Estaca Zero



Capítulo 23 – Estaca zero


(N/A: Narração de James)


Permaneci imóvel mais algum tempo pensando no que fazer e decidi por ouvir o que ela tinha a dizer. Voltei devagar ao chão, pousei ao lado dela, desci da vassoura e me apoiei no cabo.


- Estou ouvindo. – falei seco. Ela desviou brevemente o molhar.


- Er... Eu queria te pedir desculpas por hoje mais cedo, sei que exagerei. – falou me olhando apreensiva.


- Era só isso? – ela ficou desconsertada com a pergunta ríspida.


- Era. – respondeu com a voz fraca.


- Não tem problema – respondi já dando as costas a ela – Eu me expressei mal de qualquer jeito... – completei e montei a vassoura outra vez.


- Por que está agindo assim? – perguntou exasperada.


- Por que estou agindo assim? – repeti áspero desmontando a vassoura e encarando-a - Veja bem Evans, as pessoas não gostam de ser enganadas e, quando isso acontece, elas costumam ficar bem irritadas. – falei quase me descontrolando com ela.


- Mas... Do que você está falando? – ela parecia confusa.


- DE VOCÊ! – gritei soltando toda a minha frustração – DE VOCÊ ME ENGANANDO TODO ESSE TEMPO! – ela agora me olhava assustada – O QUE FOI EVANS? COM MEDO DO QUE VÃO DIZER DE VOCÊ?


- James... – ela tinha lágrimas nos olhos – O que houve?


- Eu vi você e o Blanchett! – falei controlando a vontade de continuar gritando, apesar da minha raiva, ver Lily chorando ainda é a pior coisa do mundo para mim.


- Mas eu não fiz nada de mais! – retrucou.


- Ah, claro que não! Ele só estava te acalmando, não era? – perguntei falando muito mais alto do que pretendia.


- Pára de gritar comigo! – falou com uma lágrima escorrendo pelo rosto – Me deixa explicar tudo.


- Explicar o quê? Como aconteceu? Poupe-me dos detalhes Evans, eu estou mais feliz sem eles.


- Não! James, você não entendeu...


- Oh, então você precisa temer que todos saibam da sua “conversa”? – perguntei irônico.


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(N/A: Narração de Lily)


Ok, James estava me humilhando há alguns minutos e eu estava apenas tentando explicar, mas essa foi a gota dágua!


- EU JÁ DISSE QUE NÃO FIZ NADA! – gritei.


- EU...


- MAS POR QUE ACREDITAR EM MIM , NÃO É? AFINAL, EU SOU MONITORA!


- NÃO MISTURE AS COISAS!


- MISTURAR!? VOCÊ VEM ME FAZENDO MEIA DÚZIA DE ACUSAÇÕES SEM SENTIDO E AINDA DIZ QUE EU ESTOU MISTURANDO AS COISAS? QUER SABER POTTER? VOCÊ É UM IDIOTA! – gritei a última parte o mais alto que minhas cordas vocais permitiram e virei as costas para sair – EU TE ODEIO!


- ÓTIMO! – gritou de volta.


Saí do campo pisando forte e sem olhar para trás.


Grosso! Ridículo! Idiota! Ai que ódio


Tá, desta vez ele passou dos limites, mas será que não dava para não estourar meus ouvidos?


Como é que ele ousa nos acusar de alguma coisa? A ficha dele é mais suja que pau de galinheiro!


E ainda por cima nos espionando. Será que eu não mereço um pingo de confiança?


Hipócrita nojento... Reclamou tanto que não confiávamos nele e agora vem com essa.


Eu não acredito que ele fez isso com a gente.


Mas fez!


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(N/A: Narração de Alice


Eu estava no dormitório, alisando distraidamente o gato da Liz quando Lily entrou batendo a porta, se jogou de bruços na cama enfiando o rosto no travesseiro e deu um longo grito.


- Ham... Lily? – chamei receosa.


- Desculpa se te assustei. – a voz dela saiu abafada pelo travesseiro.


- O que aconteceu Lil? – perguntei me sentando ao lado dela na cama.


- Potter. – resmungou.


- Ih... Voltamos à estaca zero?


- Aquele cretino acha que eu o traí com o Jack.


- O quê!? – perguntei arregalando os olhos – Por quê?


- Eu não sei Alice. – ela se virou na cama para me olhar – Fui atrás dele pedir desculpas por hoje mais cedo e ele me recebeu com sete pedras em cada mão! – terminou com um tom choroso que não combina com ela.


- Calma Lil, me conta tudo o que aconteceu, desde a hora em que você saiu daqui. – pedi.


Ela me contou tudo bem detalhado. Como encontrou Jack no meio de sua caminhada, como ele a convenceu que exagerara e a aconselhou a procurar James, a discussão há poucos minutos no campo e até o receio dela de que as pessoas soubessem da briga e começassem a fazer mais fofoca.


- Tudo vai se resolver, você vai ver. – falei alisando os cabelos dela.


- ... The mighty jungle, the lion sleeps tonightAuiiiiiiIIIiii auima aumawê. - Liz entrou cantando baixo – Boa tardeee. – cantarolou sorrindo enquanto sentava em sua cama e abria o malão.


- Por que o bom humor? – perguntei interessada. Lily também a olhava.


- Ora, eu não tenho motivos para estar triste, tenho? – respondeu sorrindo para nós, mas o sorriso desapareceu ao reparar em Lily. – Me diga que essa cara não é porque o James fez o que eu estou pensando. – pediu fechando os olhos.


- Aí depende do que você está pensando. – falou Lily sorrindo sem graça.


- Estou pensando que ele foi atrás de você fazendo um monte de acusações sem sentido sobre Jack Blanchett. – falou nos olhando – Acertei?


- Sim. – falou Lily – E não.


- Como? – perguntou Liz sem entender.


- Sim, ele me fez um monte de acusações sem sentido sobre o Jack. – respondeu Lily – Mas não, ele não foi atrás de mim. Eu que fui atrás dele para pedir desculpas por hoje cedo. – Lily resumiu a história para Liz que ficou revoltada da vida com James.


- Cara, como o James é idiota! – falou Liz quando Lily acabou de contar – Eu disse a ele que relaxasse!


- Como assim? – perguntei.


- Ele estava olhando pela janela hoje mais cedo, viu duas pessoas andando perto da cabana do Hagrid e cismou que eram você e o Blanchett. – falou andando em círculos pelo quarto.


- Lily! – exclamei me levantando de repente – É isso! Liz, a que horas você saiu da sala comunal.


- Mais ou menos 2:30, por quê?


- Por que eu voltei pra cá com Frank perto das três horas e James não estava mais aqui e nem o vimos sair. – respondi – E eu só subi pouco antes da Lily chegar.


- Ele deve ter ido atrás dela! – disse Liz seguindo meu raciocínio.


- E deve ter visto alguma coisa. – completei – Lily, o que exatamente o James falou sobre você e o Jack?


- Algo sobre as pessoas descobrirem e... Oh Merlin! – falou batendo a mão na testa – Ele ouviu minha conversa e entendeu tudo errado! – completou pegando o travesseiro para esconder o rosto – IDIOTA!! – o grito saiu abafado.


- Ele nem te deixou explicar? – perguntou Liz – Ah, mas ele vai se ver comigo!


- Não! – falou Lily tirando o travesseiro do rosto – Ele errou comigo duas vezes só hoje, se quiser que venha atrás. – ela estava realmente irritada.


- Aiai, vai começar tudo de novo... – disse Liz se largando na própria cama.


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(N/A: Narração de Liz)


Alice continuava alisando os cabelos de Lily e eu estava jogada na minha cama pensando com meus botões em como os homens conseguem ser cegados por ciúmes bobos as vezes. Alex chegou meia hora antes do jantar sorrindo de orelha à orelha. Ela estava louca para nos contar detalhadamente a sua tarde com Remo, mas deixou de lado quando percebeu que havia algo errado com Lily.


A nossa solidariedade com Lily era tanta que demos gelo em James o jantar inteiro. De início, ele ficou bem confuso por que nós o olhávamos feio e não respondíamos suas perguntas, mas depois, ele ficou irritado e bem carrancudo. Eu adoro o James, mas não gosto nem um pouquinho de injustiças como essa. Passamos o jantar inteiro calados, nem Sirius estava fazendo piadas e até Peter estava apenas comendo.


Assim que saímos do salão principal, caminhamos juntos de volta para a torre da Grifnória, ou pelo menos essa era minha intenção, já que no meio do caminho Sirius cismou que queria me mostrar algo e saiu me arrastando na direção oposta. Apesar dos meus constantes protestos e questionamentos, ele só veio abrir a boca sete corredores e três escadas depois.


- O que aconteceu? – perguntou me puxando “delicadamente” para dentro de uma sala vazia.


- James não te contou?


- Nada. Ele está impossível hoje...


- Bem, digamos ele esteja convencido de que Lily resolveu fazer jus ao apelido dele. – respondi me sentando na mesa do professor.


- E baseado em que ele diz isso? – perguntou. Dei um suspiro e lhe contei toda a história.


- mas isso é só uma teoria, afinal, só conhecemos um lado da história. – concluí.


- Para mim ela faz completo sentido. – falou pensativo – E qual é o plano?


- Plano? – repeti sem entender.


- É. Temos que juntar os dois outra vez, não é óbvio?


- Ah... Não sei Sirius. O James pegou pesado.


- Mas ele só entendeu errado! – defendeu o amigo – Foi apenas mais um mal entendido.


- É, mas ele devia ter escutado a Lily.


- A Lily também não deixou ele se explicar.


- Tá certo, mas ela foi pedir desculpas e ele foi super grosso.


- Ok, você venceu, não tem como contestar isso... – falou andando em volta de mim – mas qual é Liz? Me ajuda! – pediu.


- Vou pensar no seu caso. – respondi apenas me fazendo de difícil, é claro que eu vou ajudar. Apesar de que o James vai ter que se mostrar arrependido.


- Jura?


- Juro.


- Já pensou? – perguntou menos de um minuto depois.


- Vou te ajudar. – respondi me levantando da mesa e olhando para o quadro.


Eu mal tinha acabado de falar quando Sirius me abraçou por trás e deu um beijo estalado na minha bochecha.


- Eu sabia! – exclamou e me beijou de novo – Sabia que a minha tampinha favorita ia me ajudar! – acrescentou apertando o abraço e quase quebrando meus ossos.


- Hey! Precisa humilhar só porque tem quase um metro e noventa? – perguntei fazendo-o rir.


- Ok, se eu usar: desprovida de hormônios de crescimento melhora?


- Hahaha, sem graça! – falei dando língua para ele.


- Ah, é assim? – falou e começou a me fazer cócegas.


- Hey! – exclamei começando a rir descontroladamente – Ok... Hahaha... Pára... Hahaha... Por f... Hahaha... Por favor... – eu já não me agüentava mais em pé de tanto rir e acabei caindo no chão.


- Aprendeu que não se deve dar língua pra mim? – perguntou se abaixando para me encarar mais de perto.


- Tá bom... Ponto pra você. – falei ainda meio sem ar.


- Então vem cá que eu te ajudo. – estendeu a mão para mim.


Sirius puxou (propositalmente) muito forte, então, eu consegui me levantar, mas desequilibrei e ia cair outra vez quando ele me segurou. Estávamos bem próximos (ou seja, área de risco) quando alguém (muito inconveniente por sinal) abriu a porta e nos deu um baita susto.


- Desculpem... Não queria atrapalhar. – era McKinnon. Ela estava muito vermelha – Desculpem. – repetiu e saiu fechando a porta.


Nos olhamos e caímos na gargalhada.


- Será que ela vai achar que estamos saindo? – perguntou quando estávamos voltando à torre.


- Não sei. – respondi. Por que todo mundo insiste nesse assunto? – Isso seria tão ruim?


- Bem, talvez ela ache que eu sou galinha, isso não ia ajudar. – respondeu pensativo.


- Sirius, você é galinha. – falei revirando os olhos.


- Eu sei, mas não precisa expor. – deu de ombros.


Mais algum tempo sem assunto. Estávamos voltando para o salão comunal, provavelmente estavam todos lá e não tinha mais o que fazer mesmo... Eu tinha que pensar em alguma coisa em relação a James e Lily, mas por algum motivo não tinha a menor idéia do que fazer.


- Deve estar um clima pesadão na sala comunal. – comentou Sirius.


- Suponho que sim. As pessoas não devem ter voltado para lá ainda. – falei sem graça.


- Quer saber? Não precisamos ir pra lá agora, ainda temos três horas para andar por aí, pra quê ir pra lá e ficar vendo a cara carrancuda daqueles dois? – falou Sirius.


- Isso soa meio egoísta... Mas também não estou afim de climas pesados hoje. – respondi.


- Para os jardins? – falou me oferecendo o braço.


- Vamos lá. – falei sorrindo e fomos andando de braços dados para fora do castelo.


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(N/A: Narração de Remo)


O clima na sala comunal não podia estar mais entediante. Eu estava meio confuso no começo porque passei a tarde inteira fora, mas Alex me contou tudo aos cochichos e, por causa da briga entre Lily e James, estávamos todos calados.


O Jantar acabara há menos de uma hora atrás e a maioria dos alunos ainda não estava de volta à torre, então, estávamos praticamente sozinhos.


- Eu vou me deitar. – falou James depois de um longo tempo de silêncio – Boa noite. – não houve resposta, mas ele não se importou.


Fiquei em dúvida se o seguia ou não.


- Boa noite para vocês. – falou Lily depois de mais alguns minutos e subiu as escadas do dormitório feminino.


- Devemos fazer algo? – perguntei baixo para Alex.


- Acho que sim, vou falar com a Lily. – respondeu se levantando.


- E eu com James. – me levantei também. Nos despedimos com um beijo rápido e subimos as escadas de nossos dormitórios.


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(N/A: Narração de James)


Bati a porta do quarto ao passar. Eu sei que estou sendo frio com todos e que não é culpa deles, mas simplesmente não agüento ficar lá fingindo que está tudo bem. Não que eu estivesse me esforçando para isso.


A briga com Lily ainda ecoava em minha cabeça. Chutei a cama de dossel, mas me arrependi em seguida. Agora, além da frustração, meu pé tá doendo também. Sentei na cama e apoiei a cabeça nas mãos.


Remo entrou silenciosamente no quarto e sentou-se à minha frente. Eu não falei nada e nem o olhava, mas sabia que estava me observando.


- Alex me contou o que aconteceu. – falou alguns minutos após – Não quer me dar a sua versão da história?


- Agora não Aluado. – falei me deitando na cama e esfregando os olhos por baixo das lentes.


- Tudo bem então. – ele se levantou e estava quase na porta quando resolvi que precisava soltar.


- Ela não podia ter feito isso. – minha voz saiu rouca – Remo, como é que ela pôde? Depois de tudo o que eu fiz por ela!


- Eu sei James. – ele voltou a se sentar na cama – Vai, me conta tudo e eu posso te ajudar.


Quando terminei de contar a curta história, ficamos em silêncio durante algum tempo. Eu tentava em vão não pensar na tarde e Remo me olhava coçando lentamente o queixo, o que sempre faz quando está pensativo.


- Agora deixa eu te contar o outro lado. – pediu.


- Eu já sei o outro lado. – resmunguei.


- Não, não sabe. – falou com o tom de voz que só usa pra nos dar broncas – Você não ouviu a Lily, ouviu? – Remo me lançava um olhar penetrante, era como se ele me desafiasse a mentir.


- Está bem, conta logo. – falei bufando e olhando para o lado.


Eu ouvi atentamente a história que Remo me contou, muitas coisas se explicavam e eu até fiquei um pouco envergonhado de ter sido tão grosso com a Lily, mas, mesmo assim, a imagem dela abraçada com Blanchett não queria abandonar minha cabeça e eu ainda estava meio desconfiado.


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(N/A: Narração de Lily)


Bem, eu não sabia realmente o que estava sentindo, eu só sei que estava: triste, irritada, magoada, explosiva, entediada e anormalmente incompleta. É, incompleta. Sabe quando você sente que tem alguma coisa faltando? E isso estava me incomodando mais do que todas as outras coisas.


- Lily? – Alex espiava para dentro do quarto através da porta entreaberta – Você está bem?


- Na medida do possível. – respondi sorrindo amarelo para ela que entrou no quarto e veio me abraçar. Minha amiga é uma fofa.


- Vai passar Lily, o James vai ver a injustiça que fez. – falou ainda me abraçando.


- E vai precisar de mais que um pedido de desculpas. – completei quando ela me soltou.


- É... – Alex riu um pouco – Eu imaginei que você não tornaria as coisas fáceis para ele.


- Sem falar que eu ainda não engoli aquelas grosserias que ele me falou. – reclamei – Estúpido.


Não tinha como controlar isso, todas as vezes que eu me lembrava da briga, começava a me irritar como se ele estivesse gritando comigo outra vez.


- Vamos falar de outra coisa, ok? – falou Alex – Você precisa se distrair.


E assim mudamos de assunto e ficamos conversando sobre o novo ano letivo que se iniciaria na segunda e mais qualquer outra coisa que nos viesse à cabeça, menos garotos, é claro.


Alice juntou-se a nós cerca de uma hora depois e estávamos fazendo uma verdadeira panelinha quando ouvimos uma cantoria vinda das escadas.


- And I could be your favouritegiiiiirl forever peeerfectly together. Tell me boy, now wouldn't that be sweet? – Liz entrou no quarto sorrindo radiante e cantando alto – If I could be sweeeet, I know I've been a real bad giiiirl, I didn't mean for you to get huuuurt so ever, we can make it better. Tell me boy, now wouldn't that be sweet? Sweet scape


Ela parou de cantar e ficou nos olhando da porta ainda sorrindo.


- Olá garotas!


- Boa noite Srtª. Costa. – falou Alice, como sempre, interessada na felicidade excessiva das amigas.


- Ótima pelo jeito. – falou Alex se interessando também. Até eu fiquei curiosa.


- Eu vou tomar banho... – comentou passando depressa por nós e se trancando no banheiro.


- Aí tem coisa. – falei quando ela fechou a porta.


- E aposto o que quiser que o nome dessa coisa começa com Sirius e termina com Black. – disse Alex encarando a porta fechada.


- Oh, por que eu acho que isso não vai acabar bem? – perguntei mais para mim do que para elas.


- E você acha isso por quê? – perguntou Alice.


- Não sei. – falei dando de ombros.


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(N/A: Narração de James


Como se já não fosse demais, depois de contar o outro lado da história, Remo me deu um belo sermão do qual eu só escutei as primeiras três palavras e em seguida me desliguei do mundo. Será que é pedir muito que parem de falar disso? Eles acham o quê? Que eu briguei com a Lily porque deu vontade? Acham que já não estou perturbado o suficiente?


Por sorte, Frank chegou e pediu para que Aluado manerasse um pouco. Então nós mudamos de assunto, pelo menos eu pude me distrair um pouco, mesmo que as coisas não tivessem a mesma graça. Eu sabia bem o que era aquilo, sentia isso as vezes quando eu só tinha a Lily nos meus sonhos. Mas parece que agora, já sabendo o que é tê-la para mim, se torna mais forte.


Nos pusemos a jogar cartas apostando doces, ficamos nessa por muito tempo, estávamos anormalmente quietos, acho que é porque Sirius não está aqui pra falar aquele bando de besteiras...


Eu nem tinha acabado de pensar e o pulguento entra no quarto cantarolando uma música que não conheço.


- Noite. – cumprimentou e se sentou na cama.


- Onde você estava Almofadinhas? – perguntou Remo examinando Sirius por cima de suas cartas.


- Nos jardins. Estão jogando pôquer? – perguntou se animando.


- É. – respondi pensando na próxima jogada.


- Com a Liz? – Remo continuou o interrogatório.


- Sim. Falta muito para terminar?


- Acho que não. – Frank respondeu.


- Conversando?


- É. Isso é normal, não? – Sirius estava começando a estranhar a conversa de Aluado.


- Muito normal. – falou Remo – Mas eu gostaria de te pedir para tomar cuidado com o que faz.


- Por quê? – Sirius estava com cara de bobo. As vezes eu me pergunto para onde vai a inteligência dele em certos momentos.


- Acorda Almofadinhas! – falei perdendo a paciência – Ela gostava de você cara! E é muito, muito provável que ainda goste.


Sirius nos olhava inexpressivo. Era impossível saber o que ele estava pensando ou se ele apenas fingia não saber o que eu havia acabado de falar.


- Isso é bobagem Pontas, nós já deixamos bem claro que seremos apenas amigos de hoje em diante. – falou Sirius relaxado.


Sabe quando você tem vontade de socar seu amigo para ele deixar de ser tão besta? Estou com uma vontade incrível de fazer isso agora.


- Bem, está na hora da verdade. – falou Frank – Remo, você começa.


- Flush. – falou Remo mostrando as cartas desanimado.


- Há! – exclamei animado - Full house. – eu já estava pegando os doces quando Frank bateu na minha mão.


- Royal Flush. – falou mostrando as cartas e sorrindo de maneira irritante.


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N/A: Chegamos ao fim de mais um capítulo. Cara, eu sempre quis saber jogar pôquer! Parece tããããão legal, vocês não acham? Eu fiquei bem feliz com esse capítulo, foi até melhor o meu computador ter dado um pane quando eu ia postar, porque eu alterei umas coisinhas que ficaram bem melhores.

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