
James era um garoto muito bonito, alto, forte, pela posição de artilheiro no time de sua casa, olhos castanhos com alguns poucos pontos verdes, sendo estes semicobertos por uns óculos redondos de aro fino e preto, cabelos sempre rebeldes e negros como uma noite sem lua e pele clara. Ele era considerado um dos garotos mais bonitos de toda Hogwarts, talvez perdendo somente para o seu melhor amigo, Sirius Black.
Infelizmente, nesse dia, James não parecia fazer jus ao seu título de garanhão, o verde dos olhos não o dava mais um ar maroto, mas um amargo, os cabelos estavam mais desarrumados e opacos, a pele clara ganhou um ar doentio, e abaixo dos olhos havia olheiras, indicando as noites mal dormidas.
Des châteaux au Pays des Merveilles
Et des îles de sables au soleil
Des rivières de diamant sans pareil.
Os Marotos, os melhores amigos de James, estranharam a mudança repentina e tentaram fazer com que ele voltasse a ser quem era antes, mas talvez isso não fosse mais possível, o velho James se fora, e talvez tenha sido para sempre. O novo James era diferente; o novo James era exatamente como ela queria que ele fosse, preocupado com os estudos, não fazia brincadeiras, não azarava mais ninguém, nem mesmo Snape, e sua rotina era baseada nos estudos e algumas vezes nos treinos de quadribol.
O novo James estava sentado em uma cadeira de seu quarto, observando, pela janela, um emaranhar de cabelos ruivos. Ele havia mudado, mudado por ela, mas ela não parecia notar, pelo menos, se notou não demonstrou isso de forma alguma. Ontem mesmo ele fora acusado por ela de ter azarado dois quartanistas, e apesar de ser inocente cumpriu uma detenção calado, como ela sempre desejara que fossem as detenções com ele.
- Será que ela não percebeu? – indagou James a si mesmo, batendo com força no vidro da janela de seu quarto, que apenas por sorte não quebrou.
Evans, como ele conseguia gostar dela? Ela era tão cínica com ele, o menosprezava e, muitas vezes, chegou a humilhá-lo publicamente. Ele sempre havia levado aquilo tudo na brincadeira, sempre achara que ela estava apenas fazendo doce, mas sua opinião mudara, no começo do mês passado, aquela lembrança estava muito bem gravada em sua mente, e de certo que demoraria muito para sair dali.
Des oiseaux couleurs de l'arc-en-ciel
Des montagnes aux glaciers éternels
Des sommets où la haine sommeille
/Começo de flashback/
James tinha um sorriso estampado em seu rosto, talvez ele conseguisse algo com a Lily, agora que o caminho estava livre, Gideon Prewet terminaria com ela, e ele poderia levá-la para sair.
Depois de andar um pouco finalmente a encontrou nos jardins, ela estava sentada de cabeça baixa lendo um livro de contos infantis trouxas, ela era linda, os cabelos caiam como cascatas sobre os seus ombros, os olhos verdes esmeralda demonstravam uma concentração que chegava a ser assustadora, a pele clara com algumas poucas sardas, combinados com o corpo miúdo da garota, faziam com que ela parecesse ser feita de porcelana.
James andou confiante até a garota e sentou ao seu lado, não disse nada, apenas tentou ler o livro por cima do ombro da garota, mas esta parecia determinada em não deixar que ele o lesse.
- O que diabos você quer, Potter? – perguntou Lily, estressada.
- Quer sair comigo? – perguntou James, prontamente.
- Não! – ela disse, seca, e voltou a ler o livro.
O garoto persistia na proposta, mas estava sendo totalmente ignorado pela garota, não que isso o fizesse desistir do convite, claro.
Lily fechou o livro em um gesto brusco, assustando o garoto, e virou se para o garoto, que viu o ódio no olhar dela.
- É Evans para você, Potter! Agora, olha para a minha e me diz se nela tem que te leva a pensar que EU quero sair com VOCÊ? Você está me perturbando há exatos vinte minutos com essa pergunta idiota! Eu NUNCA sairia com você! É MUITO DIFÍCIL DE ENTENDER? EU NUNCA SAIRIA COM VOCÊ! SÓ SE EU ENLOUQUECESSE, E EU TE GARANTO QUE EU NÃO ENLOUQUECI! EU TE ODEIO! VOCÊ É SÓ UM GAROTO MIMADO, PREPOTENTE, ARROGANTE, QUE FICA MECHENDO NESSE CABELO IDIOTA SÓ PARA PARECER QUE ACABOU DE VOAR, AZARA OS OUTROS POR PURO PRAZER, DESTRÓI O CORAÇÃO DE MILHARES DE GAROTAS SEM AMOR PRÓPRIO, NÃO LIGA PARA OS ESTUDOS, SÓ QUER SE DIVERTIR... E DEPOIS DISSO TUDO VOCÊ AINDA ESPERA QUE EU SAIA COM VOCÊ? POR FAVOR, PARE DE SE ILUDIR, POTTER! VOCÊ NÃO É NADA! POR QUE VOCÊ VAI ATÉ A ALA HOSPITALAR PARA PEDIR UM CÉREBRO? PORQUE NA SUA CABEÇA SÓ TEM MERDA DE ACROMANTULA!
- Lily... – disse James, um pouco chocado com a reação da garota. Por que ela sempre estava com quatro pedras na mão?
- É EVANS, EU JÁ DISSE! – ela parou de gritar. – Você sabe que eu te odeio, sabe que eu não me importo com você, sabe que é o ser mais repugnante que eu já encontrei na face da Terra. – a garota fez uma pequena pausa e abriu um sorrisinho sádico. – Por que você não vai chorar com seus pais, Potter?
- Eles morreram, Evans. – disse James obedecendo a exigência da garota.
Lily sentiu-se desabar, mas logo se recompôs. Os pais de James haviam morrido, e até ela percebeu que havia ido longe demais.
- Me faça um favor, apenas não seja você mesmo! – disse a garota. – O seu eu me dá nojo!
/Fim do flashback/
Je trouverai, la ville sous la mer,
Je traverserai à pied le désert
Et elle sera ma force et ma joie.
James fechou os olhos e sentiu como se estivesse cercado de dementadores, cada um sugando o resto de felicidade que lhe restava. Ele desejava que um deles lhe desse um beijo para acabar com tudo o que sentia, odiava amar e não ser correspondido.
Ele se levantou e sentiu a vista escurecer. Passar mais de um dia sem comer não ia resolver as coisas, precisava comer algo. Ajeitou as vestes no corpo e passou as mãos nos cabelos, e seguiu o seu caminho em direção à cozinha.
James agradeceu por não encontrar ninguém que pudesse o ver nesse estado deplorável.
Agradecera cedo demais, encontrou Lily no meio de um corredor, ela estava distraída, e mesmo desviando ela o acertara.
- Olha por onde anda, Potter! – disse Lily olhando para o garoto com asco.
- Bom d... – começou James.
- Nem venha me pedir para sair com você! – disse a garota se precipitando e interrompendo o menino que apenas ia lhe desejar “Bom dia”. – O Gideon e eu voltamos e estamos muito felizes! Por isso nem tente nos separar de novo! Você sabe que por mim você pode morrer... E sabe... Não faria falta... Alguma. – Lily disse essas palavras em um tom de voz tranqüilo. Se ela estivesse gritando, as palavras não afetariam tanto James.
- Aliás, você podia ir se matar agora. Ia melhorar meu dia. – disse Lily cínica.
James sentiu um gosto amargo na boca. Murmurou um “perdi o apetite” e foi de volta para o dormitório.
"Por que não, se é por ela?" era o pensamento que não saia de sua cabeça.
James deitou em sua cama e pegou uma pena e um pergaminho, e depois de vinte minutos havia escrito a carta por inteiro, e logo após um feitiço tudo estava pronto.
Chegando ao corujal, chamou por sua coruja, Athenas. Explicou a situação a coruja, ela se recusava a integrar a carta, James só a convenceu de o fazer, após ter ameaçado dar o trabalho a outra coruja.
Je décrocherai les châteaux d'Espagne
Pour elle je peux être un homme heureux
Mettre du bleu au gris de ses yeux
Pour elle, pour elle...
A coruja voou até o salão comunal da Grifinória, ninguém estava presente, ninguém exceto quatro pessoas, três meninos e uma menina, exatamente quem ela precisava ver, talvez fosse coincidência demais, talvez fosse apenas o destino.
James já chegara aos jardins, nesse momento a carta já devia ter chegado, já estava na hora de por o plano em prática.
- O último plano. – disse James com um suspiro.
Os Marotos estavam, no Salão Comunal, conversando. Lily estava sentada um pouco afastada e lendo um livro. De repente a coruja atravessou a janela, atraindo a atenção dos três, que se perguntavam o porquê James mandaria uma carta se podia falar com eles a qualquer momento. Mas, para a surpresa de todos, a carta vermelha pousou sobre o colo de Lily, que se assustou.
Os três marotos levantaram-se de sobressalto e foram em direção à ruiva para tirar satisfação.
- Por que o Prongs, o James, está te mandando um berrador, Evans? – perguntou Sirius de braços cruzados.
- Não é só para mim... – disse a ruiva com a voz tremula pegando o berrador – Está endereçado a vocês também...
Os três marotos levantaram-se de sobressalto e foram em direção à ruiva para tirar satisfação.
- Mas o que... ? – começou, mas então viu o nome de James e fez uma careta.
- Você não vai abrir, Evans? – perguntou Sirius de braços cruzados encarando a garota.
- Claro que não, foi o porco do seu amigo que mandou. Prefiro jogar no lixo. – disse a garota, se levantando.
Des jupons et des robes de soie
Des bracelets, des bagues à chaque doigt
Des colliers où la lune se voit.
- Lily, você devia ao menos abrir, lembre-se do que acontece com os berradores quando não são abertos de imediato. – falou Remus.
- É só jogar pela janela que ele explode antes de cair no chão. – disse Lily, indo em direção a janela.
- Acho que não. – disse Peter. – Você é cega, por acaso? Nossos nomes também estão endereçados. – Lily sentiu as bochechas esquentarem levemente, por não ter visto esse detalhe – Abra.
Lily abriu o envelope vermelho com as mão tremulas, e então todos puderam ouvir a voz de James.
“Bom... Er... É meio difícil dizer isso a vocês... Sabe... Mas acho que estou fazendo o certo... Principalmente para você Lily... Desculpa... Evans... Até porque o que eu estou fazendo tem muito a ver com você... Agora que vocês estão ouvindo isso, é muito provável que não vão mais escutar a minha voz de novo...”
Os Marotos soltaram exclamações de surpresa e Lily começou a soluçar.
“Hoje, a Lily, digo, a Evans falou que a vida dela seria muito melhor sem a minha vida... Ou qualquer coisa desse tipo. Enfim... Eu sempre a amei, e ela sempre me desprezou. Eu daria todas as jóias para ela, e, com certeza, ela as quebraria em mil pedaços. Eu atravessaria desertos por ela, mas quando a encontrasse ela diria que não estava satisfeita. Eu cruzaria mares por ela, mas ela falaria que eu consegui não graças ao meu esforço, mas porque não houve tempestades em meu caminho...”
Os Marotos olharam para Lily. Sirius queria voar no pescoço dela.
“Ah... Marotos, não culpem a Lily. Eu podia não estar fazendo isso, mas estou.”
- Temos que impedir isso! – disse Remus, saindo correndo com os outros marotos em seu encalço.
- Me lembre de te matar, Evans! – disse Sirius, e Lily apenas abaixou a cabeça, consentindo.
- Mas... – falou Peter, parando de repente. – Como vamos sabe onde ele está? – Lily, Sirius e Remus pararam de correr, e se entreolharam desesperados.
- Vamos usar a coruja! – exclamou Lily rapidamente.
Pour elle,
Des fontaines, des marées des étangs
Des guitares et des pianos tout blancs
Des musiques à arrêter le temps.
- Boa idéia, Evans, mas ainda quero te matar. – Sirius falou, seriamente. – Athenas!
A coruja, que estava um pouco distante, voou até eles rapidamente.
– Onde está o James? – perguntou Sirius, e a coruja obedecendo, começou a guiá-los em direção aos jardins.
Enquanto corriam em direção aos jardins, Lily não conseguia parar de pensar em por que ela estava se sentindo um lixo, se queria tanto que aquilo acontecesse. Era para ela estar feliz, era para ela estar MUITO feliz! O garoto que ela mais odiava no mundo ia se matar. Mas ela não sentia isso. Ela sentia um peso no coração, ela sentia que não queria aquilo, ela sentia que se ele morresse não faria sentido viver.
“Por que eu estou pensando isso? Eu quero mais é que o Potter vá para o Inferno! Eu quero que ele tenha uma morte bem lenta e bem dolorosa! Eu espero que ele tenha cortado os pulsos!”, mas balançou a cabeça depois de pensar nisso. Na verdade, ela queria exatamente o contrário, ela queria encontrá-lo bem, ela não queria que ele morresse.
Quando finalmente chegaram aos jardins, ficaram procurando desesperados aonde James poderia estar.
- James! JAMES! – gritavam os quatro. Então viram algo que preferiam não ter visto: Em cima da pedra mais alta, à beira do lago, viram um vulto caindo.
- Oh, não... – sussurrou Remus.
Je trouverai, la ville sous la mer,
Je traverserai à pied le désert
Et elle sera ma force et ma joie.
Já estava no topo da pedra mais alta, por que se sentia inseguro justamente agora? Ele era um grifinório, era corajoso, não tinha o que temer do outro lado. Talvez ele fosse considerado um mártir do amor, por causa dela.
Ouviu o seu nome, virou a cabeça quase que por instinto, viu quatro pessoas, os marotos e Lily, abriu um pequeno sorriso de soslaio, isso parecia ser tão irônico, ela estava lá, provavelmente para assistir o espetáculo.
Respirou fundo e mergulhou, antes do corpo bater na água ouviu algo que pensou que nunca ouviria.
- JAMES! EU TE AMO! – Lily gritara, ela o amava... Ele iria morrer feliz.
Ele era um maroto, e não podia voltar atrás.
Quando finalmente o corpo bateu na água sentiu frio, e se deixou puxar para baixo, a água já invadiam suas narinas, seus pulmões se comprimiam, e o seu coração acelerava. Sentiu a tentação de subir, mas não podia, não mais. Sentiu a visão escurecer, fechou os olhos e ouviu o barulho de alguém pulando na água, sentiu-se sendo puxado para fora do lago.
- James... – ouviu ela chamar o seu nome. – James, por favor, não faz isso!
Sentiu-se sendo envolto por dois braços e sentiu os lábios dela pousarem nos seus, ele podia morrer agora, e foi o que fez. Tudo se acabou, James Potter havia mergulhado na escuridão.
Lily quebrou o contato dos lábios e abraçou o corpo inerte com mais força, olhou para os outros três marotos, todos tinha lágrimas nos olhos, mas permaneciam em silêncio.
- Eu te amo... – sussurrou Lily. – Desculpa... Desculpa por tudo... Eu queria estar com você agora...
O corpo inerte de Lily caiu sobre o de James em um baque surdo. Peter, Sirius e Remus olhavam tudo, boquiabertos, sem saber nem o que pensar. As lágrimas escorriam como rios, mas eles não se importavam.
Je trouverai, la ville sous la mer,
Je traverserai à pied le désert
Et elle sera ma force et ma joie.
Esse Dia das Bruxas foi considerado um dos mais tristes de Hogwarts, talvez exceto para James Potter e Lily Evans. Tem quem diga que o amor deles acabou aí, mas eu acredito que ele apenas começou, para poder durar toda a eternidade e servir de lição para os jovens casais de Hogwarts, que até hoje nunca viram história mais bonita que a do Cervo e do Lírio.
N/B: eu oficialmente ODEIO AS DUAS. ODEIO. E ODEIO ESSA FIC.
COMO ASSIM, JAMES POTTER MORTO ANTES DA HORA?????????????????????????????
Eu protesto. Adeus .____________________________.
Lau: Oi povooooo!
Morg: OOOOOOOOOOOOOOOOOOI! =D
Lau: eu não sei o que falar... Lalalalala o_O
Morg: Coitado do Jay *chora*
Lau: E da Lil's também! *chora mais que a Morg =P*
Morg: E dos Marotos!
Lau: Né... Tadinhos deles... E da Mary McDonald u_u Não sabe quem é a Mary? Ninguém mandou não ler HP7 =D
Morg: É aquela que o Voldie tá torturando no começo do livro?
Lau: não lembro... Mas ela aparece no Prince's Tale *-*
Morg: Prince's Tale?
Lau: Algo do tipo... 'Histórinha' do Snape...
Morg: Hmm
Lau: Hihi... Mas vamos ao que interessa... Alguém chorou?
Morg: Eu!
Lau: Sério? =o
Morg: Aham
Lau: Nossa... Eu queria ter chorado!
Morg: Voce é má .-.
Lau: Só um pouquinho... Muahahaha!
Morg: (6)
Lau: Morrrrrrg essa é nossa prrrrrrimerrrrrra fic juntaaas!
Morrrg: Ainda virrrao muitas!
Lau: E muitas outrrrrrrras... Espera o povo ver Screaming Infidelities! *-*
Morrrg: ÉÉ! Depois de Pourrr Elle, vai serrr a que eu mais vou gostarr de escrrreverrr!
Lau: Eu vou ser mó mãe babona com essa fic! E nem vem Morg... Vc é o pai... Eu já disse que eu sou a mãe!
Morrrg: Nao! Eu sou tia!
Lau: Tá booooooom! Mas eu sou a mãe! Muahahahaha!
Morrg: Whatever
Lau: Vamos postar então!
Morg: Comentem!
Lau: Muitooooooo!
Morg: LLLLA!
Lau: Que?
Morg: Nao entendi o.o
Lau: O muito?
Morg: Nao, o que eu falei.
Lau: Ah... Você pega o código da música no mp3tube.com.br pra por na fic?
Morg: Ok.
Lau: Weeeeee!
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