Valeu a pena
Capítulo 34 – Valeu a pena
(N/A: Narração de Sirius)
A tristeza pela morte dos Potter foi se dissipando lentamente com o passar dos dias e a chegada do último dia do ano, com todas aquelas promessas de mudança e vida nova, pareceu animar um pouco o pessoal.
Promessa de mudança, vida nova... Tudo isso só me lembrava uma coisa: preciso resolver minha situação com a Liz. James me disse que eu tinha que me abrir pra ela, não é assim tão fácil. A gente fala esse tipo de coisa para os amigos, não para as garotas!
Bom, não quero perguntar a ele se há outro jeito, acho que ia ser meio... Ah, ia ficar chato eu ficar perturbando ele com isso com a morte dos pais dele tão recente. Não que eu não me importe, claro, mas é que eu não consigo parar de pensar nela.
Então, já que não tenho outra opção quanto ao que fazer para me resolver com ela, acho melhor eu pensar na melhor forma. É, eu posso ensaiar no espelho! Aí, quando chegar na hora, eu vou estar bom o suficiente, porque isso tem que sair perfeito.
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(N/A: Narração de Lily)
Não temos feito muita coisa ultimamente, só acordando tarde, conversando pouco, brincando menos ainda... Tenho ocupado a maior parte do meu tempo tentando fazer James pensar em outras coisas, distraí-lo um pouco para que ele não sofra tanto. Tem dado certo, ele já sorri mais e está até animado com a festa de ano novo.
Estamos sentados perto do lago, apenas observando a paisagem. Não há muito o que conversar, mas também não está entediante. Algumas vezes eu gosto de apenas parar e olhar para ele, me trás uma tranqüilidade inexplicável.
Passamos o dia inteiro ali, apenas fazendo companhia um ao outro.
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(N/A: Narração de Sirius)
Hora do almoço, descemos todos juntos para o salão comunal, Lily e James já estariam lá embaixo. Estávamos descendo o último lance de escadas quando aconteceu algo que fez o meu estômago ir ao chão.
- Oh Merlin, Leonard! – gritou Liz e foi ao encontro do garoto, que subia as escadas sorrindo – O que faz aqui? – ela sorria radiante.
- Consegui convencer meus pais a me deixar voltar. – ele beijou-a brevemente – Estava com saudades.
- Mas isso é ótimo! – falou Alice – Que bom que conseguiu voltar, Leo.
A partir desse ponto, eu já não escutei mais a conversa. A única coisa que podia bloquear completamente os meus planos aconteceu. Lily me falou que isso tem um nome... Uma lei sabe-lá-das-quantas que faz tudo dar errado. Mas quem foi o imbecil que inventou isso? E como é que eu ia arrumar uma brecha para falar com ela agora?
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(N/A: Narração de Liz)
A presença de Leonard no castelo me deixou muito animada, agora eu podia ter certeza que não ia me deixar levar pelo Sirius, caso ele tente fazer alguma coisa.
Almoçamos todos juntos na santa paz de Merlin e procuramos evitar assuntos do tipo “como foi o seu natal?”, assim eu não precisava mentir e nem precisávamos comentar certas coisas.
Passei a tarde inteira com Leonard nos jardins.
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(N/A: Narração de Alex)
Após o almoço os casais se separaram. Eu estava passeando com Remo perto das estufas. Falávamos sobre os planos para o próximo ano e para o futuro. É algo que eu sempre gostei no Remo, ele não é só um namorado legal, é meu amigo acima de tudo, divide tudo comigo e me faz sentir totalmente dentro da vida dele.
- Então, eu pretendo continuar estudando, acho que vou me especializar em DCAT. – disse Remo – E você, já sabe exatamente o que quer?
- Sabe que eu não sei... É uma decisão tão difícil.
- Mas não é uma decisão sem volta. Quer dizer, você pode fazer o que quiser. – viu? É por isso que eu o adoro.
- Talvez eu entre para o Gringotes. – comentei distraída.
- Jura? – perguntou surpreso – Não achei que fosse seu tipo.
- Por quê? – dessa vez a surpresa foi minha.
- Sei lá, você parece delicada demais para o que eles querem... – respondeu – Não que não seja capaz, claro. – acrescentou depressa.
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(N/A: Narração de Alice)
Eu e Frank estávamos andando na orla da Floresta Proibida. Ele estava anormalmente calado e parecia nervoso.
- Frank, está tudo bem? – perguntei preocupada.
- Está, está sim. – respondeu nada convincente.
- Ah, Frank, você não sabe mentir pra mim. – falei revirando os olhos – Vai, conta logo.
- Não é nada. – insistiu.
- Frank Longbottom, é melhor você falar antes que eu...
- Ok, calma. – ele sorriu nervoso, eu, satisfeita.
Ele se posicionou em minha frente e me olhou nos olhos.
- Alice, eu... Eu andei pensando muito em nós essas últimas semanas... E eu tomei uma decisão. – meu Merlin, ele está me assustando – Eu queria saber... – ele olhava pra os lados agora – Queria... – tentava encontrar palavras enquanto remexia num dos bolsos do casaco – Tá, me deixa fazer isso direito. – sorriu nervoso e se ajoelhou tirando algo do bolso e escondendo nas mãos – Alice Lendynner, você... Aceita se casar comigo? – ele abriu uma caixa pequena de veludo com um lindo anel dentro (N/A: O anel é esse aqui http://i190.photobucket.com/albums/z207/Lizzie_Potter/anel.jpg )
Quase desmaiei na hora, meus olhos se encheram de lágrimas e eu fiquei muda. Oh. Meu. Merlin. Não conseguia acreditar no que estava acontecendo. Acho até que eu estava tremendo.
Frank se levantou e me olhou preocupado.
- Ah... Olha, Alice, se você não quiser, eu vou entender. – falou meio sem jeito – Eu sei que é um pouco cedo...
Eu não o deixei continuar, me joguei em cima dele e lhe dei um longo beijo.
- É claro que eu aceito. – falei quando finalmente consegui recuperar o fôlego.
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(N/A: Narração de Lily)
- Vamos logo, meninas, já são onze horas! – reclamei impaciente.
- Tá, tá, já estou pronta. – falou Alice.
- Eu também. – disse Liz.
- Eu tô quase. – disse Alex.
- Então vai logo. – falei.
Saímos do dormitório cerca de dez minutos depois. Encontramos nossos garotos, Liz se lembrou que tinha que pegar a câmera e disse que seguíssemos, ela nos alcançaria.
- Pena que aqui não tem ondas para pular. – comentei distraída.
- E por que pular ondas? – Alice perguntou me olhando estranhamente.
- Ah, é uma tradição dos trouxas. – respondi, às vezes eu me esqueço que elas não conhecem essas coisas – Dizem que se você pular sete ondas na hora da virada, vai ter sorte.
- Cara, e nós somos estranhos? – perguntou Peter.
- Hey! Cada um com seus costumes. – o repreendi.
- Caramba! Esqueci de pegar o whisky! – Sirius falou de repente batendo a mão na testa.
- Mas eu te lembrei de pegar quatro vezes! – falou Remo sem conseguir acreditar.
- Tá, mas eu esqueci. – Sirius respondeu emburrado – Vou voltar pra pegar.
- Mas já estamos quase nos jardins. – disse James – Deixa pra lá.
- E virar o ano sem whisky? – perguntou – Ficou louco? – James apenas virou os olhos – Vão andando, eu conheço os atalhos. – falou e saiu andando depressa.
- Acham que ele foi mesmo atrás de whisky? – perguntei depois que ele virou o corredor.
- Não mesmo. – disse James.
- De jeito nenhum. – falou Frank.
- Sem chance. – confirmou Remo.
- Eu espero que ele saiba o que está fazendo. – comentou Alex.
- Bem pouco provável. – disse Peter.
- Eu acho difícil. – falou Alice.
- Não devíamos dar algum crédito a ele? – perguntei meio dividida. Nos entreolhamos.
- Nããão. – respondemos juntos e começamos a rir.
- Vamos descer logo, eles se resolvem. – falou Frank.
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(N/A: Narração de Sirius)
- Eu juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom. – murmurei e o mapa se revelou.
Eu estava dentro de uma sala no segundo andar. Abri a garrafa de whisky que tinha no bolso interno da capa, precisava de um pouco de coragem pra o que pretendia fazer.
O pontinho de Liz se movia apressadamente pelo corredor acima. Eu só precisava esperar que ela passasse na frente da sala.
...
- Que diabos... Sirius! O que acha que está fazendo? – perguntou quando eu a puxei para dentro da sala.
- Eu preciso falar com você. – respondi sério.
- Jura? Não dava pra fazer isso outra hora? – perguntou irônica.
- Não. – respondi calmamente – Tem que ser agora.
- Sabe, eu tenho uma namorado me esperando. – falou indo em direção à porta.
- Eu tenho certeza que ele vai entender o atraso. – insisti bloqueando a porta.
- Sirius, sai da minha frente. – pediu virando os olhos.
- Eu só quero falar com você. Custa? – perguntei – Ou você tem medo de alguma coisa? – ela me olhou séria.
- Está bem. – deu meia volta e caminhou pela sala – Você tem cinco minutos. – falou quando se sentou na mesa – E nem sonhe em fechar essa porta. – acrescentou quando eu estava fazendo isso.
- Assim está bom? – perguntei deixando a porta entreaberta.
- Ótimo. – respondeu sorrindo forçadamente – Então, o que você queria me dizer?
Eu apenas a olhei por um tempo, é bem mais difícil que falar pra o espelho, mas tem que ser feito.
- Bem, eu sei que é uma coisa idiota a se dizer, mas eu vou começar do começo. – falei, ela soltou uma risada pelo nariz – Eu não sei exatamente quando isso começou ou se sempre esteve aqui o fato é que eu preciso de você agora porque...
- Ah, Sirius, não começa com isso outra vez! – falou se irritando.
- Me deixa terminar, por favor? – pedi.
- Tudo bem, fala. – disse cruzando os braços.
- Eu quero ficar com você, Liz.
- E você acha que é assim? Que eu vou estar lá quando você quiser? E se você decidir que quer ficar com outra?
- Não, não é isso... Olha, deixa eu te explicar uma coisa. – falei vendo que ia ser difícil – Eu sempre soube que você gostava de mim, então me desculpa por fingir que não sabia, mas eu não queria que ficasse estranho, então eu fingia não saber, será que dá pra você esquecer isso?
- Ah, e que tal quando você deixou de falar comigo por causa da McKinnon? Espera que eu esqueça isso também?
- Eu não deixei de falar com você por causa dela. O negócio é que o James jogou na minha cara que você gostava de mim, aí eu não tinha mais como fingir que não sabia. Foi aí que aconteceu o que eu menos queria, eu fiquei estranho.
- Você foi um idiota. – falou.
- Eu sei! E eu ainda sou idiota! – acrescentei – Mas eu não sabia como agir, então eu tentei fazer você parar de gostar de mim.
- Quanto cavalheirismo. – comentou irônica.
- Tá, só que eu acabei piorando tudo. – lembrei – Eu sei que agi feito um imbecil...
- Não, você não agiu como um imbecil. – interrompeu – Você É um imbecil.
- Ok, eu mereço isso. – considerei o comentário – Eu só comecei a me dar conta de tudo quando o tal Leonard apareceu. Eu não sei, senti que ia perder você pra sempre e...
- E aí entra ação o famoso “só dá valor quando perde”.
- Bom, não era exatamente isso que eu ia dizer, mas, é, foi isso. – admiti – E acho que foi nessa parte que eu comecei a te olhar diferente, terminei com a Marlene e comecei a ficar confuso sobre o que fazer. – desabafei – Eu não queria ter te beijado daquele jeito no natal, mas eu estava tão nervoso que nem sabia o que estava fazendo. – eu parei e esperei que ela dissesse algo, mas ela permaneceu calada e eu continuei – Então, eu sei que pode ser meio tarde pra isso, eu sei que você agora tem namorado e que você provavelmente não quer mais saber de nada comigo, mas eu tenho que te dizer. – fiz uma pausa – Eu te amo e eu gostaria muito de ficar com você, se você quisesse. – ela me olhou por alguns segundos e se levantou.
- Era só isso? – a voz estava meio trêmula e ela não me olhava.
- Era. – confirmei.
- Bom... Foi muito esclarecedor. – falou ainda sem me encarar – Estamos atrasados. – acrescentou olhando o relógio de pulso – Eu vou descer.
Ela deixou a sala sem me olhar sequer uma vez. Eu me larguei numa cadeira próxima e olhei para a garrafa de whisky que tinha trazido, faltavam apenas vinte minutos para meia noite, resolvi descer para os jardins.
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(N/A: Narração de Liz)
Eu nem sei como consegui dizer não a ele. Acho que foi uma das coisas mais difíceis que já fiz. Merlin sabe como eu queria ter ficado lá e dito que, sim, eu ficaria com ele, mas eu não posso. Não, de maneira alguma! Não dá para ficar naquela incerteza outra vez, não dá para simplesmente largar a estabilidade que eu tenho com o Leonard e me atirar às cegas para ficar com o Sirius, já imaginou como seria futuramente?
Eu gosto do Leo, ele é lindo e gosta de mim também, não há motivos para largar isso.
- Liz, até que fim te achei. – falou Leo quando eu cheguei ao saguão de entrada – Tava te procurando há um tempão, o pessoal me disse que você estava na torre.
- É, eu acabei demorando mais do que esperava para pegar a câmera. – menti.
- Bom, vamos lá pra fora, estão todos perto do lago para a queima de fogos que Dumbledore preparou.
- Vamos sim. – concordei.
Estávamos caminhando em silêncio em direção ao lago quando Leonard parou de repente.
- Liz, está tudo bem com você? – perguntou.
- Está sim, por quê?
- Você está calada demais.
- Ah, eu estou sem assunto – menti outra vez.
- Não... É como se você estivesse em outro lugar. – insistiu.
- É impressão sua.
- Olha, Liz, eu não queria te dizer isso, mas... – ele pareceu meio incerto do que estava fazendo – Eu ouvi a conversa entre você e o Black.
Cara, essa me pegou completamente de surpresa. Eu o olhei assustada.
- E eu, sinceramente, não sei o que você está fazendo aqui. – tá, essa foi um tapa na cara.
- C-como assim? – perguntei sem entender nada.
- Depois de tudo que ele te disse, você... Deveria estar lá. – as últimas palavras foram sussurros.
- Mas... Leonard, eu quero estar aqui, com você.
- Não Liz, você acha que quer isso. – ele agora virou as costas e se afastou um pouco – Mas qualquer pessoa que olhe para você vai ver que só está aqui de corpo, a sua mente ficou lá. – ok, agora eu me assustei.
- Mas não seria você, certamente, que ia estar me convencendo a fazer isso. – afirmei ainda achando tudo muito estranho.
- É, eu sei. – ele me olhou triste – Mas eu não acho justo para nós dois que você fique comigo.
- Hã?
- Entenda, dá pra ver que você gosta dele. Ao é justo que você fique comigo pensando nele, tanto para mim quanto para você. – explicou, eu percebia o quanto estava custando a ele fazer aquilo – E eu... Eu gosto tanto de você que quero te ver feliz a qualquer custo.
- Leonard... Essa foi a coisa mais linda que eu já ouvi em toda a minha vida. – ele sorriu fraco.
- Então, faltam apenas dez minutos, você vai atrás dele ou não? – perguntou sorrindo mais forte.
- Obrigada, Leo. – eu o abracei e comecei a correr na direção do castelo, mas parei e voltei para ele – A propósito, você é incrível, o namorado mais perfeito que uma garota poderia ter. – dei-lhe um beijo no rosto e voltei a correr.
Subi as escadas tropeçando e entrei, quase derrubando a porta, na sala em que o deixei, mas ele não estava lá. Legal. Saí da sala andando rápido e me debrucei sobre uma janela do corredor. Onde é que está quando a gente quer?
Já estava me desanimando quando reconheci o jeito de andar de um garoto indo em direção a um pequeno grupo de pessoas que acenava para ele. É, parece que a minha vida é cheia dessas histórias de sair correndo para conseguir chegar a tempo... Aliás, o que eu ainda estou fazendo aqui?
E lá fui eu correndo desabalada pelos corredores vazios e descendo as escadas rezando pra não cair de uma delas e mais uma vez correndo pelos terrenos. Incrível como parece que tudo fica mais distante quando a gente tá correndo desesperada?
- SIRIUS!!! – comecei a gritar chamando quando estava chegando perto – SIIIRIUS!!
Ele se virou e me olhou exatamente no momento que eu cheguei até ele.
- Eu... – estava meio sem fôlego – Eu...
- Que foi? Esqueceu de me dizer alguma coisa? – perguntou parecendo aborrecido.
- Dizer não... – ainda não recuperara o fôlego – Fazer.
E mesmo sem fôlego o beijei. Mesmo sem saber o que viria depois ou se ele iria me deixar daqui a dois dias e eu me lembrei de algo que escutei uma vez: “O amor nos faz agir como tolos, jogamos nossas vidas fora apenas por um dia felicidade¹”.
E no exato momento os fogos estouraram e ouvimos os gritos de “Feliz Ano Novo”, não demos muita atenção. Isso foi clichê, mas quem liga?
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Seis meses depois, 30 de junho de 1978, formatura do sétimo ano, jardins de Hogwarts
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(N/A: Narração de Lily)
(N/A: Fica legal com essa música : http://www.youtube.com/watch?v=rQi8wEHMm5Y )
Estava uma noite clara, a maior parte da escola reunida no grande salão, junto com um monte de parentes dos formandos. Eu e James fomos escolhidos como os oradores da Grifinória. Eu não sou muito fã de fazer essas apresentações em grande público, mas acho até que me saí bem, isso, é claro, levando em consideração que o pessoal aplaudiu, mas como eu fui a última, fico na dúvida se foi por causa do discurso ou por que finalmente acabou.
Mamãe chorou, mas é claro que ela não conta. Estávamos prestes a descer do palco quando James pediu a atenção de todos usando um feitiço sonorus. Eu, que já estava no meio da escadinha que dava acesso ao palco, parei no meio do caminho e olhei para ele.
- Eu gostaria de mais um minuto do seu tempo, para que eu pudesse fazer uma coisa na qual tenho pensado faz algum tempo. – ele me olhou nervoso – Há muito tempo atrás eu conheci uma garota que mudou todo meu mundo. A pessoa que eu mais amo nessa vida e por quem eu faria tudo para ver sorrindo. E há tempos eu decidi que queria passar o resto da minha vida ao lado dela. – ele se aproximou de mim e parou no meio da escada – Agora, só me resta saber se ela também quer passar a vida comigo. – ele abriu a mão e revelou um anel lindo.
(N/A: O anel é esse: http://i190.photobucket.com/albums/z207/Lizzie_Potter/nn9174ls.jpg )
Meus olhos se encheram de lágrimas e eu sorri sem saber o que fazer.
- Oh meu Merlin, James! – disse sorrindo – Eu quero sim. – falei pulando nos braços dele e quase nos derrubando no meio da escada.
Os presentes romperam em aplausos e assovios na hora. Quando conseguimos chegar em nossos amigos, já havíamos recebido “Parabéns!” de metade da escola. E não ouvimos nada muito diferente deles.
- E você se atreveu a não nos contar nada! – Liz reclamou com James.
- Nos contar não, ele contou a mim. – falou Sirius.
- E você não me disse!? – ela estava indignada.
- Ué, me pediram segredo! – Sirius defendeu-se.
- Ora, parem com isso vocês dois. – reclamou Alex – Nem depois de namorados!
- E aí James e Lily, parabéns pelo noivado. – Leonard chegou para nos cumprimentar também.
- Oi Leo. – Liz sorriu e Sirius fechou a cara, mas voltou a “abri-la” depois de uma cotovelada – Como se sente formado?
- É ótimo. – respondeu – E Hogwarts é uma ótima coisa para se ter num currículo da Austrália.
- Então você vai voltar? – perguntou Alice.
- É, vou voltar a morar com meus pais e estudar dragões. – falou.
- Ai que sonho! – disse Liz.
- É, é o que eu sempre quis fazer.
- Hey, vocês, Dumbledore vai dar as últimas palavras. – Peter nos chamou a atenção.
Nos aproximamos do palco para ouvir o discurso de Dumbledore, mas ele disse apenas...
- Quem precisa de mais gente falando quando tivemos ótimos oradores? Que venha a festa e congratulações, formandos de mil novecentos e setenta e oito!
A banda começou a tocar, mas nós nos afastamos da pista de dança. Fomos até a famosa faia e ficamos observando Hogwarts em silêncio.
- Não é estranho? Saber que não vamos mais voltar. – falei.
- O mais estranho é não saber o que nos espera. – respondeu James.
- Bom, se soubéssemos, qual seria a graça da vida? – perguntou Sirius.
- É, esse mistério é o mais legal. – disse Remo.
- Mas é triste deixar tudo isso para trás. – comentou Liz.
- É sim, a melhor época das nossas vidas. – disse Alex.
- Mas vai ficar pra sempre, não é? Nunca vamos esquecer isso. – falou Alice.
- Não mesmo, vou sentir saudades. – disse Frank.
- Sabe, minha mãe costuma dizer que saudade é a prova de que o passado valeu a pena. – falou Peter.
- Ela está certa, Peter, e como esse valeu. – concluí.
Continuamos a olhar para o castelo, todos em silêncio, apenas pensando no que passou e em tudo que nos aguardava. É, valeu mesmo a pena.
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1 – Frase retirada de uma música do filme Moulin Rouge – Elephant Love Medley (perfeita).
N/A: Genteeeeeeeeeeeeeee, eu não vou falar tudo agora se não eu fico sem ter o que dizer depois do epílogo, então, eu vou apenas agradecer mais uma vez a todos vocês por terem serem leitores tão maravilhosos e pedir desculpas pelo título tosco.
Beijosssssssss
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